segunda-feira, maio 31, 2010

Kaká, peça-chave da Era Mourinho

Mourinho adora um contra-ataque. Não vai se desfazer de Kaká por nada, nem por ninguém.



Na minha visão - e isso é apenas uma opinião, uma análise de conjuntura, não uma informação - qualquer notícia que envolva a possível troca do brasileiro por parte do Real Madrid não passa de especulação. Por dois motivos: primeiro porque trata-se de um craque, um dos melhores jogadores do mundo, e segundo porque em uma das armas prediletas do treinador português, o camisa 8 é perito.

Na final da Champions League contra o Bayern de Munique em campo neutro, por exemplo, foi assim: Inter fechada, engatilhada para contra-golpear. Se o time tiver uma base defensiva sólida e atletas com vocação para contra-atacar, é uma estratégia simples, inteligente e eficiente. Mais pertinente ainda quando se atua fora de casa. Kaká, especialista no controle e na condução em velocidade da bola, exímio finalizador, é peça-chave neste engenho merengue. É indispensável à Era Mourinho.

Os homens da bola parada

Não sei ao certo quem são os batedores ditos oficiais das seleções. Nem mesmo a lista abaixo com os principais nomes (sem Alemanha) é 100% segura.

Mas, em tese, a Seleção está a alguns passos atrás das demais, pelo menos nos lances de tiro direto da entrada da área (se Daniel Alves estiver no banco, diga-se).



Argentina: Verón, Messi; Brasil: Elano, Michel Bastos; Espanha: Xavi, Fabregas; França: Gourcuff, Henry; Holanda: Sneijder, Van Persie; Inglaterra: Gerrard, Lampard; Itália: Pirlo, De Rossi; Portugal: Deco, Cristiano Ronaldo.

Em tempos de Zico borbulhando no noticiário, a reclamação por Ronaldinho, no sentido da cobrança de falta, tem fundamento.

domingo, maio 30, 2010

Pós-jogo da virada do Mineirão

Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho adotaram as estruturas táticas que vêm utilizando nesta temporada: Atlético no 4-4-2 em losango, Fluminense no 4-4-2 em quadrado.

Pelo lado alvinegro, Lima atuou na zaga central, Júnior no vértice esquerdo da figura geométrica da meia-cancha, e Muriqui e Tardelli abertos e trocando de lado constantemente. Já pelo tricolor, Conca foi o responsável pela articulação central, com o canhoto Marquinho bastante aberto na meia esquerda e com o atacante de movimentação Rodriguinho meio preso ao lado direito.



Graças ao gol atleticano logo aos 2 minutos, a tônica do jogo foi o Flu com a posse de bola e o Galo armado de arco (Ricardinho) e flecha (Muriqui e Tardelli) para contra-atacar. Apesar do equilíbrio da primeira etapa, na segunda o Tricolor foi amplamente superior e chegou à virada com merecimento.

Qualidade não tem idade

'Se' não entra em campo. Mas se entrasse, o destino do Fla na Libertadores poderia ter sido outro se Pet estivesse entre os onze desde o início.

Não entento por que ele virou titular somente agora. Inacreditável. Se não tem condições físicas para jogar 90 minutos, nos 45 ou 60 que está em campo, o sérvio faz a diferença.



Apesar dos 37 anos, no Brasil há espaço para veteranos deste calibre, que têm no passe (vertical) seu ponto forte. Com ele no gramado, a probabilidade de Love ou qualquer outro jogador sair na cara do gol é alta, como na partida deste sábado contra o Grêmio, quando Pet protagonizou lances geniais.

sábado, maio 29, 2010

Brahma: por que nado contra a maré

'Futebol é guerra simbólica. Seu caráter guerreiro transparece em diversos indícios. A linguagem usada nele tem expressões significativas, como "matar a bola", "matar a jogada" ou "matar o jogo". O jogador encarregado de fazer a maior parte dos gols da equipe é o "artilheiro", o "matador", o carrasco dos adversários. O representante do time junto ao árbitro é conhecido por uma patente militar, "capitão". Certos futebolistas, devido à disposição mostrada durante as partidas, ganham o apelido de "guerreiro", outros em razão de sua força física são chamados de "tanque". Vavá, o centroavante brasileiro nas Copas de 1958 e 1962, era Peito de Aço. A própria partida é "confronto", "duelo", "embate", "encontro", "peleja". Na década de 1940, comparando as seguidas vitórias do Exército alemão com as do São Paulo de Leônidas da Silva e do Internacional de Tesourinha, a imprensa brasileira chamou os dois times de Rolo Compressor'.

