quarta-feira, dezembro 22, 2010

Possível Grêmio com Ronaldinho

Baseado no atual elenco e nas notícias que colocam Ronaldinho no Grêmio, a primeira formação que me vem à cabeça é o 4-4-2 em quadrado com Douglas e Ronaldinho nas meias, e Jonas e Borges no ataque.

No entanto, para deixar o craque gaúcho com menos responsabilidade defensiva, imagino o Tricolor num 4-4-2 em losango. Só que ao invés de ter três volantes de ofício e o camisa 10 no meio-campo, penso em Douglas recuado.



Sem a bola, o armador teria de voltar para preencher os espaços e dar combate no oponente dentro de seu raio de ação. Já com ela, a exemplo de Ronaldinho, Douglas iria articular as jogadas com seus passes e desferir tiros de média e longa distância.

Há também outras possibilidades, como as levantadas por Eduardo Cecconi aqui. Contudo não consigo visualizar um time com Borges ou Douglas (ou Jonas, é claro) no banco. Para mim a tese de que muito jogador bom junto não dá certo é balela.

terça-feira, dezembro 14, 2010

A culpa é de quem?

O sentimento de culpa é inerente ao ser humano. Temos mania de senti-lo e personificá-lo em várias ocasiões da vida, nos mais distintos setores.

No caso do Inter, primeiramente é preciso reconhecer os méritos do adversário, o que brasileiro em regra tem dificuldade de fazer. Se o Mazembe está na final do Mundial, não é à toa.

Isto posto, tenho dois pilares para tentar justificar o fracasso do Colorado em Abu Dhabi: Taison e Giuliano. Na época da Libertadores, inclusive, visualizei os dois com a amarelinha.

Como se sabe, no mata-mata qualquer um pode morrer, ainda mais num jogo só de 'ida'. Se a equipe treinada por Celos Roth vencesse, o que seria normal, nada disso estaria sendo escrito.

No entanto, a meu ver, diretoria e treinador erraram ao vender Taison e manter Giuliano no banco (não me refiro à partida desta terça, mas sim ao segundo semestre desse ano).

Tática e tecnicamente, ambos fazem a diferença. Um dá velocidade e profundidade ao ataque, enquanto o outro organiza e finaliza com precisão. Sem eles, a produção é flagrantemente reduzida

Não sei qual seria o desfecho se os jogadores citados tivessem sido melhor aproveitados. Não sei se o Internacional cairia ou passaria pela semifinal. Contudo, se tem uma coisa que nunca digeri, foi a saída de Taison e a reserva de Giuliano. Desde sempre.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Wenger aproveita mal seus jogadores

Na teoria o esquema tático base do Arsenal na partida contra o Partizan foi o 4-4-2 em linha, com Song e Denilson por dentro e Nasri e Arshavin nas asas do meio-campo. Porém na prática se configurou um 4-2-3-1, pois Van Persie voltava à linha dos volantes adversários.

No entanto não quero me prender a números de sistemas neste post, mas sim criticar de maneira construtiva as opções tomadas por Arsene Wenger na distribuição dos jogadores em campo.



Por que o camisa 10 teve de voltar e atuar mais na meia do que no ataque? Porque, a meu ver, os jogadores mais talentosos (Arshavin e Nasri) estavam escalados nas beiradas do gramado. Já que Denilson e Song não primam pela criação, o corredor central ficou órfão de invenções, e coube ao holandês buscar o jogo atrás.

Devido à sua visão acima da média e à qualidade em seu passe vertical, a melhor alternativa, na minha opinião, era ter Nasri na articulação central de um 4-2-3-1, com Chamakh (ou Van Persie) na ponta direita (isso baseado nos nomes que foram titulares nesta quarta-feira, porque se for para considerar os altetas do banco, por mim Walcott teria começado entre os onze no lugar do 29).

Quando Fábregas está à disposição, vá lá, é compreensível que Nasri seja escalado no lado. Caso contrário, não. E mesmo com o espanhol e companhia disponíveis, não precisa ser vidente, me parece evidente que o Arsenal não terá vida longa na Champions League.

Por que votaria em Messi

Embora seja óbvio, é preciso deixar claro que o prêmio da FIFA é para o melhor jogador do ano, e não para quem simplesmente é o melhor ou para quem foi o melhor da temporada europeia.

Dito isso, em 2010, a meu ver, quem mais jogou foi Lionel Messi. Mais que Xavi, Iniesta, etc.



Há quem diga que o título mundial da Espanha pese na hora da escolha. Relativo. Depende do critério de cada um. Para mim, nem tanto. E mesmo se pesasse, o melhor jogador da Fúria na Copa foi David Villa, na minha opinião.

Há também quem fale que o gênio argentino não fez nada na África do Sul, colocação da qual discordo veementemente. Basta ver as partidas da Argentina.

Quer dizer que Messi jogou mais que Xavi e Iniesta nos gramados sul-africanos? Acho que não. Porém o que ele fez no primeiro semestre de 2010, antes da Copa, e o que fez neste, depois da Copa, na minha visão o credeciam a levar o troféu.

terça-feira, novembro 30, 2010

Possível Seleção Sub-20

Confesso que não conheço uns oito nomes da lista de vinte e cinco publicada por Ney Franco nesta terça-feira. Portanto posso cometer algumas bobagens na projeção do time titular.

Como a Seleção de Mano joga no 4-2-3-1, e como gosto da ideia de atuar com dois pontas e um centroavante, resolvi adotar este esquema para a Sub-20.



Nesta formação, Oscar, Alan Patrick e Lucas, penso eu, disputariam a camisa 10. Acabei optando pelo são-paulino entre os onze pela rodagem que ganhou este ano entre os profissionais, embora o santista também tenha aparecido em vários jogos neste Brasileirão.

O mesmo raciocínio é aplicado nas laterais, pois Danilo e Alex Sandro jogaram muito mais que Rafael, do Flamengo, e Gabriel, do Palmeiras.

Em função da experiência de ter disputado o Mundial Sub-17 no ano passado, penso que Romário será titular na zaga ao lado de... Saimon?

Já a dupla de volantes tem Casemiro, que jogou relativamente bastante nesta temporada, e João Pedro, titular no Mundial Sub-17.

Numa das beiradas, Neymar é absoluto. Na outra, Coutinho deve ser o dono da posição, apesar de atuar mais na ponta esquerda do que na direta na Inter de Milão.

Especulações à parte, é óbvio que não sei qual a equipe que Ney tem em mente, nem mesmo a estrutura tática que ele pretende utilizar. Mas para um esboço inicial, tá valendo, não?

segunda-feira, novembro 29, 2010

Clássico de um time só

Me incomodam bastante análises imediatistas.

Por causa do chocolate no Camp Nou, agora dizem alguns que Casillas é frangueiro, Sérgio Ramos não presta, Alonso é perna-de-pau, Cristiano Ronaldo é pipoqueiro e Mourinho não é tudo isso.

Menos, né?

É óbvio que o Real Madrid não conseguiu jogar, muito em função da brilhante partida feita pelo Barcelona. Mas daí a pensar que a equipe merengue está repleta de jogadores medianos é demais.



Dito isso, é preciso enaltecer o que fizeram os donos da casa. Como de praxe, mantiveram a posse de bola no campo ofensivo, trocaram passes como se fosse um treinamento de dois toques, e decidiram graças à genialidade de Lionel Messi. A diferença é que o adversário desta segunda não era qualquer um.

Que o 5 a 0 foi indiscutível e merecido, foi. E ainda ficou barato.

No momento resta-nos aguardar para ver o que vai acontecer no Santiago Bernabéu, no duelo de volta, e quem terá vida mais longa no que realmente importa, que é o mata-mata da Champions.

Pré-jogo de Barça x Madrid

Devido às formações das equipes, os duelos individuais do meio-campo devem ser bem claros entre Mascherano e Özil, Xavi e Alonso e Iniesta e Khedira.

Há também a possibilidade de Guardiola escalar Busquets no lugar do camisa 14, ou até mesmo de Keita na meia, deslocando assim Iniesta para a ponta e deixando Pedro no banco.



Terão a árdua tarefa de marcar Cristiano Ronaldo, Daniel Alves, no primeiro combate, e Piqué na cobertura. Em contrapartida o mesmo se aplica a Sérgio Ramos e Pepe em relação a Villa.

Acostumado a subir com frequência, tenho minhas dúvidas quanto aos avanços do lateral-direito azul-grená neste jogo, por causa da presença do português. Se assim ocorrer, penso que caberá a Pedro buscar a linha de fundo, às costas de Marcelo.

Já Messi, que tem atuado centralizado de uns tempos pra cá, evidentemente não irá se entregar à marcação da dupla de zaga merengue. Por motivos óbvios, o gênio argentino não joga como centroavante de área. Tem liberdade para cair pelos lados e retornar à altura dos volantes adversários.

Teorias à parte, a bola rola na prática nesta segunda-feira, no Camp Nou, a partir das 18h, horário de Brasília.

quinta-feira, novembro 25, 2010

Por onde começar a reformulação?

Agora, depois da eliminação, é fácil falar. Mas, convenhamos, o time do Palmeiras é fraco. Não sou radicalmente contra improvisações, mas o time do Palmeiras é puro improviso.

Para se ter ideia, no 4-2-3-1 alvi-verde, o volante de origem Márcio Araújo é o lateral-direito. Tinga, outro volante, é o ponta-direita. E Luan, o ponta-esquerda, cá entre nós, não tem caixa para ser titular do Verdão.

Já Kleber, coitado, é o centroavante. O Gladiador, alías, merece um parágrafo tático à parte. Na minha visão, ele não é nem centroavante, nem ponta. Não tem características nem de camisa 9 de ofício, nem velocidade para ser um ponta. Logo, é atacante para jogar no 4-4-2, e não no dito 4-2-3-1 (seja na referência ou na beirada).

Quer dizer que a equipe do Goiás é melhor, Carlão? Claro que não. Porém como se sabe, no mata-mata qualquer um pode morrer.

