sexta-feira, dezembro 28, 2012

O que é melhor: ficar ou partir?

Li no espn.com.br: "Pai diz que Neymar sai do Brasil após a Copa e vê futebol do filho parecido com o do Barça." Portanto as pessoas que queriam vê-lo no Velho Mundo o quanto antes - eu entre elas - ficaram a ver navios, porque se o Neymar pai falou, tá falado.

Quais os prós e os contras da permanência do craque no Brasil até a Copa? Vários. Mas primeiro é preciso separar os pontos de vista do atleta, do clube e da seleção, para entender o que é bom e ruim para o jogador, para o Santos e para a Seleção.

Financeiramente para Neymar é ótimo ficar. Por mais que o salário em si na Europa seja maior, como levantou o Diário de S. Paulo esses dias, "entre salários, patrocínios, ações pontuais, aparições em eventos corporativos, licenciamentos...", o camisa 11 do Peixe faturou aproximadamente R$ 60 milhões em 2012 - número esse que deve crescer em 2013 e 2014. Logo, dinheiro não é problema por aqui.



Outro fator que deve pesar em sua permanência é a convivência com a família, com o filho, os amigos, as namoradas... Quem o acompanha pelas redes sociais da vida sabe o quanto ele tem curtido a vida ao lado dessa turma. Mudando-se amanhã para Barcelona, por exemplo, metade dessa felicidade pessoal ficaria pelo caminho.

Tática e tecnicamente, no entanto, creio em unanimidade: Neymar iria evoluir rios na Europa. Iria ganhar experiência internacional, iria se acostumar a enfrentar os adversários que irá enfrentar na Copa do Mundo (o que é uma faca de dois gumes, na real), iria ser mais exigido e crescer profissionalmente em todos os sentidos. O único ponto positivo ficando no Brasil, nesse quesito, seria o calendário, já que a temporada europeia chega a seu fim no final de maio, e os atletas que por lá atuam estariam, na teoria, mais "cansados" do que os que atuam por aqui lá por junho e julho.

Quanto à Seleção, o parágrafo acima ilustra bem os prós e os contras. Honestamente, eu gostaria de vê-lo na Europa ontem. Acho que o time treinado por Mano, quer dizer, por Felipão, ganharia muito com o Neymar europeu. Contudo, como o pai dele disse que ele só sai depois da Copa, resta-me a conformação.

E em relação ao clube, ou melhor, aos clubes, não há dúvida: para o Santos - ah, vá! - é excelente que ele fique, por motivos mais do que óbvios. Já para o Barcelona, seu provável destino, a coisa não é tão simples. Prestes a perder Villa para o Chelsea na próxima janela, a equipe catalã ficaria enfraquecida no setor ofensivo na temporada 2013/2014. Claro que há por lá um tal de Messi. Mas além dele, Tito teria "apenas" Alexis, Pedro e Tello como opções (noves fora Iniesta e Fàbregas, que vira-e-mexe são improvisados no ataque). No entanto evidente que o Barça "sobreviveria" sem Neymar até metade de 2014.

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quarta-feira, dezembro 26, 2012

Alexander, the Great

Aos 19 anos, na temporada 2008/2009, Pato marcou 15 gols em 36 jogos pelo Milan no Campeonato Italiano - 27 como titular, 9 como reserva - além de 5 assistências.

E na Liga Europa foram 3 gols em 3 partidas.



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sábado, dezembro 22, 2012

Ousadia e alegria. Só que não

Sou fã de pés opostos. Destro na ponta esquerda, canhoto na ponta direita. Facilita a diagonal, o passe final, o arremate, além de abrir o corredor pra subida do lateral. No 4-2-3-1 do Manchester City funciona assim, com Silva e Agüero pelas beiradas. Pelo menos neste sábado foi assim, diante do Reading, em casa.

Contudo, com as peças à disposição de Roberto Mancini para essa partida, entendo que outra opção seria mais pertinente. Não por causa de Silva e Agüero, mas sim por causa de Yaya Touré. Polivalente, o camisa 42 joga como centroavante ou até no gol se for preciso. Para trabalhar pela faixa central do 4-2-3-1, todavia, acredito que ele não seja a melhor alternativa.



No banco o City contou com Wright, Kompany, Lescott, Milner, Sinclair, Razak e Dzeko. Logo, sem Nasri. Portanto, já que o francês não estava nem na reserva (não sei se suspenso ou machucado), Mancini bem que poderia ter trazido Silva para a faixa central, deixado Touré na dele (segundo volante), e escalado, sei lá, Sinclair numa das beiradas. Dessa forma o 21 seria o centro da criação, Agüero e Sinclair os homens dos flancos, e Tevez a referência.

E se quisesse algo mais ofensivo, poderia ter optado por Agüero e Tevez pelas pontas, Silva por dentro, e Dzeko na frente. No entanto, conhecedor do conservadorismo do treinador italiano, não me surpreendi com Touré na meia. Ele já jogou várias vezes por ali, inclusive. Porém ter ousado um pouco não custaria nada. E, claro, a presença de Silva pela faixa central, com um time em tese mais agressivo, não garantiria um desempenho mais efetivo.

OBS: Texto publicado aos 15 do segundo tempo.

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terça-feira, dezembro 18, 2012

Cássio é Seleção

Não sou eu quem diz. É o povo. Através da enquete aqui do blog. 80% a favor da convocação contra 20% contra. E dos 80%, 1/3 votaram em Cássio titular, 1/3 em reserva imediato, e 1/3 em terceiro goleiro.



Concordo com o resultado. Só não sei se reserva imediato ou terceiro goleiro. Meu titular, hoje, seria Diego Alves. No dia 15 de agosto, aliás, escrevi no Facebook: "Só eu acho que Cássio merece ser 'testado' na Seleção?". Oito dias depois ele foi chamado por Mano Menezes, e muita, mas muita gente torceu o nariz.

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segunda-feira, dezembro 17, 2012

Possível Timão com Pato

A temporada 2013 vai ser longa e desgastante para o Corinthians. Paulista, Libertadores, Brasileiro, Recopa, Copa do Brasil, e quiçá o Mundial novamente. Vai saber. Portanto, mais do que nunca, o elenco terá de ser rico em quantidade e qualidade, já que Tite deverá girá-lo como bem entender.

Cedo ou tarde, no entanto, o onze ideal terá de ser eleito - sem jamais abdicar de planos B, C, D... Quanto ao A, creio em Renato Augusto titular. E, se confirmada a notícia da Sky Sports desta segunda-feira, Alexandre Pato também.

Eu sei. Pato se machuca com frequência. (E é justamente por causa das lesões e das suspensões que o plantel tem de ser forte a ponto de resistir o desunamo calendário nacional.) Contudo, caso o jogador do Milan consiga emplacar uma sequência satisfatória de jogos (por que não?), não tenho dúvida de que estará entre os onze, pois trata-se de um craque extraclasse.

Tite é adepto do 4-2-3-1, todos sabemos. Mas sabemos também que existem variações: por exemplo, quando Emerson vem atuar na faixa central e Danilo fecha um dos corredores, caracterizando assim uma espécie de 4-4-2 em linha (ou 4-4-1-1, se preferir). E é no 4-4-2 em linha, com eventuais variações, que o Corinthians pode vingar no ano que vem.



Partindo do princípio que Ralf, Paulinho, Renato Augusto, Pato e Guerrero seriam titulares, restaria apenas uma vaga do meio pra frente. Entre os candidatos estariam Emerson, Danilo, Jorge Henrique, Romarinho e Martínez, todos aptos a preencher o flanco esquerdo do campo. Lembre-se que, no Bayer Leverkusen, Renato em regra atuava aberto à direita - o que não quer dizer que não possa jogar em outra posição no Timão.

Em relação à dupla de ataque, Guerrero e Pato poderiam se completar com rara felicidade. Jogadores de mobilidade e qualidade com a bola no pé longe da área, Pato e Guerrero poderiam se revezar entre primeiro e segundo atacante. Ambos têm totais condições de exercer as duas funções. E se fosse desejo do treinador, Pato poderia, sem a bola, encostar no primeiro volante adversário pela faixa central - algo que Emerson faz de vez em quando.

Na minha hipotética prancheta, aliás, deixei Emerson e seus 34 anos como segunda opção, atrás de Martínez. 2013 pode ser, de fato, a temporada para o argentino se firmar na equipe. Agora, caso ele peça para sair (disse isso no começo de novembro), as alternativas seriam Danilo, Jorge Henrique, Romarinho... Além, claro, de Emerson. Qual seria a melhor pedida? Só os treinamentos e os jogos iriam dizer. E sabemos que, com Tite, ganha-se a posição na bola.

Douglas? Bem. Acho que seria reserva. Todavia, como o calendário é extenso e nenhum clube está livre de lesões e suspensões, o camisa 10 poderia ser bastante utilizado, até pela possibilidade de adoção do 4-2-3-1, com ele na meia central.

Existem outras possibilidades táticas e técnicas? Sim. Claro que sim. Mas inspirado pela informação sobre Alexandre Pato (que pode não se concretizar), resolvi de bate-pronto rascunhar o Corinthians 2013, e o que de melhor veio à minha cabeça foi esse time. Mas se você tiver outra ideia, por favor, compartilhe-a.

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Novo recorde à vista

Messi vai superar os 82 gols da temporada passada? Fiz essa enquete aqui no blog antes da bola rolar na Europa, e o resultado foi 43% para sim, e 57% para não. Convenhamos, placar equilibrado. Fã xiita assumido do futebol de Messi, lembro-me que votei em sim. E lembro também que 82 é o recorde numa temporada, mais um na galeria desse cara.



Hoje, 17 de dezembro, por clube e seleção, o gênio argentino já soma 39 gols em 31 partidas (via @messi10stats), enquanto na temporada passada, nessa mesma altura do campeonato, com os mesmos 31 jogos, o camisa 10 havia marcado "apenas" 29. Logo, se mantiver a média, vai ultrapassar os 82 gols de 2011/2012 sem sustos. E ai de quem se atrever a questionar a manutenção dessa média! Porque, entre as infinitas virtudes que Messi possui, a regularidade é uma das especiais.

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domingo, dezembro 16, 2012

Corinthians, campeão incontestável

Na teoria a opção por Moses faz sentido. É legítimo escalar um (ou dois) atacante pela beirada do 4-2-3-1. Necessário, eu diria. Por isso entendo a alternativa de Rafa Benítez. Na prática, no entanto, Oscar é infinitamente mais produtivo à equipe – seja escalado na ponta ou na faixa central. Destaque com Di Matteo, em sete jogos sob o comando do treinador espanhol, Oscar foi titular em apenas três (contra City, Liverpool e Monterrey). Logo me parece que Benítez está bitolado em sua convicção - de escalar um atacante na ponta do 4-2-3-1 – e com ela irá morrer abraçado, até porque Moses não é nenhum Messi. (Ah, obviamente que Oscar titular não seria garantia de nada.)