Para mim propaganda de bebida alcoólica, principalmente de cerveja, deveria passar, na televisão, somente na tarde da noite ou na calada da madrugada. Dito isso, nado contra a corrente no caso da campanha dos guerreiros com Dunga, Luís Fabiano e Julio César. Não vejo nenhum problema nela. Pelo contrário. Sob o ponto de vista publicitário, inclusive, achei uma boa tacada. O bélico e disciplinador Dunga chegou após a Copa de 2006 para pôr ordem num grupo sem hierarquia, bagunçado, o fez, e os idealizadores do comercial pegaram carona.

Um dos motivos para eu não estar na trincheira dos que crucificam a propaganda está descrito no primeiro parágrafo, no trecho retirado do excelente 'A Dança dos Deuses - Futebol, Sociedade e Cultura', de Hilário Franco Júnior. E outra razão para eu não jogar pedra nela é a não subestimação da inteligência do receptor da mensagem. Na minha visão, a campanha da Brahma não é decisiva na hora do surgimento ou não de uma briga entre torcedores dentro, nos arredores e longe do estádio. Torcedores de clubes, diga-se.

terça-feira, maio 25, 2010

Pelas bandas merengues

Mourinho tem duas preferências: o 4-4-2 em losango e o 4-3-3.

Segundo o Marca, Navas e/ou Di María estão na lista de reforços do Real Madrid, o português quer jogador de beirada de campo. Sinal de que ele pensa num 4-3-3.



Com o atual elenco, mais o argentino, por exemplo, imagino que o técnico tenha em mente jogar com Cristiano Ronaldo e Di María pelas pontas (talvez com pés opostos: canhoto na direita e destro na esquerda), Kaká por dentro, centralizado, e Higuaín de centroavante.

segunda-feira, maio 24, 2010

Pintura a três dedos

Para deixar qualquer Quaresma com inveja.

Interrogações alvinegras

Sou fã do Mano. Para mim é o melhor treinador em atividade no Brasil desde 2007. No entanto, neste ano, ele fez algo que ainda não consegui entender.



Na temporada passada o Timão jogou no 4-3-3 com Dentinho e Jorge Henrique nas pontas, e Douglas na articulação. Pelo visto na visão do técnico, nenhuma contratação foi capaz de suprir a ausência do camisa 10. Por isso o esquema foi trocado para o 4-4-2 em quadrado, com Ralf e Jucilei de volantes, Elias e Danilo nas meias, e Dentinho e Ronaldo no ataque.

Achei estranho porque o time sempre foi Jorge Henrique e mais dez. Mas tudo bem. Mesmo sem JH, se não dava show, a equipe estava direitinha. Contudo, no jogo da volta contra o Flamengo, no Pacaembu, pela primeira vez em 2010, Mano readotou a estrutura com três atacantes. E mesmo após a eliminação, o 4-3-3 continua, com o triângulo do meio-campo formado por Ralf, Jucilei e Elias.

É aí que entram as dúvidas, na minha cabeça. Por que o 4-3-3 foi descartado nestes primeiros meses? Por causa da falta de um armador gabaritado? Se sim, por que então o 4-3-3 retornou somente na partida da volta contra o Fla, e neste início de Brasileiro, sendo que o elenco é o mesmo?

Confesso que, pensando com meus botões, não chego a uma conclusão.

sábado, maio 22, 2010

Pós-jogo: Bayern x Inter

Van Gaal e Mourinho adotaram os esquemas táticos que utilizaram durante toda a competição. O holandês escalou seu time no 4-4-2 em linha, com Robben na asa direita e Altintop na esquerda, no lugar do suspenso Ribéry. Já o português mandou a Inter a campo no 4-3-3, com Eto’o e Pandev nas pontas, marcando Badstuber e Lahm até a bandeirinha de escanteio.