Resta ao Palmeiras juntar os cacos, avaliar quem sai, quem fica e quem chega ao elenco, e pensar no grande objetivo do primeiro semestre de 2011: a Copa do Brasil. Evidente, com um investimento menor do que teria se participasse da Libertadores.

E quais as prioridades nas contratações, então? Imagino que, se Felipão projetar o time num 4-4-2 (em losango ou quadrado), dois laterias e um atacante para assumirem as posições serão bem-vindos.

domingo, novembro 21, 2010

4-2-3-1 no Furacão

Naquele time vice-campeão paulista deste ano, Branquinho era o meia-direita de um 4-4-2 em quadrado. No Atlético-PR, hoje treinado pelo mesmo Sérgio Soares, o camisa 11 é ponta-esquerda.

No entanto, em função de sua característica, ele tende a se infiltrar pela faixa central do gramado, e em raros momentos até inverter de posição com Paulo Baier, como ocorreu na derrota por 3 a 1 para o Grêmio neste sábado.



Do lado oposto, o direito, o equatoriano Guerrón quase sempre busca a linha de fundo, dificilmente entra em diagonal. O que o atrapalha, porém, é a falta de qualidade nos cruzamentos, fundamento essencial para quem parte pelo corredor até o final.

Já os laterais, pelo menos no jogo do Olímpico, pouco apoiaram, o que por conseguinte permitiu que a dupla de volantes atuasse mais pelo meio e cobrisse menos os flancos, a exemplo dos zagueiros.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Aposta de Mano não deu certo

Não entendi por que Mano manteve o 4-4-2 em losango até o fim.



Quando escrevi antes do jogo que Douglas e André teriam grandes chances de entrar, pensei na mudança para o 4-2-3-1, com o gremista na articulação, Robinho e Neymar nas pontas e o atleta do Dínamo de Kiev na referência. Sem um 9 de ofício no time, aliás, quem acabou tendo de atuar de costas, dividir com os zaguerios e fazer as vezes de centroavante em vários momentos foi Neymar.

Justiça seja feita, no segundo tempo o técnico do Brasil colocou André e deu mais profundidade à equipe. No entanto ao invés de tirar um volante para adotar os três atacantes, sacou o camisa 11 e mexeu muito pouco na estrutura tática.

Não acho que Mano errou. Se aquela bola do Daniel Alves entra, por exemplo, a Seleção poderia ter criado diversas oportunidades nos contra-ataques lançados por Ronaldinho e puxados por Neymar e Robinho, goleado, e nada disso estaria sendo dito.

Não errou. Apenas fez uma aposta que não ceu certo.

terça-feira, novembro 16, 2010

Pré-jogo do clássico dos clássicos

Baseado nas informações que chegaram via Twitter da CBF e do colega Renato Zanata, imagino que estes serão os times escalados no amistoso.

A diferença mais notável é que Mano aparentemente irá trocar o 4-2-3-1 habitual pelo 4-4-2 em losango, com Ronaldinho na armação, à frente de três meio-campistas e atrás de dois atacantes.



Devido à ausência de Pato e à opção do treinador em deixar André no banco, o Brasil atuará sem uma referência no ataque, sem um 9 de ofício, ao contrário da Argentina, que contará com Higuaín.

Em relação aos duelos individuais, é provável que Daniel e André se encarreguem dos pontas Di María e Messi, e o cabeça-de-área Lucas bata de frente com Pastore.

Já Mascherano deve fazer o mesmo com Ronaldinho, embora de maneira menos explícita, porque o argentino não atua centralizado.

Como a superioridade numérica do meio-campo é verde-amarela, em função dos deslocamentos dos volantes adversários para marcar o camisa 10, é bem possível que espaços surgirão para a progressão de Elias ou Ramires.

Teorias pré-jogo à parte, a bola rola na prática nesta quarta-feira às 15h, horário de Brasília, em Doha, no Catar.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Pré-jogo de Corinthians x Cruzeiro

Cuca deve escalar Gilberto na lateral pelo seguinte: se colocá-lo no meio-campo, o veterano terá de marcar nada menos que Elias.

Por isso, penso eu, o treinador do Cruzeiro irá pôr seu melhor marcador para bater de frente com o camisa 7 corintiano. No caso, Marquinhos Paraná.



Como os dois times jogam no mesmo esquema tático, o 4-4-2 em losango, os duelos da meia-cancha provavelmente estarão bem definidos entre Ralf e Montillo, Jucilei e Henrique, Bruno César e Fabrício, além de Elias e Marquinhos.

Em relação aos atacantes de movimentação das duas equipes, um tende a atuar pelo lado direito (Thiago Ribeiro) e o outro pelo lado esquerdo (Dentinho). No entanto é bem possível que eles busquem as costas do lateral adversário que mais avançar.

Teoria à parte, a bola rola na prática neste sábado às 19h30, horário de Brasília, no Pacaembu, no jogo que reune, para mim, os dois melhores meios de campo titulares em atividade no Brasil.

Pato não tem reserva?

Desde o início da Era Mano Menezes, o posto de reserva de Alexandre Pato tem sido ocupado por André.

Para mim o ex-santista é um belo atacante, mas não ao ponto de figurar entre os selecionáveis. Dentro da política de renovação da Seleção, creio que ele vem sendo chamado porque tem idade olímpica.

Agora, André à parte, quais as outras alternativas?

Fala-se bastante em Hulk, porém o treinador do Brasil o enxerga como homem de beirada de campo (disse isso a Caio num Bem, Amigos!), e não um centroavante.

Adriano, por não andar na linha fora das quatro linhas, imagino que seja carta fora do baralho.

Quem pode assumir a 9 no 4-2-3-1 verde-amarelo, então?

Nilmar é um forte candidato, embora particularmente eu prefira ele jogando como ponteiro.

Quando acertou seu retorno ao país, jurava que Keirrison logo conquistaria a condição de reserva do Pato. Contudo seu desempenho no Peixe ficou a desejar e minha previsão também.

Se Fred tivesse sequência, talvez poderia ser ele. Ricardo Oliveira, quem sabe. Luís Fabiano? Grafite? Acho que não.

Que Pato é titular daqui até 2014, não há dúvida. E que ele não tem substituto à altura, idem. No entanto, em função das contusões da vida, Mano precisa ter uma carta na manga para a posição.

terça-feira, novembro 09, 2010

Seria Elano o ponta-direita?

Desde a saída de Robinho, a posição está sem dono definitivo. De lá pra cá, no, vá lá, 4-2-3-1 do Santos, vários nomes pintaram por ali, como Zezinho, Zé Eduardo, talvez Madson, Danilo.

O dono da 10 é Ganso, o armador-central. A 11 é de Neymar, o ponta-esquerda. A do centroavante está entre Zé Eduardo e Keirrison. E a 7 cairia muito bem em Elano, caso se confirmassem os rumores.



Foi pela ponta direita, aliás, no 4-2-3-1 de Dunga, com a número 7, inclusive, que Elano jogou. Embora particularmente eu prefira jogadores com características diferentes para a posição, acredito que ele possa sim jogar por ali no Peixe.

Ah, claro, desde que este seja o esquema adotado por Adilson.

Sobre o que ele pode agregar ao emocional deste jovem grupo numa Libertadores da vida, em função de sua experiência e dos anos de Vila, não precisa nem comentar.

Mas que vença o melhor...

Torcer não é o verbo mais adequado. Mas se tem um clube que eu gostaria de ver com a taça, é o Fluminense, por um simples motivo.

O Cruzeiro é bicampeão brasileiro e o Corinthians é tetra, sendo que os últimos títulos foram conquistados em 2003 e 2005, já na era dos pontos corridos. O Tricolor Carioca, em contrapartida, venceu apenas uma vez, na longínqua década de 1980.



Time por time, elenco por elenco, para mim o do Corinthians é o melhor dos três. Se hoje houvesse um triangular para decidir o campeão, por exemplo, apostaria no alvi-negro de olhos fechados.

No entanto, para o bem do futebol brasileiro - se é que posso dizer isso - seria bacana ver a instituição Fluminense com o caneco do Brasileiro de 2010 (nem preciso escrever que não estou "torcendo" contra Cruzeiro e Corinthians porque você é inteligente e entendeu meu ponto de vista).

quinta-feira, novembro 04, 2010

Lucas é homem de centro

Carpegiani deve ter seus motivos para escalar o São Paulo da maneira que está escalando, e eu tenho os meus para contestar.

Na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, nesta quarta-feira, o treinador tricolor repetiu o mesmo 4-4-2 em linha adotado na partida diante do Santos, só que com Fernandão no lugar de Fernandinho.



Para mim, apesar do triunfo em Minas, há um forte equívoco nesta formação: Fernandão e Lucas não são jogadores de beirada de campo. Um por falta de velocidade e pulmão, o outro pela qualidade no passe e na finalização.

A meu ver é um desperdício ter um atleta como Lucas escalado aberto numa linha de quatro porque ele tem visão de jogo e passe vertical. No lance do gol, por exemplo, ele arranca, tabela com Dagoberto, sai na cara do gol e balança a rede, tudo pela faixa central do gramado. Não tenho dúvida de que o camisa 37 rende mais por dentro do que pelo flanco.

Qual a melhor alternativa, então? Na minha modesta opinião, o 4-2-3-1 seria o esquema ideal, com Dagoberto e Marlos (ou Fernandinho) pelos cantos, Ricardo Oliveira na referência do ataque e Lucas centralizado como um 10, que não apenas arma o jogo, mas também entra na área para concluir. Aliás, não são poucas as boas jogadas que ele efetuou neste campeonato atuando nesta zona.

terça-feira, novembro 02, 2010

O asa-esquerdo dos Spurs voa

Quando digo asa do meio-campo me refiro ao 'winger', nome dado na Inglaterra ao cara da beirada da linha de quatro da meia-cancha.

Nesta terça-feira, na Terra da Rainha, onde o 4-4-2 em linha é bastante utilizado, um dos representantes deste modelo se destacou ao bater a Inter por 3 a 1, com direito a baile de Bale.



