terça-feira, setembro 30, 2008

Caio veta Marcelinho, Josiel e Vandinho

Este é o time do Flamengo que vinha jogando até outro dia.

Depois da vitória suada sobre Sport na última rodada do Brasileiro, algumas pessoas sugeriram que Marcelinho Paraíba fosse recuado, para Vandinho e Josiel formarem a dupla de ataque.

Segundo a página do Globo Esporte, o técnico Caio Júnior desistiu de colocar Marcelinho Paraíba no meio-campo e Vandinho e Josiel no ataque.

"Testei o Marcelinho com o Vandinho e o Josiel em treinamento e vi que dá problema no posicionamento. O Marcelinho não pode correr atrás dos volantes adversários", disse Caio Jr.

Concordo. Marcelinho não pode ficar correndo feito louco atrás dos volantes adversários, por dois motivos. Primeiro porque ele é o cara mais criativo do time, e em tese não deveria ter muitas responsabilidades defensivas. E segundo porque ele não é nenhum garoto, seu fôlego não é mais o mesmo.

Concordo que o Flamengo teria sua mobilidade afetada se Marcelinho fosse o único meia, no lugar de Everton, com Vandinho e Josiel lá na frente.

Porém discordo quando Caio diz que os três não podem jogar juntos. Talvez não possam neste sistema de jogo, é verdade. Mas se, sem a bola, Vandinho também jogasse mais recuado, ao lado de Marcelinho, o camisa 11 não ficaria sobrecarregado na marcação dos volantes. E tem outra: Vandinho é novo, tem pulmão, pode correr mais e se sacrificar um pouquinho.

Com os três zagueiros, uma linha de quatro (Juan, Ibson, Kléberson e Léo Moura), Vandinho e Marcelinho um pouco à frente, e com Josiel no seu devido lugar, perto da área, creio eu que o Flamengo poderia dar certo.

Como diria o outro, treino é treino, e jogo é jogo. Não sei você, mas eu insistiria e colocaria os três juntos para jogar.

Arsenal joga bem, e goleia

Quem assistiu a Arsenal 4, Porto 0, pela segunda rodada da Liga dos Campeões da Europa, viu que os gunners atacaram pela direita em demasia e abandonaram o lado esquerdo do campo.

Isso aconteceu porque o francês Nasri não conseguiu acompanhar o nível e o ritmo de jogo imposto pelo resto do time.

Na linha de quatro do meio-campo, enquanto o garoto Theo Walcott, atuando bem aberto pela direita, voou em campo, chamou o jogo para si e avançou em velocidade, o camisa 8 Nasri permaneceu invisível pelo outro lado. (É nítida a disparidade física e técnica que existe entre os dois.) Não bastasse isso, Fábregas, que joga ao lado de Walcott na linha de quatro (e também por isso o aciona a todo instante), saiu muito mais para o jogo que o brasileiro Denílson, como naturalmente faz.

Em noite inspirada de Adebayor (marcou dois, deu passe para um), de Van Persie e Césc Fábregas, os comandados de Arsene Wenger, como de praxe, exibiram um futebol vistoso e objetivo.


Mesmo insistindo pela direita, o Arsenal construiu um belo resultado nesta terça-feira diante de seus torcedores. Se bem que, na verdade, nem precisou insistir tanto, porque os donos da casa ganharam dos portugueses com facilidade.

Agora a situação do Grupo G está assim: Arsenal líder com 4 pontos, Porto em segundo com 3, Dínamo de Kiev em terceiro com 2, e Fenerbahçe em quarto com 1 ponto.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Os três talentos colorados

Tite tocou nesse ponto na entrevista coletiva de ontem: quantas partidas D'Alessandro, Alex e Nilmar fizeram juntos?

No Brasileirão, seis. Quatro delas no Beira-Rio (1 a 1 contra Flamengo, 1 a 0 no Vitória, 4 a 1 no Palmeiras e no Grêmio), uma no Engenhão, na boa vitória sobre o Botafogo, e uma na Ilha do Retiro, na derrota para o Sport.

Destaque indiscutível do Gre-Nal, também na coletiva após o clássico, D'Alessandro comentou a evolução do time e disse que o grupo está se entrosando.

Se fundamentalmente ele, Alex e Nilmar se afinarem mais e mais a cada jogo, e passarem a jogar por música, o que é perfeitamente possível, os três refinados talentos colorados podem fazer muito pelo Inter nesta reta final de ano.

Nilmar e Alex já se conhecem muito bem, obrigado. Show de bola que oferecem à parte, eles são os artilheiro e vice-artilheiro da equipe no Brasileiro. O camisa 9 tem doze gols, e o camisa 10, nove.

Na temporada, até o momento, Alex marcou 25 gols, e Nilmar, 15.

D'Alessandro está caindo como uma chuteira amaciada nesta trinca de ataque. E somado ao restante do time, que é muito, mas muito acima da média, o trio tem boas chances de levar o Inter ao seu objetivo. É preciso contar com a sorte, é verdade, mas se engrenar, se engatar uma boa seqüência de resultados, a máquina colorada tem tudo para chegar à Libertadores.

domingo, setembro 28, 2008

G8 de cima, G8 de baixo

A 27ª rodada embolou de vez o campeonato.

Oito times brigam para ficar entre os quatro de cima, e oito lutam para não ficar entre os quatro de baixo.

Das oito equipes de cima, São Paulo, Flamengo, Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras estão na briga. A onze rodadas do fim, quem diria que cinco times estariam na disputa pelo título?


Entretanto o São Paulo e o Flamengo vêm somando seus pontos aos trancos e barrancos. Os times vencem mas não convencem.

O Cruzeiro, que nunca ganha de seus concorrentes diretos, faz um segundo turno pífeo.

Que só não é pior que o do não mais líder Grêmio, que está em queda livre no aproveitamento de pontos.

É por essas e outras que hoje o Palmeiras pode ser apontado como o grande favorito para faturar o Campeonato Brasileiro.

Dos outros três times que compõe o G8 superior (Botafogo, Goiás e Inter), os embalados Goiás e Inter, por exemplo, estão jogando mais que São Paulo e Flamengo.


Daí a pensar que um dos dois será o campeão é demais. Mas como São Paulo, Flamengo e Cruzeiro não inspiram confiança, e como o Grêmio está na descendente, uma vaga na Libertadores não é um sonho distante para o Colorado de Porto Alegre e para o Esmeraldino de Goiânia.