As jogadas bávaras ficaram canalizadas em seu camisa 10, que ora buscava a linha de fundo, ora entrava em diagonal para finalizar com sua perna boa, a esquerda. Do outro lado, a movimentação que chamou a atenção foi a de Diego Milito, que se deslocava para os dois lados para servir como opção de contra-ataque, às costas dos laterais.

Muito mais de Bayern x Inter em Goal.

sexta-feira, maio 21, 2010

quinta-feira, maio 20, 2010

Write the future

Produção padrão Nike é outra história.

Geração 2014

No Arena SporTV desta quinta-feira Hernanes disse ter convicção de que irá disputar a Copa do Mundo do Brasil.

Eu também tenho.

Fazer uma projeção agora ainda é cedo, alguns jogadores podem surgir, outros podem sumir, enfim. Contudo, não custa nada rascunhar vinte e dois que poderiam vestir a amarelinha em terras tupiniquins, mesclando atletas da atual Seleção com os frutos da nova geração.

O elenco que me vem à cabeça e este:

Julio César (Victor); Maicon (Daniel Alves), Thiago Silva (David Luiz), Miranda (Mário Fernandes) e Marcelo (Diego Renan); Sandro (Lucas), Hernanes (Ramires), Ganso (Coutinho) e Kaká (Giuliano); Neymar (Robinho) e Pato (Nilmar).

E o treinador, claro, Mano Menezes.

E ainda teria uma turma boa de fora com Adriano, Carlos Eduardo, Keirrison, Caio, Guilherme, Walter, Diego, Wellington Silva, Renan Oliveira, Felipe Menezes, Douglas Costa, Denílson, Jucilei, Arouca, Wesley, Rafinha, Ilsinho, Breno, Rafael Tolói, Diego Cavalieri, e por aí vai.

Peixe vence final antecipada

Não é desrespeito, não é menosprezo nem desprezo. Quando digo que Santos x Grêmio foi a final antecipada da Copa do Brasil, penso na qualidade destes times.



Claro que o Vitória pode ser campeão, como o Atlético-GO também poderia, até porque se trata de um mata-mata. A questão é outra: a força dos elencos e das comissões técnicas do Peixe e do Tricolor.

Para mim Santos x Grêmio foi a final antecipada porque Santos e Grêmio estão, na minha opinião, entre as três ou quatro, ou cinco, melhores equipes do país.

Se os treinadores e as principais peças forem mantidas até o fim da temporada (Ganso, Neymar, Arouca, Wesley de um lado, Victor, Borges, Jonas, Douglas do outro), tenho convicção de que ambos vão brigar pelo título do Brasileiro.

Vermelho de vergonha

Nunca um jogador vai agredir o adversário no primeiro minuto, no contexto do São Paulo x Cruzeiro desta quarta-feira.



Futebol é esporte de contato. Kléber apenas mediu a distância, protegeu a bola, encostou a mão no rosto. Tapa na cara, porém, jamais.

O vermelho para o atacante da Raposa, na minha interpretação, foi vergonhoso. Má fé por parte do juiz? Não creio. Mas que ele errou, não tenho dúvidas. Para mim, não era lance nem para amarelo.

quarta-feira, maio 19, 2010

Por que Ibra não deu certo?

Messi, Kaká, Cristiano Ronaldo, Gerrard e Ibrahimovic.

Para mim estes são, ou eram, os cinco melhores jogadores do mundo. Até a temporada passada, este era meu Top 5.

Sempre considerei, e ainda considero, Ibra um cracaço. Um centroavante sem igual. Além de matador, é muito técnico e habilidoso, inteligente taticamente, com belo passe e visão de jogo, qualidades raras para um camisa 9.

Não tinha dúvidas de que ele iria arrebentar no Barcelona. Contudo, não foi o que aconteceu.



Neste ano Rooney e Drogba, por exemplo, colocaram o sueco no chinelo. O próprio Eto'o, pode-se dizer, também se saiu melhor.