Sua técnica e habilidade são evidentes, é claro, mas o que mais chama a atenção são a velocidade e o pulmão, aliadas à condução de bola. Quando coloca na frente, é inalcançável - raramente na diagonal, quase sempre pelo corredor, em regra para efetuar o cruzamento.

O galês de 21 anos, canhoto, pode até render como ponta num 4-3-3 (ou 4-2-3-1), ou na lateral mesmo, como fez na temporada passada. Contudo parece que o camisa 3 dos Spurs nasceu para atuar nesta posição deste esquema tático. Na asa esquerda, ele está voando.

sexta-feira, outubro 29, 2010

Ronaldinho no 4-2-3-1 e no 4-4-2

Se Mano julgar que Ronaldinho pode vestir a 10 da Seleção e ser o meia-armador do 4-2-3-1 verde-amarelo, este deve ser o time.

Particularmente, até que me provem o contrário, creio que ele tem sim totais condições técnicas (e físicas) para exercer essa função.



Agora, caso o treinador entenda que Ronaldinho tenha que jogar com três homens atrás dele, como ocorre no Milan de Allegri, o esquema tático deve ser alterado para o 4-4-2 em losango.

Desta maneira o desgaste seria menor, em contrapartida a equipe abriria mão de atuar com dois pontas e Neymar (ou Robinho) iria para o banco.



Entre as duas opções, prefiro a primeira. Posso estar teimando, mas só vou me convencer de que Ronaldinho não rende como armador num 4-2-3-1 quando ver ele ser escalado como tal, num jogo pra valer, e ir mal.

Contudo, embora torça pelo contrário, imagino que Mano opte pela segunda prancheta, para dar mais consistência ao meio-campo e soltar o camisa 10. E porque o adversário é a Argentina.

Lista de Mano desperta dúvidas

Confesso que fiquei um pouco confuso com a convocação. Pelo seguinte: Mano disse, em entrevista ao site da CBF, antes de anunciar a lista, que chamaria dois jogadores por posição.

Como o time joga no 4-2-3-1, linha de quatro à parte, seriam dois primeiros volantes, dois segundos volantes, dois meias, quatro pontas e dois centroavantes.

Se considerarmos que Lucas e Sandro são os 'primeiros volantes', penso que Mano vê em Jucilei um 'segundo volante', e não um primeiro, além, claro, de Ramires.

Douglas, é óbvio, chega para a vaga de Ganso. Mas quem é o outro camisa 10? Contra a Ucrânia, foi Elias. E se o papo de 'dois jogadores por posição' for real, deve ser Elias novamente, para minha tristeza.

Para minha tristeza porque queria e quero ver Ronaldinho nesta função. Contudo se o papo de 'dois jogadores por posição' for levado ao pé da letra, Pato e André são os centroavantes, e Robinho, Neymar, Coutinho e mais um são os pontas. No caso, Ronaldinho.

A não ser que o treinador cogite Elias na beirada do campo. Se porventura ele visualizar no camisa 7 do Corinthians um ponteiro, aí sim o 80 do Milan seria o tal meia centralizado. Entretanto, acho difícil.

De qualquer maneira, resta-nos aguardar o amistoso do dia 17 diante da Argentina para sanar essas dúvidas, ou quem sabe elas desapareçam nos próprios treinamentos.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Bolão da convocação

Para enfrentar a Argentina no dia 17 de novembro, em Doha, no Catar, Mano deve chamar jogadores que atuam no Brasil e no exterior.

Aposto nesta lista:

Goleiros
Julio César, Victor e Jefferson.

Zagueiros
Thiago Silva, David Luiz, Réver e Alex.

Laterais
Daniel Alves, Rafael, André Santos e Marcelo.

Meio-campistas
Lucas, Ramires, Sandro, Wesley, Bruno César, Ronaldinho, Carlos Eduardo e Coutinho.

Atacantes
Robinho, Neymar, Nilmar e Pato.

A divulgação dos nomes ocorre nesta sexta-feira, a partir das 10h30, horário de Brasília.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Ronaldinho e Neymar devem pintar

Ganso e Neymar são titulares absolutos até 2014, a não ser que ocorra o milagre de aparecer dois jogadores melhores que eles neste período.

Contra os EUA, ambos jogaram. Para os treinamentos em Barcelona, apenas 'estrangeiros' foram chamados. Diante do Irã e da Ucrânia, um não foi convocado por causa de contusão, o outro por confusão.

Baixada a poeira, Neymar deve pintar na lista para enfrentar a Argentina por dois motivos: primeiro porque é o dono da 11, e segundo, para ganhar experiência. Já Ganso, só em 2011.

Desde a perda de Ganso, aliás, Mano testou primeiro Carlos Eduardo na posição do camisa 10, contra o Irã, depois Elias, contra a Ucrânia.

Outros meias poderiam ser considerados, como Bruno César e Douglas. No entanto, para o amistoso do dia 17, e somente para o amistoso do dia 17, tô apostando em Ronaldinho.

Primeiro porque ele tem condições técnicas para exercer a função de articulador central no 4-2-3-1 verde-amarelo, e segundo porque ele impõe respeito em qualquer um, inclusive nos hermanos.

Quando voltar aos gramados, porém, acredito que Ganso reassume a 10 da Seleção, o barco segue sua rota normalmente, e Ronaldinho fica de fora dos planos de Mano.

segunda-feira, outubro 25, 2010

O que muda com Robinho ou Ronaldinho

Allegri tem escalado o Milan no 4-4-2 em losango, quando Ronaldinho está em campo. Nesta segunda-feira, porém, na vitória por 2 a 1 sobre o Napoli fora de casa, sem o camisa 80 e com o 70, o Rubro-Negro voltou ao seu 4-3-3 de outros carnavais.

No entanto neste esquema Robinho não fica preso à ponta esquerda. Flutua de uma beirada a outra, transita pela faixa central do gramado, volta para compor o meio-campo, inverte de lado com Pato, se movimenta por quase todos os cantos.



Na abertura do placar, por exemplo, posicionado no corredor direito, ele toca para Oddo na linha de fundo, entra em diagonal, recebe de volta do lateral e finaliza de esquerda no canto direito do goleiro.

Aparentemente Robinho dá mais mobilidade à equipe que Ronaldinho. Contudo há uma diferença entre os dois: enquanto um corre, o outro faz a bola correr.

Seja quando está jogando na ponta esquerda ou pelo centro, como tem sido ultimamente, Ronaldinho faz o time jogar, se sustenta, com seus passes precisos de média e longa distância. Já Robinho se desloca em demasia para dar opções aos seus companheiros.

Qual a melhor alternativa? Creio que com Ronaldinho. Na minha opinião mais vale ter um maestro do que um motorzinho. Se bem que, para mim, os dois poderiam jogar juntos (veja aqui). Na teoria fica bonito. Na prática não sabemos, pois Allegri nunca testou.

domingo, outubro 24, 2010

Meio-campo: o ponto forte do Timão

Baseado no histórico de Tite no Inter, projetei aqui no blog um Corinthians no 4-4-2 em losango. Não deu outra. Em sua estreia à frente do Timão, o treinador posicionou a mesmíssima equipe da prancheta publicada no dia 20, exceção feita a Iarley no lugar de Dentinho.



Na minha opinião este meio-campo com Ralf na cabeça-de-área, Elias e Jucilei no apoio e Bruno César na articulação central, é o mais completo do país. Nenhum outro time tem no setor jogadores com tais qualidades complementares.

Nem mesmo o Cruzeiro de Montillo e o Fluminense de Conca têm uma meia-cancha tão equilibrada. Não que eles sejam piores que Bruno César, não é isso. Mas quando se coloca na balança todos os atletas desta zona, para mim os corintianos se sobressaem.

Restando sete jogos para o fim do campeonato, entre eles o confronto direto com a Raposa no Pacaembu, neste domingo o "novo" Corinthians exibiu sua força no clássico diante do Palmeiras e mostrou que tem tudo para crescer nesta reta final.

quarta-feira, outubro 20, 2010

Possibilidade de losango no Timão

O treinador não pode chegar a um clube premeditado a impor seu esquema tático predileto. A não ser que haja no elenco peças para isso. Caso contrário, não deve.

Não sei se Tite tem uma estrutura tática preferida, se na época ele julgou que aquela era a melhor opção pelos jogadores que tinha em mãos, ou se apenas deu sequência ao trabalho, mas no Inter campeão da Sul-Americana em 2008 e vice-campeão da Copa do Brasil em 2009, ele adotou o 4-4-2 em losango.

O que absolutamente não quer dizer que, no Timão, ele fará a mesma coisa. Contudo, se fizer, me parece que esta é a alternativa mais plausível:



Nesta formação os laterais alternam no avanço. Quando um vai, o outro fica. Desta maneia o time tem, em tese, sempre quatro homens para se defender (dois zagueiros, um lateral e o cabeça-de-área) e raramente sofre contra-golpes escancarados.

No ataque, Ronaldo é o atacante de referência e Dentinho (Jorge Henrique, De Federico) o de movimentação, caindo pelos dois lados e buscando o jogo atrás.

Já no setor do meio-campo, Bruno César é o articulador principal, auxiliado pelos apoiadores Jucilei e Elias. Há também a possibilidade do camisa 8 atuar como primeiro volante, com Paulinho na linha do 7 e Ralf no banco.

Porém, insisto: não é porque implantou o 4-4-2 em losango em sua passagem mais recente pelo Brasil, que agora, no Parque São Jorge, Tite vai repetir a dose.

terça-feira, outubro 19, 2010

Madrid, de Marcelo, passa fácil pelo Milan

Não creio que Mano irá convocar ou deixar de convocar Ronaldinho para o amistoso contra a Argentina por causa do jogo contra o Real Madrid.

Minha aposta é que ele será chamado por uma questão de 'necessidade', como disse o próprio treinador. Com Ganso no estaleiro, Mano testou primeiro Carlos Eduardo na função, depois Elias, e agora, penso eu, Ronaldinho. Mas quando o 10 da Vila voltar de vez, acredito que o 80 do Milan ficará fora dos planos.



