quinta-feira, abril 30, 2009

Cleiton Xavier, o herói da classificação

Estas quartas-feiras são complicadas. Com tantos jogos acontecendo ao mesmo tempo, dá uma dor no coração ter de escolher apenas um para assistir.

Como não tinha tido oportunidade para ver o Atlético-PR nesta temporada, optei por Furacão x Timão. Mas quando acabou, pulei de Curitiba para Santiago para acompanhar os 15 minutos finais de Colo Colo e Palmeiras. E que 15 minutos!

Sabia que no primeiro tempo o Verdão teve duas chances de gol, além de ter metido duas na trave. E que Marcão tinha sido expulso aos 16 da etapa complementar. O 0 a 0 de até então colocava o time chileno na segunda fase e eliminava o brasileiro.

O relógio marcava 41 minutos quando Cleiton Xavier salvou a nação alviverde. Sem ter muita opção de jogada, de longe, mas muito longe, num misto de raiva e esperança, o camisa 10 encheu o pé direito.



O elenco, os dirigentes e a torcida do Palmeiras serão eternamente gratos a Cleiton Xavier. Não fosse seu gol de placa que carimbou o passaporte para as oitavas, todo um planejamento, que envolve muitas pessoas e muito dinheiro, inesperadamente teria ido por água abaixo.

Com a classificação do Palmeiras, o Brasil colocou seus cinco representantes no mata-mata da Libertadores.

Derrota com gosto de vitória

A última impressão é a que fica.

Em noite inspirada de Rafael Moura, Wallyson, Raul e companhia limitada, o Atlético fez uma partida memorável contra o Corinthians em Curitiba. O primeiro tempo, então, foi irretocável: 2 a 0, fora o banho.



Na segunda etapa, apesar de o Furacão ter feito mais um logo no início, o Timão deu uma relativa equilibrada. No entanto o Atlético dominava o confronto, o 3 a 0 parecia certo, e a classificação rubronegra para as quartas-de-final estava bem encaminhada.

Eis que aos 42 Cristian diminuiu de falta: 3 a 1. E aos 47 do segundo tempo, Dentinho marcou o segundo: 3 x 2. A recuperação à corintiana, sofrida, no finzinho, caiu como uma balde de água gelada para os paranaenses.

Embora a vantagem no placar tenha sido dos anfitriões, na prática, a situação do Atlético tornou-se delicada, principalmente porque o gol fora de casa é critério de desempate. Basta um 1 a 0 ao Coringão no Pacaembu, e o alvinegro paulista segue na competição. Além disso, o zagueirão William e o meia-atacante Jorge Henrique (peça essencial na marcação) devem voltar. Ou seja: defensivamente o Corinthians vai voltar a ter força máxima.

A expressão 'empate com gosto de vitória' é comum no futebol. Porém, em função do contexto de ontem, é legítimo dizer que a derrota teve gosto de vitória para os corintianos.

quarta-feira, abril 29, 2009

Manchester United larga na frente

Sem poder contar com Arshavin (que atuou pelo Zenit nesta edição da Liga dos Campeões) e Van Persie (machucado), Arsene Wenger optou por trocar o 4-2-3-1 usual por duas linhas de quatro - a exemplo do Chelsea, que ontem, no Camp Nou, também adotou as duas linhas de quatro no lugar do 4-2-3-1 rotineiro.

A diferença é que o Arsenal não ficou numa retranca explícita, como ficou a equipe de Guus Hiddink contra o Barça. No entanto faltou qualidade para os Gunners saírem para o jogo. Adebayor ficou abandonado porque Diaby pela esquerda e Walcott pela direita pouco apoiaram. Diaby, aliás, para mim não serve para atuar pela beirada do campo. Na minha opinião o Arsenal poderia ter sido mais ofensivo no primeiro tempo se o 2 se colocasse por dentro, ao lado de Song, e se Nasri abrisse pela faixa canhota.

O Manchester, que nada tem a ver com os desfalques do conjunto londrino, dominou a primeira etapa sem problemas, com Tevez centralizado, Rooney na esquerda e Ronaldo na direita entrando em diagonal, e com as aproximações de Anderson. Porém quem marcou o único gol do duelo, veja você, foi O'Shea.



No segundo tempo o Arsenal não ficou em seu campo de defesa tão acuado, e o confronto se tornou mais equilibrado. Aos 25 minutos, com as alterações promovidas pelos treinadores, os esquemas táticos ficaram idênticos.

Tevez foi substituído por Berbatov e Anderson por Giggs, e os Diabos Vermelhos voltaram ao 4-4-2 habitual. Como tem acontecido recentemente, Cristiano Ronaldo foi formar a dupla de ataque com o búlgaro, Rooney veio para a direita e Giggs permaneceu na esquerda.

Do outro lado, Walcott saiu para a entrada de Bendtner. O 26 foi compor a dupla de avantes com Adebayor, Fabregas recuou e posicionou-se entre Diaby e Song, e Nasri abriu pela direita.



O Arsenal perde muito sem Arshavin. O canto de cá fica carente sem o russo. Talvez por isso, e principalmente por jogar no Old Trafford, Wenger aderiu uma postura defensiva. Entretanto, assim como o Chelsea, o Arsenal não vai ficar atrás na partida de volta.

Não só pelo resultado desta quarta, mas pelos times em si, o grupo comandado por Sir Alex Ferguson é o grande favorito para conquistar a vaga na final.

Aviso aos navegantes

Fiz uma substituição no e-mail daqui. O blogdocarlao@gmail.com vai pendurar as chuteiras para o blogdocarlao@hotmail.com se tornar titular.

Pelo seguinte: vou fazer uma mesa redonda virtual pelo MSN com vocês, leitores e blogueiros.

O Twitter também é uma ferramenta para trocar ideias, e, claro, a própria seção de comentários. Mas via Messenger, imagino eu, as discussões podem fluir com mais naturalidade.

Toda segunda-feira, das 19 às 19h30, estarei à disposição no MSN. Conto contigo.

Grêmio é 1º na classificação geral

Evidentemente que decidir em casa não é garantia de sucesso. No entanto, embora haja bastante controvérsias, na minha opinião fazer o segundo jogo do mata-mata no próprio estádio é melhor.

Ah, mas em 2007 o Grêmio fez a finalíssima contra o Boca no Olímpico, e deu no que deu.

É verdade, mas aquele Boca tinha caras rodados como Riquelme, Palácio, Palermo, etc.

E o de hoje não tem?

Tudo bem, tem. Mas o Grêmio de hoje, por exemplo, conta com jogadores mais experientes e calejados que aqueles comandados brilhantemente por Mano Menezes.

É óbvio que quem quer ser campeão não escolhe adversário. Porém, fazer do seu campo um caldeirão - como fazem do Olímpico os gremistas - é um combustível a mais, principalmente na partida de volta.

terça-feira, abril 28, 2009

Barça para no bloqueio do Chelsea

Se fizesse algum, maravilha. Se não fizesse nenhum, também seria só alegria. O objetivo traçado pelo time inglês nitidamente era não levar gol no Camp Nou. Objetivo este que, na base da retranca, foi alcançado. O placar sequer foi inaugurado.

O técnico Guus Hiddink abriu mão de duas coisas nesta terça-feira: do esquema que vinha sendo utilizado, e de atacar os donos da casa. O Chelsea se fechou com duas linhas de quatro (muitas vezes uma de quatro e uma de cinco), deixou Drogba isolado na frente, e esperou o relógio andar. O centroavante, diga-se, teve uma única chance, claríssima, para marcar, mas Victor Valdes não permitiu.