Outro pecado do técnico do Chelsea foi o desconhecimento do adversário. Enquanto Tite sabia o número das chuteiras e a cor preferida de todo elenco azul, Benítez aparentemente mal e mal sabia quem era quem no plantel alvinegro. Esse não foi o principal fator a decidir a partida, mas sem dúvida ajudou bastante na hora de traçar a estratégia e executar a preleção corinthiana. Enquanto Tite sabia todas as possibilidades do time de Benítez, Benítez nem sonhava, por exemplo, com a escalação do aplicado, incansável e inesgotável Jorge Henrique. (Não li nem ouvi ele admitir isso, porém presumo que seja verdade.)

A vitória do Corinthians, aliás, foi uma soma de fatores. E além do know your enemy e da superioridade tática, a determinação do Timão também foi relevante. Futebol se ganha com a bola no pé, mas a tal da faca nos dentes faz a diferença. Como definiu Mauro Cezar a seu estilo no Twitter, era o "jogo da vida" x "mais um jogo". Quando a pelota rola todos querem vencer. Óbvio. Ninguém entra para perder. Contudo que os atletas do Corinthians transbordaram mais força de vontade e concentração, transbordaram.

No fim das contas o placar final e o desfecho foram justíssimos. Título mais que devido e merecido. Os brasileiros não se intimidaram um segundo sequer, jogaram de igual para igual, como gente grande, e construíram o triunfo tijolo por tilojo. Igualmente digna de nota também, com certeza absoluta, foi a participação decisiva do paredão Cássio.

Agora, consumado o sonho, é preciso comemorar, descansar e curtir as férias, para voltar com tudo em 2013, com o apetite renovado para brigar pela Libertadores, pelo Brasileirão, pela Recopa, pela Copa do Brasil, e pelo eventual Mundial de Clubes novamente. Quanto ao estadual, pequeno demais para os donos do planeta.

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sexta-feira, dezembro 14, 2012

O time e o Top 10 de 2012

Messi foi eleito o melhor jogador do ano pela World Soccer. E também será pela France Football, pela FIFA, e por qualquer outra instituição que queira fazer uma eleição a respeito. Messi, aliás, levou a Bola de Ouro da FIFA em 2009, 2010 e 2011, e vai levar em 2012, 2013, 2014...

Mas já que falar do gênio argentino é chover no molhado, para não cair na mesmice aproveito o gancho da revista inglesa para citar minha seleção e meu Top 10 de 2012. Contudo, acalme-se e lembre-se: essas listas e selecionados nunca são unânimes, e a discordância é mais do que natural.

O time da World Soccer é formado por Casillas; Lahm, Sergio Ramos, Kompany e Alba; Pirlo, Xavi e Iniesta; Messi, Falcao e Cristiano Ronaldo. E o meu, publicado no Facebook há 11 dias, baseado nos 40 indicados pela UEFA, é igual do meio pra frente: Pirlo, Xavi e Iniesta; Messi, Falcao e Cristiano Ronaldo. Lahm também. No gol, porém, optei por Neuer; na lateral esquerda, Ashley Cole (porque Marcelo não estava na lista dos 40 da UEFA); e na zaga, Pepe e Hummels.

Em relação ao Top 10 do ano, o buraco é mais embaixo. Mais difícil listar. Mas como quem não arrisca não petisca, vamos lá.

Os escolhidos pela World Soccer, pela ordem, são Messi, Cristiano Ronaldo, Iniesta, Pirlo, Falcao, Neymar, Casillas, Xavi, Drogba e Hazard. Já o meu Top 10, também pela ordem, é composto por Messi, Cristiano Ronaldo, Iniesta, Falcao, Pirlo, Ibrahimovic, Götze, Van Persie, Neymar e Xavi.

Que tal?

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Timão vs Blues: nome a nome

Futebol é um esporte coletivo feito de duelos individuais. Duelos estes definidos em função do posicionamento dos jogadores dos dois times em campo. Por isso torço o nariz, por exemplo, quando o Barcelona enfrenta o Real Madrid, e as pessoas logo pensam no duelo Messi vs Cristiano Ronaldo, sendo que, na prática, no gramado, eles raramente se encontram.

No caso de Corinthians vs Chelsea, os duelos da meia cancha devem ser estabelecidos entre Ralf vs Oscar, Paulinho vs Ramires, e Douglas vs Mikel. Claro, desde que os citados sejam escalados. No entanto, pelo fato de ambos se estruturarem no 4-2-3-1, a comparação homem a homem, posição por posição, pode ser pertinente, lembrando que, na prática, só deve ocorrer o duelos entre os segundos volantes. Ainda assim, vamos a eles.

Cássio vs Cech. Sou fã do futebol do Cássio. Quando foi chamado por Mano, remei contra a maré e fui a favor de sua convocação. Contudo, na comparação com Cech, o goleiro do Chelsea leva vantagem, não só pela experiência, mas também pela qualidade técnica.

Alessandro vs Ivanovic. Na lateral direita, optaria pelo empate técnico. Ivanovic, sem dúvida, é mais forte na marcação. Alessandro, em contrapartida, apesar de não ser nenhum Marcelo, pode ser mais eficiente no apoio. Engana-se, porém, quem imagina que o camsisa 2 dos Blues não avança. Avança sim, e é perigoso - sem falar na bola aérea.

Fábio Santos vs Ashley Cole. Na lateral esquerda, não vejo Cole muito acima de Fábio Santos. É verdade que foi dele o passe para o gol de Mata após tabelinha com Oscar, diante do Monterrey. Mas acho que se fosse substituir Fábios Santos por Cole, seria seis por meia dúzia. Portanto, para mim, outro empate.

Chicão vs Cahill e Paulo André vs David Luiz. No miolo da zaga, creio em unanimidade. Cahill e David Luiz são superiores a Chicão e Paulo André em todos fundamentos. Física e tecnicamente, além da experiência europeia, a dupla do time londrino está em outro patamar - sem falar na bola aérea defensiva e ofensiva. Ah, e nas cobranças diretas de falta, David está mais em dia que Chicão. Muito mais.

Ralf vs Mikel. Quanto aos primeiros volantes, ligeira vantagem para Ralf. Enquanto Mikel faz o feijão com arroz, o feijão com arroz de Ralf é mais temperado. A diferença entre eles, todavia, na minha visão, é pequena. Não que Ralf seja Toninho Cerezo, mas a vantagem do corinthiano está na qualidade com a bola no pé e no fator surpresa.

Paulinho vs Ramires. Quanto aos segundos volantes, talvez a briga mais equilibrada. Muitos vão optar por Paulinho, muitos por Ramires. Eu fico com a segunda turma. Tecnicamente talvez Paulinho seja mais dotado. Ramires, porém, é mais letal na retomada de bola e na transição ofensiva rápida, graças a seu potencial na condução em velocidade. Contudo, repito, a briga é equilibradíssima, até porque, na finalização, Paulinho sai na frente.

Emerson vs Mata. Na ponta direita (se é que serão escalados por ali na final), Emerson é mais agudo. Dá mais profundidade à equipe. Mas Mata, tática e ecnicamente, é melhor. Pensando no jogo coletivo, o espanhol é muito mais produtivo que o brasileiro. O 10 do Chelsea não apenas marca gols, mas também dá assistências, trabalha melhor o passe, etc, etc. Resumindo, é mais completo.

Douglas vs Oscar. Na faixa central (se é que serão escalados na final), nítida superioridade de Oscar. A visão de jogo talvez seja o único ponto em que se aproximam, porque de resto, o meia do Chelsea coloca o do Corinthians no bolso. Sem falar que Oscar é infinitamente mais participativo do que Douglas, com e sem a bola.

Danilo vs Hazard. Na ponta esquerda (se é que serão escalados por ali na final), vantagem do belga. O jovem de 21 anos é superior em praticamente todos fundamentos - exeção feita à bola aérea, onde Danilo é perito. E, com boa vontade, no arremate a gol. Mas tirando isso, vantagem de Hazard. Mais pulmão, mais velocidade, mais drible, mais participação, mais presença ofensiva, e por aí vai.

Guerrero vs Torres. Para fechar, na referência do ataque, apesar de Edmundo achar Guerrero "tecnicamente muito superior", fico com Torres. Desde que Benítez chegou, aliás, El Niño cresceu de produção, recuperou a confiança, e a "fase ruim de Torres" aparentemente não serve mais como argumento para favorecer Guerrero.

No placar final, na minha avaliação, noves fora os dois empates nas laterais, 8 a 1 para os campeões da Champions League. O que não quer dizer muita coisa, porque, como disse no começo, futebol é um esporte coletivo. O favoritismo, evidentemente, é do clube europeu. Mas, evidentemente, os campeões da Copa Libertadores têm totais condições de saírem do Japão com o troféu - até porque se trata apenas de uma partida, e nela qualquer um pode vencer.

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quinta-feira, dezembro 13, 2012

Futebol de ponta no São Paulo

Pontas. O segredo do sucesso são-paulino está nas pontas. Claro que todos jogadores têm sua parcela: Paulo Miranda e Cortez nas laterais, Toloi e Rhodolfo na zaga, Denilson e Wellington à frente dela, Jadson na articulação, Luis Fabiano na referência do ataque, Rogério Ceni no gol e na liderança... Todos têm mérito. Contudo o sucesso do quarto colocado do Brasileirão, e campeão da Sul-Americana, deve-se muito a Lucas e Osvaldo.



Méritos também de Ney Franco, que soube achar e encaixar o time no 4-2-3-1 com dois ponteiros velozes e habilidosos, dribladores, capazes de desmontar e infernizar as marcações adversárias. Reserva sob o comando de Leão, que optava por Fernandinho, Osvaldo virou titular com Ney, se firmou e foi essencial na arrancada do São Paulo nessa reta final de 2012. Já Lucas cresceu muito de produção quando voltou das Olimpíadas, e foi, como disse com uma certa dose de exagero Rogério Ceni, 40% da equipe. Para mim, o camisa 7 foi o melhor jogador em atividade no país nesse segundo semestre.

Agora a hora é de comemorar o título internacional e celebrar o belo futebol apresentado dentro das quatro linhas nesses últimos quatro meses. Mas é hora também de planejar 2013 (se é que já não foi planejado) com Libertadores e sem Lucas. Caso nenhum atacante com calibre e características semelhantes seja contratado, o treinador tricolor já pode pensar num estilo um pouco diferente, com Jadson, Ganso, Osvaldo e Luis Fabiano entre os onze. Talvez no mesmo 4-2-3-1, com o 10 deslocado à beirada direita. Ou quem sabe no quase extinto 4-4-2 em quadrado.

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quarta-feira, dezembro 12, 2012

Mudança é bem-vinda no Timão

Consistência defensiva. Esse foi o ponto positivo do Corinthians na estreia do Mundial de Clubes, contra o Al-Ahly, nesta quarta-feira. A consciência e a eficiência coletiva do time treinado por Tite, sem a bola, ficou evidente. A contundência ofensiva, no entanto, ficou em cheque. Foram poucas finalizações e raras as chances claras de gol. No segundo tempo, para agravar a situação, a equipe egípcia, também pela posição no placar, dominou a partida.