Dito isso, não tenho dúvida de que quem chamou a atenção do técnico da Seleção, presente no Santiago Bernabéu, nesta terça-feira, foi Marcelo. Ausente da última lista, o camisa 12 do Madrid foi perfeito tanto defensiva quanto ofensivamente. Apareceu muito bem na frente em várias oportunidades, e em tantas outras, freou o ímpeto dos adversários, entre eles nada menos que Pato. Foi, de longe, o melhor brasileiro em campo.

Sobre a partida em si, o Real sobrou. Mais compacto e completo, fez dois gols aos 13 e 14 minutos do primeiro tempo, e no restante do duelo esteve muito mais perto de chegar ao terceiro do que de sofrer o primeiro. Não se expôs, e ainda criou boas chances. Domínio supremo. 2 a 0 ficou barato.

Quem vai ficar com Rooney?

Vamos especular? Pelas declarações dadas por Alex Ferguson, parece que Wayne Rooney não vai mesmo ficar no Manchester United. Qual seu possível destino, então?



Além do Real Madrid, que é tarado por megacontratações, vejo apenas um clube com possibilidade de fechar com o atacante inglês: o Barcelona.

Por um simples motivo: a ausência de um centroavante. Segundo Galliani, inclusive, recentemente a entidade catalã demonstrou interesse em trocar Ibrahimovic, emprestado ao Milan, por Pato.

Como Villa é mais ponta-esquerda do que qualquer outra coisa no time de Guardiola, hoje a referência é Bojan, quando não é Messi quem joga centralizado. Ou seja, o Barcelona carece de um 9 de peso.

Portanto, se arrumar um comprador para Ibra, o Barça é sim forte candidato a trazer Rooney - para atuar como atuou no United na sua melhor temporada, a passada, como centroavante (tanto no 4-3-3 em triângulo invertido quanto no 4-2-3-1).

segunda-feira, outubro 18, 2010

Pré-jogo de Madrid x Milan

Sérgio Ramos e Thiago Silva são dúvidas. Caso não dê para eles, é provável que Arbeloa e Banega comecem. De resto, estes devem ser os times que se enfrentam pela terceira rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

Com Cristiano Ronaldo ou Di María na ponta esquerda, ofensivamente esse lado do Real Madrid é bastante forte, também em função das subidas de Marcelo. Caberá, portanto, a Gattuso auxiliar Zambrotta nesta árdua tarefa.



Com o possível deslocamento do camisa 8 rubro-negro para a direita, espaços poderão se abrir para a progressão de Alonso. Em contrapartida, se isso ocorrer, apenas Khedira ficará na marcação de Ronaldinho num eventual contra-ataque. Se Sérgio Ramos chegar na sobra, por exemplo, Pepe e Ricardo Carvalho podem ficar no mano a mano com Ibrahimovic e Pato.

Me parece, também pelo fato de jogar em casa, que o Real Madrid vai manter a posse, e consequentemente se expor aos contra-golpes do Milan. Para isso, a esquadra italiana terá basicamente sete homens para se defender, sendo dois laterais fixos, e três para atacar. Contudo não imagino que a equipe comandada por Allegri vá ao Santiago Bernabéu com a estratégia voltada exclusivamente ao contra-ataque.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática nesta terça-feira, às 16h45, horário de Brasília.

A diferença entre Montillo e Douglas

Nunca julgue um jogador por um jogo. Adoro essa frase, por isso não quero entrar em contradição. Porém na partida deste domingo, no Olímpico, ficou flagrante a distinção entre os camisas 10 do Cruzeiro e do Grêmio.



Para mim ambos são excelentes meias. Têm visão de jogo, passes de curta e média distância, toques de primeira, relativo drible e poder de finalização. No entanto Montillo é mais participativo, e isso faz toda a diferença.

É inegável que a arrancada da Raposa se deve em especial à inserção do argentino no time titular. Já a campanha do Tricolor tem seu alicerce em Jonas, e não em Douglas. Não que ele não esteja jogando bem, não é isso. Longe disso. Apenas entendo que ele oscila dentro do mesmo cotejo.

A comparação neste caso é pertinente porque as duas equipes atuam no 4-4-2 em losango. Em tese, a participação dos dois deveria ser semelhante. Contudo me parece que Montillo chama mais a bola pra si do que Douglas. Se fosse regular, se falasse mais 'Dá em mim! Dá em mim!', não seria absurdo, por exemplo, candidatá-lo à vaga que momentaneamente está em aberta na Seleção: a do Ganso.

A surpresa de Carpegiani

Quando os titulares foram anunciados, pensei que o 4-2-3-1 seria o esquema do Tricolor, com Lucas na articulação central, Fernandinho e Dagoberto nas beiradas e Ricardo Oliveira na referência.

No entanto Carpegiani surpreendeu, pelo menos a mim, e posicionou o São Paulo no 4-4-2 em linha, com os camisas 12 e 37 nas asas do meio-campo (wingers), o 18 e o 31 por dentro e Dagoberto como atacante de movimentação.



Apesar das belas atuações de Fernandinho e Dagoberto, esta estrutura tática não me agrada por um simples motivo: Lucas não é jogador de lado de campo. No elenco são-paulino, é dele o melhor passe vertical. Vejo nele um meia que deve aparecer pela faixa central, e não pelo flanco. Por isso visualizei um 4-2-3-1.

Contudo entendo a adoção deste 4-4-2 em linha bem compactado por parte do time da casa. É o sistema que melhor preenche os espaços do gramado, sem abdicar da ofensividade. Até porque do outro lado estavam Neymar e companhia.

Só para registro, quando Lucas foi substituído no intervalo, Renato Silva entrou na lateral direita e Jean foi adiantado à asa direita da meia-cancha, o que proporcionou ao número 2, autor do gol da vitória no útimo minuto, maior presença no ataque.

sábado, outubro 16, 2010

Qual a melhor posição para Messi?

Nos primeiros minutos da partida diante do Valencia, neste sábado, Guardiola escalou Messi na ponta direita, Iniesta na esquerda e Villa na referência do ataque.

Contudo tampouco a bola rolou e os três trocaram de posições: o camisa 7 abriu na esquerda, o 8 na direita, e o 10 centralizou, não como um centroavante de área, evidentemente.

Compuseram o triângulo do meio-campo Sergio Busquets na cabeça-de-área, Keita na meia esquerda e Xavi na meia direita.



Não é a primeira vez, nesta temporada, que Pep adota esta estrutura tática, com o gênio argentino de 'centroavante'. Particularmente esta postura não me agrada. Se for para atuar por dentro, prefiro Messi no topo de um triângulo, atrás dum 9, entre dois ponteiros.

Ou, é claro, na ponta direita, cortando pra dentro com sua canhotinha mortal, fazendo fila e finalizando ou assistindo. Desta forma Iniesta assume a meia esquerda, Villa a ponta esquerda e Bojan a referência do ataque (ou Villa na referência e Pedro/Bojan na esquerda).

quinta-feira, outubro 14, 2010

Camisa 5: Jucilei corre por fora

No Grêmio de 2007, treinado por Mano Menezes, Lucas era o volante de saída, enquanto Sandro Goiano era o de contenção.

Ao se transferir para o Liverpool, o sobrinho do Leivinha mostrou sua versatilidade e passou a atuar nas duas posições: como primeiro volante, quando Mascherano não estava no time, e como segundo, quando o argentino estava entre os onze.

Na Seleção de Mano, Lucas é o primeiro homem do meio-campo. Quem sai para o jogo, inegável dono da 8, é Ramires.



Não menos polivalente, também sob a batuta do atual técnico do Brasil, no Corinthians Jucilei atuou tanto de primeiro volante (com Elias de segundo) quanto de segundo (com Ralf de primeiro).

Na minha visão, porém, apesar da multivalência de ambos, os dois são primeiros volantes por essência (o que, rigorosamente, não quer dizer que eles não sabem nem devem aparecer na frente).

Na enquete que perguntava 'quem joga mais', deu Lucas. Dos 45 votos computados, 70% foram para o atleta do Liverpool e 30% para o do Timão.

Eu discordo. Para mim Jucilei joga mais que Lucas. Tem melhor passe, melhor domínio de bola, melhor drible, melhor visão de jogo, melhor presença física... enfim, melhor tudo. Só não tem a experiência, por uma questão natural.

O fato é que há três candidatos à camisa 5 da Seleção: Lucas, Sandro e Jucilei. Se dependesse de mim, ela seria do corintiano. Mas pelo visto, nesse momento, Lucas está em larga vantagem.

terça-feira, outubro 12, 2010

Nilmar no Real Madrid?

Segundo o Marca, Nilmar desperta forte interesse no clube merengue.

Quem acompanha o Blog do Carlão sabe que, para mim, o atacante do Villarreal tem bola para ser titular de qualquer time grande da Europa.

Na equipe de Mourinho, Nilmar chegaria para, em tese, ser reserva. Poderia substituir tanto os ponteiros Di María e Cristiano Ronaldo, quando estes estivessem suspensos ou machucados, quanto o centroavante Higuaín.

Aliás, seria contra Higuaín que ele travaria a disputa pela titularidade, já que Ronaldo e Di María são incontestavelmente os donos das beiradas. Com a provável saída de Benzema, a contratação do brasileiro parece encaminhada.

segunda-feira, outubro 11, 2010

Primeiro Carlos Eduardo, agora Elias

Em princípio imaginei que Mano iria, com Elias no lugar de Coutinho, adotar o 4-4-2 em losango, nesta segunda-feira.

No entanto ele manteve o 4-2-3-1, com o corintiano na meia central e pontas de pés opostos: canhoto (Carlos Eduardo) na ponta direita e destro (Robinho) na esquerda.



No Corinthians da Libertadores, aliás, Elias foi escalado na mesma posição, com Ralf e Jucilei de volantes, Dentinho e Danilo nas beiradas e Ronaldo na frente.

Sem Ganso, o treinador do Brasil testou primeiro Carlos Eduardo na função, contra o Irã, agora Elias, diante da Ucrânia.

O primeiro saldo que se pode tirar destes amistosos é que Mano ainda não encontrou um substituto para executar a função de Ganso.