Confesso que não entendo por que Ibrahimovic não deu certo no Barça, se é que não deu. Uma pena. Seu estilo mágico casa, ou deveria ter casado, perfeitamente com o manto azul-grená. Mas com a chegada de David Villa, ele deve sair.

Se tivesse de escolher um para o meu time na pelada, optaria por Ibra, por ser fã assumido do futebol vistoso, bonito, plástico. No entanto não há como negar que Villa é mais goleador. E mais veloz, como ressaltou meu companheiro André Baibich.

Duas opções para o Flu

A confirmar a notícia sobre Deco, trazida por Renato Maurício Prado, o Fluminense pode apresentar duas estruturas táticas bastante interessantes, ambas no 4-4-2.

A primeira que me veio à cabeça foi a formação em quadrado.



Desta maneira, Deco e Conca dividiriam a armação, e Cléber Santana sairia mais para o jogo, fazendo o papel do chamado segundo volante. Na frente, Fred seria o atacante de referência e Rodriguinho o de movimentação, caindo pelos dois lados.

Na segunda opção, em losango, Diguinho seria o cabeça-de-área, preso, Cléber Santana e Deco os apoiadores, e Conca o articulador central, livre.



Falta ao Flu, a meu ver, um goleiro à altura. E um pouco de ousadia por parte de Muricy para escalar o time com dois zagueiros. No adorado 3-5-2, Deco e Cléber Santana disputariam a mesma vaga, imagino eu.

De qualquer forma, os reforços do Tricolor dão esperança à torcida.

terça-feira, maio 18, 2010

Paradinha na marca do pênalti

No dia 30 de junho de 2008 escrevi um post intitulado Parem com a paradinha!. Estou nessa luta há tempos. E pelo visto, quem é contra, venceu a batalha.

A paradinha existe somente no Brasil porque somente no Brasil existe o glorioso jeitinho brasileiro. Bater pênalti com paradinha é bater com jeitinho.

Este artifício, que se disseminou pelo país de uns anos para cá, é um indicador típico de como a sociedade reflete no futebol.

A paradinha é uma tentativa explícita de lograr, de enganar, de trapacear. Ou seja: é a legítima malandragem brasileira.

E quem a defende sob o argumento de que ela é legal, interpreta a lei com cabeça de brasileiro, na minha modesta visão.

Por essas e outras, estou feliz com a decisão tomada pela International Board, que irá punir a paradinha a partir de 1º de junho com o cartão amarelo.

Reforço gabaritado nas Laranjeiras

Deco é reserva no Chelsea. Justamente. No Brasil, é titular em qualquer time.



Segundo Renato Maurício Prado, o luso-brasileiro fechou com o Fluminense. Possivelmente é outra tacada de elite do presidente da Unimed, provavelmente com o aval de Muricy.

Contudo, conhecedor do futebol como poucos, ainda que os valores não tenham sido divulgados, imagino eu que o treinador do Tricolor poderia contratar atletas pontuais pela mesma quantia.

segunda-feira, maio 17, 2010

sexta-feira, maio 14, 2010

Pós-jogo: Internacional x Estudiantes

Jorge Fossati escalou o Inter no habitual 4-4-2 em quadrado, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Já Sabella adotou o 3-6-1 no Estudiantes, também com dois volantes e dois meias, que também funcionavam como atacantes, atrás do centroavante.



Graças às estruturas táticas, os duelos individuais ficaram bem definidos, com Bolívar e Sorondo marcando Boselli, Nei e Kleber batendo de frente com Re e Rodríguez, respectivamente, Sandro com Sosa e Guiñazu com Pérez.

Seguindo, D’Alessandro com Verón, Andrezinho com Sánchez (embora os camisas 5 e 11 dos pinchas eventualmente trocassem de lado), Walter com Fernandéz, Alecsandro com Cellay, e Desabato na sobra.

quinta-feira, maio 13, 2010

A nova alternativa tricolor

Esta foi a equipe que Ricardo Gomes mandou a campo nesta quarta-feira, no 2 a 0 sobre o Cruzeiro, em pleno Mineirão. Salvo engano, é a quarta ou quinta estrutura tática adotada na temporada.