A ansiedade da estreia e o efeito Mazembe podem ter pesado e servir de desculpa? Talvez. Mas acredito que na final, contra Monterrey ou Chelsea, a vida alvinegra será "menos difícil", por mais contraditória que essa frase possa parecer. Tecnicamente os times mexicano e inglês são superiores ao do Egito. Contudo é provável que joguem de igual para igual, saiam mais para o jogo e deixem o Corinthians jogar (embora, justiça seja feita, o Al-Ahly foi para cima nos, sei lá, 30 minutos finais, liberando espaços para o contra ataque brasileiro, que por sua vez foi inexistente).

Caso o Chelsea confirme o favoritismo e chegue à grande decisão, é bem possível que a posse de bola seja londrina na maior parte do tempo. Com Hazard e Mata no meio campo (Oscar tem sido banco com Benítez), a probabilidade da manutenção da redonda por parte dos Blues aumenta. Logo, se assim for, a utilização do contra golpe se fará necessária. E para isso, a meu ver, Tite deverá escalar atletas de velocidade e habilidade pelas beiradas. Depender apenas de Paulinho e Emerson para contra atacar é perigoso. Penso, portanto, que começar com Romarinho ou Jorge Henrique seja a alternativa mais indicada. E como Danilo é essencial, em especial na jogada aérea (defensiva e ofensiva), cogitaria com carinho começar com Douglas na reserva no domingo.

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terça-feira, dezembro 11, 2012

Messi, e os demais

Quando o assunto é Messi, me sinto à vontade para falar. Porque desde 2009, quando muitos diziam que ele era "craque", eu já o classificava como "gênio" - vide esse post publicado em dezembro daquele ano, quando o argentino ganhou sua primeira Bola de Ouro (a primeira de muitas).



Hoje em dia, independente dos recordes que ele quebra a cada temporada, todos o reconhecem como tal: gênio. O único em atividade no planeta. O único que merece ser assim chamado. Messi é gênio. Os demais são craques. Indiscutivelmente. E como diria Fernando Calazans em relação a Zico, se Messi não ganhar a Copa, azar da Copa.

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sábado, dezembro 08, 2012

A prévia do clássico de Manchester

Silva é dúvida. Mas se for para o jogo, deve fazer o que mais faz: entrar em diagonal para se somar aos jogadores do meio campo, e para abrir o corredor para as investidas de Maicon. Canhoto, o camisa 21, quando cai pela faixa central, tem no passe vertical um de seus pontos fortes.

O mesmo acontece com Nasri. Originalmente aberto à esquerda, o francês, destro, busca flutuar pela meia cancha para qualificar a troca de passes. E é por causa dessa movimentação dos wingers do City que acredito na manutenção do 4-4-2 em losango pelo lado do United, para evitar a inferioridade numérica no setor.



Anderson está fora e Cleverley é dúvida. Por isso, na prévia, optei por Scholes, Fletcher e Carrick atrás de Rooney. Rooney, aliás, deve ser marcado de perto por Barry, enquanto Touré deve duelar com Fletcher. Se assim for, espaços podem aparecer para a progressão de Scholes pela meia direita. E se Kolarov se deslocar para marcá-lo, espaços podem surgir para as subidas de Rafael, que por sua vez deve ser acompanhado por Nasri.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 11h30, horário de Brasília, no Etihad Stadium, pela 16ª rodada da Premier League. Na tabela, os Red Devils estão em primeiro, com 36 pontos. E em segundo, os Citizens, com 33. Ou seja: sobram ingredientes para apimentar esse esperadíssimo dérbi.

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quarta-feira, dezembro 05, 2012

A sedução está em Manchester

Se Abramovich não respeita os treinadores do Chelsea, por que os jogadores respeitariam? A frase é do jornalista inglês Martin Samuel, com a qual, convenhamos, temos de concordar. Por essas e outras que, entre City e Chelsea, o clube de Manchester pode largar na frente para fechar com Guardiola.



Outro ponto a favor dos citizens é o elenco, superior em quantidade e qualidade. Com praticamente dois grandes atletas por posição, o plantel do City é um dos mais fortes e equilibrados do mundo, o que, cá entre nós, é um prato cheio para um treinador do calibre de Pep.

Fala-se que o Milan também tem interesse no espanhol, porém por mais que Berlusconi possa lhe oferecer Deus e o mundo, não creio que o melhor técnico do planeta irá embarcar nessa furada - não pela tradição, evidentemente, mas pela fragilidade do elenco rubronegro. Para desenvolver um trabalho que possa chegar perto ao desenvolvido no Barcelona, peças qualificadas são fundamentais. E nenhum outro clube da Europa - nem mesmo o PSG - conta com tantos craques quanto o City.

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segunda-feira, dezembro 03, 2012

Seleção da Europa

Eis os 40 indicados ao onze de 2012 da UEFA:

Goleiros: Buffon, Casillas, Cech e Neuer.

Defensores: Barzagli, Cole, Hummels, Ivanovic, Jordi Alba, Kompany, Lahm, Mascherano, Pepe, Piqué, Sergio Ramos e Thiago Silva.

Meio-campistas: Alonso, Blaszczykowski, Hazard, Iniesta, Juan Mata, Marchisio, Özil, Pirlo, Reus, Silva, Touré e Xavi.

Atacantes: Agüero, Burak Yilmaz, Cavani, Drogba, Falcao, Mario Gómez, Huntelaar, Ibrahimovic, Lewandowski, Messi, Ronaldo e Van Persie.

Meus votos, no 4-3-3: Neuer; Lahm, Pepe, Hummels e Cole; Pirlo, Xavi e Iniesta; Messi, Falcao e Cristiano Ronaldo.

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sexta-feira, novembro 30, 2012

Samba Gold Trophy 2012

Começa neste sábado a votação no Sambafoot para eleger o melhor brasileiro de 2012 na Europa. Confesso que ainda não me decidi entre Rafael, Marcelo, Willian ou Hernanes. Mas acho que vou acabar votando no camisa 10 do time ucraniano. E você?

Confira a lista dos 30 indicados:

Adriano (Barcelona)
Alan (Braga)
Alex Teixeira (Shakhtar Donetsk)
Cleiton Xavier (Metalist)
Daniel Alves (Barcelona)
Dante (Bayern de Munique)
David Luiz (Chelsea)
Diego (Wolfsburg)
Diego Alves (Valencia)
Felipe Melo (Galatasaray)
Fernandinho (Shakhtar Donetsk)
Fernando (Porto)
Filipe Luis (Atlético de Madrid)
Giuliano (Dnipro)
Hernanes (Lazio)
Hilton (Montpellier)
Hulk (Zenit)
Jonas (Valencia)
Lima (Benfica)
Luiz Gustavo (Bayern de Munique)
Maicon (Porto)
Marcelo (Real Madrid)
Miranda (Atlético de Madrid)
Nenê (PSG)
Rafael (Manchester United)
Ramires (Chelsea)
Sandro (Tottenham)
Taison (Metalist)
Thiago Silva (PSG)
Willian (Shakhtar Donetsk)

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Qual a melhor opção para Robinho?

Parece que Robinho pretende voltar ao Brasil. Seria uma boa para ele, pessoal e profissionalmente, me parece. E imagino, salário à parte, que a vaga na Libertadores 2013 poderia pesar em sua decisão. Logo, se assim for, Grêmio, Atlético, São Paulo ou Fluminense seria seu destino. Palmeiras ou Corinthians, honestamente, soa-me improvável.

Salário à parte, qual seria, entre os quatro candidatos citados, a opção mais interessante ao jogador: Fluminense, Grêmio, Atlético ou São Paulo? Claro que quem sabe o que é melhor para ele é ele mesmo e sua família. Contudo, analisando de longe, em matéria de time e de força na competição continental, o campeão brasileiro de 2012 largaria na frente, na minha visão.



Eu sei, estou apenas especulando, sequer existe uma informação que indique a vontade do clube carioca em contratar Robinho. E vice-versa. No entanto, dentro das quatro linhas, o atacante cairia como uma luva na equipe de Abelão. Assumiria a ponta esquerda sem cerimônias. Com Wellington Nem por um lado e Robinho pelo outro, o Flu ficaria mais equilibrado e contundente ofensivamente. No São Paulo, a ideia seria semelhante. Sem Lucas, Ney Franco teria Osvaldo (se ficar) e Robinho pelas pontas. Interesse concreto, porém, segundo o Blog Primeira Mão, existe apenas por parte de Grêmio e Atlético.

O raciocínio aplicado ao Fluminense e ao São Paulo se aplicaria ao Atlético. Também estruturado no 4-2-3-1, o time de Cuca teria Robinho e Bernard pelas beiradas, com Ronaldinho por dentro, além do nove. Claro, desde que Bernard permaneça no Galo. Cá entre nós, daria samba.

Quanto ao Grêmio, entendo que haveria mais dúvidas do que certezas, no que diz respeito a campo e bola. A dupla Kleber-Marcelo Moreno é meio que uma incógnita. Gera mais interrogação do que exclamação. Taticamente, a meu ver, seria complicado encaixar os três. Alguém (Kleber?) teria de ficar de fora - o que não chegaria a ser uma heresia. Problema para Luxemburgo. Seja como for, e seja para onde for, Robinho seria muito bem-vindo de volta. E não tenho dúvida de que iria render acima da média.

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quinta-feira, novembro 29, 2012

Osvaldo: questão prioritária

O drible é uma arte. Desde o tempo que Dondon jogava no Andaraí. Encanta a torcida, desmonta a marcação, enfurece o adversário. É a beleza somada à eficiência. É a essência do futebol. Em especial o brasileiro, que reinventou através de Mané e do Rei Pelé o esporte inventado na Terra da Rainha.

Lucas e Osvaldo, eu sei, não são Mané e Pelé. Mas hoje no Brasil nenhum time tem dois pontas dribladores como o São Paulo. E nenhum time jogou tão bem nesse segundo semestre quanto o São Paulo. Graças a Lucas e Osvaldo. Wellington acertou o meio campo defensivo, Paulo Miranda endireitou a lateral direita... Todos sabemos. Não tenho dúvida, porém, que o belo desempenho do Tricolor nesse semestre se deve a seus ponteiros.



Lucas já está vendido. Por 43 milhões de euros, vai para o PSG. Já Osvaldo, que era banco com Leão, que preferia Fernandinho, está na mira da Roma. E se se mudar à cidade eterna, o São Paulo nunca mais será o mesmo. Okay. Estou exagerando. Osvaldo não foi, não é e nem será, sei lá, Canhoteiro. No entanto tenho certeza de que, se ele sair (Lucas já saiu), a versão 2013 será inferior a essa. Pois não será fácil repor dois pontas dribladores como os atuais camisas 7 e 17.

Ainda no 4-2-3-1 que engrenou e fez tanto sucesso nessa reta final de 2012, Ney Franco pode escalar no ano que vem Jadson, Ganso e Osvaldo na linha de três. A característica vai mudar, a equipe deve perder a contundência pelo flanco direito (corredor de Lucas), mas ainda assim pode ser um São Paulo pertinente. Mesmo sem Lucas pode dar um requintado caldo, no mesmo 4-2-3-1, com Denilson e Wellington volantes, Jadson, Ganso e Osvaldo na linha de três, e Luis Fabiano na frente. Agora, caso o ex-Ceará deixe o clube do Morumbi, o time vai mudar do vinho pra água.