O Barça, com seus 70% de posse de bola, bem que tentou. Até criou uma ou outra oportunidade com Eto'o, Henry, Iniesta, mas de nada adiantou. A barreira inglesa estava intransponível.

Só que tem o seguinte. Na partida de volta, em Londres, o Chelsea não vai ficar atrás. Automaticamante vai para cima do Barça, e consequentemente vai dar espaços para Messi e companhia.

Na Espanha só um time quis jogar. Na Inglaterra os dois vão sair para o jogo. Aí veremos se os defensores da equipe londrina irão conseguir frear o ataque azul-grená. E, claro, se os defensores do esquadrão catalão conseguirão segurar as investidas da artilharia dos Blues.

Messi e cia vs. Drogba e sua turma

Tudo indica que o Barcelona vai com força máxima para cima do Chelsea no Camp Nou. Do outro lado, Ashley Cole desfalca o time inglês. Guus Hiddink vai escalar Bosingwa ou Belletti para desempenhar a fácil tarefa de marcar Lionel Messi.

Se Malouda não acompanhar as subidas do lateral-direito azul-grená, o confronto por este canto do campo se dará entre o Daniel-Xavi-Messi e Bosingwa-Essien-Terry. Se o 15 do Chelsea não voltar, Eto'o vai sobrar.

Na banda oposta Iniesta, Henry, e eventualmente Abidal, darão trabalho a Ivanovic, Alex e, quem sabe, Ballack - que não é dos mais dedicados à marcação. No entanto, vale lembrar que o camisa 10 do Barça não fica preso à ponta esquerda. Ele flutua também pela faixa central do gramado, para criar e dar opções de jogadas aos companheiros.



Em função dos atacantes abertos da equipe catalã, imagino que os laterais do Chelsea pouco poderão apoiar. Malouda e Anelka terão de se projetar não apenas nas diagonais, para buscar Didier Drogba, mas também se lançar à linha de fundo.

Lampard, o pé pensante do esquadrão londrino, vai acionar os homens das beiradas e o centroavante, seja a passes curtos, após carregar a bola, seja a arremessos longos verticalizados (no caso de Drogba).

Além do 8, Ballack igualmente vai surgir de trás para ativar os quatro atletas à frente e, por que não, soltar tiros de fora da área. Em outras partidas o alemão cansou de tocar a pelota para o avante marfinense, que se desloca como poucos nos arredores da área.

De qualquer maneira, a partir das 15h45 de hoje, a teoria vai dar lugar à prática. E dentro de 90 minutos vamos saber quem abrirá vantagem no primeiro duelo da semifinal da Liga dos Campeões.

segunda-feira, abril 27, 2009

Deixa de ser sem graça, Juan

Na mesma ponta direita do sagrado gramado do Maracanã, onde o alvinegro Garrincha cansou de deitar e rolar em cima do rubronegro Jordan, quem perdeu a linha ao ser driblado foi Juan. O ala flamenguista mandou o botafoguense "parar de fazer gracinhas".



Ora, se o que Maicosuel fez foi "gracinha", na cabecinha do Juan, Garrincha deve ser um tremendo palhaço.

Nem Ronaldo, nem Felipe. Jorge Henrique

Perfeito. Taticamente é assim que Mano Menezes define Jorge Henrique: perfeito.

No 4-2-3-1 do Coringão, Jorge Henrique é o homem da beirada pela direita. Sua função, principalmente quando o time joga fora de casa e sofre pressão, é acompanhar o lateral-esquerdo adversário. Pergunte a Triguinho se ele não teve pesadelos com o baixinho das pernas arqueadas nesta noite.



A obediência e a aplicação tática desempenhadas por JH são impressionantes. Sem dúvida a equipe de Mano é Jorge Henrique mais dez.

domingo, abril 26, 2009

Fenômeno resolve na Vila

A exemplo da partida contra o CSA, no clássico diante do Corinthians faltou ao Santos qualidade e tranquilidade na hora da finalização.

Durante a maior parte do tempo a bola esteve sob posse do Peixe. Os jogadores rondavam a área, chegavam perto, criavam as chances, mas não conseguiam concluir (sem desmerecer a bela atuação do goleiro Felipe).

Se o pé dos alvinegros praianos não estava calibrado, o dos alvinegros paulistanos estava afiado. Principalmente o de Ronaldo. Em três arremates, marcou dois. Ambos de esquerda.



Imenso é o poder de decisão do centroavante corintiano. Se ele aparece pouco ao longo do jogo, se não participa intensamente da partida, quando aparece, quando participa, decide. Raramente toca na bola. Contudo, quando toca, resolve.

Agora, com o 3 a 1 de hoje, o Santos terá de vencer o Corinthians no Pacaembu por três gols de diferença, coisa que, salvo engano, jamais aconteceu ao Coringão de Mano.

Hegemonia celeste em Minas

Há dez clássicos o Atlético não consegue bater o Cruzeiro.

Assim como na partida de ida da final do estadual do ano passado, na tarde deste domingo o time de Adilson Batista embocou 5 a 0 no Galo.



Se a vitória da Raposa não surpreende, o placar assusta. No entanto, se analisarmos friamente as duas equipes, tática e tecnicamente o Cruzeiro é bastante superior ao rival.

Cristiano Ronaldo por Kaká

Conforme a temporada europeia se aproxima do fim, aumentam as especulações no mercado da bola.

Fala-se em Kaká no Manchester United. Caso Cristiano Ronaldo vá para o Real Madrid, os Diabos Vermelhos pretendem acertar com o craque brasileiro.



Segundo o Mail Online, os merengues estariam dispostos a pagar £75 milhões pelo português de 24 anos. Com o dinheiro desta transação no bolso, o clube inglês faria uma oferta ao Milan em torno de £50 milhões.

Vindo dos jornais ingleses, não se pode levar a informação ao pé da letra. No entanto, se de fato ocorrerem as transferências por estes valores, na minha opinião o Manchester United se daria muito bem, pois para mim Kaká, 27, joga muito mais que Cristiano Ronaldo.

sexta-feira, abril 24, 2009

Final do Paulista


Correção: Vesti Fabiano Eller e Triguinho com a 3. Na verdade o zagueiro usa a 6. E Ganso a 11, e Madson a 10.

Final do Carioca

Final do Mineiro


Correção: Éder Luís recebeu o terceiro amarelo e não participa deste jogo. Kléber deve ser seu substituto.

D'Alessandro é Selección

Maradona acabou com a brincadeira.

Ontem coloquei no ar a enquete que pergunta se D'Alessandro tem lugar na seleção argentina.

Eis que hoje vejo no Globoesporte.com que o 10 do Inter está altamente cotado para enfrentar a Colômbia e o Equador no começo de junho, pelas Eliminatórias.

Para mim ele deve ser titular, ainda mais após a renúncia de Riquelme. Eu escalaria a Argentina, do meio para frente, com Gago, Cambiasso, Lucho González (ou Maxi Rodríguez) e D'Alessandro (em losango), e Messi e Tevez no ataque.

quinta-feira, abril 23, 2009

Galo elimina Guará e aguarda Vitória

Ao vencer o Guaratinguetá no Mineirão por 2 a 0 (gols de Tardelli e Júnior), o Atlético-MG assegurou seu lugar nas oitavas-de-final da Copa do Brasil.