E o segundo é que Pato é indiscutivelmente o dono da 9. Se Nilmar for brigar para ser titular, briga com Robinho, não com Pato. Sem falar que ainda tem o Neymar.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Messi, Villa e Pato?

'Se um dia sair, gostaria de vestir a camisa do Barcelona'.

A frase de Alexandre Pato, relatada no catalão SPORT, dá um banho de água fria no bilionário Manchester City, clube que pretende, ou pretendia, contratar o atacante brasileiro.

Acredito que Pato não sairá tão cedo do Milan, contudo não custa nada imaginar um trio ofensivo formado por ele, Messi e Villa. O camisa 7 azul-grená, aliás, tem uma forte semelhança com o 7 rubro-negro: joga na ponta e na referência com a mesma eficiência.

No Milan, Pato é ponta-direita desde os tempos de Leonardo. Já na Seleção, é o indiscutível dono da 9. David Villa, por sua vez, é ponta-esquerda no Barcelona, mas também vai bem como centroavante, a exemplo da Fúria na Copa do Mundo.

Porém, caso essa transação épica porventura acontecesse (Ibrahimovic por Pato?), provavelmente Guardiola escalaria Pato centralizado, como faz Mano, com o craque espanhol numa beirada e o gênio argentino na outra.

Seria sensacional!

quinta-feira, outubro 07, 2010

Seleção está órfã de Ganso

Coutinho na ponta esquerda, Carlos Eduardo na articulação pela faixa central. Foi assim que a Seleção foi escalada no amistoso diante do Irã, nesta quinta, no habitual 4-2-3-1, com Robinho na outra ponta e Pato na referência.

Na época de Grêmio, em 2007, Cadu foi o ponta-esquerda daquele time, treinado por Mano, inclusive, que chegou à final da Libertadores. Em sua passagem pelo Hoffenheim, ele também atuou pela beirada.

Está claro que o técnico do Brasil busca um substituto para Ganso - o incontestável dono da 10 -, porém ainda não encontrou. No segundo tempo, postado no 4-4-2 em losango, quem tentou executar a função foi Giuliano, sem tanto brilho.

Como não há garantias de que Ganso estará apto para jogar de janeiro do ano que vem até julho de 2014, Mano precisará ter outras cartas na manga. Ele sabe disso mais do que ninguém, por isso está atrás de outro ás. Não de um curinga, mas de alguém da posição.

A nove é de Keirrison ou Zé Love?

Apesar dos três gols do camisa 9, para mim o melhor em campo nesta quarta-feira foi Arouca. Que, por sinal, deve ter sentido um gostinho especial e dado um tchauzinho para Muricy ao fim do jogo, por ter sido tão mal aproveitado pelo mesmo na época de São Paulo.

No entanto o foco deste post é outro: Zé Love. O atacante que completa 23 anos no final deste mês mostrou que tem bola para ser titular do Peixe, o que pode gerar uma dúvida na comissão técnica: e Keirrison?

No 3 a 0 sobre o líder Flu, Danilo e Neymar foram os pontas, Alan Patrick o articulador central, Arouca o volante de saída e Zé Eduardo o centroavante.



Quando K9 voltar, das duas uma: ou Marcelo Martelotte escala Zé na ponta direita e Keirrison na referência, ou mantém a equipe que obteve êxito no Engenhão e deixa a revelação do Coxa no banco.

Na minha opinião a melhor opção é a primeira. Embora ainda não tenha engrenado na Vila, K9 é um exímio finalizador, um matador nato, um artilheiro raro. A única coisa que pode pesar contra sua titularidade é sua velocidade. Neste quesito, e apenas neste quesito (vá lá, talvez no drible também), Zé Love o supera.

Contudo, justamente em função desta característica, a velocidade, não vejo problemas em Zé Eduardo atuar aberto pelo flanco. No meu time jogariam os dois. Ou melhor, os três: Neymar e Zé nas beiradas e Keirrison no centro.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Treinadores rubro-negros

Salário dos outros é algo que não me interessa. Nunca me interessou. Não apenas no mundo do futebol, mas em geral. Contudo quando um clube contrata um treinador em flagrante decadência por mais de meio milhão de reais por mês, há alguma coisa de errado. Não é de hoje que, para mim, o custo/benefício de Luxemburgo não vale a pena nem aqui, nem na China.

Bem fez o outro rubro-negro, o de Curitiba, ao contratar o promissor Sérgio Soares. Quem o acusa de deixar o Santo André na briga contra o rebaixamento para a Série C, se esquece que a equipe vice-campeã paulista deste ano perdeu Cesinha e Nunes para o Vasco, Carlinhos e Rodriguinho para o Fluminense, Bruno César para o Corinthians, Branquinho para o próprio Atlético-PR, e por aí vai.

A obrigação de um é vaga na Sul-Americana, pois o elenco do Fla é superior ao de Avaí, Vitória, Ceará, Guarani. O sonho do outro é Libertadores, que se não for alcançado, não irá representar nada demais. Se terminar em quinto, sexto ou sétimo, por exemplo, a campanha do Furacão será exemplar. Ou melhor: já é.

domingo, outubro 03, 2010

Chelsea bate o Arsenal em casa

Em função dos esquemas táticos adotados por Ancelotti e Wenger, os confrontos individuais deste domingo ficaram bem definidos no miolo do meio-campo: Ramires x Song, Essien x Wilshere e Mikel x Diaby.

No 4-3-3 dos Blues, Ramires e Essien atuaram como meias, Malouda e Anelka como pontas e Drogba como centroavante. Já no 4-2-3-1 dos Gunners, o polivalente camisa 2 cumpriu o papel de articulador central.



Embora tenha feito uma grande partida, não vejo em Ramires um meia-esquerda, nem em Essien um meia-direta. Para mim ambos são excepcionais (segundos) volantes. Quando Lampard voltar, uma opção seria a inversão do triângulo da meia-cancha, com o 5 e o 7 lado a lado e Mikel no banco. Contudo, creio que o técnico do Chelsea vai manter a estrutura vencedora.

Só para traçar um paralelo, outro time que joga no mesmo sistema é o Barcelona. Porém ao invés de ter dois 'volantes' nas meias, como são os casos de Ramires e Essien, a equipe de Guardiola conta com Xavi e Iniesta para as respectivas posições, jogadores bem mais criativos.

Voltando ao clássico de Londres, do outro lado, entendo que Nasri rende mais pela faixa central do que pelo flanco. Sem Fábregas, o treinador do Arsenal poderia utilizar o próprio Diaby aberto na direita, com o 8 por dentro, trabalhando como armador, graças a sua boa qualidade no passe vertical. De qualquer forma, justiça seja feita, os visitantes foram superiores no 1º tempo, apesar do gol de Drogba no finzinho.

quarta-feira, setembro 29, 2010

O melhor 'playmaker' está aqui

Após nove dias ausente, retorno ao blog pautado pela volta dos camisas 10 aos campos, graças ao Redação SporTV desta quarta, que citou esta reportagem de capa da Four Four Two. Não tenho a revista em mãos, mas aproveito o gancho para abordar o tema.

Em atividade no Brasil temos D'Alessandro, Douglas, Conca, Montillo, Valdivia e Bruno César. Não sei se outros nomes como Giuliano, Souza, Deco, Maicosuel, Carlos Alberto, Elias, Lucas e Diego Souza podem ser classificados 'camisas 10'. Podem?

Já nos gramados da Europa desfilam jogadores da estirpe de Sneijder, Xavi, Özil e Fábregas. Se você considerar estes '10', ainda tem Lampard, Gerrard, Kaká, Iniesta e Ronaldinho. Messi não conta, joga em qualquer posição, cumpre qualquer função. É gênio.

De volta ao lado de cá, existe outro 'playmaker' que, para mim, supera todos os lembrados neste post, em especial por sua técnica e sua inteligência tática: Paulo Henrique Ganso. Messi não conta.

É evidente que o craque da Vila não tem a estrada da maioria, tampouco enfrentou as potências do Velho Mundo. É óbvio também que posso me enganar redondamente. Porém não quero esperá-lo virar o destaque de uma campanha vitoriosa de Champions League para considerá-lo o melhor meia do planeta.

Na minha opinião camisa 10 da classe, da elegância e da categoria de Ganso hoje em dia não há.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Quem paga o pato é o Peixe?

Entendo Dorival Júnior, mas faria diferente. Afastar Neymar do time por mais de uma rodada, a meu ver, é um equívoco. Ainda mais porque há um confronto direto na próxima. Se pensa em título, o Santos tem de enfrentar o líder com força máxima.

A impressão que tenho, porém, é que o treinador prentende manter a punição e deixar Neymar fora do clássico diante do Corinthians, na Vila Belmiro. Se isso ocorrer, as chances de bater o Timão serão reduzidas. É evidente, no entanto, que sua presença em campo não garante os três pontos.

O fato é que o recado já foi passado e o jogador já captou a mensagem. Provavelmente se arrependeu e aprendeu com o erro. Só não pode acontecer do Peixe pagar o pato.

quinta-feira, setembro 16, 2010

Jucilei, o craque do Corinthians

A tendência natural, pelo menos aqui no Brasil, é que apenas atacantes e meias sejam considerados craques. No entanto goleiros, zagueiros, laterais e volantes também são dignos deste título.

O conceito de craque é bastante relativo, é verdade (para mim está intimamente atrelado à técnica e à habilidade). É evidente também que existem diferentes níveis de craques. Dizer que Zidane e Riquelme são craques, por exemplo, não os colocam no mesmo patamar.

Feitas as devidas ponderações, se não chega a ser um Falcão ou um Essien, na minha opinião Jucilei é sim merecedor deste rótulo.

Aliás, se desconsiderarmos Ronaldo e Roberto Carlos, a meu ver o camisa 8 é o único craque do atual elenco do Corinthians. O único também com potencial de Seleção. Escrevi isso, inclusive, antes da primeira convocação. E parece que Mano tá comigo.