Foi-se o tempo em que as instituições brasileiras não conseguiam competir com as europeias. Ainda mais as italianas, que andam mal das pernas. Ainda mais com a grana que entrou com a venda de Lucas. Portanto, a meu ver, a permanência de Osvaldo tem de ser tratada como prioridade. Se passa pelo aumento, pelo duplicamento do salário, que assim seja, pois não consigo visualizar uma reposição à altura desses dois pontas dribladores, que não são Garrincha e Canhoteiro, mas no conexto atual, desequilibram.

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quarta-feira, novembro 28, 2012

As possibilidades dos Red Devils

Essa alternativa de Ferguson particularmente me agrada. Para encaixar Chicharito e Van Persie no time, o treinador do Manchester United às vezes adota o 4-4-2 em losango, com Rooney centralizado, responsável pela ligação entre meio e ataque. No 1 a 0 sobre o West Ham, por exemplo, nesta quarta-feira, no Old Trafford, foi assim.

Além de Rooney, Anderson também ficou encarregado pela criação. Mais solto que Cleverley, o camisa 8, embora tivesse caído bastante pelo corredor direito, flutuou em demasia pela faixa central, buscando arquitetar o jogo com passes e inversões. Quando o 10 encostava nos atacantes, quem preenchia a meia cancha com a posse e o toque era o brasileiro.



Quanto a Carrick, atuou mais preso, à frente da zaga, deslocando-se eventualmente aos flancos para cobrir as subidas dos laterais. Entre eles, Rafael foi mais presente no apoio do que Evra. A dobradinha com Anderson e com o próprio Van Persie por aquele espaço, em especial nos primeiros 45 minutos, foi acionada com frequência, apesar de poucas chances efetivas terem sido criadas por ali.

Aos 20 minutos do segundo tempo Young entrou na vaga de Cleverley, e os Red Devils passaram a atuar no 4-4-2 em linha, com os wingers Young (esquerda) e Rooney (direita) bastante adiantados (até pela fragilidade do adversário). Dessa forma, mais do que nunca, Anderson se transformou no principal armador, e o esquema tático pôde ser interpretado como 4-1-3-2. A equipe de Manchester, naturalmente, ficou mais ofensiva, a pressão cresceu, mas o placar, construído aos 33 segundos (isso mesmo) da primeira etapa, com RvP, não foi alterado.

Quando Kagawa voltar (parece que falta um mês), é possível um time com ele, Rooney, Van Persie e Chicharito? Talvez. Ferguson pode armar um 4-2-3-1 com Rooney e Van Persie pelas pontas, Kagawa por dentro, e Chicharito na referência. Ou no próprio 4-4-2 em losango, com Kagawa "carrillero", alinhado a Cleverley (o que já ocorreu, vide essa prancheta). Mas acho difícil. Se acontecer, deve ser ocasional. Portanto, se considerarmos o japonês titularíssimo, é provável que o 14 retorne ao banco. Uma pena, pois a temporada dele é excelente. Porém esse é o preço que se paga quando se tem um elenco estelar. Futebol se joga com onze, e alguém tem de ficar na reserva.

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A taça é o que interessa

Confesso: sou fã do trabalho de Mano Menezes. Desde aquele Grêmio vice-campeão da Libertadores que tinha Saja no gol, Patrício na lateral direita, Sandro Goiano no meio campo e Tuta na referência do ataque.

Quem me acompanha também sabe que fui contra a queda dele. A um ano e meio da Copa do Mundo, na minha visão e de muitos outros, não era o momento para sacar o treinador da Seleção. Tampouco o momento para se exigir o ápice da equipe, que deve ser atingido em junho/julho de 2014.

Mas a verdade é uma só: Mano caiu, e Felipão assumiu. Currículo por currículo, não se discute quem tem o mais notável. Experiência por experiência, a de Luiz Felipe fala mais alto. E apesar de, na minha modesta opinião, considerar Mano mais treinador que Felipão dentro das quatro linhas, reconheço que, para um torneio de mata-mata dessa dimensão (Copa do Mundo), o técnico campeão em 2002 é uma pertinente opção.

A Seleção jogará um futebol vistoso sob o comando de Scolari? Não creio. Duvido. Contudo o que interessa é erguer a taça, né? Portanto, analisando a mudança sob esse aspecto, de conquistar o caneco em casa a qualquer custo, com dor no coração e nariz torto, enxergo com bons e otimistas olhos a contratação de Felipão.

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terça-feira, novembro 27, 2012

Neymar azul e grená

Assim como eu, Johan Cruyff adora falar uma besteira. "Barcelona não precisa de Neymar" foi a última delas. E não estou aqui defendendo o brasileiro por ser brasileiro. Defendo Neymar no Barcelona porque ele é melhor do que todos pontas-esquerdas culés juntos. Junte Tello, Cuenca e Pedro, e não terá nem a perna ruim do santista. Se quiser forçar a barra ainda, pode colocar Alexis e Villa nesse bolo. Repito: se quiser forçar a barra.

Creio que o holandês disse o que disse por ignorância. Não conhece o futebol de Neymar. Não deve ter visto, sei lá, nem dez jogos do craque tupiniquim em sua vida. Por isso disse o que disse. Nós, no entanto, que estamos acostumados a ver jogos do Santos, da Seleção e do Barcelona, sabemos que Neymar cairia como uma luva no time catalão. Tudo bem. Vou falar só por mim. Eu, pelo menos, enxergo dessa maneira.

Enxergo assim, aliás, há muito tempo. Desde 2010, para ser mais preciso, entendo que o destino ideal de Neymar na Europa seja o Barça, vide este post publicado em fevereiro daquele ano. Messi é gênio, o único em atividade atualmente, mas não joga sozinho. E a fase exuberante de Xavi, Iniesta e cia não vai durar para sempre. Logo, a meu ver, Neymar é perfeito para o Barcelona no curto, médio e longo prazo.

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quarta-feira, novembro 21, 2012

Chelsea caça com gato e paga o pato

Falcao García, Zlatan Ibrahimovic ou Robin Van Persie não garantiria a classificação do Chelsea às oitavas de final da Champions. Tampouco a presença de Mourinho ou Guardiola no comando. Contudo é fácil observar e identificar que esses dois postos - o de centroavante e de treinador - são os pontos fracos do atual campeão do torneio.

Evidente que Roberto Di Matteo tem sua parcela de culpa na pífia campanha dos Blues. Entretanto sua parcela, como acontece na maioria dos casos, é de, sei lá, 30%. No sucesso ou no fracasso, aliás, o percentual atribuído ao técnico, em regra, é esse. O restante pertence ao elenco (e à diretoria). E é justamente aí, no elenco (ou melhor, na montagem dele) que o Chelsea falhou feio.

Oscar e Hazard, sem dúvida, foram bolas dentro. Independente do montante gigante gasto com eles, os prós de suas contratações são infinitamente maiores que os contras. A cada jogo deste início de temporada, no entanto, ficou nítida a carência em relação ao ataque. De ofício mesmo, o plantel azul conta com apenas dois atacantes: Torres e Sturridge. Se comparado ao setor ofensivo dos outros grandes clubes da Europa, chega a ser piada.

O raciocínio, me parece, foi esse: Torres vai voltar a ser Torres. Sem a sombra de Drogba (sombra entre aspas, porque Drogba era titular), o camisa 9 vai voltar a apresentar o futebol dos tempos de Atlético e Liverpool. Eu mesmo, confesso, esperava isso. Assim como Roman Abramovich, apostava (todas) minhas fichas no espanhol. Jurava que ele iria engrenar de vez, que seria o nove absoluto do time londrino. Jogo após jogo, todavia, viu-se que Torres não desandou. Desabou. Não é (e será que vai voltar a ser?) mais o mesmo.

A presença de Falcao, Ibrahimovic ou Van Persie na referência do ataque do Chelsea não garantiria um desempenho superior ao atual. Só na prática saberíamos. Mas, convenhamos, na teoria qualquer um deles teria feito diferença. Mourinho ou Guardiola idem. Chutando as hipóteses para escanteio, porém, hoje a verdade é uma só: quem não tem cão caça com gato, e o Chelsea pagou o pato.

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sábado, novembro 17, 2012

Juventus para em Marchetti

Quagliarella na referência, e Giovinco na movimentação, caindo pelos dois lados, preenchendo a meia cancha, imprimindo individualidade e velocidade ao ataque da Velha Senhora. Nas meias, meio apagados, Vidal e Marchisio. E nas alas, avançados porém não muito inspirados, Isla e Asamoah (esse nem tanto quanto aquele).

Neste sábado, diante da Lazio, em Turim, esse foi parte do time líder da Série A, que ainda teve o excelente Pogba responsável pela saída de bola, organizando o jogo mais que os próprios meias, Barzagli e Chiellini encarregados pelo combate, e Bonucci na sobra do trio de zaga.



Giovinco foi o principal atleta da Juve. Participou direta e indiretamente das chances clarividentes criadas a favor dos donos da casa, inclusive com arremates a gol e tudo mais. E as chances não foram poucas. Pelo contrário. Contudo, Giovinco e cia pararam no melhor jogador da partida: Marchetti. De fato o goleiro da Lazio evitou a alegria da maior torcida da Itália. Não foram uma nem duas as defesas decisivas do camisa 22 do clube romano.

No entanto é preciso ressaltar o desempenho mediano da Juventus, apesar da bela apresentação do baixinho Giovinco. Como disse no início, Vidal e Marchisio deixaram a desejar, a exemplo de Isla. Esses três em especial, a meu ver, destoaram do resto e comprometeram o rendimento da equipe.

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quarta-feira, novembro 14, 2012

Neymar candidatíssimo ao bi

Em 2011 ele venceu com aquele golaço contra o Flamengo. Agora, em 2012, o craque da Vila Belmiro surge como um dos fortes favoritos ao Prêmio Puskas, com aquela pintura sobre o Inter.

Veja aqui, no 101 Great Goals, a lista com os 10 candidatos. E no vídeo abaixo, um dos principais concorrentes do brasileiro.



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segunda-feira, novembro 12, 2012

Seleção Mundial Sub-21

O 101 Great Goals deu a deixa ao publicar uma lista com os melhores jogadores do planeta nascidos a partir de 1991 (veja aqui). Logo resolvi eleger meu onze.

Que tal?



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Flu, o ponto de desequilíbrio

Ambiente. A cada dez declarações de jogadores do Fluminense, dez falam sobre o (bom) ambiente vivido no clube. A união do grupo e a relação de amizade entre os atletas são sempre destacadas nas entrevistas. Todos, segundo eles, focados no mesmo objetivo. Talvez psicologicamenteo elenco mais preparado da competição.



Tecnicamente também. Em relação aos concorrentes diretos, se é que podemos usar o plural, está um robusto degrau acima. Qualidade e quantidade que desequilibraram o equilibradíssimo Brasileirão. Elenco, querendo os adversários ou não, com peças titulares e de reposição sempre capazes de somar mais três pontos para a conta do campeão.

Taticamente, a equipe treinada por Abel Braga também merece nota. Goleiraço à parte, um sistema defensivo invejável e um esquema tático balanceado, com variações em seu miolo de meio de campo. No que diz respeito a essa vertente do futebol, aliás, leia e veja o post do André Rocha no Olho Tático. O que era para ser escrito sobre o assunto, já foi.