Richarlyson e Xandão foram os homens do combate e Alex Silva o da sobra. Cicinho e Júnior César avançaram e bateram com Diego Renan e Jonathan.

No meio, pela faixa central, Hernanes fez o vai-e-vem, enquanto, paradoxalmente, Rodrigo Souto ficou mais preso. E na frente, Marlos e Dagoberto foram os atacantes de movimentação (não como pontas), e Fernandão o de referência.

Na verdade os camisas 16 e 25 ora pressionaram a saída de bola, ora voltaram para cercar Fabrício e Henrique. Entre 3-6-1 e 3-4-3, prefiro classificar o esquema tático do São Paulo na segunda opção.

Se em time que está ganhando não se mexe, esta deve ser a formação para o jogo da volta, com Miranda no lugar de Richarlyson.

O meia dos ovos de ouro

Quantas vezes você viu Kaká colocar o companheiro na cara do gol como fez Ganso na partida desta quarta contra o Grêmio, no segundo e no terceiro gol do Santos?

Nem me refiro ao Kaká do Real Madrid. Puxe pela memória, lembre-se do Kaká do Milan ou o da Seleção. Não é regra. Não foram tantas. Ao menos, com menor frequência que o camisa 10 da Vila costuma fazer, correto?

Ganso joga mais que Kaká? Não sei. Prefiro não cravar que não, nem dizer que sim. Só sei que não tenho receio algum, de verdade, em fazer esta comparação. O fato concreto é que suas características são diferentes. Um é meia-armador, o outro é meia-atacante.

Na minha visão, craque que é craque vai bem contra o Monte Azul ou contra o Barcelona. Craque que é craque faz a diferença frente o Naviraiense ou diante do Chelsea. Para mim, Ganso pertence a este patamar, e só o tempo vai confirmar ou desmentir esta afirmação.

Kaká é mais jogador que Ganso? Não sei. Só sei que o meia santista está entre os cinco melhores da posição/função no mundo. Isso, claro, na minha opinião.

Toque de qualidade no ataque

Washington é mais goleador que Fernandão. Contudo, um centroavante não vive apenas de gols.

As diferenças básicas e brutais entre eles são a qualidade técnica e a visão de jogo. Na época de Inter, inclusive, Fernando era o camisa 10, o meia cerebral, o pé pensante.



O passe, talvez o principal fundamento do futebol, é indispensável até mesmo para os atacantes. Até mesmo para o centroavante.

Não apenas individual, mas também coletivamente, Fernandão é muito mais jogador que Washington. É infinatamente mais produtivo para o time, noves fora a inteligência tática.

terça-feira, maio 11, 2010

As casinhas da Seleção

Eis os convocados em suas respectivas posições.



PS.: O curinga Daniel Alves pode atuar na lateral esquerda também.

Os dois maiores erros de Dunga

A presença de Doni e a ausência de Ganso são, na minha opinião, as grandes bobagens feitas pela comissão técnica da Seleção.

Qualidade técnica à parte, que para mim é muito aquém, Doni não defende um chute de verdade há meses. É reserva na Roma. Apenas treina. Não tem o chamado ritmo de jogo, algo vital para um goleiro.

Aos torcedores brasileiros restam rezar para que Julio César não se machuque, e para que Gomes seja o reserva imediato do arqueiro da Inter.

Quanto a Ganso, é mais fácil atacar sua não convocação. Temporada ruim à parte, Kaká é o único talento do meio-campo. Com características distintas das do craque do Santos, por sinal.

O meia do Real Madrid não é um especialista em colocar o companheiro na cara do gol. É mestre em conduzir a bola em velocidade nos contra-ataques. Mas para furar uma retranca, nem mesmo Kaká tem o talento de Paulo Henrique Ganso.

domingo, maio 09, 2010

Tudo igual no Maracanã

Rogério Lourenço escalou o Flamengo no 3-6-1, com Rômulo e Ronaldo Angelim no combate, David na sobra, Juan na ala esquerda e Everton Silva na direita. No miolo do meio-campo Toró e Fernando fizeram os papéis de volantes, e Kléberson e Petkovic de meias. Na referência, Dênis Marques.