A falta que Ganso faz

No primeiro semestre deste ano surgiu uma pergunta boba mas inevitável: Ganso ou Neymar? Eu mesmo cheguei a fazer uma enquete perguntando qual dos dois fazia 'mais falta ao time'. Deu Ganso com 57%, seguido de Neymar com 18% e o restante dos votos distribuídos entre os outros nove titulares da época.

Não concordo com tamanha disparidade, porém a questão não é essa.

O fato é que até outro dia, quando não era um, o outro decidia (quando não os dois juntos). Agora não é assim. Após a trágica e inesperada lesão do melhor meia-armador do mundo, o Santos caiu de produção e as lentes voltaram-se todas para o outro craque.

Não sei se ele é humilde, carismático, mal ou bem educado (embora tenha minhas impressões). Contudo me parece que Neymar não está sabendo lidar com a fama fora das quatro linhas e o protagonismo dentro delas.

Mais do que nunca, deve estar com saudades de Ganso.

quarta-feira, setembro 15, 2010

Pré-jogo de Real Madrid x Ajax

Se José Mourinho e Martin Jol repetirem as peças e as estruturas táticas da última partida, os duelos individuais estarão bem definidos.

Di María e Cristiano Ronaldo podem inverter de lado com frequência para melhor se encontrarem no jogo. Dono do drible mais refinado, é possível que o argentino caia pelo flanco do marcador mais frágil (o oposto da prancheta). Em tese Anita é pior que Wiel neste quesito.



Já o Ajax deve ter suas principais oportunidades criadas por Suárez em contra-golpes no provável espaço que irá surgir às costas de Marcelo. No entanto vale lembrar que o uruguaio não fica preso à ponta, se desloca e flutua por uma extensa faixa do gramado.

Tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 15h45, horário de Brasília, no Santiago Bernabéu, na estreia da fase de grupos.

terça-feira, setembro 14, 2010

Espetáculo em azul e grená

Falar que Messi é gênio e que o Barcelona treinado por Guardiola é fantástico é chover no molhado. Dizer o que então sobre o time que deu um baile e atropelou o Panathinaikos por 5 a 1 nesta terça-feira?



A equipe grega não é nenhuma Inter de Milão, nenhum Real Madrid, é verdade. Mas é incrível como o panorama se repete: marcação por pressão impressionante, posse de bola exorbitante, troca de passes precisa, movimentação desconcertante e finalizações a granel.

Somente um esquadrão com tamanho entrosamento e qualidades individuais imponentes é capaz de proporcionar algo parecido.

Afirmar que o futebol do Barça é o mais prazeroso de se ver é lugar comum. Porém nunca é demais lembrar. E se por um acaso o título não vier, como na temporada passada, azar da Liga dos Campeões.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Elenco alvinegro: fato ou mito?

Ao lado de Neymar, o elenco do Botafogo é o assunto mais comentado desta segunda-feira, e eu não vou ficar de fora.

Sob a trave, o alvinegro carioca conta com um dos três melhores goleiros do país, próximo de Victor e Fábio (a temporada de Rogério Ceni também merece menção). Jefferson tem decidido partidas. O exemplo mais recente foi no 1 a 0 sobre o Santos no Pacaembu.

Nas laterais - ou alas, se preferir - o Bota possui dois jogadores medianos que não possuem reservas de ofício: Alessandro e Marcelo Cordeiro. Já na zaga, Antônio Carlos e Fábio Ferreira completam o trio com o polivalente Leandro Guerreiro. A alternativa imediata é Danny Morais.

Goleiro à parte, convenhamos que o setor defensivo do clube de General Severiano não é dos mais brilhantes da competição.

Para o meio-campo, Joel tem em mãos Fahel e Marcelo Mattos, além de Somália e Tulio Souza. Para as meias, Lucio Flavio, Edno, Renato Cajá e Maicosuel (embora, no 2 a 0 em cima do São Paulo, este último atuou como atacante de movimentação de um 3-5-2 que alinhou Jefferson; Fábio F., Leandro G. e Antônio C.; Alessandro, Marcelo M., Fahel , Marcelo C. e Renato Cajá; Maicosuel e Abreu).

Por fim, para o ataque o atual terceiro colocado do Brasileiro tem Herrera, Loco Abreu, Caio e o diferenciado Jobson (Edno e Maicosuel também podem ser "improvisados").

O plantel é bom. Contudo se pensarmos nos três setores, na minha modesta opinião é inferior ao de Fluminense, Corinthians, Cruzeiro, Inter, Santos, São Paulo e Grêmio.

A tabela mostra, porém, que uma campanha não é feita apenas de elenco. O ambiente e a comissão técnica têm sim grande parcela no sucesso. Resta saber se o Fogo tem lenha para queimar pelas próximas 16 rodadas.

sábado, setembro 11, 2010

As escolhas infelizes de Allegri

O treinador do Milan errou em dobro. Pecou tanto na escalação inicial quanto nas alterações durante a partida deste sábado, fora de casa, diante do Cesena.

Postado no 4-3-3, o time não demonstrou poder algum de criação pela faixa central do gramado. Isso porque os em tese responsáveis pela produção atendem pelos nomes de Gattuso e Ambrosini.

Como ambos são limitadíssimos com a bola no pé, coube a Pirlo distribuir o jogo a lançamentos longos buscando os pontas e o centroavante.

Se no meio-campo faltou qualidade ofensiva, nas laterais o dilema foi semelhante. Aliás, não é de hoje que o Milan deixa os laterais de lado.



No intervalo, já com 2 a 0 em desvantagem no placar, Allegri trocou Bonera por Abate, e aos 10 minutos colocou Robinho no lugar de... Ronaldinho.

É verdade que o camisa 80 não estava jogando bem, porém, convenhamos que para quem precisava empatar ou virar, não foi uma escolha inteligente.

Mais tarde, aos 19, para consertar ou completar a bobagem, sacou Gattuso, colocou Inzaghi e recuou Ibrahimovic. Pouco adiantou. O resultado foi mantido e a estreia dos novos reforços foi frustrante.

PS.: Este seria o meu Milan.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Botafogo de palha?

Alguns alvinegros dizem que muito se fala do Inter, do Santos, do Cruzeiro, do Corinthians, do Fluminense, mas pouco se fala do Bota. É verdade.

Contudo, entre os seis clubes citados, a meu ver o elenco menos forte é o que Joel tem em mãos. E num torneio de pontos corridos, em regra, isso faz diferença.



O feito obtido nesta quinta-feira, no Pacaembu, é digno de nota. Raros serão os times que vão conquistar uma vitória fora de casa em cima do Peixe. No entanto pensar em título é demais. Não é proibido, mas é demais.

A briga do Fogão é por vaga na Libertadores (o que seria exuberante se acontecesse), e para chegar lá é preciso, mais do que outros, vencer os confrontos direitos. Como o da próxima rodada, contra o embalado São Paulo, no Engenhão.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Possível São Paulo do 2º turno

Torço o nariz quando ouço alguém falar que o 4-2-3-1 é o esquema da moda, porque na Euro 2008 a maioria das seleções jogavam assim.

Além do Inter de Celso Roth, que se sagrou campeão da Libertadores atuando desta maneira, aqui no Brasil outros times poderiam adotar esta estrutura. Um dos exemplos é o São Paulo.



Para o 2º turno do Brasileiro, Baresi pode montar uma equipe com Ilsinho, Alex Silva, Miranda e Júnior César na linha defensiva, Jean e Richarlyson de volantes, Marcelinho na articulação central, pontas com pés opostos (o destro Dagoberto na ponta esquerda e o canhoto Marlos na ponta direita), e Ricardo Oliveira na frente.

Mas e o Fernandão, o Rodrigo Souto, o Cléber Santana, o Jorge Wagner? Banco. Desta maneira o Tricolor teria dois laterais que sabem atacar, dois volantes excelentes na cobertura e no apoio (com tiro de longa distância, inclusive), um meia que aparentemente tem boa visão de jogo e belo passe, dois ponteiros que têm velocidade e drible, e um centroavante matador de bastante mobilidade.

Se o treinador vai fazer isso, eu não sei. Quem vive o dia a dia dos treinamentos e conhece o grupo é ele. Contudo, vendo de longe, creio que esta seria a melhor opção.

quarta-feira, setembro 08, 2010

Cruzeiro vence confronto direto

Sem Montillo à disposição, Cuca deu a 10 para Roger. No entanto o principal nome do meio-campo e do time cruzeirense foi o canhoto Everton.

O 7 fez boa partida, especialmente no primeiro tempo, no espaço entre Giuliano, Wilson Matias e Nei. Com a bola, ele foi bastante acionado. Sem ela, acompanhou as subidas do 4 colorado.

No lance do gol, por exemplo, Jonathan cruzou do bico da área, de trivela, no segundo pau, para ele finalizar com estilo, de voleio, livre de marcação, às costas do lateral-direito.



O Inter, por sua vez, pouco criou. Na jogada mais perigosa da primeira etapa, a única, diga-se de passagem, Nei ganhou de Everton na corrida, chegou à linha de fundo e cruzou, mas o esforçado Damião não aproveitou.

A equipe visitante esteve confusa, e uma das evidências disso foram as alterações feitas por Celso Roth, que colocou Marquinhos no segundo tempo na vaga de Sobis e o retirou trinta minutos depois, para a entrada de Andrezinho.

Se não foi um jogo brilhante, os donos da casa foram merecedores do magro triunfo em Uberlândia, que garantiu o clube mineiro no G4 até o fim da 20ª rodada.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Willians: a válvula de escape

Silas escalou o Flamengo com dois volantes e dois meias, no 0 a 0 diante do Santos, na despedida do Maracanã, neste domingo.

Embora o papel de articulador tenha sido atribuído a Renato Abreu, foi pelo corredor da direita, com Willians e Léo Moura, que o time da casa mais criou. O camisa 8, aliás, para mim, foi o melhor em campo, em especial na hora de atacar.



Na frente, Deivid e Diogo dividiram os espaços meio a meio. Não houve um atacante específico de referência e um de movimentação. Quando um caía pelo lado, o outro fechava na área, e vice-versa.