Título incontestável, construído ponto a ponto, partida a partida. Dono do ataque mais positivo e da defesa menos vazada (3 derrotas em 35 jogos!), suportado por seus atletas, sua comissão técnica, sua torcida e seus cartolas, o Fluminense Football Club separou os homens dos meninos no campeonato “mais disputado do mundo”.

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domingo, novembro 11, 2012

Mexida de Mancini surte efeito

64% de posse de bola. Número do primeiro tempo, quando os donos da casa dominaram o adversário, mas não conseguiram levar perigo legítimo aos visitantes. O preço pago foi o gol sofrido na cabeçada de Caulker, após cobrança de falta, e a desvantagem no placar na ida para o intervalo. O jogo disputado neste domingo foi válido pela 11ª rodada da Premier League.

Postados no 4-2-3-1, Manchester City e Tottenham definiram os duelos individuais do meio campo entre Yaya Touré e Huddlestone, Barry e Dempsey, e Tevez e Sandro. Já pelas beiradas, Zabaleta e Bale, Clichy e Lennon, Silva e Vertonghen, e Kolarov e Walker. A presença de Kolarov na ponta esquerda, aliás, tirou do time treinado por Mancini a entrada em diagonal. Logo foi entre a faixa central e o corredor direito, com as subidas de Touré, Zabaleta, Silva e Tevez, que o City atuou boa parte da partida.



Na segunda etapa o técnico italiano fez uma alteração que, confesso, não imaginava. Sacou Nastasic e colocou Maicon, aos 11 minutos. E passou a jogar no 3-5-2, com o brasileiro e Kolarov nas alas, Zabaleta, Kompany e Clichy na zaga, Barry e Touré volantes, Silva na armação, centralizado, e Agüero e Tevez no ataque. E dessa maneira chegou ao empate com o camisa 16, aos 20 minutos, graças à sua qualidade técnica, frieza, e à insistência de Yaya Touré no lance.

Mais tarde, aos 27 minutos, Tevez foi substituído por Dzeko, e foi do pé esquerdo do atacante bósnio que os citizens chegaram à virada. Com a equipe distribuída no 3-5-2, o espanhol Silva veio jogar na faixa central, entre outros motivos, para acionar o passe vertical. E foi com esse passe vertical, aéreo, que o 21 deixou Dzeko na cara do gol, aos 42 do segundo tempo.

Particularmente a alternativa tomada por Mancini não me agradou na hora. Não entendi três zagueiros para marcar apenas Adebayor. No entanto, com Maicon e Kolarov liberados, e Silva centralizado (o ponto mais positivo dessa decisão, a meu ver), o City construiu o 2 a 1, somou três pontos na tabela, e chegou à segunda colocação (pelo menos parcialmente).

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sábado, novembro 10, 2012

Pré-jogo: Timão vs Coxa

Ralf vs Lincoln, Paulinho vs Junior Urso, Douglas vs Willian. Devem ser esses os duelos individuais da meia cancha. Já pelas beiradas, Fábio Santos vs Everton Ribeiro, Alessandro vs Rafinha, Jorge Henrique vs Denis, e Martínez vs Victor Ferraz. Claro, desde que estas sejam as escalações.

Na teoria o jogo deste sábado, no Pacaembu, às 21h, é válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas na prática, para o Corinthians, é mais uma oportunidade para ajeitar o time para o Mundial de Clubes; e para o Coritiba, para projetar a equipe para 2013. Objetivos distintos à parte, promessa de uma grande partida.



Os fatores casa e qualidade técnica podem decretar a supremacia corintiana, apesar da boa fase vivida pelo Coxa. Paulinho, como de praxe, deve sair mais para o ataque que Junior Urso, o outro segundo volante do confronto. Já Willian e Ralf não devem ter muito trabalho para marcar e anular Douglas e Lincoln - jogadores lentos, porém com passe diferenciado. Caso os camisas 5 deem o mínimo de espaço e tempo, os 10 podem deixar algum companheiro na cara do gol.

Será, também, uma dura e boa chance para Guerrero, o centroavante alvinegro. Ainda que não sejam John Terry e David Luiz, Luccas Claro e Escudero são pedras na chuteira de qualquer atacante. Portanto, grande teste para o peruano. O mesmo serve para os laterais, que terão dois pontas velozes e habilidosos pela frente: Rafinha e Everton Ribeiro.

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quinta-feira, novembro 08, 2012

Pacaembu vira sala de aula

Classificação convincente e incontestável. No placar agregado, 7 a 0 sobre a Universidad de Chile. Nesta quarta-feira, pelas quartas de final da Sul-Americana, no Pacaembu, goleada por 5 a 0, com direito a golaços de Lucas, Luis Fabiano e Rafael Toloi (os outros dois foram marcados por Jadson). Uma aula de bola!



Não é de hoje que digo isso. Quem acompanha o blog, o Twitter ou o Facebook sabe que enxergo nesse time do São Paulo o melhor futebol do país há, sei lá, pelo menos quatro semanas. Desde aquele 3 a 0 sobre o Palmeiras, quando Ney Franco, salvo engano, utilizou pela primeira vez Lucas e Osvaldo nas pontas do 4-2-3-1 tricolor - formação que engrenou e alavancou o posicionamento na tabela do Brasileirão.

E essa evolução, não poderia ser diferente, respingou na competição continental. Engrenado e entrosado, repetindo a escalação jogo após jogo, alterando apenas uma peça ou outra, o São Paulo chega à semifinal como um dos principais, se não o principal candidato ao título. Pela frente, na próxima fase, Independiente ou Universidad Católica, que decidem a vaga nesta quinta, no Chile (2 a 2 na ida).

Em relação ao Brasileirão, não há dúvidas de que a performance contra La U inflou a confiança para o confronto direto de domingo com o Grêmio, no Olímpico. No entanto vale lembrar que a equipe treinada por Luxemburgo teve o meio da semana para trabalhar, descançar, trabalhar, descançar... Favorito? Talvez o Grêmio, por jogar em casa. Mas pelo momento, o São Paulo.

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quarta-feira, novembro 07, 2012

Pior, Chelsea vence no finzinho

Invejável a organização da equipe treinada por Lucescu. Entrosamento e sincronia exemplares. Distribuído no habitual 4-2-3-1, o time prende seu cabeça de área, solta seus laterais, avança com seu segundo volante, faz o pivô com seu centroavante, integra seu ponta-esquerda ao meio campo com a posse da bola... E a valoriza como poucos. Em pelo Stamford Bridge, nesta quarta-feira, por exemplo, esse número chegou a 59%.

Embora a partida feita por Willian tenha sido espetacular, não só pelos dois gols que marcou, o grande nome dos visitantes foi Fernandinho, autor de uma assistência e de um passe brilhante entre o lateral e o zagueiro adversários, no lance que culminou no segundo tento do 10. O camisa 7 do Shakhtar, aliás, foi o pé pensante da equipe, saindo para o jogo e o arquitetando com classe e inteligência. No duelo individual com Ramires, levou vantagem.



Os outros duelos da meia cancha ficaram estabelecidos entre Mikel e Mkhitaryan, e Oscar e Hübschman. Para fugir da marcação do cão de guarda tcheco, o 11 dos Blues voltou à linha dos volantes várias vezes, também para tentar organizar o jogo vindo de trás. No entanto, apesar do gol antológico que pincelou do meio da rua, a exibição do brasileiro (que tem 4 gols em 4 jogos no torneio) foi discreta.

O gol de Oscar, por sinal, o do 2 a 1 para os donos da casa, aos 40 minutos do primeiro tempo, abalou o oponente. O time inglês cresceu. E o ucraniano acusou o golpe. Ficou nocauteado em pé. Mas foi salvo pelo gongo, e voltou do vestiário com tudo.

Na segunda etapa, a exemplo de grande parte da primeira, o Shakhtar voltou a dominar o combate, valorizando a posse de bola e criando oportunidades claras. Tanto é que logo chegou ao empate com Willian. Com o andar do relógio, entretanto, o Chelsea reagiu. Ainda exposto e sofrendo ataques, a 20, 15 minutos do apito final, os comandados de Di Matteo pressionaram, e aos 49 do segundo tempo, Moses, que veio do banco, sepultou o placar: 3 a 2.

A vitória dos atuais campeões da Europa, sofrida, deve ser enaltecida. Contudo os méritos da esquadra laranja, liderada tecnicamente por Fernandinho e Willian, também merece ser destacada. Apesar da derrota, o Shakhtar foi superior no frigir dos ovos. E segue no topo do Grupo E com 7 pontos, seguido do próprio Chelsea, também com 7, Juventus com 6, e Nordsjælland com 1.

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Roberto Mancini em cheque?

Tudo bem, o Manchester City levou a última Premier League aos 48 do segundo tempo, com aquele gol de Agüero. Também ganhou a FA Cup em 2010/2011. Mas, pelo tamanho dos investimentos, e pela qualidade do elenco citizen, convenhamos, é pouco.

Em sua quarta temporada no comando do primo rico de Manchester, Roberto Mancini está prestes a ser, de novo, eliminado da Champions League. Na competição anterior caiu na fase de grupos, ficando em terceiro lugar, atrás de Napoli e Bayer. E na atual, a dose deve se repetir, só que dessa vez como lanterna, atrás de Borussia Dortmund, Real Madrid e Ajax. Apesar da dificuldade do grupo, convenhamos, pela força do elenco, é pouco.



Lembro que fiz uma enquete aqui no blog antes da temporada 2012/13 começar, questionando qual seria o melhor plantel da Europa. E o do Manchester City ficou à frente do de Real Madrid, United e Chelsea, por exemplo, atrás apenas do do Barcelona. Portanto podemos dizer que Mancini tem em mãos, no mínimo, um dos três ou quatro grandes elencos do Velho Mundo. Logo, deveria fazer uma trabalho, no mínimo, à altura.

Após o empate em casa contra o Ajax nessa terça-feira, o treinador italiano admitiu que a Champions acabou para o City. E temos de concordar. Pois o City só se classificaria às oitavas se vencesse Madrid em casa e Dortmund fora, além de contar com uma vitória do Ajax em pleno Bernabéu. Ou seja: fim da linha. Só espero, como admirador do bom futebol, que seja também o fim da linha para o próprio Mancini. Desde que, claro, chegue um técnico à altura do elenco.

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terça-feira, novembro 06, 2012

Madrid empata no tudo ou nada

Mourinho inovou. Jogou sem nove. Pelo menos no segundo tempo. Nesta terça-feira, no Bernabéu, em desvantagem no placar (2 a 1 Dortmund), voltou do intervalo com Callejón e Essien nas vagas de Modric e Higuaín. Foi umas das raras vezes em que o Real Madrid atuou sem um centroavante de ofício (Higuaín ou Benzema).

De fato, na primeira etapa os donos da casa não conseguiram fugir da marcação amarela, e a exibição de Higuaín representou um pouco isso. Faltou movimentação ofensiva aos blancos nos primeiros 45 minutos. Talvez por isso a opção por Callejón e por um esquema sem um nove de verdade, com Di María e Cristiano Ronaldo no ataque do que podemos classificar de 4-4-2 em linha.