Ricardo Gomes adotou o 4-4-2 em quadrado no São Paulo, com Wellington e Júnior César nas laterais, Xandão e Miranda na zaga central, Jean e Richarlyson como volantes, Cléber Santana e Léo Lima como meias, Marcelinho como atacante de movimentação e Washington de centroavante.



Os enfrentamentos individuais ficaram estabelecidos entre Rômulo e Marcelinho, Washington e Ronaldo Angelim, alas e laterais, Toró e Léo Lima, Fernando e Cléber Santana, Petkovic e Jean, e Kléberson e Richarlyson.

No segundo tempo Rogério colocou Michel no lugar de Fernando, trouxe Rômulo para o meio-campo e transformou seus alas em laterais, num 4-5-1.

Mais de Flamengo 1 x 1 São Paulo em Goal.

sábado, maio 08, 2010

Joel muda o esquema no intervalo

Na partida contra o Santos, Joel Santana escalou o Botafogo no 3-5-2 em triângulo invertido (um volante e dois meias), com Fahel e Fábio Ferreira no combate, Antônio Carlos na sobra, Leandro Guerreiro de volante único, e Renato Cajá e Túlio Souza nas meias.



No primeiro tempo o meio-campo do Botafogo não funcionou. Os camisas 7 e 10 fizeram um jogo abaixo da crítica, e as raras ações ofensivas se concentraram nos alas Somália e Alessandro.

Na segunda etapa Joel trocou o 3-5-2 pelo 4-3-3. Sacou Renato Cajá e Túlio Souza no intervalo e colocou Caio na ponta direita, Edno na armação, Herrera na ponta esquerda, e trouxe Fahel para o meio-campo, para atuar ao lado de Leandro Guerreiro.

Mais de Botafogo 3 x 3 Santos em Goal.

quinta-feira, maio 06, 2010

Colorado se agiganta

Partida perfeita do Inter. Não confundiu pressa com pressão, fez tudo direitinho. Construiu a vitória com paciência, cadência e méritos, sem sequer ser ameaçado.



A cada jogo o entrosamento aumenta e o Colorado cresce na Libertadores. Típico exemplo do time que evolui durante a competição.

Com Sandro, Guiñazu, Andrezinho e D'Alessandro no meio-campo, em losango, com opção de variação para o quadrado, a equipe treinada por Fossati, enfim, tem uma cara. Mais que isso: está encorpada.

Disputa de 180 minutos

O Grêmio deu azar no sorteio.

Não que Neymar seja jogador de Vila Belmeiro, mas é bem mais produtivo para o Peixe tê-lo atuando em casa do que fora.



A partida de ida é na próxima quarta-feira, no Olímpico, e a de volta é no dia 19, em Santos. Caso o Tricolor abra uma boa vantagem no primeiro duelo (ou seja: vença sem sofrer gol), o Alvinegro terá a chamada força máxima no segundo para tentar reverter.

De qualquer maneira, com ou sem fulano nesse ou naquele jogo, é um confronto sem favorito, na minha opinião. Grêmio e Santos (e Cruzeiro) são os times que apresentaram o melhor futebol até aqui no ano.

Dois campeões estaduais, treinados por grandes profissionais da nova geração, que privilegiam o toque de bola, a ofensividade, e que sabem explorar como poucos o material humano de altíssima qualidade que têm em mãos.

Campeão da Libertadores no Tricolor

Imagino que Fernandão será titular contra o Cruzeiro. Ricardo Gomes mesmo já disse, antes do acerto ser concretizado, que ele está bem fisicamente e chega para jogar. Washington deve ir para o banco.



Em 2005, Amoroso veio na semifinal e foi decisivo nos últimos jogos do São Paulo na Libertadores. Características dos atletas à parte, a diferença é que aquela equipe era entrosada, forte coletivamente. A de hoje, não. Neste caso, o encaixe é mais difícil.

Claro que qualquer um pode morrer no mata-mata, ainda mais tratando-se de um clássico. Mas por ter o mesmo time e o mesmo treinador há mais tempo, e pelo futebol que tem apresentado, a Raposa é a larga favorita.