Com Renan de cabeça-de-área, Carlos Alberto e Márcio Araújo de volantes de escape, Lopes na articulação, e Diego Tardelli e Éder Luís no ataque, o Galo passou pelo Guará sem muito esforço nesta quinta-feira.

A movimentação que chama a atenção na equipe mineira é a do camisa 9. O artilheiro do Brasil até aqui com 23 gols aparece por todos cantos do campo, inclusive no de defesa. Não é raro vê-lo, por exemplo, invertendo de posicionamento com o meia ou com o outro atacante.



No intervalo, insatisfeito com o desempenho defensivo do meio-de-campo, Leão trocou Márcio Araújo por Rafael Miranda (e Lopes por Alessandro). Desta maneira, com Rafael pela esquerda, ao lado de Renan, o losango foi desfigurado e o setor reforçado. E Carlos Alberto ficou mais solto para apoiar.

Agora o próximo adversário é o Vitória. No entanto, antes disso, tem o clássico contra o Cruzeiro pela final do estadual.

Copas do Brasil e Libertadores

Dentre tantos jogos ocorridos nesta quarta-feira, o resultado mais notável foi o 1 a 0 do CSA em cima do Santos em plena Vila Belmiro.

Creio que o Peixe não vai dar importância à eliminação, pois, se não me engano, Vagner Mancini disse que o que interessava nesta semana era a final do Paulistão.

Outra partida memorável foi o 5 a 0 do Colorado sobre o Guarani. Goleada virou rotina. Mais bem encaminhado para o ano do centenário, impossível. Há quem diga que este time é a reencarnação do Rolo Compressor dos anos 40.

Pela Libertadores, sem jogar bem e com Dagoberto novamente avançado na ala direita, o São Paulo buscou a virada contra o América de Calli. Aos trancos e barrancos, vamos ver até onde chega a equipe de Muricy Ramalho.

Já a Raposa de Adílson Batista fez do Deportivo Quito gato e sapato no Mineirão. Só parou no 2 a 0 porque havia uma trave no meio do caminho.

E assim como os outros dois representantes brasileiros que entraram em campo na noite de ontem, o Sport também venceu e assumiu a liderança isolada do seu grupo.

Dos três, o futebol do Cruzeiro tem-se apresentando com maior desenvoltura.

quarta-feira, abril 22, 2009

O Grêmio pode esperar?

Os jogos de ida das oitavas-de-final serão disputados nos dias 14 e 15 de maio. Uma semana depois, nos dias 21 e 22, acontecem os de volta.

É justamente nesta semana que a direção gremista acredita que Paulo Autuori pode chegar ao Brasil, por 17 de maio, entre uma partida e outra do mata-mata inicial.

Para fechar a fase de grupo, falta ao Tricolor enfrentar o Boyacá Chicó na próxima terça-feira, em Porto Alegre. Depois disso, a 10 de maio, num domingo, o Grêmio estreia no Brasileirão contra o Santos, no Olímpico. E no dia seguinte deve viajar para enfrentar sabe-se lá quem, sabe-se lá onde, pelas oitavas da Libertadores.

Durante estes 25 dias, o Grêmio estará em boas mãos? Vale a pena esperar por Paulo Autuori? Marcelo Rospide irá segurar as pontas? Ou deve-se trabalhar com outro nome?

Ao que parece, a opção será aguardar por Autuori.

Caso a classificação às quartas esteja bem encaminhada quando ele chegar, e tudo dê certo, a diretoria será parabenizada. Mas se o Grêmio passar por dificuldades e a situação ficar delicada (o que eu não acredito), os dirigentes gremistas serão criticados às dunas.

Repetição, insistência, convicção

A variação tática é benéfica e necessária a um time de futebol. E quanto mais treinada ela estiver, melhor. No entanto entendo que, em regra, o técnico tem de ter convicção e insistir na formação que ele julga ser a ideal.

Contra o Santos no Palestra, na semifinal do Paulistão, por exemplo, Vanderlei Luxemburgo trocou o tradicional 3-5-2 pelo 4-4-2 - sendo que foi daquela maneira que surgiram as atuações convincentes na temporada.

No 2 a 0 sobre a LDU, pela Libertadores, Luxa retomou o bom e velho 3-5-2. O Verdão não foi brilhante, longe disso. A equipe encontra sérias dificuldades para perfurar retrancas (seja no 3-5-2 ou no 4-4-2). Mas ontem, com três zagueiros, venceu.



Veja bem, sei que nem sempre todos atletas estão à disposição e eventualmente, em tese, é válido alterar o esquema em função do estilo de jogo do oponente. Porém, quanto mais vezes o sistema tático for repetido, mais afinado ficará.

Tomemos outros casos: dificilmente se vê Vagner Mancini e Mano Menezes modificando seus esquemas por causa do adversário. Eles sempre jogam com uma linha de quatro, dois volantes, três meias e um centroavante. O Inter também. Não lembro qual foi a última vez que Tite escalou o Colorado sem o losango no meio-campo.

Para mim o técnico tem de ter convicção e insistir no esquema que mais bem se adapta aos seus jogadores. Claro que não se pode ignorar o inimigo, mas hoje em dia as comissões técnicas se preocupam demais com o outro e esquecem de aperfeiçoar o próprio.

terça-feira, abril 21, 2009

Liverpool 4 x 4 Arshavin

Soma-se a alta qualidade técnica à ambição e à ousadia, e tem-se jogos deste tipo.

De novo a Inglaterra foi palco de um 4 a 4. Desta vez foi pela Premier League. Os personagens foram Liverpool e Arsenal. E o protagonista da insana partida foi Andrey Arshavin, que marcou nada menos que os quatro do time londrino.



O material humano por aqui não é de primeira, é verdade. Mas de qualquer forma, enquanto no Brasil muitos técnicos jogam lá atrás, com medo de levar gol e perder o jogo (e consequentemente o emprego), na Europa - principalmente na terra da rainha - tem-se abusado da ofensividade.

Belo desfalque para o Palmeiras

Lesionado - segundo o Globoesporte.com - o principal jogador da LDU não atuará contra o Palmeiras na noite desta terça.



Sem o argentino Manso, a Liga não é tão arisca. O canhotinho é o pé pensante do time. A maioria das jogadas da equipe equatoriana são articuladas por ele. Na sua ausência, a atual campeã da Libertadores perde e muito em criatividade.

Claro que dentro de campo são onze contra onze, uma andorinha só não faz verão. Mas que este desfalque é uma mão na roda, é.

segunda-feira, abril 20, 2009

Hernanes, o meia, é apenas mais um

Ouço muita gente descendo a lenha no futebol do Hernanes. Faz um bom tempo que ele não vem jogando nada, dizem por aí. Há umas dez partidas o aclamado melhor jogador do São Paulo, pela crítica e pelo público, não tem feito jus a essa alcunha.

É a pura verdade. Mas a atual bola do camisa 10 está em baixa não porque ele desaprendeu a jogar, e sim porque, atuando como meia, é apenas mais um. Como volante, é craque. Como meia, é comum. Já escrevi sobre seu posicionamento (e o de Ramires) aqui no blog. E o próprio Hernanes, inclusive, vê refletir no espelho um volante, e não um meia - embora seja assim que Muricy Ramalho tem o aproveitado.

domingo, abril 19, 2009

8 a 1: a especialidade da casa

Qual o melhor Internacional: o que meteu 8 a 1 no Juventude na final do Gauchão do ano passado, ou o que goleou hoje o Caxias pelo mesmo placar?