Já na parte de baixo da tabela, as incógnitas são enormes. Até outro dia o Ipatinga era dado como rebaixado por todo mundo. Agora, quem diria, Fluminense e Vasco são os dois últimos colocados.

No G8 inferior, do Náutico para baixo, ninguém têm dormido com sossêgo. Se as vagas para a Libertadores estão em aberto, as para a segunda divisão estão mais ainda.

Internazionale sucumbe ao talento rossonero

O Milan de Carlo Ancelotti e a Internazionale de José Mourinho jogaram com sistemas táticos idênticos:


O que fez a diferença no clássico deste domingo foi a qualidade técnica do time rubronegro. Nome a nome, o Milan é bem melhor que a Inter. E além disso, o coletivo rossonero esteve mais afinado nesta partida.

Quem fez também a diferença foi o trio ofensivo brasileiro. Kaká e Pato deram muita mobilidade à equipe. E Ronaldinho, mesmo fora de forma e lento, foi decisivo. Aos 36 minutos do primeiro tempo, após bela jogada tramada com Kaká, ele marcou, de cabeça, seu primeiro gol com a camisa do Milan. Primeiro gol, logo contra o arqui-rival. Logo o gol da vitória.


Ronaldinho sabe o quão prazeroso que é jogar bem, que é marcar gols, que é vencer. Hoje, na comemoração do gol, seus olhos brilharam. Ele ficou bobo. Parecia uma criança deslumbrada, correndo sem direção, sob os olhares atentos dos mais de 80 mil torcedores que lotaram o Giuseppe Meazza.

Quem sabe, depois da atuação deste fim de semana, Ronaldinho queira voltar a ser o velho Ronaldinho, aquele que jogava tão bem, que marcava vários gols, e que tanto vencia.

Clássico à milanesa

É hoje, às 15h30, horário de Brasília. A ESPN transmite a partida.

sábado, setembro 27, 2008

Goiás rumo ao G4

Impressionante. O Goiás chegou hoje a sua 5ª vitória seguida: além do triunfo sobre o Grêmio por 2 a 1 no Olímpico, no Serra Dourada o Esmeraldino bateu o Figueira por 2 a 0, o Atlético-PR por 4 a 0, o Santos por 4 a 1, e o Vitória, hoje, por 3 a 0.


Embalado do jeito que está, quem se atreve a dizer que o Goiás não tem chances de chegar à Libertadores?

Veja os próximos jogos do time:

Fluminense, fora; Internacional, em casa; Coritiba, fora; Vasco, em casa; Palmeiras, fora; Cruzeiro, em casa; Sport, fora; Botafogo, em casa; Portuguesa, fora; Flamengo, fora; e São Paulo, em casa.

A tabela não é das mais doces, mas, pela bola que vem jogando, se o Goiás terminar o campeonato entre os quatro não será surpresa alguma.

Vandinho salva Flamengo no finzinho

Embora aparentemente o Flamengo tenha controlado o jogo, por ter ficado mais tempo com a bola nos pés, e por ter vencido por 2 a 1, o Sport, dentro da sua proposta, foi melhor na partida.

No primeiro tempo o Urubu ciscava, ciscava, rodeava a área do Leão, ciscava, ciscava, mas não oferecia verdadeiro perigo ao goleiro Magrão. Everton, homem encarregado de fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque, esteve apagado. O time melhorava quando Marcelinho Paraíba fazia este papel. Os alas, principalmente Juan, pouco apoiaram. E Josiel, de novo, jogou mal. E jogou mal porque fica isolado na frente. E como a bola não vai até ele, ele vai até a bola. E fora da área, Josiel é muito limitado. No intervalo, Caio Jr. trocou-o por Obina.

Quem de fato teve as poucas e boas oportunidades na primeira etapa foram os visitantes.

No começo do segundo, o Flamengo melhorou. De leve. O time até que pressionou, mas quem abriu o placar foi o Sport, com Roger, de cabeça, na falha de Bruno. O Flamengo foi pra cima, agora com Sambueza no lugar de Everton e com Vandinho no de Ibson. Nesta vontade excessiva de buscar o gol, o rubronegro carioca dava espaços para o pernambucano contra-atacar. Mas depois de muita insistência, o Flamengo chegou ao empate aos 36 minutos, (gol de Juan, após um dois com Vandinho), e virou aos 44 (gol de Vandinho).


Que torcida não iria ao êxtase com uma virada no último minuto? A do Flamengo foi. Mas esta mesma torcida, neste mesmo jogo, vaiou o time no intervalo, e chamou Caio Jr. de ‘Burro! Burro! Burro!’ quando o técnico trocou Ibson por... Vandinho. E logo ele evitou o tropeço flamenguista.

Mesmo com a vitória e com a forte chuva que caiu sobre o Maraca, o futebol do Flamengo não teve sua alma lavada. Se sonha com título, o Flamengo precisa melhor. E se quer vaga na Libertadores, precisa melhorar também.

O Flamengo não vai ser campeão

Se depender dos leitores eleitores daqui do blog, o Flamengo não chegará ao hexa nesta temporada.

Dos 30 votos computados na enquete, 23% acreditam, e 77% não levam fé no Mengão.

Se pensarmos apenas nas tabelas de jogos e de classificação, pode-se dizer que as chances do Flamengo não são das piores.

Mas como o futebol do time não está dos melhores, a julgar pela bola jogada dentro de campo, fica difícil imaginar a equipe carioca brigando pelo título.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Fim de semana de dérbis

Pelo Campeonato Inglês tem Everton x Liverpool no sábado, às 8h45 (Brasília).

Pelo Italiano tem Milan x Inter de Milão no domingo, às 15h25.

Pelo Espanhol tem Espanyol x Barcelona, um pouco depois, às 16h00.

E pelo Brasileiro tem Coritiba x Atlético-PR, também às 16h00 de domingo; tem Botafogo x Fluminense, às 18h10; e tem, no mesmo horário, Inter x Grêmio.

Desequilibrado, Inter traz empate do Chile

Faltou equilíbrio ao Internacional no jogo de ontem contra a Universidad Católica do Chile. O Colorado jogou bastante pelo meio e pela esquerda, mas deixou o lado direito a ver navios.

Pelo setor direito, Rosinei ficou encarregado de marcar e de se projetar solitariamente à frente. Vez ou outra, ou Ricardo Lopes subia para apoiá-lo, ou o centro-avante Adriano vinha buscar o jogo. Daniel Carvalho e Andrézinho, que em tese deveriam cair também por ali, pouco apareceram.