Dois tempos distintos no Pacaembu

O primeiro tempo do Corinthians foi irretocável. O do Flamengo, irreconhecível. O Timão adiantou seus jogadores, marcou o Mengão por pressão e não tirou a bola do campo defensivo do adversário nos primeiros 45 minutos.

Ronaldo foi marcado pela dupla Rômulo e David, Jorge Henrique por Ronaldo Angelim e Dentinho por Willians (individualmente). E os laterais alvinegros bateram de frente com os alas rubro-negros, quando estes não entraram em diagonal e buscaram a linha de fundo.



Já William e Chicão ficaram encarregados por Adriano e Love. O camisa 9 do Fla, aliás, quando a equipe não tinha a posse, acompanhou Ralf. Vinícius Pacheco fez o mesmo com Elias, e Maldonado com Danilo. Os duelos individuais, basicamente, foram estes.

No início da segunda etapa os donos da casa, acredito eu que por instinto, recuou demais, deu campo aos visitantes, e o Flamengo cresceu, aliado à entrada de Kléberson. A partir do gol de Love, o Corinthians voltou a domar o jogo, porém deixou espaços aos inúmeros contra-ataques.

quarta-feira, maio 05, 2010

Espelho tático no City of Manchester

No confronto entre City e Spurs, em Manchester, nesta quarta-feira, Mancini e Redknapp adotaram os esquemas que utilizam sempre, o 4-4-2 em linha.

O enfrentamento tático, portanto, ficou espelhado, com os duelos bem definidos: Zabaleta x Bale, Bridge x Lennon, Johnson x Ekotto, Bellamy x Kaboul, De Jong x Modric e Barry x Huddlestone.



A diferença básica, no que diz respeito à movimentação dos dois times, passa pelos atacantes Carlos Tevez e Jermain Defoe.

Ao contrário do camisa 18, que dividiu os espaços com o 15 meio a meio, o argentino cumpriu o papel de segundo atacante de fato, caindo pouco pelos lados, mas em especial buscando o jogo atrás, na linha dos volantes. De certa forma, o 32 ficou mais restrito à faixa central.

Mais de Manchester City 0 x 1 Tottenham em Goal.

A peça que falta à engrenagem

Ricardo Gomes deve ter seus motivos para deixar Marcelinho Paraíba no banco. Deve ter também seus motivos para escalá-lo, quando o escala, na ponta esquerda. Razões que desconheço, mas sou louco para tomar conhecimento.



Na partida contra o Universitário, Marcelinho entrou aos 45 do segundo tempo, no lugar de Fernandinho, para jogar aberto pela esquerda, pra variar. Em um minuto ele saiu da ponta, foi para o centro e, antes do apito final, desferiu um perigoso tiro de longa distância e quase marcou o gol da classificação.

Minha maior dúvida não é nem por que ele é reserva, e sim por que Ricardo o escala pelo flanco, e não pelo corredor central. Na minha modesta visão, Marcelinho tem todas as características para atuar centralizado, atrás dos dois atacantes. Tem o passe, a finalização, a visão de jogo. Só não tem velocidade, aptidão crucial para quem trabalha justamente pela beirada.

Desde a saída de Danilo o clube do Morumbi padece de um meia requintado. No entanto, esse meia, canhoto, ainda por cima, pertence ao atual elenco. Apenas é mal aproveitado e mal escalado. Isso, claro, na minha opinião.

Marcelinho não é nenhum Paulo Henrique Ganso, nenhum Sneijder, nenhum Riquelme. Não é o salvador da pátria são-paulina, não é o solucionador de todos os problemas. Contudo, com ele, imagino eu, o jogo do Tricolor, que está travado e desentrosado, pode fluir com mais facilidade.

terça-feira, maio 04, 2010

Daniel Alves, o dono do passe

No post anterior, fiz uma ressalva quanto a Daniel Alves. Para mim, trata-se da melhor opção para o lado direito do meio-campo, acima de Elano e Ramires. É bem provável que o lateral do Barça seja titular na Copa.