Aquela equipe tinha Clemer; Bustos, Índio, Orozco e Marcão; Danny Morais; Magrão, Guiñazu e Alex; Fernandão e Nilmar.

E a que nesta tarde sagrou-se campeã estadual invicta alinha Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kleber; Sandro, Magrão, Guiñazu e D'Alessandro; Taison e Nilmar.

Na temporada passada o Colorado entrou no Brasileirão como um dos grandes favoritos, merecidamente. Mas deu no que deu. Nesta, novamente será apontado como forte candidato ao título. Vamos ver no que vai dar. Time a time, o atual, na minha opinião, é melhor do que o do primeiro semestre de 2008. O de hoje é mais rápido, entrosado e equilibrado.

Espelho tático no clássico carioca

Se Cuca e Ney não alterarem seus usuais esquemas, Flamengo e Botafogo se colocarão em campo de uma maneira muito parecida. Talvez as diferenças sejam os posicionamentos de Léo Moura e Juan, que se adiantam mais que os alas alvinegros, e a presença de Ibson na meia, que dá ao time rubronegro um poder de marcação na cancha ofensiva que Maicosuel não dá ao Bota.



Williams terá de anular Maicosuel, e Fahel, Ibson. Léo Silva e Kléberson vão bater de frente, assim como os quatro alas. E na dianteira, dos dois lados se verá dois atacantes sendo marcados por dois zagueiros de combate (sendo Aírton e Leandro Guerreiro volantes que atuam na zaga) e o defensor da sobra.

As escalações só serão confirmadas a minutos do início da final da Taça Rio, logo mais, às 16h. A prancheta é apenas uma tentativa de antever o jogo.

sábado, abril 18, 2009

Peixe dá banho e chega à final

Luxemburgo errou ao entrar com dois homens na zaga e Evandro no meio-campo, na minha opinião. É verdade que o Santos tem apenas Kléber Pereira na frente, e talvez por isso o técnico do Verdão tenha aberto mão do terceiro zagueiro. No entanto a movimentação provocada por Madson e Neymar pelas pontas e por dentro é muito intensa. Logo, os velozes alvinegros deitaram e rolaram às costas dos laterais. E Evandro, cá entre nós, não se diferencia pela habilidade que possui. Jamais saberemos qual seria o resultado se o Palmeiras atuasse no habitual 3-5-2. O fato é que, taticamente (tecnicamente também), o Peixe deu um banho no Porco.



Mancini, por sua vez, colocou Germano no lugar de Rodrigo Souto. Achava que ele iniciaria com Pará de segundo volante, para ter mais qualidade na saída da bola. Entretanto, com dois volantes mais marcadores, os laterias teriam mais liberdade para apoiar (e tiveram).

Quem ganha a partida são os atletas dentro de campo (aliás, como joga o tal do Ganso!). Mas não se pode negar a superioridade tática do Santos neste confronto. Mérito de Vagner Mancini, que com inteligência e convicção mantém o esquema e as peças que acredita serem as melhores para sua equipe.

Previsões para Palmeiras x Santos

Na ausência de Edmílson o 3-5-2 alviverde muda bastante. Sem o camisa 3 o Palmeiras perde o líbero e a possibilidade de variar taticamente durante o jogo. Penso que Marcão entrará na equipe para eventualmente também fazer este papel, saindo pela esquerda. Digo eventualmente porque aquele é o canto que Madson atua. Portanto não sei se o 13 do Verdão terá chance de apoiar.

Imagino que Jumar, e não Evandro, será escalado na vaga de Cleiton Xavier. Se isso ocorrer, os alas terão menos compromissos defensivos e mais liberdade para atacar, por dentro e pela lateral.

Na frente cogito Ortigoza ao lado de Keirrison. Lenny dá mais movimentação ao time, mas com dois homens enfiados, um dos laterais ou dos volantes santistas terão de ficar mais presos (até porque se os atacantes abrirem pelos flancos, pode sobrar espaço, se Roberto Brum deixar, para Diego Souza se projetar pelo centro [e porque, em tese, Armero e Fabinho serão bem ousados]).



Se os alas palmeirenses pressionarem adiante, Triguinho e Luizinho não poderão avançar a todo instante. Se o fizerem na louca irão desguarnecer a retaguarda. Por isso visualizo Madson e Neymar entrando não somente na diagonal, mas buscando a linha de fundo para efetuar os cruzamentos.

Além dos neoponteiros, Ganso será crucial na articulação das jogadas. Ele pode cair pelos dois lados (até para fugir de Pierre), especialmente pelo esquerdo, já que o direto receberá o suporte de Pará. Para mim o substituto de Rodrigo Souto é uma incógnita. A aposta é de risco, eu sei, porém arrisco em Pará porque ele tem boa qualidade técnica para se lançar à frente.

Não estático, Kléber Pereira aguardará a aproximação dos três meias na ofensiva. Embora seja a referência na dianteira do Santos, o centroavante pode pintar às costas dos volantes adversários e quiçá pelos lados.

Apesar de ser fundamentada, tudo isso é teoria. A partir das 18h10, horário de Brasília, no Palestra Itália, veremos a prática.

quinta-feira, abril 16, 2009

Botafogo usou e abusou da esquerda

Vi apenas o primeiro tempo de Botafogo e Americano-RJ, nesta quinta, pela Copa do Brasil.

Até onde assisti, o Bota insistiu pela esquerda com Thiaguinho, Léo Silva e Reinaldo. Vez ou outra Maicosuel tentava acionar também o flanco direito, mas pouca coisa acontecia pelos lados de Alessandro.



Eventualmente algum zagueiro alvinegro (Fahel ou Juninho) saía e se apresentava mais à frente para ser opção de jogada. O camisa 3, por exemplo, se fez de homem surpresa, veio de trás, tabelou com Victor Simões na entrada da área e marcou um belíssimo gol. No entanto, após a substituição de Reinaldo, a equipe carioca caiu de produção.

Quando a rivalidade confunde

Ao enfrentar o Independiente Medellín ontem, com a equipe praticamente reserva, o São Paulo abriu mão de brigar pela primeira posição na classificação geral.

Bem que fez, até porque mais vale passar pelo Corinthians no fim de semana e chegar à final do estadual do que decidir os jogos eliminatórios da Libertadores no Morumbi.

quarta-feira, abril 15, 2009

Verdão não consegue passar por Leão

Certamente é preciso reconhecer os méritos defensivos do Sport, mas devido à necessidade do resultado, esperava-se mais do Palmeiras no Palestra Itália na noite desta quarta-feira.

Na primeira etapa apenas dois lances chamaram a atenção. Não por acaso, os dos gols.



No do Palmeiras, Diego Souza fez um corta-luz iluminado. Sem tocar na bola ele driblou o adversário, os cinegrafistas e o estádio, e deixou Armero em condição clara de cruzamento. O camisa 6 o fez, a bola tocou na costela de César, e o juíz viu pênalti. Keirrison cobrou e marcou.

E no do Sport, após empatar no finzinho do primeiro tempo, o atacante Wilson estupidamente ergueu a camiseta na comemoração e recebeu o segundo amarelo. É inadmissível que uma comissão técnica dê brecha para um jogador fazer isso.