No intervalo Tite trocou Edinho por Magrão. E na metade da segunda etapa, Rosinei deu lugar a Ramón. Porém a mania de ignorar a ala direita continuou.


Pelo flanco canhoto e pelo centro o Inter chegava ora com Daniel Carvalho, ora com Tayson - que eventualmente invertiam seus posicionamentos -, além dos avanços de Marcão. Já o flanco destro colorado só existia quando Adriano se afastava da área e vinha buscar o jogo, já que Andrézinho, mesmo posicionado naquela faixa do gramado no segundo tempo, fazia a bola pouco rolar por aquele lado.

Não sei se esse vício de jogar pelo centro e pela esquerda foi uma orientação de Tite. Se foi, o técnico colorado se equivocou, porque não havia nenhuma galinha dos ovos de ouro no lado direito na defesa da Universidad Católica. E tanto Tite equivocou-se que, a sete minutos do fim da partida, o Internacional conseguiu chegar ao empate num contra-ataque puxado por Adriano, em umas das raras subidas pela direita.


A exemplo de Palmeiras e Atlético-PR, o Inter entrou com o time praticamente reserva, trouxe na bagagem um importante empate, e tem tudo para se classificar às quartas-de-final da Copa Sul-Americana.

quinta-feira, setembro 25, 2008

A convocação de Dunga

Venezuela e Colômbia são os próximos adversários do Brasil nas Eliminatórias. Para os jogos datados para o dia 12, em San Cristóbal, e 15 de outubro, no Maracanã, Dunga convocou estes jogadores:

Goleiros

Julio César (Inter de Milão)
Doni (Roma)

Julio César é indiscutível. Já Doni...

Laterais

Maicon (Inter de Milão)
Daniel Alves (Barcelona)
Juan Maldonado (Flamengo)
Kleber (Santos)

Para ficar em dois exemplos: André Santos, do Corinthians, e Leandro, do Palmeiras, estão jogando muito mais que Kleber, do Santos.

Zagueiros

Lúcio (Bayern de Munique)
Alex (Chelsea)
Juan (Roma)
Thiago Silva (Fluminense)

Justo. Claramente Alex Silva não tem vaga entre os quatro.

Meio-campistas

Lucas (Liverpool)
Gilberto Silva (Panathinaikos)
Josué (Wolfsburg)
Elano (Manchester City)
Anderson (Manchester United)
Julio Baptista (Roma)
Mancini (Inter de Milão)
Kaká (Milan)

A permanência de Gilberto Silva na Seleção é um mistério. O jovem Denílson, que tomou o lugar do próprio Gilberto Silva no Arsenal, deve ser observado com carinho.

A presença de Mancini e a ausência de Ronaldinho foram surpresas agradáveis.

No entanto este meio-de-campo está carente de talentos criativos e ofensivos.

Atacantes

Robinho (Manchester City)
Jô (Manchester City)
Luis Fabiano (Sevilla)
Alexandre Pato (Milan)

Três centro-avantes e apenas um segundo atacante. Parece-me desproporcional. Sinto a falta de Nilmar, que, na minha modesta opinião, é o melhor segundo atacante brasileiro ao lado de Robinho.

Corinthians, um timão fora de série

São poucos os times da primeira divisão que têm um goleiro como Felipe sob a trave. São poucos também os que têm um Chicão e um Willian no miolo de zaga. São mais raros ainda os que têm um André Santos na lateral-esquerda, e um Douglas, um Morais e um Dentinho no meio-de-campo. E, principalmente, não passa de dois, no máximo três, o número de times da primeira divisão que têm um treinador do nível de Mano Menezes à beira do gramado.


Se estes nomes forem mantidos, e se o clube contratar alguns reforços - como um bom centro-avante - não tenho dúvidas de que, com o grupo entrosado dentro e fora de campo, e com o apoio da Fiel, o Corinthians vai brigar seriamente pelo título da Série A em 2009.

Força máxima, futebol mínimo

Como era esperado, Ney Franco usou a força máxima do Botafogo contra o América de Cali:


Mas mesmo com o time titularíssimo, o Fogão foi incompetente. O Bota pouco criou durante a partida, principalmene no primeiro tempo. Conta-se nos dedos de uma mão as oportunidades de gol que o alvinegro teve. E o adversário por sua vez não fez muito diferente. O América, ligeiramente superior, só conseguiu um gol aos 27 do no segundo tempo. E ficou nisso.

Agora o Botafogo vai decidir a vaga às quartas-de-final na quarta-feira que vem, no Engenhão. A tarefa de casa não é nada fácil, porque, apesar de conseguir uma bela seqüência de vitórias no Brasileirão, o Botafogo de Ney Franco não vem jogando o fino da bola, não.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Bota e Inter querem a Sul-Americana

Dos quatro clubes brasileiros que disputam a Copa Sul-Americana, apenas dois têm real interesse na competição: Botafogo e Internacional.

Para o Verdão, neste momento, o que importa é o título da Série A. E para o Furacão o objetivo é permanecer nela. Tanto para Palmeiras quanto para Atlético-PR, a Sul-Americana é um fardo. Para colorados e alvinegros, não.


Para o Botafogo, que vem batendo na trave há um bom tempo, a conquista da Sul-Americana seria excepcional. E o Inter, como já demonstrou em Sul-Americanas passadas, e na própria Recopa 2007, sempre entra nestes torneios para vencer.

Se Botafogo e Internacional estivessem de fato brigando pelo título do Brasileirão, certamente eles priorizariam o campeonato nacional. Mas como, aqui entre nós, ambos só vão beliscar uma vaga na Libertadores do ano que vem se tiverem muita sorte, agora é a hora de se dedicar ao máximo à Copa Sul-Americana. Até porque o título da Sul-Americana 2008 vale mais que uma vaga na Libertadores 2009.

Só para registro, hoje tem América de Cali x Botafogo, Chivas Guadalajara x Atlético-PR, e Sport Ancash x Palmeiras. E amanhã, Universidad Católica x Internacional.

terça-feira, setembro 23, 2008

O Vasco vai cair

Pelo menos na opinião da maioria dos internautas que votaram na enquete, a equipe cruz-maltina não conseguirá escapar da segunda divisão. Dos 40 votos computados, 31 afirmaram que o Vasco vai ser rebaixado, e apenas 9 disseram que o Gigante da Colina se manterá na Série A.