Nesta terça, em sua 100ª partida com a camisa azul-grená, ele participou de três dos quatro gols que o time catalão marcou sobre o Tenerife, no Camp Nou, pela 36ª rodada do Espanhol.



Se o lado direito da equipe de Guardiola é muito forte com Daniel e Messi, no Brasil a dose pode se repetir, de maneira distinta, com Daniel e Maicon.

O camisa 2 do Barcelona, aliás, é o único (Elano também) do elenco de Dunga que tem no passe seu maior fundamento, fato este que pode pesar na hora de escalar os onze.

segunda-feira, maio 03, 2010

A flexibilidade de Ganso

Ganso tem chances de ser titular. Com a 7, não com a 10.

No 4-5-1 (4-2-3-1) da Seleção, o santista, na minha visão, ameaçaria mais Elano, Ramires e Daniel Alves, as opções para o lado direito da linha de três do meio-campo, do que Kaká, o meia central.

O esquema verde-amarelo pode ser considerado assimétrico porque os jogadores das beiradas, Robinho e Elano, têm características distintas: um é condutor de bola e o outro é passador. Esta é uma peculiaridade do time de Dunga e Jorginho. Ao contrário de boa parte das equipes que adotam essa estrutura tática, o Brasil não tem dois homens velozes pelas pontas. Apenas um.

Para cumprir este papel pelo lado destro, de lançador e de eventual terceiro volante, cobrindo as subidas de Maicon, Paulo Henrique, a meu ver, tem mais condições que Elano e Ramires (Daniel Alves já não sei).

Contudo, se essa hipótese tiver fundamento e se materializasse, Ganso seria escalado como no Mundial do Egito, quando particularmente discordei do treinador Rogério. A diferença é que Kaká representa mais para a Seleção principal, em todos os sentidos, do que Giuliano para a Sub-20.

O fato é que, se for convocado, o camisa 10 da Vila pode jogar em mais de uma posição e executar várias funções.

Camisa nota dez

Ganso me lembrou Denílson contra a Turquia em 2002. Apenas pelo fato de prender a bola no campo de ataque e fazer o tempo passar.



Não é exagero dizer que, contra o Santo André, Paulo Henrique levou o time nas costas. A assistência genial para o segundo gol de Neymar fica em segundo plano, perto do que ele fez no segundo tempo.

Apontar suas qualidades é chover no molhado. Não há dúvidas de que se trata do melhor camisa 10 do Brasil. E se você não considerar o Kaká um camisa 10, um meia clássico (muitos não consideram), pode-se afirmar, sem medo de errar, que Ganso é o melhor 10 brasileiro da atualidade, aqui e lá fora (talvez, superior a Alex).

domingo, maio 02, 2010

Pós-jogo de Reds x Blues

Rafa Benítez repetiu a estrutura tática do time que enfrentou o Atlético de Madrid no meio de semana, com o zagueiro Agger na lateral esquerda e o volante Mascherano na direita.

Lucas e Gerrard jogaram por dentro na linha de quatro do meio-campo, Benayoun e Maxi (depois Babel) pelas beiradas, e Aquilani na ponta-de-lança, pelo corredor central, atrás do centroavante Kuyt.



Carlo Ancelotti escalou o Chelsea no 4-3-3 de sempre. Sem Mikel, coube a Ballack atuar como cabeça-de-área e compor o setor com os meias Lampard e Malouda. Na frente, Drogba centralizado, e Anelka e Kalou nas pontas, formaram o trio ofensivo.

Embora aparecesse ocasionalmente como um segundo atacante, Aquilani compunha o meio-de-campo e batia de frente com Ballack, quando o time não tinha a bola. Já os camisas 21 e 8 do Liverpool enfrentaram, em regra, o 8 e o 15 dos visitantes. E os ponteiros azuis duelaram com os laterais improvisados.

Mais de Liverpool 0 x 2 Chelsea em Goal.

sábado, maio 01, 2010

Golaço de Hurmaci

Detalhe para o toque de ombro, na origem do lance, de Alex (autor do primeiro gol da vitória sobre o Eskisehirspor).



A duas rodadas do fim, o Fenerbahçe segue líder do Turcão, um ponto à frente do Bursaspor.