Já na fase complementar da partida, com o alviverde imponente meio imprudente, e o rubronegro recifense bastante compactado, e com um a menos, nada demais aconteceu, além das poucas e boas defesas do goleiro Magrão.

Se só a vitória interessava ao anfitrião, o empate foi bem recebido pelo visitante. Passadas quatro rodadas, o Grupo 1 da Libertadores ficou assim: Colo-Colo líder com 7 pontos; Sport em segundo, também com 7; Palmeiras em terceiro, com 4; e LDU em quarto, também com 4.

Discretos, Diabos eliminam Dragões

Quando foi anunciada a escalação do United, pensei o óbvio: Rooney e Berbatov na frente, Giggs e Cristiano Ronaldo abertos como meias. No entanto Sir Alex Ferguson posicionou o camisa 10 como homem da beirada, pela direita, e Ronaldo no ataque, ao lado do búlgaro.

A vitória inglesa foi magra e o futebol pouco vistoso, embora seja digno de registro o risco praticamente nulo que os Diabos correram no Estádio do Dragão (Ferdinand estava fazendo falta).

No meio, Anderson foi o volante de saída, tanto por dentro quanto pelo flanco canhoto. Pela direita Rooney buscava a diagonal e a linha de fundo. E na dianteira os atacantes se movimentavam bastante, nem Berbatov ficou grudado à área. Era comum a troca de posições entre eles.



No segundo tempo Berbatov foi substituído por Nani. O português veio atuar no lugar de Giggs, como meia-esquerda, e o 11 foi formar a dupla de ataque com o 7.

Apesar do golaço marcado por Ronaldo, o Manchester United não brilhou. Mas a essa altura da competição, classificar-se era o que importava. Agora o próximo confronto é doméstico, contra o Arsenal, que indiscutivelmente é mais time que o Porto.

terça-feira, abril 14, 2009

Raposa com um pé na final

O mandante era o Ituiutaba, mas o palco foi o Mineirão. Na partida de ida da semifinal do Mineiro, o Cruzeiro meteu 4 a 1 e se aproximou da decisão do estadual.

Com Gerson Magrão na esquerda, o time dirigido por Adilson Batista se apresentou no 4-2-2-2 habitual. Marquinhos Paraná e Henrique são encarregados de cobrir as subidas frequentes dos laterais. E casualmente, quando o adversário está na retranca, algum deles se projeta à frente, como no lance do primeiro gol, quando Henrique, rente à linha de fundo, deu o passe para Wellington Paulista abrir o placar, após bela participação de Kléber.



Aliás, a movimentação que mais me chamou a atenção foi a do camisa 30. Ele aparece por todos os cantos do gramado, inclusive no meio-campo, para buscar a bola. Ao fazer isso os meias, não necessariamente ao mesmo tempo, avançam para dar opções de jogadas e fazer companhia ao centroavante.

Na verdade o escore é ilusório. No geral o Cruzeirou não foi bem. Só nos minutos finais fez 2 a 1, e em seguida o terceiro e o quarto (gols efetuados por Wellington, Kléber, Wanderley e novamente Kléber).

Promessa cumprida em Londres

Sensacional. Fantástico. Histórico. O clássico inglês entre Chelsea e Liverpool, pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões, foi tudo isso e mais um pouco.

Mesmo sem Gerrard, os visitantes se imporam e abriram 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Surpreendentemente até então só dava Liverpool. Na segunda etapa o Chelsea acordou e virou: 3 a 2, resultado que classificaria os donos da casa.



Eis que na reta final do duelo, Lucas e Kuyt reviraram o placar: 3 a 4. A sete minutos do fim, bastava um gol para os Reds eliminarem os Blues e seguirem na competição. Mas quem marcou foi Lampard, que aos 44 do segundo tempo pregou de vez o caixão vermelho: Chelsea 4 x 4 Liverpool.

A expectativa de um jogo bastante franco foi superada. Imaginava-se um confronto aberto, e assim foi. Agora a equipe de Rafa Benitez pensa na Premier League, e a de Guus Hiddink no Barcelona, que passou facilmente pelo Bayern de Munique.

De onde vem a inspiração



Acho que sei qual foi a referência dos idealizadores do comercial.

Na década de 30 o Atlético-MG tinha um jogador que cruzava para ele mesmo marcar. Guará dava um chutão para cima, da intermediária rumo à área adversária, corria em direção à meta, chegava a tempo, subia mais que os zagueiros e cabeceava para a rede. Segundo Ricardo Galuppo, autor do livro Atlético Mineiro - Raça e amor, Guará, que fez muitos gols desta maneira, batizou a jogada de "Viva São João!".

Promessa de jogo aberto em Londres

Duas decisões pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões esquentam a tarde desta terça-feira. Às 15h45, horário de Brasília, tem Bayern de Munique x Barcelona, e Chelsea x Liverpool. No jogo de ida deu Barça por 4 a 0 e Chelsea por 3 a 1.

Hoje, atuando fora de casa, o time de Rafa Benitez vai para o tudo ou nada. Terá de jogar ofensivamente se quiser eliminar a equipe de Guus Hiddink. Se Gerrard se entregar à marcação de Essien, como na partida em Anfield Road, a vida dos Blues será facilitada. Para que isso não aconteça a movimentação do camisa 8 dos Reds terá de ser intensa, ou buscando os espaços pelos lados do campo, ou vindo buscar a bola mais atrás para acionar os meias das beiradas e o próprio Fernando Torres.



Do outro lado, os homens das pontas do Chelsea são mais ariscos que os do Liverpool. Eles partem à linha de fundo ou entram em diagonal com mais naturalidade e nocividade. A exemplo de Gerrard, Lampard também terá de fugir da marcação. Ele poderá arrastar algum volante adversário abrindo assim buracos para as subidas de Ballack, que tem trabalhado como segundo volante, saindo mais para o jogo e dando passes verticais para os atacantes.

Para o Liverpool é tudo ou nada. Embora, evidentemente, se avançar na louca e se desorganizar lá atrás, o Chelsea, em pleno Stamford Bridge, não irá perdoar. De qualquer modo, espera-se um jogão aberto, rico em qualidade técnica e oportunidades de gol.

segunda-feira, abril 13, 2009

São Paulo terá de caminhar sem seu líder

Rogério Ceni fraturou o tornozelo num treino despretensioso realizado hoje no CT da Barra Funda, e segundo previsões médicas vai ficar fora dos gramados por quatro meses.

A bruxa estava rondando o goleiro há algum tempo. As atuações recentes do são-paulino estavam bem aquém de sua consagrada capacidade.



Honestamente, não sei se Rogério atravessa uma fase ruím entre as quatro linhas (sob a trave, e nas cobranças de falta), ou se ele se encontra em ligeiro e constante declínio técnico.

Independente disso, confirmada a sentida ausência, o São Paulo terá de encontrar o norte na Libertadores sem seu capitão.

Quem não mostra o vermelho, amarela

Ronaldo foi maldoso e deveria ter recebido o vermelho após a entrada desleal que deu em André Dias.

No entanto os juízes amarelam quando a falta acontece nos primeiros minutos da partida. Parece que no comecinho o único cartão que pode dar as cores é o amarelo.

Não acho que Salvio Spinola não expulsou porque era o Ronaldo. Não expulsou porque árbitro algum expulsa no início do jogo.