Como a pressão no segundo tempo foi merengue, evidentemente que os wingers atuaram alto no campo, bastante avançados. Foi assim que Özil e Callejón se deslocaram e se integraram em diagonais a Di María e Ronaldo. Os camisa 7 e 22, aliás, revezaram-se no comando do ataque, sem posicionamento fixo. O pecado da equipe madridista, porém, foi a ausência dos laterais. Também pudera, com Ramos e Arbeloa ficou difícil.

Mais tarde, aos 77 minutos, Kaká entrou na vaga de Arbeloa. E dessa forma o Madrid passou a jogar numa espécie de 3-2-5, com Ramos, Varane e Pepe na zaga, Alonso e Essien volantes, e o quinteto Özil, Kaká, Cristiano Ronaldo, Callejón e Di María na frente, sendo estes dois últimos abertos nas pontas. O volume cresceu sensivelmente, e algumas poucas e boas chances foram criadas nessa distribuição. Mas foi somente na bola parada, numa cobrança direta de Özil, no finzinho da partida, que o Madrid chegou ao 2 a 2.

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domingo, novembro 04, 2012

Fluminense soma mais um ponto

Típico jogo do líder. Foi ligeiramente inferior ao adversário, mas saiu de campo com o resultado positivo. Se não somou três pontos em pleno Morumbi, pelo contexto da partida pode-se dizer que o empate por 1 a 1 foi satisfatório para o Fluminense (até pelo resultado do Atlético-MG contra o Flamengo no meio da semana).

Abel Braga atuou com Jean mais adiantado do que de costume, para encaixar a marcação na meia cancha (4-2-3-1 vs 4-3-3). Dessa forma, Edinho bateu de frente com Jadson, Jean com Wellington, e Thiago Neves com Denilson. Já pelas beiradas, Douglas vs Rafael Sobis, Cortez vs Wellington Nem, Lucas vs Carlinhos, e Osvaldo vs Bruno.



Em relação aos laterais, os esquerdos foram mais acionados que os direitos. Carlinhos e Cortez tiveram mais presença ofensiva do que Bruno e Douglas (apesar do 23 são-paulino ter sido decisivo no lance do gol de Luis Fabiano, quando pressionou Leandro Euzébio). Quanto aos pontas, consequentemente, Lucas e Nem se destacaram mais que Osvaldo e Sobis, possivelmente por terem mais espaços.

Na comparação entre os artilheiros do campeonato, tudo igual. Luis Fabiano e Fred foram os autores dos gols da peleja. O camisa 9 do São Paulo, no entanto, movimentou-se, tocou a bola e finalizou com mais frequência e eficiência (reflexo do volume e das chances criadas pela equipe treinada por Ney Franco).

Na segunda etapa, já com Samuel na vaga/posição de Sobis, o Flu equilibrou o confronto e chegou ao empate - graças à insistência e à inteligência do 31 em cima de Toloi, em jogada na linha de fundo. Com o placar construído e consolidado, o time de Laranjeiras fechou-se com a contundência que lhe caracteriza, à espera do contra ataque. Mas no fim das contas, o 1 a 1 permaneceu.

Na próxima rodada, a 35ª, os tricolores têm duas pedreiras pela frente. O São Paulo enfrenta o Grêmio no Olímpico, e o Fluminense visita o Palmeiras no Prudentão. Embora estejam na zona de rebaixamento, flertando seriamente com a Série B, com certeza Barcos e cia irão engrossar o caldo contra o primeiro colocado na tabela.

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quarta-feira, outubro 31, 2012

Titulares garantem triunfo dos Blues

Quando o 4-2-3-1 se encontra com o 4-1-4-1, a vida deste blogueiro, e de qualquer espectador que pretende prestar atenção nos esquemas táticos dos times, fica facilitada. Isso porque ocorre o encaixe perfeito no setor do meio de campo: meia contra volante, e volantes contra meias.

No caso de Chelsea e Manchester United, nesta quarta-feira, pela Copa da Liga Inglesa, os duelos individuais da meia cancha ficaram desenhados entre Romeu vs Giggs, Mikel vs Anderson, e Mata vs Fletcher; enquanto pelas pontas, Azpilicueta e Bertrand confrontaram Welbeck e Nani, respectivamente, além de Rafael vs Piazon, e Büttner vs Moses.



Na primeira etapa os donos da casa pouco produziram. Piazon foi muito tímido nas tramas ofensivas, e na maioria das vezes perdeu o embate com o lateral-direito dos Red Devils. Em contrapartida, no flanco oposto, Moses deitou e rolou em cima de Büttner. Foi o camisa 13 dos Blues, aliás, quem sofreu o pênalti convertido por David Luiz.

No miolo do meio, destacou-se Anderson. Desarmou, criou, deu passe para gol. Alinhado a Giggs, o brasileiro foi o ponto de desequilíbrio do jogo (pelo menos na primeira metade do tempo regulamentar), fazendo o vai-e-vem como manda a cartilha. Pelo lado do Chelsea, coube a Mata flutuar pelo gramado para fugir da marcação de Fletcher e tentar criar as jogadas. Mas sem o apoio de Mikel e Romeu, ficou pesado para ele.

O primeiro tempo acabou com o United à frente no placar: 2 a 1. No segundo, porém, já com Ramires e Oscar (como volantes) em campo, e Hazard na ponta direita, em linha com Mata e Moses, a equipe de Di Matteo buscou o resultado. Empatou, levou o 3 a 2, mas ainda assim chegou a 3 a 3 aos 48 minutos, noutra penalidade máxima, dessa vez cobrada por Hazard.

Na prorrogação, com vários titulares em ação contra os reservas dos reservas do United, muitos deles muito jovens, o Chelsea foi superior e fez por merecer a classificação às quartas de final da competição. No tempo extra, Sturrdige e Ramires ampliaram para 5 a 4 (Giggs descontou de pênalti).

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sexta-feira, outubro 26, 2012

Qual o destino ideal para Bernard?

Ficar no Atlético. Com vaga praticamente assegurada na Libertadores 2013, a decisão mais sensata e inteligente que cabe ao camisa 11 do Galo tomar é permanecer onde está. Se ficar, será bom para ambos os lados, clube e jogador. Bernard é um craque na incubadora, sabe joga bola e sempre saberá. Portanto não tem porque acelerar seu processo de desenvolvimento profissional.

Se optar por partir no fim do ano, porém, o ponta-esquerda alvinegro terá de escolher seu destino a dedo, com muita cautela, pesando os prós e os contras de cada alternativa. Claro que quem sabe o que é melhor para ele são as pessoas ao seu redor, e o próprio jogador, evidentemente. No entanto, analisando de longe, na minha modesta visão entendo que, pelo futebol que jogou nessa temporada, e pelo estilo de jogo, Bernard iria cair bem num Shakhtar Donetsk da vida.



Tenho dúvidas se clubes como Real Madrid, Barcelona, Manchester United, City ou Chelsea, hoje, teriam interesse no atleticano. Também tenho dúvidas sobre sua capacidade, hoje, de se destacar e se tornar titular em elencos estelares como esses. Nas atuais potências da Europa, o não-mais-tão-garoto-assim (completa 21 em setembro do ano que vem) poderia amargar o banco de reservas por um longo período.

Milan? Internazionale? Juventus? Não sei. O momento do futebol italiano não é bom, por mais que suas instituições sejam gigantescas. Alemanha? Não creio. A adaptação por lá deve ser complicadíssima. Não que a adaptação na Ucrânia seja fácil. Pelo contrário. Mas no Shakhtar, por exemplo, Bernard estaria cercado de brasileiros – o que é, nesse contexto, bem mais positivo do que negativo. Noves fora que o estilo do time de Donetsk casa com o do camisa 11 do Galo, e que Willian, o ponta-esquerda da equipe, aparentemente está de saída.

PSG? Seria uma boa (claro, desde que houvesse proposta). Talvez trabalhar com Ancelotti não seria uma boa para ele. Contudo embarcar nesse projeto poderia ser uma ponte pertinente, ou uma concretização plena na França mesmo. Ainda assim, se Bernard fosse se mudar pro Velho Mundo, aconselharia o Shakhtar, por uma série de motivos. No entanto, como dito no primeiro parágrafo (e acredito que a maioria das pessoas pensa assim), a melhor opção seria ficar no Atlético, pelo menos até o fim da Libertadores do ano que vem.

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quinta-feira, outubro 25, 2012

Willian na terra de Shakespeare?

"Minha missão no Shakhtar já foi cumprida. Já deixei claro para todos que quero sair. Quero alcançar novos objetivos." Claras as palavras do ex-corintiano e um dos destaques do time ucraniano, que bateu o Chelsea por 2 a 1 nessa semana, pela 3ª rodada da Champions.



Parece que o destino de Willian será mesmo a Inglaterra, seja em janeiro, ou no fim da temporada (mais provável). Dois clubes têm interesse: Chelsea e Tottenham. E na minha visão, a melhor opção seria os Spurs. Pelo seguinte: lá seria titular fácil.

Na linha de três do 4-2-3-1 do time de Roberto Di Matteo, Mata, Oscar e Hazard são absolutos, sendo Ramires alternativa imediata. Portanto, por mais que Willian esteja jogando o fino, ficaria difícil para ele cavar uma vaga entre os onze.

Já para atuar no Tottenham, ele tem bola de sobra. É verdade que o brasileiro costuma trabalhar pela ponta esquerda, lugar que na equipe de André Villas Boas é de Bale. No entanto, Lennon e Sigurdsson não seriam páreo para Willian. Nem Dempsey e Dembele. Logo restaria ao treinador português encontrar uma formação para encaixá-lo.

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domingo, outubro 21, 2012

Galo volta à briga

Talvez o melhor jogo do campeonato. É. Acho que foi. Quem viu, viu. Ganhou. Quem não viu, perdeu. Composta por todos ingredientes que fazem do futebol o esporte mais espetacular do planeta, a virada do Atlético sobre o Fluminense entrou, sem exagero, para a história do Brasileirão – indepentende do desfecho do torneio.

Postado no 4-2-3-1 rotineiro, o time mineiro dominou o adversário do início ao fim, apesar do placar apertado. Sou meio cético quanto a dados estatísticos aplicados ao futebol, mas no clássico entre líder e vice-líder, neste domingo, um deles evidencia a supremacia dos donos da casa: as finalizações. Foram 27 a 4.



Com Guilherme na ponta direita, na vaga de Serginho (titular contra o Santos na rodada anterior), a equipe alvinegra buscou o gol e manteve uma postura ofensiva o tempo todo. E mesmo saindo atrás no placar (o bom e velho “quem não faz, leva), soube recolocar os nervos nos lugares, e crescer na adversidade. No fim das contas, a vitória por 3 a 2 foi justamente merecida.