Agora me questiono: se a pergunta fosse "O Fluminense vai cair?", o resultado seria semelhante?

Provável que sim.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Gre-Nal: clássico da ressurreição ou do sepultamento?

Foi enganador o 0 a 0 na Arena da Baixada. Não fosse a tarde inspirada de Gallato, o Grêmio teria vencido o Atlético-PR ontem.

Que é incontestável que o Grêmio caiu de aproveitamento de uns tempos pra cá, é. Nas últimas seis rodadas o líder conquistou míseros 6 pontos em 18 disputados: uma vitória (sobre o Vasco, em casa), três empates (contra Náutico, Fluminense e Atlético-PR, todos fora) e duas derrotas (para o Goiás, no Olímpico, e para o Flamengo, no Maracanã).

Com estes resultados é quase inevitável que a confiança dos jogadores não diminua. Entretanto o time não desaprendeu a jogar. Faz tempo que ela não vem, mas basta uma seqüência de duas, três vitórias, que tudo voltará ao normal.

No caso do Grêmio, já que na próxima rodada tem Gre-Nal, basta apenas uma boa vitória para a confiança tornar à casa gremista e para a equipe reacordar. Enquanto o Inter vai ao Chile para enfrentar a Universidad Católica nesta quinta-feira pela Sul-Americana, o Grêmio terá a semana toda para treinar e se concentrar no clássico de domingo, no Beira-Rio.

Porém se a vitória sobre o rival não vier, ou se a tal seqüência de duas, três vitórias demorar muito a aparecer, o esperado título gremista pode ser enterrado de vez.

Diego Showza

Quando jogava no Grêmio, era assim que alguns torcedores tricolores o chamavam: Diego Showza.

Hoje, no Palmeiras, ele voltou a dar show.


Alguns jogadores tardam a descobrir o posicionamento ideal dentro de campo. Porém a culpa não são deles. Quem deve identificar se o jogador 'a' ou 'b' rende mais na posição 'c' ou 'd' não é o próprio, mas sim o treinador.

Bom treinador é aquele que sabe tirar o máximo de seus atletas. E no caso de Diego, os méritos de Mano Menezes e Vanderlei Luxemburgo devem ser reconhecidos.

Quando começou profissionalmente no Fluminense, Diego Souza era segundo volante, e como tal não foi tão bem. No Flamengo chegou a jogar como cabeça-de-área. E não foi bem. Em sua passagem pelo Benfica, não foi bem também. Sem brilhar na Europa, ele voltou a jogar no Brasil, no Grêmio de Mano Menezes. O técnico gremista à época percebeu que Diego poderia ser muito mais produtivo se jogasse mais à frente. Dito e feito. Naquele 4-2-3-1 gremista, Diego era um dos meias ao lado de Tcheco e Carlos Eduardo. E foi assim, como meia, que Diego Souza foi importantíssimo na ótima campanha do tricolor gaúcho em 2007.
Em 2008, agora no Verdão, Diego voltou a atuar mais recuado. Até pouco tempo atrás ele era um dos vértices laterais do losango no meio-de-campo palmeirense. E nessa posição o camisa 7 alviverde não vinha se destacando como nos tempos de Grêmio. E não se destacou porque, até então, ele não teve tanta liberdade.
De umas rodadas para cá, após a saída de Valdívia, Diego Souza voltou a jogar como meia, mais livre e solto. Deu no que deu. Ou melhor: está dando no que está dando. Assim como no Grêmio do ano passado, no Palmeiras desta temporada Diego Souza tem sido uma das peças-chave no setor ofensivo do time.

sexta-feira, setembro 19, 2008

O primeiro grande teste

Neste domingo a final da última Liga dos Campeões vai ser reeditada em Stamford Bridge: Chelsea x Manchester United.

O atual campeão inglês e europeu será o primeiro grande teste de Felipão à frente do Chelsea.


Resta-nos aguardar para ver se Big Phil será ou não aprovado.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Bomba cruz-maltina prestes a explodir

Após a derrota de ontem para o Palmeiras, pela Sul-Americana (e para não participar da derrota que virá no fim de semana que vem contra o mesmo Palmeiras, pelo Brasileiro), Tita abandonou o cargo de treinador do Vasco.

A bomba caiu no colo de Dinamite. Bomba-relógio. Que dificilmente será desarmada a tempo.

O caso do Vasco da Gama é delicado. A herança deixada por Eurico Miranda é malígna: o time de futebol e a conta bancária do clube estão em péssimos bocados.

Se o Vasco está fadado ao rebaixamento, está graças às seqüelas da administração de Eurico. E ao que tudo indica, Roberto Dinamite, o maior artilheiro da história do Brasileirão, vai cair com seu clube do coração para a segunda divisão.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Manchester United, o time a ser batido

É verdade que o 0 a 0 contra o Villareal, no Old Trafford, foi frustrante.

No entanto não há dúvida de que o time a ser batido nesta Champions League é o Manchester United. Por dois motivos: porque é o atual campeão, e porque o elenco dos Red Devils é o mesmo.

É pertinente salientar que Cristiano Ronaldo fez hoje sua primeira partida na temporada 2008/9. E que ele entrou só aos 16 do segundo tempo. Com ele em campo, como escreveu PVC em seu blog, o time é outro.

Aos poucos o craque português retomará seu esplendoroso ritmo de jogo, e conseqüentemente o futebol do Manchester United vai subir de nível.

terça-feira, setembro 16, 2008

Ofensivo Chelsea confirma favoritismo

A bola cruzada por Bosingwa veio com tanto capricho que meio-campista Frank Lampard nem precisou saltar para fazer de cabeça Chelsea 1, Bordeaux 0, na estréia da fase de grupos da Liga dos Campeões, nesta terça-feira


Em função da fragilidade e da proposta defensivista do adversário, Felipão jogou pra frente, com um volante, dois meias e três atacantes (dois ponteiros e um centro-avante). Como os visitantes estavam bem fechados, óbvia e inteligentemente o Chelsea tramou grande parte de suas jogadas pelas laterais, principalmente pela direita com Bosingwa, Deco e Joe Cole, e pela esquerda, com menos freqüência, com Ashley Cole, Lampard e Malouda. Lá atrás, Mikel, os dois zagueiros e o goleiro tiveram pouco trabalho.