Tenho arquivado na memória um lance da Copa de 2006. Logo no princípio do duelo Boulahrouz cravou as travas da chuteira na coxa de Cristiano Ronaldo. Resultado: o holandês levou apenas o amarelo, e o português, importante peça da seleção lusitana, teve de ser substituído ainda na primeira etapa, desfalcando sua equipe numa oitava-de-final de Copa do Mundo.

Veja no segundo 0:42 do vídeo:


Salvio amarelou no clássico de ontem não porque era o Ronaldo. Amarelou porque nenhum apitador tem colhão para mostrar o vermelho nos minutos iniciais.

Fla x Bota. São Paulo x Palmeiras?

Fiquei à parte do mundo da bola nos últimos dias, não vi nenhum jogo, só um trecho do compacto do Fla-Flu. E pelo visto só deu Flamengo, que venceu por 1 a 0 e agora enfrenta o Botafogo na final da Taça Rio. Com salários atrasados ou não, no Rio o Flamengo é sempre tradição.

Já no Paulistão prevaleceu o mando de campo: 2 a 1 Santos em cima do Palmeiras na Vila, e 2 a 1 Corinthians sobre o São Paulo no Pacaembu. Para Muricy Ramalho, o mandante vai continuar prevalecendo. Segundo o treinador tricolor, São Paulo e Palmeiras vão garantir a vaga na decisão na partida de volta.

quinta-feira, abril 09, 2009

Leão engasga com Porco no Recife

Escrevi antes da partida que, se Pierre anulasse Paulo Baier, as bolas chegariam aos atacantes com dificuldade. Dito e feito. Na verdade, nem chegaram. Méritos do Porco, que neutralizou o Leão em plena Ilha do Retiro.

Sem ninguém para articular as jogadas, Moacir projetava-se à frente a todo instante, mas sem obter sucesso. Ora era parado por Armero, ora era abandonado por Vandinho. Faltou alguém para encostar no ala-direito rubronegro. Do outro lado Dutra foi ajudado por Ciro uma vez ou outra, entretanto a iniciativa se concentrou pelo flanco destro.



Já o Palmeiras, com Edmílson atuando como deve, de líbero, foi ofensivo sem se descoordenar. Os visitantes atacaram com Williams bem aberto na esquerda (onde Armero aparecia com frequencia), com Diego Souza eventualmente partindo para a direita, e Cleiton Xavier saindo mais para o jogo quando Edmílson compunha o meio-campo.

Evidentemente não se trata do lendário "nó tático". No entanto há de se reconhecer que, taticamente (tecnicamente também), os jogadores do Palmeiras, auxiliados pelo treinador, foram superiores. Com toda justiça o Verdão conseguiu os três pontos e o oxigênio que tanto precisava. E além de tirarem a corda do pescoço e de finalmente pontuarem, os palmeirenses ganharam algo essencial para o desenrolar da competição: confiança.

Diego Souza, o Kaká paraguaio

Nem Ciro, nem Keirrison. O nome de Sport 0, Palmeiras 2, foi Diego Souza. No primeiro tempo ele deu o passe para o primeiro gol, e na etapa complementar simplesmente marcou um golaço.



Assim como o camisa 10 da Seleção, o 7 do Palmeiras é daqueles meias que carregam a bola pelo gramado de cabeça erguida e peito estufado. Que são privilegiados pelo raciocínio rápido, pela visão de jogo aguçada e pelo senso tático apurado. E que, além de ser relativamente alto e forte, é daqueles meias que têm poder de conclusão e habilidade objetiva sem firula. Tal qual Kaká.

Não que o jogador do Verdão seja do mesmo nível do craque do Milan, milhas disso. Aliás, compará-los não é minha intenção. Pretendo apenas chamar a atenção para as semelhanças que existem no estilo de jogo dos dois. Diego Souza está um degrau abaixo. Ele faz de uma maneira muito parecida tudo o que Kaká faz, mas numa potência, numa escala, numa proporção menor.

Se Ronaldinho desperta desconfiança na comissão técnica, na torcida e na imprensa, e se a reserva do Kaká na Seleção estiver de fato vaga, não repudio a ideia de convocá-lo para compor o grupo.

quarta-feira, abril 08, 2009

Os garotos goleadores

Com tanto atacante bom por aí, quem diria, Vágner Love e Afonso eram os convocados à Seleção até outro dia.

Dois deles entrarão em campo nesta noite, embora um deles, o pernambucano, não esteja confirmado.



Enquanto Keirrison mostrava seu futebol na Série A pelo Coritiba, conquistava a artilharia do Brasileiro 2008 e calçava a chuteira de ouro da temporada, Ciro pintava como uma avalanche entre os juniores do Sport. Os 34 gols anotados em 29 jogos o ajudaram a subir.

Em 2009 o Palmeiras foi o destino do K9, e o de Ciro, o time profissional do Sport. Até aqui o garoto de Dourados-MS marcou 12 vezes no Paulistão e 4 na Libertadores. E o menino de Salgueiro-PE fez 14 no Pernambucano e 1 na Libertadores.

E pensar que Ciro tem apenas 19 anos, e Keirrison 20.

A batalha tática na Ilha do Retiro

As últimas vezes que tentei antecipar a formação do Palmeiras, me dei mal. Mas assim como Dunga, vou teimar e insistir no erro.

Na minha visão é a melhor opção para o Verdão é ter Edmílson liberto, como líbero, saindo para o jogo quando o time tem a bola, e compondo a zaga pelo meio quando a equipe está sem ela.

Por atuar em casa o Sport vai pressionar alucinadamente. E, se atacar sem organização, pode deixar espaços para os avanços de Armero pela esquerda, lugar onde Diego Souza também aparece com desenvoltura, transformando-se num terceiro atacante.



Pierre, por sua vez, será encarregado de parar Paulo Baier. Se o camisa 10 rubronegro for anulado, os atacantes não serão tão acionados. Entretanto a tarefa não é simples. Neste duelo de marcação, o articulador pode arrastar o 5 alviverde e abrir espaços para a chegada dos volantes.

Tudo isso é teoria. Os titulares só serão conhecidos a minutos do pontapé inicial, e a formação de ambos só será revelada quando a bola rolar. No entanto, mais do que o confronto tático, vai sobrar disposição, rivalidade e força de vontade neste clássico brasileiro.

A hora da verdade: Leão x Verdão

Finalmente chegou o 8 de abril. Há semanas espera-se por este jogo. Uma pena não ter os dos times em colocações similares na tabela. Inesperadamente o Palmeiras perdeu as duas partidas que fez até aqui na Libertadores, e hoje irá em busca do impossível.



Não que vencer o Sport na Ilha do Retiro seja impossível. Mas é quase. Ainda mais se considerarmos o momento do Leão (invicto na temporada, 100% de aproveitamento na Libertadores e 92% no Pernambucano), e se levarmos em conta o retrospecto recente do confronto.

Não queria bater na mesma tecla, entretanto, em função da disparidade, é besteira ignorar estes números: nos últimos seis duelos (dois pelo Brasileirão 2007, dois pelo Brasileirão 2008 e dois pela Copa do Brasil do ano passado) o Sport venceu cinco e empatou um.

Se perder, o Verdão praticamente dá adeus à Libertadores. Teria de ganhar as próximas três partidas e torcer contra um monte de gente. Agora, se empatar ou somar três pontos, acende-se uma luz no fim do túnel.

terça-feira, abril 07, 2009

Dragões infernizam Diabos Vermelhos

O cartão de visita do Porto foi apresentado logo no começo da partida. Aos 4 minutos Rodriguez abriu o placar e calou o Old Trafford.