Aos poucos o novo treinador vai conhecer o elenco e montar a equipe que julga a ideal. Só não faço ideia de onde o Fla pode chegar com essa formação. Pensar em vaga na Libertadores é ousadia demais? Acredito que sim.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Uma andorinha só não faz verão?

Na suada vitória sobre o Avaí nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, a falta que Ganso faz ficou cristalina. O time demonstrou imensa dificuldade em manter a posse de bola no campo ofensivo - uma das especialidades do camisa 10 da Seleção.

Dorival Júnior escalou o Peixe no 4-3-3 em triângulo, com Arouca e Danilo compondo a dupla de volantes, Marquinhos na articulação central, Zé Love na ponta direita, Neymar na esquerda e Keirrison de centroavante. Marquinhos é um bom meia, mas está a milhas de Ganso. Se bobear, perde a vaga para Alan Patrick.

Desde o anúncio da permanência de Neymar, considerei o Santos um dos favoritos ao título do Brasileiro. Desde a lesão de Ganso, porém, fiquei com o pé atrás. Neymar é craque, regular, decisivo. No entanto penso que a equipe vai oscilar mais do que o permitido.

quinta-feira, setembro 02, 2010

Destruidor na construção é complicado

Existem dois tipos de pessoas: as que gostam do futebol do Edinho e as que não gostam. É assim desde os tempos de Inter. Como pertenço ao segundo grupo, desde os tempos de Inter, não me entra na cabeça o time escalado por Felipão na noite desta quarta, no Maracanã.

O 3-6-1 do Verdão teve o meio-campo em losango, com Pierre na cabeça-de-área, Edinho e Marcos Assunção nos vértices laterais, e Valdívia na frente. Ou seja: o camisa 3 foi um dos responsáveis pela criação da equipe, e é aí que mora o perigo.



Não bastasse ter atuado apenas com um atacante (Kléber), que nem chegar a ser um 9 legítimo, Luiz Felipe atribuiu ao limitado Edinho a função de sair para o jogo. Logo, os únicos que sabiam jogar com a bola no pé eram Marcos Assunção e Valdívia.

Para mim é simples: Edinho é um mero destruidor, e não um construtor. Portanto, se for para manter o 3-6-1 em losango, ele que dispute vaga com Pierre, e Tinga que assuma um dos vértices laterais, ao lado de Assunção. Se Tinga não chega a ser, sei lá, o Tinga do Inter, pelo menos é muito mais inventivo que Edinho.

quarta-feira, setembro 01, 2010

O substituto de Ganso na Seleção

Para uma respeitável corrente, Ronaldinho não rende pelo centro. Na projeção da Gazzetta dello Sport, por exemplo, no 4-2-3-1 do Milan, Robinho está por dentro e Ronaldinho pela ponta esquerda.

Particularmente não vejo problemas em escalar o gaúcho na articulação central, devido a sua visão de jogo e sua qualidade no passe. Por isso ele foi uma das alternativas.

Se formos rigorosos com a dita renovação, o jogador rossonero está fora. Mas se pensarmos neste semestre, e que ele tem 30 anos, não é absurdo o imaginarmos com a amarelinha.

Dos 70 votos computados na enquete que questionava quem poderia substituir Ganso neste momento, 29% foram para Ronaldinho, 24% para Bruno César, 23% para Giuliano, 10% para Diego (Wolfsburg), etc, etc.

Confesso que votei em Ronaldinho, por dois motivos: além de experiência, ele agregaria um toque de genialidade à Seleção. Contudo, se levarmos ao pé da letra a tal renovação, entre Bruno César e Giuliano, opto pelo colorado entre os onze, e pelo alvi-negro na reserva.

terça-feira, agosto 31, 2010

Provável Milan com Robinho

É evidente que Ronaldinho, Pato, Robinho e Ibrahimovic serão titulares. Portanto, a meu ver, apenas um esquema tático pode comportar os quatro craques: o 4-3-3 (ou 4-2-3-1).

Desde a temporada passada, sob o comando de Leonardo, o camisa 7 passou a atuar na ponta direita. Já a ponta esquerda é o canto predileto de Robinho, e de Ronaldinho.

No entanto, graças à ótima visão de jogo e à alta qualidade no passe de média e longa distância, o 80 deve assumir a articulação central.



Se Allegri for inteligente, vai deixar Ambrosini e outros dinossauros no banco, e escalar Boateng e seu metro e oitenta e quatro no meio-campo, ao lado de Pirlo.

Para mim este time da prancheta tem tudo para fazer bonito e ir longe na Liga dos Campeões. Para a equipe ser classificada como cinco estrelas, faltam apenas um goleiro e dois laterais.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Sequência no trabalho campeão

Rafa Benítez manteve o esquema tático adotado por Mourinho na temporada passada. Postada no 4-3-3 com dois volantes e um meia, a Inter jogou mal fora de casa e não saiu do zero diante do Bologna.

Nesta segunda-feira o treinador espanhol escalou o destro Eto'o na ponta esquerda e o canhoto Pandev na ponta direita.



No segundo tempo Coutinho entrou no lugar do camisa 27, para atuar na mesma posição - o que pode significar que Rafa enxergue no brasileiro não apenas um armador, mas também um jogador que pode render pelas beiradas.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Manchester City dá banho no Liverpool

Na partida diante do Liverpool, nesta segunda-feira, em Manchester, Mancini escalou o canhoto Johnson aberto na asa direita e o destro Milner na esquerda, com Tevez de centroavante.

Por aquele canto do gramado o camisa 11 dos citizens deitou e rolou sobre Agger, tanto buscando a linha de fundo quanto cortando para dentro.



Outro ponto que chamou a atenção foi o duelo entre Yaya Touré e Gerrard. Cabeça-de-área de ofício nos tempos de Barcelona, no City o 42 atuou à frente da dupla composta por De Jong e Barry.

No entanto seu posicionamento e sua função não podem ser confundidos com as de um meia-armador de um 4-2-3-1 ou de um 4-4-1-1, por exemplo. Sem a bola, sua atribuição era marcar o 8 dos Reds individualmente. Quando o time tinha ela, a criação se concentrava pelos flancos do campo.

Por que Elias não é convocado

Para Adilson, Elias é meia. Para Mano, é segundo volante.

Por isso a tendência é que, hoje, no Corinthians, sua presença ofensiva seja maior do que em outro carnavais. E é por isso que, na Seleção, ele não tem espaço.



A julgar pelas primeiras convocações do treinador do Brasil, o camisa 7 do Timão disputa vaga com ninguém menos que o titular Ramires e o reserva Hernanes.

Isso explica por que Jucilei foi chamado e Elias não. Um tem em Lucas e Sandro seus concorrentes. Já para o outro, o buraco é mais embaixo. Para Elias, o páreo é mais duro.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Os três grandes candidatos ao caneco

Logo que foi eliminado da Libertadores, considerei o Corinthians o grande favorito ao título do Brasileirão. Somou-se aos altos investimentos e à ascenção do Fluminense a saída de Mano do Timão, e mudei de opinião.

Não que eu veja em Adilson um mau treinador. Pelo contrário. Para mim ele foi o melhor técnico do campeonato do ano passado, inclusive. Apenas penso que Mano está em outro patamar.

Consumado o sonho da Libertadores, mais os reforços que vieram, imagino que o Colorado, hoje a 12 pontos do líder e com um jogo a menos, pinte como um dos fortes candidatos ao caneco dos pontos corridos e assuma o papel de um dos protagonistas da competição.

Outro que também tem uma partida a menos, justamente contra o Inter, é o Peixe, que nesta quinta-feira anunciou a permanência de Neymar. Aliada à continuidade de Ganso e à chegada de Keirrison, na minha ótica o clube da Vila Belmiro se junta ao do Beira-Rio e ao das Laranjeiras no grupo dos principais favoritos.

Hora de trocar vermelho por amarelo

Sem querer minimizar o feito da diretoria, da comissão técnica, da torcida e dos outros atletas, quero destacar dois jogadores do Inter, pensando na seleção brasileira: Taison e Giuliano (Sandro não conta, esse tem presença assegurada).

Na primeira convocação, Mano trouxe quatro jogadores de beirada: Carlos Eduardo, Diego Tardelli (foi assim no amistoso), Neymar e Robinho. Em tese estes seriam os concorrentes do atacante de 22 anos. Ele brigaria pela ponta esquerda, região do campo por onde mais rende. Portanto, lutaria pela reserva de Neymar.

Se não chega a ser um craque absoluto com lugar garantido em 2014, veloz, ousado, habilidoso e finalizador, Taison tem totais condições de ser convocado para ao menos ser testado.



O outro, esse sim com flagrante potencial para Seleção, é o curitibano Giuliano, 20 anos (idade olímpica, inclusive). Ainda que ele também possa atuar pelos lados do gramado, imagino que sua praia seja a faixa central, setor onde há um hour concours: Paulo Henrique Ganso.

Apesar de terem jogados no mesmo time no Mundial Sub-20, creio que no esquema tático que vigora na Seleção, um seria banco do outro. No caso, Giuliano de Ganso. Os outros candidatos à reserva do 10 da Vila seriam, sei lá, talvez Diego, da Juventus, Ederson, do Lyon, e Bruno César.

O fato é que, não só pela bola que joga, mas também pela carência da posição, Giuliano deve estar muito perto de vestir a camisa amarela da principal. Muito mais que Taison. Embora, repito e insisto, na minha opinião ele mereça no mínimo ser testado.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Seis por meia dúzia?

Love a Adriano por Deivid e Diogo? Boa, Flamengo!

Escrevi essa frase no Twitter e pensei que alguém pudesse interpretá-la como irônica. No way! Ela é sinceríssima.

Na minha opinião é uma reposição à altura.



Deivid e Love praticamente se equivalem, e Diogo tem um potencial extraordinário. É verdade que Adriano é - ou melhor, foi - jogador de Seleção. Contudo pode ter certeza que o atacante emprestado pelo Olympiacos não irá faltar aos treinos a granel, nem irá aparecer em fotos empunhando fuzis e afins. E provavelmente nenhum deles vai criar panelinhas no elenco.

terça-feira, agosto 17, 2010

Diogo, o novo centroavante do Fla

Tá no Globoesporte: Flamengo fecha com Diogo, ex-Portuguesa, hoje no Olympiacos, por empréstimo de um ano.