Foi também de cabeça, ainda no primeiro tempo, que o camisa 10 Joe Cole marcou o segundo após cobrança de escanteio. E nos minutos finais da partida, Malouda e Anelka dobraram o placar: Chelsea 4 x 0 Bordeaux.

Com a belíssima exibição de hoje o time de Felipão apenas confirmou o que dele se pensa: o Chelsea está entre os três principais favoritos para conquistar a Champions League 2008/9.
Claro, basta perder mais de 50 quilos.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Vasco da Gama: queda à vista?

Na parte inferior da tabela um gigante do futebol brasileiro, o Gigante da Colina, está a cada dia flertando a Serie B com mais afinco. O Vasco apresenta fortes indicativos de que é um dos candidatos à queda não só pela colocação na tabela, mas sim pela qualidade do futebol exibido dentro de campo.

São Januário não é mais o temido alçapão. E para quem não vence nem em casa, o destino pode ser cruel. Que o diga para quem perde em casa, justamente para um adversário direto.

Kléber Pereira e Cuca, o reencontro

Nem Pelé fez tanto gol na Vila Belmiro quanto Kléber Pereira tem feito.


Brincadeira sem graça à parte, o que o centro-avante santista tem feito mesmo é a diferença. Ele anotou mais um (o 18º no Brasileiro, o 17º na Vila) neste domingo, desta vez no Fluminense de Cuca.

Cuca que, quando era técnico do Santos, deixou Kléber Pereira no banco.

E que hoje, no Flu, já é questionado por suas duas vitórias, três empates e uma derrota: aproveitamento de 50%. Para quem pretende fugir do rebaixamento, é pouco. Evidentemente que o tricolor carioca pode (e provavelmente irá) escapar. Mas para quem pretende fugir do rebaixamento, Cuca não é o cara.

O São Paulo está na briga

Para os que votaram na enquete aqui do blog, o favorito para o jogo do Morumbi era o Flamengo, com 40% (o São Paulo, com 22% ficou em terceiro, atrás do ‘empate’, com 37%). Apesar de ter o direito de manter o voto em sigilo, confesso que votei no empate.


O Tricolor fez o que nem os são-paulinos otimistas imaginavam: ganhou jogando bem. Daí a pensar, em função do tropeço gremista, que o São Paulo vai disputar o título é uma distância enorme. A briga do São Paulo é pela Libertadores. E caso a vaga não venha, a campanha no Brasileirão 2008 será encarada pelos tricolores como um grande fracasso.

Tropeço gremista, triunfo palmeirense

Que era esperado que cedo ou tarde o Grêmio fosse tropeçar em casa, era. Mas, tratando-se do exemplar líder do campeonato, ‘tropeçar em casa’ significava ‘empatar em casa’, e não ‘perder em casa’.

Ser derrotado pelo Goiás, a essa altura da competição, em pleno Olímpico, foi um tropeço maior que a perna.

E o Palmeiras, que igualmente tropeçou feio na rodada anterior (derrota para o Sport no Palestra Itália), nesta aproveitou os ventos a seu favor: buscou três pontos em Belo Horizonte, e agora se refresca à sombra do Grêmio.


E de novo parece que o título voltou a ser disputado apenas por Grêmio e Palmeiras. Pelo menos até a próxima rodada.

As panelas refletem no campo

Mesmo com as nocivas divergências de ideais internas, e com Nilmar sacrificado no esquema tático, o Internacional fez o que só os colorados otimistas esperavam: venceu o embalado Botafogo no Engenhão.


O grande problema do Inter, que reconhecidamente tem um ótimo time, no papel, é de entrosamento. Não só dentro de campo, mas fundamentalmente fora dele. Apesar de não ser primeira capa, é sabido que o elenco do Colorado é dividido.

sexta-feira, setembro 12, 2008

Talento em dose dupla

Para a tristeza do Liverpool, do Man. United e dos telespectadores, Lucas e Anderson provavelmente não entrarão em campo no clássico de amanhã cedo.

Mas para a felicidade da nação, caiu-me a ficha hoje, os volantes* desenvolvidos pelo Grêmio podem formar futuramente uma talentosa dupla na Seleção. Lucas como cabeça-de-área, mais fixo, e Anderson como segundo volante, mais solto, podem ser o 2 do 4-2-3-1 de Dunga.


Que o Brasil ganharia em qualidade técnica não se discute. Mas há quem dirá que o time ficaria frágil defensivamente com um meio-de-campo formado por Lucas e Anderson mais a linha de três meias (Ronaldinho, Diego e Robinho). Que nada. Os dois aprenderam a marcar na Europa. Anderson, para se encaixar no todo-poderoso Manchester United de Giggs, Rooney, Cristiano Ronaldo e Tevez, teve de se adaptar e se acostumar a autar mais recuado. Lucas, no Liverpool de Gerrard, é mais primeiro volante do que nunca. Lá ele não sai para o jogo como nos tempos de Grêmio.

Se efetivamente daria certo os dois juntos neste esquema (eu aposto que sim), basta treinar e colocar para jogar para descobrir.

*Anderson começou como atacante, mas hoje no United é segundo, vez em quando terceiro homem de meio-campo.

quinta-feira, setembro 11, 2008

A Inglaterra e o Brasil vão tremer!

Passadas as rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo, o futebol clubístico volta com tudo neste fim de semana na terra do criador e na terra da criatura.

Pela Premier League, no sábado, às 8h45 (horário de Brasília), o Liverpool de Lucas, Gerrard e Torres recebe o Manchester United de Anderson, Tevez e Rooney.

E poucas horas depois, às 13h30, o Chelsea de Felipão, Deco e Lampard faz frente ao City de Elano, Jô e Robinho, em Manchester.

Por nossas bandas, seis dos dez jogos da 25ª rodada do Brasileirão são de seis pontos:

Atlético-PR (18º) x Portuguesa (19º), sábado, 18h20;
Cruzeiro (2º) x Palmeiras (3º), domingo, 16h00;
São Paulo (6º) x Flamengo (5º), domingo, 16h00;
Vasco (14º) x Náutico (15º), domingo, 16h00;
Santos (16º) x Fluminense (17º), domingo, 18h10;
Vitória (7º) x Coritiba (8º), domingo, 18h10.

Haja confronto direto!

Sobra cautela, falta ousadia



É bê-a-bá do futebol: se tá difícil pelo meio, usa-se as laterais.