Quem mandou no primeiro tempo não foi o mandante mas sim o visitante. Ressabiado e irreconhecível, o Manchester United só conseguiu empatar aos 15 graças à falha escandalosa do zagueiro Bruno Alves. Mesmo assim a primeira etapa foi portuguesa.



Já na segunda, os Dragões - que infernizaram a vida dos Diabos Vermelhos até então - sentaram no resultado, acomodaram-se no 1 a 1 fora de casa e abdicaram de atacar. Atrelado a isso os comandados de Alex Ferguson cresceram, fundamentalmente após as entradas de Giggs e Tevez, e chegaram à virada com o argentino aos 40.

Como o 2 a 1 seria injusto, pelo futebol jogado ao longo dos 90 minutos, outro argentino, de nome Mariano, que entrou aos 35, tratou de fazer justiça com os próprios pés e deu números finais ao eletrizante confronto aos 44 do segundo tempo: Manchester United 2 x 2 Porto.

Se pensarmos na bola que os dois times estão jogando, e na vantagem construída no jogo de ida, fica difícil imaginar o atual campeão da Liga dos Campeões seguindo na competição.

segunda-feira, abril 06, 2009

Taça Rio chega à reta final

O equilíbrio e o imponderável vão pairar sobre a Cidade Maravilhosa. No fim de semana acontecem as semifinais em jogos únicos. Sábado tem Vasco x Botafogo e domingo é dia de Fla-Flu.

O Fluminense pode ter dois ou três atletas e um treinador renomados; o Botafogo pode ter os três goleadores da competição; o Flamengo pode ter a tradição que tem tratando-se de estadual; porém para mim quem pinta como favorito na Taça Rio é o único dos grandes de fora da elite do futebol brasileiro.

Reitero que a paridade entre os quatro é grande e apontar os dois finalistas é impossível. Mas, apesar de ter sido rebaixado à Série B no ano passado e de ter sido rotulado de azarão no início desta temporada, entendo que o Vasco tem hoje a equipe mais consistente e consciente taticamente do que os outros. Sem grife, com os pés no chão e a faca entre os dentes, o time de Dorival Júnior, na minha opinião, pode surpreender. Não à toa conseguiu oito vitórias em oito partidas no segundo turno.

Semana livre pode fazer diferença

É preciso pôr alguns asteriscos nos semifinalistas do Paulistão.

Sábado, dia 11 de abril, tem Santos x Palmeiras na Vila Belmeiro, e domingo, dia 12, Corinthians x São Paulo no Pacaembu.

Entre hoje e o fim de semana há três jogos no caminho.

Quarta-feira o Verdão decide a vida na Libertadores contra o Sport, na Ilha do Retiro. No mesmo dia o Santos visita o CSA de Alagoas pela Copa do Brasil. Na quinta o São Paulo recebe o Defensor pelo torneio continental. E o Corinthians, enquanto isso, treina.

Consumadas as partidas de ida nos dias 11 e 12 pelo estadual, no meio da semana seguinte tem Palmeiras x Sport no Palestra Itália, Independiente Medellín x São Paulo na Colômbia, e Misto x Corinthians em Campo Grande, todos na quarta-feira. E enquanto isso, o Santos treina.

Como diria o outro, clássico é clássico e vice-versa. Impossível cravar quem vai passar. Contudo, e isso é apenas uma constatação, o calendário está a favor dos alvinegros.

Diretoria sucumbe à pressão e demite Roth

"Sem Roth, seja qual for o técnico, o Grêmio desperta para uma nova realidade. Qualquer treinador é melhor que Roth, uma vez que Roth perde todos os títulos que disputa. O lucro é imenso. O Grêmio recomeça. A Libertadores ganha novo oxigênio. O Grêmio tem novo norte", diz Zini em seu blog.

Não é novidade que a maioria da imprensa e da torcida queria a cabeça de Roth. Bastou uma discordância entre comissão técnica e diretoria na hora de optar por titulares ou reservas no Gre-Nal de ontem, e o ultimato foi dado: se não vencer o Inter, o técnico cai.

Quanta bobagem.

Sabe-se que o elenco do Tricolor não é dos melhores. E que a pontaria dos jogadores não está afinada. Se os atacantes não têm competência ou sorte para finalizar, a culpa não é do treinador.

Perder três grenais no Gauchão tira o sono de qualquer um, é verdade. Mas e daí? O que importa é a Libertadores! É por causa da mentalidade passional e pequenina de alguns dirigentes que o estadual é uma pedra na chuteira de quem disputa a copa continental.

Veja bem, não estou defendendo Celso Roth. Ele errou feio uma ou outra vez, principalmente naquele Gre-Nal do 3-6-1. Seu salário não é baixo, não permite erros infantis como aquele. No entanto, o que acontece a partir de agora?

Já tem gênio achando que Geninho é a solução.

Se até ontem eu pensava que a equipe da Azenha iria engrenar na Libertadores porque teria tempo de sobra para treinar, hoje, em meio à turbulência, as incógnitas me rodeiam.

domingo, abril 05, 2009

Grêmio eliminado do Gauchão. E daí?

Inegavelmente a sequencia sem vencer o rival incomoda. Aguentar os corneteiros de plantão por causa dos resultados nos últimos clássicos não é mole. No entanto Celso Roth e seus comandados devem pensar somente na Libertadores. O estadual que se dane.

E é isso o que fazem. A comissão técnica e os jogadores têm essa consciência. Se dependesse deles o Tricolor atuaria com o time misto no Gre-Nal de hoje, em função da partida de depois de amanhã (sim, o Grêmio tem compromisso pela Libertadores já nesta terça-feira). Mas segundo se sabe a diretoria teria ordenado que o técnico escalasse os titulares no dérbi.

Ora! É óbvio que perder para o arquirrival deixa qualquer um aporrinhado. Porém os cartolas deveriam ter um posicionamento profissional e acima de tudo racional na hora de tomar as decisões. A melhor escolha era pensar no Aurora e escalar a equipe mista contra o Inter. Ou quem sabe a reserva, até porque a titular em campo não garante a vitória.

Tenho convicção quase absoluta de que, agora eliminado do Gauchão e com tempo de sobra para treinar, o futebol do Grêmio vai crescer e muito na competição que realmente importa.

Ma quem? Macheda!

Hoje, no Old Trafford, Cristiano Ronaldo fez dois na virada sobre o Aston Villa, tornou-se artilheiro do Inglês ao lado de Anelka com 15 gols, e teria tudo para ser o destaque da partida não fosse um garoto de 17 anos.

O gol que deu a vitória e a liderança de volta ao Manchester United saiu do pé direito do italiano Macheda, nada menos que em sua estreia no profissional. Aos 47 do segundo tempo, com 2 a 2 no placar, o atacante recebeu dentro da área, num toque dominou e tirou do marcador, e noutro concluiu com rara felicidade.



Episódio heróico à parte, o futebol apresentado pelos Diabos Vermelhos tem acendido a lâmpada da desconfiança dos torcedores. Já não se acredita que Cristiano Ronaldo e cia vão atropelar todo mundo na Premier e na Champions League.

sábado, abril 04, 2009

Gre-Nal 376

Se Réver jogar na sobra algum jogador do Inter irá sobrar no meio-campo. Se Réver atuar como líbero, saindo para o jogo quando o time tem a bola, o Tricolor terá mais quantidade e qualidade na meia-cancha, com Tcheco tendo mais mais liberdade para atacar.