A distância agora entre Fluminense e Atlético caiu para 6 pontos, e em disputa ainda tem 18. Na próxima rodada o líder recebe o Coritiba, e o vice recebe o Flamengo. Já na 34ª e 35ª rodada, enquanto o Galo enfrenta Coritiba e Vasco fora, respectivamente, o Tricolor visita o São Paulo e o Palmeiras. Convenhamos que, em tese, a sequência do Flu é mais complicada. Resta saber se ao final dela a diferença que hoje caiu para 6 pontos vai ser maior ou menor.

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Pré-jogo: Atlético vs Fluminense

Réver e Bernard são dúvidas, e Jean é desfalque (Leandro Euzébio idem). De resto, ao que parece, força máxima no confronto entre líder e vice-líder. Caso não dê para o artilheiro do Atlético no campeonato, sua vaga deve ser preenchida por Escudero, enquanto o zagueiro pode ser substituído por Luiz Eduardo ou Richarlyson. Quanto ao lugar de Jean, Diguinho deve entrar.

Se assim for, nesse 4-2-3-1 vs 4-2-3-1, os duelos individuais da meia cancha devem ser definidos entre Pierre e Deco, Leandro Donizete e Diguinho, e Ronaldinho e Edinho. Já pelas beiradas as disputas devem ocorrer entre Marcos Rocha e Thiago Neves, Júnior César e Wellington Nem, Serginho e Carlinhos, e Bernard e Bruno.



Pode ser que Cuca entre com Guilherme na vaga de Serginho, mas acho difícil. Serginho, que cumpriu bem a função contra o Santos, é mais marcador. Carlinhos é ofensivo e ousado, e toda atenção com os laterais do Fluminense é pouca. O flanco direito do Galo, por sinal, em especial com Marcos Rocha, pode ser um dos pontos fortes da equipe mineira, já que Thiago Neves não se destaca pelo acompanhamento ao adversário.

Outro setor digno de nota é o meio campo, por onde atua Ronaldinho. Com a dupla Edinho-Diguinho em seu encalço, R49 não terá vida fácil. Terá de flutuar por uma extensa faixa do gramado para fugir dessa marcação cerrada. Deverá voltar à linha dos volantes para buscar e distribuir o jogo, assim como cair pela banda esquerda. O craque, porém, não poderá abdicar de entrar na área e finalizar.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 16h (Brasília), no Estádio Independência, em Belo Horizonte. A diferença entre eles na tabela é de 9 pontos. E em caso de vitória do Tricolor fora de casa, podem lhe entregar a taça.

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sábado, outubro 20, 2012

Palmeiras do Pirata olha pra frente

Elenco para brigar pelo título o Palmeiras não tem. Para cair também não. É verdade que ao longo do longo campeonato de pontos corridos a situação fugiu do controle, e agora faltam apenas seis rodadas. Mas baseado no comprometimento do grupo, e no relativo talento do time titular, é provável sim que o Verdão fuja do rebaixamento.

Neste sábado, contra o Cruzerio, Gilson Kleina escalou a equipe no 4-2-3-1, com Luan na ponta esquerda, Betinho na direita, Patrick Vieira por dentro, e Barcos na referência. Márcio Araújo e Marcos Assunção compuseram a dupla de volantes, e a linha de quatro foi formada por Artur, Maurício Ramos, Henrique e Leandro. No fim das contas a vitória por 2 a 0 foi justa e merecida.



À frente do Palmeiras existem dois candidatos a ocuparem sua vaga no Z4. Porque plantel por plantel, o clube paulistano é mais forte que Bahia e Ponte Preta (sem falar em Sport, Figueirense e Atlético-GO). Flamengo também não é lá essas coisas. Portanto há sim uma luz no fim do túnel, e ela está longe de se apagar. O único problema é a tabela, cá entre nós, nada mole.

Na próxima rodada o Palmeiras enfrenta o turbulento Internacional no Beira-Rio. Turbulento, mas ainda assim o Internacional no Beira-Rio. Na sequência recebe Botafogo e Fluminense. Depois sai para jogar com o Flamengo, e em seguida recebe o Atlético-GO. E por fim, na última rodada, tem o clássico contra o Santos na Vila Belmiro.

Santos não vai querer nada (quem sabe com Neymar de folga). E o Atlético-GO provavelmente já vai estar rebaixado. Em tese, essas são as partidas menos cascudas. O resto, no entanto, é pedreira. Além do confronto direto com o Flamengo no Rio, os outros cariocas podem, mesmo na Fonte Luminosa, complicar a vida do Verdão - Flu bem mais que o Bota. E o Inter no Beira-Rio é sempre o Inter no Beira-Rio. Contudo, apesar dos pesares, particularmente acredito na superação, no sucesso e na permanência alviverde na elite do futebo brasileiro.

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sexta-feira, outubro 19, 2012

Pré-jogo: Tottenham vs Chelsea

Baseado nas informações do Guardian, resolvi fazer uma prévia do dérbi londrino deste fim de semana. Só há uma divergência, quanto ao esquema tático dos Spurs. Imagino que André Villas Boas adotará o 4-1-4-1, com variação para o 4-3-3, naturalmente, e não o 4-2-3-1, vide o site inglês.

Se ocorrer como penso, o encaixe no meio de campo deve acontecer. No três contra três pelo miolo da meia cancha, Sandro pega Oscar, Dempsey bate de frente com Lampard, e Dembele enfrenta Mikel - o volante mais pegador dos visitantes. Já pelas beiradas, Walker vs Hazard, Vertonghen vs Mata, Lennon vs Cole, e Bale vs Ivanovic.



Destaque para o duelo entre os ex-Colorados, companheiros de Seleção, Sandro e Oscar. Caso se confirme o posicionamento deles no gramado, os brasileiros devem se encarar durante boa parte da partida. A briga é boa, e o meia dos Blues não terá vida fácil. Oscar deve, aliás, tentar atuar mais aprofundado, próximo à área e a Torres.

Outro confronto interessante e decisivo pode ser entre Bale e Ivanovic. Acostumado a escapar pelo corredor direito e aparecer no ataque com eficiência, o lateral do Chelsea terá de correr como nunca para marcar o incansável camisa 11 dos donos da casa. Haja perna e pulmão para aguentar o tranco.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática neste sábado, no White Hart Lane, às 8h45 (horário de Brasília), em jogo válido pela 8ª rodada da Premier League.

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quinta-feira, outubro 18, 2012

Fluminense, o time que não perde

Grêmio e Atlético-GO. Estes são os donos das proezas. No Olímpico, na 12ª rodada, e no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, na 25ª, o líder Fluminense conheceu suas únicas derrotas em toda competição – e olha que estamos falando em 31 jogos disputados até o momento. São 20 vitórias, 9 empates e 2 derrotas. Duas!



Faça chuva ou sol, jogando melhor ou pior, no fim das contas o time de Abel Braga sai de campo com, no mínimo, um ponto. Bastante sólido em seu sistema defensivo, servido de uma dupla de volantes pegadora, duma competente dupla de zaga, e do melhor goleiro do torneio, o Fluminense tem tudo para quebrar outro recorde na era dos pontos corridos: o de campeão com o menor número de derrotas, que pertence ao São Paulo 2006.

Naquele ano, já com 20 clubes na primeira divisão, a equipe treinada por Muricy Ramalho se sagrou vitoriosa com apenas 4 derrotas em todo campeonato. Isso mesmo: em 38 partidas, 4 derrotas. Hoje, o líder do Brasileirão 2012 dá sinais de que vai superar essa marca. Pelo seguinte: porque faltam só 7 rodadas, e porque o Flu simplesmente não perde.

Nem mesmo o Atlético, no domingo, em Belo Horizonte, pode bater o líder. Bom, poder, claro que pode. Não existe impossível no futebol. Contudo, nessa altura do certame, não vejo o Galo com condições de somar 3 pontos em cima do tricolor carioca – mesmo atuando no Independência. Já na 34ª rodada, no Morumbi, diante do São Paulo, o buraco será, a meu ver, mais embaixo. O tricolor paulista está jogando a bola mais redonda da competição, e deve apresentar ao Fluminense sua terceira derrota – o que não deve alterar em nada o curso do título, que só sai de Laranjeiras em caso de catástrofe. Logo, a questão é: a taça será erguida com mais ou menos de 4 derrotas?

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quarta-feira, outubro 17, 2012

Pré-jogo: Peixe vs Galo

Nem Neymar, nem Ronaldinho. Arouca. Esse pode ser o nome a decidir a partida. Pelo seguinte: devido à superioridade numérica no meio campo (quatro vs três), o Santos deve ter durante boa parte do tempo um homem sobrando no setor, e esse homem deve ser Arouca.

Na meia cancha do 4-4-2 em losango do Peixe, Arouca é quem tem mais velocidade e capacidade de condução de bola. Entre os atletas santistas é quem mais chega de trás com perigo. Felipe Anderson deve ser marcado por Pierre, enquanto Adriano pega Ronaldinho, e Henrique bate de frente com Leandro Donizete. Já Arouca...



Para evitar essa desvantagem, é provável que Escudero se integre ao meio de campo para compensar a inferioridade numérica do Atlético. Se o fizer, no entanto, pode abrir espaços para as subidas do veterano Léo. Além do que, o argentino terá obrigação de auxiliar na marcação a Neymar, que em regra cai por aquele lado do gramado.

Se por um lado Neymar costuma cair pela esquerda, do outro esse papel é cumprido pelo inspirado Bernard. Será, imagino eu, por ali, às costas de Bruno Peres, que o time visitante deve explorar suas tramas ofensivas. Em especial com Ronaldinho, Bernard, e alguma escapada de Júnior César.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a pelota rola na prática nesta quarta-feira às 22h, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 31ª rodada do Brasileirão. (Só uma coisa: Neymar e Victor, que estavam na Seleção, não foram confirmados.)

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segunda-feira, outubro 15, 2012

Líder e membros do G4 decidem taça

Os confrontos diretos decidem o campeonato de pontos corridos, nas duas partes da tabela. Quanto ao topo, as próximas quatro rodadas serão fundamentais. Pois dependendo dos resultados do Fluminense, o campeão pode sair com até quatro rodadas de antecedência. Isso porque o líder enfrenta, nas próximas quatro rodadas, os outros integrantes do G4: Atlético, Grêmio e São Paulo.

Nessa quarta-feira o time de Abel Braga recebe o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo no Engenhão. Já no fim de semana, no domingo, vai até Belo Horizonte para encarar o Atlético de Cuca. Na 33ª rodada, o Flu tem, em tese, o adversário mais fácil dessa sequência: o Coritiba, no Rio. E na 34ª, dia 4 de novembro, tem o, em tese, mais difícil: o São Paulo de Ney Franco, no Morumbi.

No melhor dos mundos para o clube de Laranjeiras a equipe vence Grêmio, Atlético e São Paulo, e ergue a taça com quatro rodadas de antecedência – algo bastante prematuro e incomum. (A partida diante do Coxa fica em segundo plano porque não é confronto direto.) Se conquistar 9 pontos contra seus concorrentes verdadeiros, o Flu não só soma 9 pontos, mas impede que eles pontuem.