Insisto na tese de que no 4-2-3-1 os meias que atuam pelos lados do campo têm de ter habilidade para jogarem como pontas e velocidade para serem lançados em profundidade. Como Ronaldinho está fora de forma, insisto também na tese de que Nilmar e Robinho deveriam ser esses meia-atacantes que caem pelos flancos, um pela direita e o outro pela esquerda respectivamente.

No entanto não basta atacar pelos lados apenas com os meias/pontas. O sucesso dos avanços pelas alas depende fundamentalmente da passagem dos laterais e das chegadas dos volantes. Kleber, Juan e Maicon pouco chegaram à frente nestes jogos. E os volantes Josué e Lucas, peças que também deveriam desempenhar papéis ofensivos, pouco apoiaram. Resta saber se esse comportamento cauteloso por parte destes atletas foi orientado pela comissão técnica ou não.

É bê-a-bá, se está difícil pelo meio, usa-se as laterais. Ou senão chuta-se de longe. Mas contra a Bolívia parece que nem para isso, nem para arriscar de fora da área os jogadores brasileiros foram aconselhados (vide que Hernanes, um grande finalizador de longa distância, estava no banco enquanto Josué estava no campo).

quarta-feira, setembro 10, 2008

O que será que será?

Não é saudável criar grandes expectativas.

A Seleção saiu do inferno ao céu em questão de dois tempos de 45 minutos. Bastou um bom jogo para tudo ficar às mil maravilhas. Agora há uma forte convicção coletiva de que o Brasil vai golear a Bolívia: 4, 5, 6 a 0!

Mas será que será tão fácil assim?

Não é por aí. Os bolivianos, ao contrário dos chilenos, não vão dar campo para o adversário. E mesmo tendo ao seu lado ótimos talentos individuais, sempre é complicado furar uma "duas linhas de cinco" da vida.

Criar grandes expectativas é prejudicial porque, se não forem atingidas ou superadas, tornam-se grandes frustrações.

No futebol a lógica muitas vezes é chutada para escanteio. Se o gol da Seleção tardar a sair, a torcida vai se impacientar e o tão esperado baile vai ficar para o próximo carnaval.

Mas se sair um golzinho logo no começo...

terça-feira, setembro 09, 2008

Lucas entra. Para não sair mais

Ao que tudo indica, o esperado vai se confirmar: Lucas será o companheiro de Josué no meio-campo defensivo do Brasil contra a Bolívia, nesta quarta, no Engenhão.


Lucas é mais jogador que Gilberto Silva e Josué juntos. O ex-gremista tem o mesmo poder de marcação que os dois (se não tiver mais), e tem mais qualidade na visão de jogo, no passe, na saída de bola, na projeção à frente e no arremate de longa distância.

Contra a Bolívia Lucas pode ser utilizado como primeiro ou como segundo volante. Ele desempenha as duas funções com mais eficácia e eficiência que Josué. No entanto a Seleção ganhará muito ofensivamente se Lucas for o volante que sai mais para o jogo.

Sai mais para o jogo, mas não sai mais da Seleção. Seja como for, mais preso ou mais solto, Lucas vai aos poucos cravando seu espaço na seleção brasileira. Vale lembrar que ele está com moral com Dunga em função de ter ido bem nas Olimpíadas. Se mostrar serviço na principal, dificilmente sairá do time.

Muricy na Seleção, não

Você gostaria que Muricy Ramalho fosse o treinador da Seleção?

Dos 30 votos registrados na enquete, 16 foram contra e 14 pró-Muricy.

Não creio que ele seja o técnico para ganhar a Copa do Mundo para o Brasil, mas confesso que gostaria de vê-lo, com toda sua simplicidade e conhecimento futebolístico, à frente deste selecionado nacional repleto de estrelas milionárias. Seria um paradoxo interessante. Outro ponto a ser levantado é que a Seleção passa por um período de renovação, e o treinador do São Paulo sabe trabalhar jovens jogadores como poucos.

segunda-feira, setembro 08, 2008

E Nilmar?

Dunga pisou na bola ao não relacionar Nilmar para a partida contra o Chile. O atacante do Inter é a melhor opção ofensiva brasileira. Sorte de Dunga que Luis Fabiano acabou com o jogo.


Ontem fiquei me perguntando se na cabeça de Dunga Nilmar é reserva de Luis Fabiano (para jogar de centro-avante, como joga no Colorado), ou se é reserva de algum dos jogadores da linha de três (Ronaldinho, Diego e Robinho).

No treino do Engenhão Dunga deixou uma pista.

Este foi o time que treinou contra a equipe B do Botafogo: Júlio César; Rafinha, Lucas (improvisado na zaga), Alex Silva e Juan; Elano, Hernanes, Ronaldinho, Júlio Baptista e Nilmar; Jô. No entanto em alguns momentos Nilmar jogou como último homem, e Jô ficou mais recuado, longe da área, compondo a linha de três.

Ou seja, para Dunga, Nilmar pode jogar nas duas funções.

Poder até pode, embora para mim, como visto no Futebol de Botão, ele renderia mais se jogasse na meia.

Lucas ou Hernanes?

Os Deuses do futebol estão ao lado do Brasil, e a prova disso são as suspensões dos fardos Kleber e Gilberto Silva.

Para a lateral-esquerda o nome é Juan. Já a vaga de Gilberto Silva está entre Lucas e Hernanes.


E o indicativo de que Dunga ainda não se decidiu foi dado no treino de hoje no Engenhão, quando ao final da atividade coletiva, Hernanes e Lucas (só os dois) treinaram finalizações de fora da área sob olhares atentos de Dunga e Jorginho.

Lucas ou Hernanes?, Hernanes ou Lucas?

Eu iria de Lucas. Mas seja com quem for, o Brasil vai sair ganhando, pois os dois são infinitamente mais técnicos (na visão de jogo, no passe, no arremate de longe) que Gilberto Silva.

O 4-2-3-1 verde-amarelo

Mudança de postura e disparidades física e técnica à parte, o novo posicionamento tático brasileiro foi importante para que a Seleção passeasse em Santigo.

O 4-2-3-1 de Dunga se comportou corretamente: os laterais subiram com moderação (quando um ia, o outro ficava); o primeiro volante (Gilberto Silva) ficou mais preso, enquanto o segundo (Josué), embora timidamente, saía mais para o jogo; os meias, sem a bola, voltaram para compor o meio-campo, e com ela partiram pra cima na base da movimentação e do toque de bola; e o centro-avante brigou o tempo todo.