Imagino que os flancos podem ser caminhos ofensivos interessantes. Apesar de, em tese, Bolívar subir menos que Kleber, o Colorado pode levar perigo pela direita com Magrão, Nilmar e Andrezinho, às costas de Fábio Santos.

Do outro lado, pela esquerda, a equipe de Celso Roth pode aparecer com o ala-esquedo, com Souza e Jonas. Ao cair por este setor, o camisa 8 gremista arrasta a marcação do 8 colorado, abrindo espaços para uma possível chegada de Tcheco.



Isto são apenas alternativas táticas teóricas. Não se sabe quais serão as escalações muito menos os esquemas que serão adotados pelos treinadores. Porém cogita-se que ambos entrarão com os sistemas tradicionais neste domingo, às 17h, no Beira-Rio.

Pintura em grafite

Artilheiro isolado do Campeonato Alemão, hoje com 20 gols, Grafite pincelou uma obra-prima no 5 a 1 sobre o Bayer de Munique.

Liverpool chega ao topo na Inglaterra

A reza braba que os Diabos Vermelhos fizeram neste sábado foi por água abaixo aos 47 do segundo tempo. Se vencesse o Fulham fora de casa, o Liverpool chegaria a 67 pontos, ultrapassaria o Manchester United na tabela, e assumiria a liderança da Premier League.

No primeiro tempo os Reds massacraram mas não chegaram às redes. Meteram quatro bolas na trave. Só no minuto final da etapa complementar conseguiram alcançar a meta, com um jogador que saiu da reserva para fazer o único gol do duelo.



No domingo o Manchester United, agora segundo colocado, recebe o Aston Villa. Se somar três pontos, volta a ser o primeiro na classificação. Se empatar ou perder, se mantém na vice-liderança. Mas vale lembrar que a equipe de Sir Alex Ferguson tem um jogo a menos que as demais do campeonato.

No entanto, a sete rodadas do fim, o Liverpool, que não vence o Inglês desde 1990, parece estar embalado para quebrar este jejum.

sexta-feira, abril 03, 2009

O time do centenário vermelho

Amanhã o Sport Club Internacional completa um século de glórias. Já que a onda é escalar a equipe de todos os tempos, lá vai a minha:

Os vinte e dois do PVC

Na verdade, vinte e três. Na minha lista coloquei só dois goleiros. Ele citou três. Confira quais seriam os convocados à Seleção por Paulo Vinícius Coelho:



Para minha surpresa, PVC completou a relação com um dos mais contestados jogadores de Dunga:

quinta-feira, abril 02, 2009

Questão física deixou Ronaldinho de fora

Dunga justificou a não escalação de Ronaldinho e Kaká juntos pela linha de raciocínio que eu havia traçado antes da partida.

Com ambos em campo a comissão técnica sabia que teria de fazer duas alterações anunciadas. Mas Kaká acabou surpreendendo a Dunga e Jorginho e jogou os 90 minutos.

Quando perguntado sobre Ronaldinho e Kaká, na entrevista coletiva, o treinador da Seleção respondeu o seguinte: "Se nós colocássemos dois jogadores, com a certeza que teríamos que substituir - ou pelo menos tínhamos no início, o Kaká suportou bem, melhor do que a gente esperava... E era um jogo que nós tínhamos que ganhar, e durante o jogo a gente ia ter que fazer as três substituições, não sabia como ia andar esse jogo".

Seleção fez o dever de casa sem brilhar

Não é preciso ter um pouquinho de cérebro para reconhecer a fragilidade da seleção peruana. Derrotá-la por 3 a 0 em pleno Beira-Rio era o mínimo que se esperava da Seleção.



No frigir dos ovos, o time de Dunga não jogou bem. Demonstrou vontade, é verdade. Em vinte minutos eles correram mais que em noventa em Quito. Mas o resumo da ópera não foi animador.

Apesar de ter feito um gol na base da sorte (dividida) e da categoria (finalização), Felipe Melo e seu companheiro Gilberto Silva erraram passes infantis. Na minha opinião os volantes obrigatoriamente têm de ter qualidade com a bola no pé.

No primeiro tempo os laterais inexistiram. Kleber chegou à linha de fundo somente uma vez, e Daniel Alves apoiou só a minutos do final da primeira etapa. No segundo tempo ambos se soltaram mais, principalmente Daniel Alves, que aproveitou bem a oportunidade.

Porém o futebol apresentado pela Seleção não foi só desgraça. Luís Fabiano mostrou porque é o dono da nove, e Elano, porque é o homem de confiança de Dunga.

Apenas um adendo: Pato deveria ter entrado antes. O técnico da Seleção só o colocou em campo porque saiu o terceiro gol. Se continuasse 2 a 0, Dunga o mandaria ao gramado a 15 minutos do fim da partida. Faltou sensibilidade a ele. Pelo contexto da situação, era jogo para o ex-atleta do Inter entrar antes.

No entanto deve-se admitir uma bola dentro de Dunga: Ronaldinho no banco. Se ele tinha alguma dúvida que era reserva, esta foi sanada ontem. Um chá de cadeira pode fazer bem a Ronaldinho. Se não quiser ser reserva de Robinho e Elano, o gaúcho terá de ralar. Agora, se ele se acomodar e aceitar o assento à beira da cancha na boa, é caso de não convocá-lo por enquanto.

Na cabeça de Dunga o que importa é se classificar para a Copa do Mundo, dane-se o bom futebol. Sua receita é 'ganhar em casa e empatar fora'. Depois se vê o que se faz. Este pensamento é equivocado. A equipe já deveria estar sendo moldada visando o ano que vem. Entretanto há uma Copa das Confederaçõs no meio do caminho. Se não convencer, se der vexame no mês que vem na África do Sul, pode ocorrer uma reviravolta.

quarta-feira, abril 01, 2009

Pato nada de braçada no Beira-Rio

Em função das convicções de Dunga, a camisa 9 do Brasil tem dono. Justo. Luís Fabiano marcou quatro gols em sete jogos pelas Eliminatórias. De quebra, ainda, salvou a pele do treinador por duas vezes. Uma delas contra o Uruguai, no Morumbi: 2 a 1, dois do atacante do Sevilla, em sua primeira vez como titular da Seleção. Sem dúvida o estádio do São Paulo é a casa de Luís Fabiano, e lá ele ditou as regras.

Embora tenha ficado tão pouco tempo no profissional, Alexandre Pato vê no Beira-Rio seu habitat natural. A média das últimas partidas parece mentira, mas não é. Em cinco aparições pelo Brasileirão de 2007 e uma pela Recopa, Pato marcou 6 gols em 6 jogos (no total, incluindo as pífeas participações do Inter na Libertadores e no Gauchão daquele ano, foram doze jogos e sete gols no campo do Colorado).



Se Luís Fabiano começou entre os onze pela primeira vez naquele confronto do Morumbi, por que Pato não pode ser titular no lar que tanto se sente bem? O palco, a torcida e, vá lá, até mesmo os números estão a favor. Só espero que a luz da sensibilidade pouse sobre a cabeça da comissão técnica para que o garoto seja escalado desde o início, apesar de ter consciência de que isso não vai acontecer.