Palpite? Baseado no futebol que os times do G4 estão jogando, e nos possíveis desfalques e retornos que podem e devem ocorrer, imagino que o Fluminense irá somar 4 pontos contra Grêmio e Atlético (vitória e empate, respectivamente). No Morumbi, contra a equipe que está jogando a melhor bola no momento, creio em derrota. Ainda assim, se isso acontecer, se somar “apenas” 4 pontos em 9 disputados, o Flu vai somente adiar a festa. Vai erguer a taça lá pela 36ª, 37ª rodada. Em contrapartida, se perder para Grêmio, Atlético e São Paulo – o que, convenhamos, é improvável para o time que perdeu apenas duas no torneio inteiro –, o título pode sim ser ameaçado.

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sexta-feira, outubro 12, 2012

Argentina de Messi e Di María

Três a zero. Dois de Messi e um de Agüero. E duas assistências de Di María. Tudo isso num segundo tempo perfeito. No clássico com o Uruguai, nesta sexta-feira, jogando em casa, a Argentina construiu a vitória com autoridade.

Sabella mandou a campo o time no 4-4-2 costumeiro, em losango, com Mascherano na cabeça da área, Gago e Di María pelos lados, e Messi centralizado, com liberdade e obrigação para circular por uma extensa faixa do gramado. Entre vários outros, no lance do primeiro gol, por exemplo, ele passou para Di María como 10 e apareceu na área para finalizar como 9. Dois em um. Arco e flecha.



No ataque, até para abrir espaços para as infiltrações do camisa 10, Higuaín caiu bastante pelos lados, em especial o direito, de modo que Agüero ocupou o esquerdo. A movimentação do setor ofensivo, aliás, é um dos pontos fortes dessa equipe.

Outro ponto forte, merecedor de nota, é a presença de Di Maria na meia cancha. Ponta-direita no Real Madrid, no selecionado nacional o 7 funciona como principal válvula de escape. Suas subidas pela meia esquerda são sempre efetivas e perigosas. Não à toa, participou diretamente de dois dos três gols.

Imagino que o sonho de Sabella seja ter a linha defensiva, sei lá, do Brasil. Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. De fato, a linha de quatro dos hermanos é fraca. Mediana. O goleiro também. Mas, se o time se entrosar e o coletivo encaixar, a tendência é o talento individual decidir. E, convenhamos, talento individual eles têm de sobra.

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quinta-feira, outubro 11, 2012

Osvaldo e mais dez

Dedé fez mais falta ao Vasco do que Lucas ao São Paulo. Entre outros motivos, porque o embalado e endiabrado ponta-esquerda tricolor atua no setor do zagueiro vascaíno. O ponta-esquerda tricolor, aliás, foi o melhor jogador de linha, na vitória por 2 a 0 sobre o Gigante da Colina, nesta quarta-feira.

Na véspera das eleições, no sábado passado, Osvaldo também foi bem no clássico com o Palmeiras. Lembro que escrevi aqui no blog que a grande notícia para o São Paulo naquele dia era a afirmação do camisa 17. Ontem, em São Januário, com atuação de gala, sua evolução foi reafirmada.



Na linha de três do 4-2-3-1 de Ney Franco, o lateral direito Douglas foi improvisado na ponta, na posição de Lucas, enquanto Jadson jogou por dentro e Osvaldo na dele: a ponta esquerda. Com o retorno de Lucas, evidente que Douglas volta para o banco e o barco segue seu rumo. Quando Ganso estrear, porém, o treinador terá a famosa dor de cabeça para escolher seu onze ideal.

Na verdade, a princípio, Ney deu "sorte". Sorte porque Ganso deve estrear apenas em 2013, quando o Tricolor não contará mais com Lucas. Logo, a equipe poderá ser formada por Jadson, Ganso e Osvaldo, com Luis Fabiano na frente, Wellington e Denilson volantes. Mas se Ganso pudesse estrear amanhã, por exemplo, uma coisa seria certa: Osvaldo não voltaria à reserva nem com reza.

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terça-feira, outubro 09, 2012

Possível esquema contra o Iraque

Não sei se foi identificável ou não o esquema tático que Mano utilizou no treino desta terça-feira. Mas de todos sites que li, nenhum trouxe essa informação, a respeito da estrutura que o técnico treinou para o amistoso contra o Iraque, nesta quinta-feira.

A notícia foi Kaká entre os onze, somado a Oscar, Hulk, Neymar e companhia limitada. Se o 4-2-3-1 da partida contra a China vai ser ou não mantido, não sei. Pelos nomes dos titulares, porém, atrevo-me a rabiscar uma equipe na prancheta, distribuída num misto de 4-2-3-1 e 4-4-2 em linha.



Na verdade, a meu ver, nesse caso a classificação do esquema não se faz tão importante. Mesmo se for um 4-4-2 em linha, em princípio a Seleção será pouco testada defensivamente. Os extremos (imagino que Hulk e Oscar) serão pouco exigidos e terão poucas vezes de se alinhar aos volantes. Os jogadores do Chelsea e do Zenit têm tudo para jogar aprofundados no campo, como pontas.

Pelo centro, transitando entre os volantes e os zagueiros adversários, e entrando frequentemente na área, pode ser que Kaká se entenda bem com Neymar - que por sua vez seria o chamado falso nove do time. Tenho dúvidas se, com Oscar no campo, Kaká terá como uma de suas funções voltar para armar o jogo. Ao que parece será mais atacante do que meio-campista.

Outro ponto que merece destaque na análise são os volantes Paulinho e Ramires, jogadores com qualidade para marcar e, principalmente, se projetar em velocidade na vertical, sempre buscando a infiltração e a finalização. Quanto à suposta exposição da equipe, vejo de maneira simples: quando um vai, o outro fica. E vice-versa. (O mesmo se aplica aos laterais.)

Certeza, só teremos quando a bola rolar. Qual será o o onze inicial, e como ele estará espalhado no gramado, saberemos só quando a bola rolar. E ela rola na quinta, às 15h30, horário de Brasília.

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domingo, outubro 07, 2012

Seedorf mais que improvisado

Oswaldo de Oliveira me lembrou Tite. No clássico deste sábado, no Engenhão, o treinador do Botafogo estruturou um time semelhante ao do Corinthians nas fases decisivas da Libertadores. Mal comparando, contra o Fluminense, Andrezinho e Seedorf cumpriram os papéis de Danilo e Alex.

Elkeson vem jogando como centroavante na equipe alvinegra há dias. Mas ontem foi escalado na extrema direita, com Fellype Gabriel no lado oposto. Imagino eu que a intenção em botar o camisa 9 numa das beiradas tenha sido a marcação aos ofensivos laterais do Tricolor. Elkeson tem, em tese, mais perna e pulmão para a função. Já na meia cancha defensiva, Gabriel e Jadson formaram a dupla de volantes, sendo o 5, durante grande parte da partida, o marcador individual de Deco.



Vale registrar que, sem a bola, muitas vezes os pontas se alinhavam aos volantes, alternando o esquema tático para o 4-4-2 em linha, com Andrezinho e Seedorf na frente. O posicionamento e a movimentação deles, aliás, foram as coisas que mais me intrigaram. Não é exagero dizer que o holandês foi o (falso) nove do Botafogo.

Entendo a ideia inicial de Oswaldo. Mas discordo. Não que Seedorf não tenha qualidade para ser improvisado por ali. Até tem. Contudo é um desperdício. Pelo seguinte: são nos passes e nos lançamentos que o camisa 10 é diferente. Com ele na frente, não há quem pare e pense o jogo mais atrás. Verdade que vez ou outra ele revezava com Andrezinho, voltava um pouco mais para tentar armar, com ambos flutuando entre os zagueiros e os volantes adversários. Mas ainda assim, para mim, um desperdício.

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sábado, outubro 06, 2012

São Paulo mostra sua cara

Além da vitória mais que convincente por 3 a 0 no clássico, e dos 3 pontos na tabela, outra boa notícia aos tricolores é a afirmação de Osvaldo. Banco com Leão, e inicialmente banco com Ney Franco, a cada jogo fica mais nítida a importância dele ao time.

Desde sempre Ney joga no 4-2-3-1, com Jadson por dentro, Lucas na ponta direita e Luis Fabiano na referência. A dupla de volantes e a ponta esquerda, porém, ainda não tem, ou não tinham, donos. Não tinham porque, depois do passeio sobre o Palmeiras, neste sábado, no Morumbi, o onze ideal parece que, enfim, mostrou sua cara.

Maicon vinha jogando. Ora como volante, como na partida contra o Bahia, ora como ponta esquerda, como na contra o Botafogo. É um bom jogador, não há dúvida. Entretanto, para as posições de volante e ponta esquerda, o São Paulo tem no elenco jogadores mais indicados. Casos de Wellington e Osvaldo. Foi assim contra o Verdão.



Ainda sem poder contar com Ganso, baseado no atual plantel do Tricolor, essa me parece a melhor formação - com Rhodolfo ao lado de Tolói e Douglas ou Paulo Miranda na lateral direita. Nessa formação a equipe conta com algo raro: dois ponteiros dribladores; noves fora um meia criativo, um nove matador, e dois volantes que sabem defender e atacar.

Só para registro, no segundo tempo o treinador são-paulino promoveu três alterações: Maicon, Willian José e Douglas entraram nas vagas de Wellington, Luis Fabiano e Jadson, respectivamente. Com Douglas na ponta direita, Lucas passou para a faixa central, e Maicon formou a dupla com Denilston. Willian José, claro, virou a referência, e Osvaldo seguiu na dele: a ponta esquerda, por onde deitou e rolou.

Com a vitória no Choque-Rei o São Paulo se manteve na quinta colocação com 46 pontos. Logo à frente está o Vasco, que chegou a 50 graças ao 1 a 0 sobre o Atlético-GO, fora de casa. Na próxima rodada, quarta-feira, eles apenas se enfrentam em São Januário.

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Mata ou Ramires: quem leva essa?

Aos poucos Roberto Di Matteo vai encontrando o time ideal. No começo da temporada chegou a escalar Oscar na ponta esquerda, com Hazard por dentro do 4-2-3-1. Mas o camisa 11 acabou dono da faixa central e o 17 da ponta esquerda (assim). Já a direita, ao que tudo indica, está entre Mata e Ramires.



Quando entra Mata, o Chelsea trabalha com pontas de pés opostos (destro à esquerda, canhoto à direita). Querendo ou não, as entradas em diagonal dos extremos abrem espaços no corredor para a subida dos laterais, sem falar na integração ao meio de campo. A valorização da posse de bola com a qualificação do passe também aumenta com o espanhol no gramado.

Quando entra Ramires, o Chelsea fica mais voltado ao contra ataque. Atleta de condução em alta velocidade, o brasileiro tem na arrancada, vindo de trás, o seu ponto forte. Em regra escalado na extrema direita (foi assim na temporada passada), o camisa 7 é a principal válvula de escape da equipe londrina. (Só um parênteses: contra o Norwich City, neste sábado, ele entrou no segundo tempo na posição de Lampard, como segundo volante, tendo a linha de três Mata, Oscar e Hazard.)

Quem leva essa briga? Creio que vai depender do adversário e do contexto do jogo. De acordo com o panorama da partida, a melhor opção será ter um ou outro entre os onze. Ou eventualmente os dois, claro. Uma hora ou outra, todavia, vai afunilar, e nas fases decisivas, o treinador terá de optar por apenas um.

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