Apenas uma única exceção deve ser feita.

Todos os jogadores estavam a mil por hora, correndo com os punhos cerrados e os dentes trincados, atacando e defendendo com a mesma sede. Todos, menos um: Ronaldinho (mais em função de sua forma física inadequada do que pela sua força de vontade, quero acreditar eu). Resultado: Diego e Robinho estão tendo que correr por Ronaldinho, tanto na hora de voltar, de defender, de recompor o meio-de-campo, quanto na hora de criar, de avançar, de ir pra cima.

O 4-2-3-1 é interessantíssimo. Mas os meias desta linha de três, principalmente os que atuam pelas pontas, têm de ter ótimo condicionamento físico e alta velocidade.

Valeu, Lula!


A cutucada do presidente deu certo: a Seleção jogou com raça.

Respeito é bom


Se o respeito não é mais o mesmo,
não o é porque deixaram que ele se perdesse.

Sem desculpas, Dunga

Quando Kleber foi expulso, a alteração óbvia era Juan no lugar de Ronaldinho.

Além de ser uma substituição que iria consertar o setor esquerdo do gramado, Ronaldinho não estava jogando nada. Ele foi o único que destoou do resto da equipe.

Será que Dunga vai ter peito para tirá-lo?, muitos pensaram na hora (como se treinador precisasse ter "peito" ou "coragem" para substituir o jogador que for).

Dunga teve. Parcialmente.

Minha leitura labial não é das mais afiadas, mas ao final da partida, ainda no campo, ficou claro na transmissão que Dunga meio que se desculpou com o camisa 10 por tê-lo substituído. E deu para ver nitidamente Ronaldinho respondendo: "Não dá nada. Não dá nada".

Dunga e a Seleção

A seleção de futebol do Brasil não precisa de um técnico.

Pelo menos é o que pensam os europeus.

Para eles os jogadores brasileiros são tão bons, tão excepcionais, que a Seleção nem precisa de um treinador.

Para eles, e para Ricardo Teixeira.

O presidente da CBF colocou Dunga no cargo mais desejado entre os treinadores de futebol por dois motivos:

Primeiro porque Dunga é obediente;

E segundo porque, para Teixeira, seus atletas por si só dão conta do recado. Por isso ele não viu problemas em colocar um treinador de primeira viagem à frente da Seleção.

Às vezes até que funciona. Deu certo na final da Copa América, e deu certo ontem, contra o Chile.

sábado, setembro 06, 2008

Tricolor rumo ao Tri

O Grêmio só perde esse Brasileirão se o time inteiro titular se lesionar feio.

E olhe lá.

Argentina 1 x 1 Paraguai

O 1º tempo do jogo foi dividido em três partes: do minuto 0 ao 15, do minuto 15 ao 30, e do minuto 30 ao 45.

No começo só deu Argentinha. Com este time os donos da casa pressionaram, pressionaram, pressionaram. Mas não chegaram à rede.


Eis que aos 15 minutos os hermanos levaram um gol numa falha infantil de Henzie e Abbondanzieri (bateram cabeça e a bola entrou de graça). Para piorar a situação, Abbondanzieri se machucou no lance e teve de ser substituído. Os argentinos não conseguiram assimilar o golpe, e a partir daí o Paraguai cresceu.

Como desgraça pouca é besteira, aos 30 Tevez foi expulso. Do trigésimo minuto em diante a Argentina ficou sem poder ofensivo, com Messi isolado no ataque.

Sabiamente Coco Basile equilibrou sua equipe taticamente ao fazer duas alterações no intervalo: Aguero entrou no lugar de Di Maria e Danial Dias no de Henzie. O time passou a jogar com três zagueiros e dois atacantes:


A Argentina, mesmo com um homem a menos, se impôs no toque de bola, na qualidade, e chegou ao gol de empate com Aguero. E ainda teve outras chances para virar a partida. Mas não aproveitou.

Como resultado, empatar em 1 a 1 contra o Paraguai jogando em casa evidentemente é ruim. Mas para quem jogou a maior parte do jogo com nove na linha, o segundo tempo serviu de consolo para os argentinos.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Buenos Aires, Curitiba e Rio de Janeiro

Três grandes cidades, que neste sábado abrigam três grandes partidas.

Para os degustadores do bom futebol (como o presidente Lula), às 16h tem Argentina x Paraguai.

Jogando em casa com Cambiasso, Mascherano, Di Maria e Riquelme no meio-de-campo, e com Tevez e Messi na frente, a tendência é que a Argentina patrole.

Não basta a fogueira que é jogar contra a Argentina na Argentina, Salvador Cabanãs é desfalque pelo lado paraguaio.

Às 18h20 tem Coritiba x Botafogo na capital paranaense.

Se Coxa e Bota jogarem o que vêm jogando, se jogarem o que deles se espera, o Couto Pereira será palco de um belo espetáculo.

No mesmo horário, 18h20, tem Fluminense x Grêmio no Rio.

"Se o Palmeiras vencer seu jogo, o Grêmio entrará em campo mais pressionado que o normal". Escrevi isto na quinta-feira à tarde. Com a derrota palmeirense, o Grêmio vai enfrentar o Fluminense sem um fiozinho sequer de pressão.

Presidente Lula tem razão

"Quando vejo o Messi, na minha opinião o melhor jogador do mundo, perder uma bola, ele sai correndo até recuperar ou fazer falta. Os nossos perdem a bola e cruzam os braços", comentou Lula, numa entrevista coletiva no exterior.


Esta declaração tem sido superdimensionada pela imprensa e pelos jogadores da Seleção.

Lula, no frigir dos ovos, apenas quis dizer que os argentinos têm mais raça que os brasileiros.

E é mentira?

O Palmeiras não merece

Se vencesse, o Verdão ficaria a 2 pontos do líder.

A equipe de Luxemburgo jogou em casa, e levou uma surra do Sport.

Quem fez o que o Palmeiras fez (ou melhor, deixou de fazer) não merece o título do Brasileirão.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Dunga muda esquema da Seleção

A Seleção está fazendo neste momento* seu primeiro coletivo na Granja Comary. As câmeras puderam registrar apenas os 15 minutos iniciais do treinamento, tempo suficiente para identificar como se posicionaram os titulares de Dunga:


O time de colete laranja jogou, ao menos enquanto os cinegrafistas estavam registrando, num esquema que particularmente me agrada bastante (quem acompanha o Blog do Carlão sabe que é meu preferido), o 4-2-3-1.