Para mim é o maior concorrente de Keirrison à reserva de Pato na Seleção.

Ajax traz empate da Ucrânia

Graças às estruturas táticas do Dínamo de Kiev e do Ajax, os duelos individuais da partida desta terça-feira, válida pela fase pré-grupo da Liga dos Campeões, ficaram bem definidos.

Vale ressaltar, no entanto, que as marcações não são individuais, nem os jogadores, em especial Suárez, ficam presos às posições. As poucas e boas aparições do uruguaio, por exemplo, ocorreram quando ele se soltou da ponta direita e foi atuar em cima de Betão.



Após a expulsão de Garmash, aos 11 minutos do segundo tempo, Valeri Gazzaev fez o que manda a cartilha dos treinadores quando se tem um homem a menos: passou para o 4-4-1 em duas linhas, com Gusev e Yarmolenko pelas extremas, Eremenko e Vukojevic por dentro, e Shevchenko na frente.

Mais tarde, depois de Vertonghen abrir o placar e de Gusev empatar, o técnico da equipe ucraniana sacou o camisa 9, trouxe o 7 para a asa esquerda do meio-campo (logo substituído por El Kaddouri), e colocou André no ataque. Foi a estreia do ex-santista pelo seu novo clube.

Conca, D'Ale, Manso ou Riquelme?

Quando penso num meia-armador argentino, três canhotos e um destro me vêm à cabeça: Conca, D'Alessandro, Manso e Riquelme.

Neste fim de semana que passou muito se falou, aqui no Brasil, em Conca na seleção argentina. De ontem para hoje me dei conta que, dependendo do esquema tático adotado por Batista, ele tem vaga na equipe titular.



Não vi o jogo contra a Irlanda, mas li no Futebol Portenho que a Argentina atuou no 4-1-4-1. Já no Olé, ouvi Messi dizer que o sistema foi o mesmo do Barcelona. De qualquer forma, se imaginarmos um 4-3-3 em triângulo (dois volantes e um meia) ou um 4-2-3-1, Darío daria certo: Messi na ponta direita, Di María na ponta esquerda, Higuaín (ou Milito) na referência do ataque, e Conca na articulação central.

Entre os quatro meias citados, para mim Riquelme é o mais bola, seguido de Conca, Manso e D'Alessandro. No entanto a essa altura do campeonato a idade conta: o jogador do Boca tem 32 anos, o do Pachuca tem 31, o do Inter tem 29 e o do Flu tem 27.

Portanto, se pesarmos na balança a qualidade e a idade, e se pensarmos num time com linha de quatro, dois volantes, um meia, dois pontas e um centroavante, na minha opinião Conca tem espaço entre os onze.

segunda-feira, agosto 16, 2010

United e o jogo de um time só

Fletcher e Scholes são pilares de sustentação da minha tese de que não necessariamente uma dupla de volantes precisa ser formada pelos chamados primeiro e segundo volante. É simples: quando um sobe, o outro guarda a posição, e vice-versa.

Na vitória por 3 a 0 sobre o Newcastle, nesta segunda-feira, o United adotou seu esquema tático rotineiro, o 4-4-2 em linha, com Valencia e Nani nas asas do meio-campo. Foi pelas beiradas, aliás, que os anfitriões criaram um alto volume, em especial pelo lado esquerdo, com as chegadas de Evra e as jogadas do camisa 17.



Na frente, Wayne Rooney se comportou mais como um atacante de movimentação, que buscava as tabelas e triangulações com os extremos e os volantes, do que como homem de referência. Embora também se deslocasse bastante, principalmente na etapa final, coube este papel ao limitado Berbatov, autor do primeiro gol aos 33 minutos do primeiro tempo.

A estratégia de Ferguson foi baseada no adiantamento das duas linhas para manter a bola no campo ofensivo e pressionar o adversário nos raros momentos em que estava sem ela. Impressionante como deu certo. Na casa dos 30 minutos da primeira etapa, por exemplo, a posse dos Red Devils chegou a 73%, noves fora que a esmagadora maioria dos rebotes ficavam com os atletas de vermelho. Foi o famoso jogo de um time só.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Mais um no 4-2-3-1

Não pense você que o 4-2-3-1 está na moda. Não é de hoje que ele vigora. Na Euro 2008, por exemplo, a maioria das seleções jogaram com dois volantes, um meia centralizado, dois caras pelas beiradas e um centroavante.

Na derrota por 2 a 0 para o Goiás, no Olímpico, nesta quinta-feira, pela Sul-Americana, o Grêmio adotou este esquema, com Souza e Maylson eventualmente invertendo de lado.



No segundo tempo Renato fez o que eu imaginava que deveria ter feito desde o início: colocou Hugo aberto na esquerda. Foi atuando por ali, inclusive, sob o comando de Mano Menezes, em 2006, que ele se destacou e despertou o interesse do São Paulo.

A meu ver esta estrutura tática é pertinente e tem tudo para dar certo no decorrer do Brasileiro - mas com Maylson de segundo volante (por sua altura e qualidade para se apresentar à frente), Jonas e Souza nas extremas, Douglas na articulação central e Borges na referência. Já Hugo, para minha infelicidade, ficaria no banco. Seria o chamado 12º jogador.

Experiência ou juventude?

Tinga ou Giuliano na finalíssima? Eis a questão. Sempre que veio do banco, o garoto resolveu para o Inter. Nesta quarta, no México, não foi diferente: decidiu de novo, só que desta vez foi titular.



No esquema de Celso Roth, Giuliano e Tinga disputam a mesma posição, a de meia centralizado na linha de três do 4-2-3-1. Com um o time ganha em velocidade e poder de finalização. Com o outro, agrega experiência e força na marcação.

A dúvida é cruel. Mas fosse eu o treinador, manteria o herói da campanha colorada até aqui para tentar matar a partida já no primeiro tempo. Não que com Tinga a equipe ficaria defensiva, retraída, jogando com a vantagem conquistada em Guadalajara. Não é isso. Até porque seria impossível num Beira-Rio abarrotado. No entanto, em tese, com o iluminado Giuliano entre os onze desde o início, as chances de vitória dos donos da casa aumentariam.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Ganso e Kaká juntos?

Mano, quando Kaká estiver em forma e jogando bem ao ponto de voltar à Seleção, ele jogará em uma das beiradas, vai disputar vaga com Ganso ou o esquema será alterado?

Se tivesse oportunidade, faria esta pergunta ao treinador do Brasil.



Entendo que no 4-2-3-1, ou 4-3-3 em triângulo (dois volantes e um meia), Kaká e Ganso não têm espaço juntos. Escalar tanto um quanto outro pelos lados do campo seria um equívoco, porque nenhum dos dois têm características para esta posição. Vá lá, pode ser que Kaká se adapte a ela, no entanto penso que Neymar e Robinho (ou Nilmar, Carlos Eduardo, etc) encaixam por ali com perfeição.

Na disputa entre Ganso e Kaká, o 10 do Peixe leva vantagem porque é mais meia-armador que meia-atacante. Para a estratégia de Mano (manutenção da posse de bola), o garoto nascido no Pará é peça fundamental. É mais produtivo à equipe que o atleta do Real Madrid.

Portanto, a única opção para ter os dois ao mesmo tempo é a mudança do sistema do time, para o 4-4-2 em quadrado (dois volantes e dois meias), ou para o 4-3-3 em triângulo invertido (um volante e dois meias). Desta maneira eles jogariam lado a lado, e é óbvio que poderia dar certo. Todavida tenho minhas dúvidas se Mano faria isso (eu não faria), pois o próprio já deixou claro sua predileção pelo 4-2-3-1.

Mano 7 x 4 Dunga

Não cabem comparações coletivas porque um time levou quatro anos para ser montado, enquanto o outro disputou um amistoso apenas.

No entanto os paralelos individuais, peça a peça, são pertinentes, ainda mais porque as estruturas táticas são, se não idênticas, muito semelhantes (as diferenças estão nas características dos jogadores e na estratégia adotada: uma visa a manutenção da posse de bola, a outra visava o contra-ataque).

Na comparação nome a nome, a meu ver, a Seleção titular escalada por Mano perde para a de Dunga somente em quatro posições: gol, lateral direita, zaga central e quarta zaga. Nas outras sete, é superior.



Embora haja um equilíbrio grande, André Santos é melhor que Michel Bastos tanto sem quanto com a bola. Tem mais presença física, visão e poder de finalização.

Quanto a Lucas e Gilberto Silva, o páreo é complicado, até pela quilometragem do segundo. Contudo vejo Lucas com mais precisão nas coberturas e qualidade para sair para o jogo. E apesar de achar Felipe Melo técnica e fisicamente um belo segundo volante, Ramires é indiscutivelmente mais bola.

Na meia, mantenho a posição defendida no Twitter: Ganso joga mais que Kaká. Sob meu ponto de vista o 10 do Santos tem mais recursos que o 8 do Madrid. Tem mais visão de jogo e qualidade no passe. É verdade que um é mais meia-armador e o outro meia-atacante. Todavida é mais fácil ver Ganso colocar um companheiro na cara do gol do que Kaká. É mais produtivo à equipe.

Pelo lado direito, apesar de sua eficiência, Elano não tem a habilidade e a velocidade de Robinho, peculiaridades fundamentais para atletas que atuam na beirada do campo, ou na ponta, se assim preferir (eu prefiro ponta).

Pelo lado esquerdo, Neymar supera Robinho. Já escrevi aqui no blog, inclusive, que para mim os fundamentos (passe, finalização, visão, etc) do novo Menino da Vila batem os do velho Menino da Vila.

E por fim, na referência do ataque, Pato engole Luís Fabiano. Aliás, você que me acompanha sabe que o atacante do Milan é, na minha opinião, o sucessor de Ronaldo. Veja bem, não afirmo que Pato será igual, melhor ou pior que o Fenômeno. Apenas digo que pelos próximos anos a 9 é dele, a não ser que apareça um centroavante acima.