Só discordo em alguns pontos:

1) Na lateral-esquerda, pelo momento, Juan merece a vaga de Kleber;

2) No meio-campo defensivo, para dar mais qualidade à saída de bola, Elano deveria ser um dos volantes. Para mim, ao lado de Josué;

3) E na linha de três meias, colocaria Robinho na esquerda (onde está acostumado a jogar), Ronaldinho no meio, e Diego no banco. Para o lado direito, optaria por Nilmar. Entendo que, neste esquema, os meias das pontas devem ter velocidade.

Mas no mais, para quem vive recheando a meia-cancha de volantes, Dunga surpreendeu positivamente: treinou sua equipe com três meias ofensivos no meio-de-campo.

*17h15, 04/09/08.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Dunga comenta posicionamento de Ronaldinho

O que interessa são os primeiros 18 segundos do vídeo:



É verdade, Dunga. Ronaldinho tem uma forma de jogar. A que jogou no Barcelona. Ele rende mais por aquela faixa do campo, ali no ataque, pela esquerda.

A diferença, Dunga, é que o Barcelona de Rijkaard jogava com três atacantes. Messi era o ponta-direita, Eto'o o centro-avante, e Ronaldinho o ponta-esquerda.

Na Seleção, Ronaldinho nunca foi ponta-esquerda. E nunca foi por um simples motivo: a Seleção Brasileira nunca joga no 4-3-3. No 4-2-2-2 de Parreira ele foi o meia-esquerda. E agora, no 4-3-1-2 de Dunga, Ronaldinho tem jogado no ataque, como segundo atacante.

E é aí que está o erro.

Segundo atacante tem que cair pelos dois lados. Segundo atacante não pode jogar só por um lado do campo. A não ser que a dupla de ataque seja formada por dois segundos atacantes. Caso contrário, caso a equipe jogue com um centro-avante de área, o segundo atacante tem que, obrigatoriamente, buscar o jogo pelos dois lados.

Manter Ronaldinho jogando como segundo atacante preso à esquerda é um equívoco, Dunga. Ou mande-o cair pelos dois lados, ou coloque-o na meia. Ou ponha-o no banco.

Rodada picotada. E decisiva

Quatro partidas, em tese mornas, dão início hoje à 24ª rodada: Goiás x Atlético-PR, Santos x Vitória, Figueirense x Flamengo, e Atlético-MG x São Paulo.

O Goiás, embalado, venceu os últimos quatro jogos que fez no Serra Dourada. Portanto é bem provável que o Furacão termine a rodada na zona do rebaixamento.

Já o Santos pode sair de lá, basta fazer o dever de casa contra o Vitória.

Aos visitantes Flamengo e São Paulo restam tentar somar um pontinho, ou três, para quem sabe conquistarem seus objetivos ao final do campeonato: uma vaga na Libertadores 2009.

Na quinta-feira a rodada esquenta: Vasco x Cruzeiro e Palmeiras x Sport.

Se a Raposa ainda pensa em título, o resultado de amanhã é crucial. Apenas uma vitória, ou um empate, vá lá, contra o Vasco será bem-vinda.

O Verdão pensa no título. E para que esse pensamento não se perca pelo meio de caminho, bater o Sport, no Palestra, é obrigação.

No sábado a rodada pega fogo (mais pelas duas últimas partidas): Inter x Portuguesa, Náutico x Ipatinga, Coritiba x Botafogo, e Fluminense x Grêmio.

Coxa x Bota, espera-se, será um jogão! Briga direta na tabela à parte, os dois times apresentam dois dos futebóis mais técnicos do país.

Por fim, Tricolor Carioca x Tricolor Gaúcho. Detalhe: se o Palmeiras vencer seu jogo, o Grêmio entrará em campo mais pressionado que o normal. Outro detalhe (ou melhor, coincidência): o líder tem apenas três derrotas no Brasileirão. Perdeu para Vasco, Botafogo e Flamengo. Todas no Rio de Janeiro. Palco do jogo de sábado, contra o Flu.

terça-feira, setembro 02, 2008

Melhor do mundo, só no sonho

"O primeiro objetivo é ser campeão com o Real Madrid. Ajudar o clube a conquistar os títulos de que precisa e é claro que também vou querer jogar bem sempre e tenho o sonho de ser o melhor jogador do mundo. Espero que algum dia esse sonho possa se realizar."

Estas são palavras de Robinho, em agosto de 2005.


O primeiro objetivo ele conseguiu. Em partes. Foi bicampeão espanhol, mas não ganhou a Liga dos Campeões.

Já o sonho de ser o melhor do mundo não se materializou. E se este ainda existe, ele está muito longe de se tornar realidade, porque ser eleito o melhor do mundo vestindo a camisa do Manchester City é praticamente impossível.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Robinho é do Manchester

Por 40 milhões de euros Robinho foi vendido ao Manchester.

Manchester City.


Para quem almejava jogar no todo-poderoso Chelsea de Felipão, ir para o City é frustrante.

***

Só para registro: a enquete do blog, que perguntava se Robinho ia se dar bem no Chelsea, saiu pela culatra, pois ele não fechou com o time londrino. A maioria (18 votos, 58%) acreditava que Robinho iria decepcionar no Chelsea.

Hernanes é chamado por Dunga

O meio-campista Anderson se machucou e está fora dos jogos contra Chile e Bolívia. Para sua vaga o técnico Dunga convocou Hernanes.

***

Pô, nem pro Gilberto Silva se machucar...

Contagem regressiva

A janela de contratação européia está nos acréscimos.

O técnico do Real Madrid não quer liberar Robinho para o Chelsea porque los blancos não contrataram ninguém. Schustler, com razão, entende que sem Robinho o elenco merengue ficará carente ofensivamente.

Por isso, nestas horas que restam, o Real Madrid vai com tudo para cima de Daivd Villa. Se o negócio com Villa for fechado, a saída do atacante brasileiro será facilitada. Não necessariamente para o Chelsea. Segundo Marca, outro time entrou na briga por Robinho: o Manchester City.

Golaços da 23ª rodada

Qual o gol mais bonito?



a) Dutra, do Sport
b) Romerito, do Goiás
c) Conca, do Fluminense
d) Diego Souza, do Palmeiras
e) Maurício, do Fluminense