quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Faltam poucos ajustes à Holanda

Como disse Mauro Cezar Pereira na transmissão da ESPN HD, o placar de 3 a 2 para a Holanda engana. Não no sentido da Inglaterra ter sido melhor. Pelo contrário. O time holandês foi superior e mereceu a vitória em Wembley. Porém o jogo foi ruim, principalmente no primeiro tempo, quando quase nada acontenceu.

A equipe treinada por Bert van Marwijk se apresentou no rotineiro 4-2-3-1, com De Jong e Van Bommel de volantes, Sneijder na articulação e Van Persie na referência do ataque. Só não entendi por que Robben atuou aberto na esquerda e Kuyt na direita. Talvez porque o técnico queria o camisa 11 jogando em cima de Richards, o pesado lateral-direito inglês.



Canhoto, é partindo da ponta direita que Robben deixa os adversários de cabelo em pé. É assim desde sempre, tanto no Bayern quanto na seleção. No primeiro gol desta quarta-feira, por exemplo, embora tenha puxado o contra-ataque pela faixa central, Robben cortou para a perna esquerda e balançou a rede. E no terceiro, nos acréscimos, aí sim já invertido com Kuyt, a mesma jogada: corte para dentro e arremate.

Se por um lado a Inglaterra está aos trancos e barrancos rumo à Euro 2012, a Holanda está com a caminho bem trilhado, com a base da Copa da África do Sul. Faltam apenas alguns ajustes, como laterais mais incisivos ofensivamente e um volante com melhor qualidade na saída de bola. Quem sabe Emanuelson corra por fora e ganhe uma vaga de titular, seja como lateral-esquerdo ou segundo volante.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Ronaldinho, David Luiz e Hernanes

Especular é um vício chato e irresponsável de parte da imprensa esportiva brasileira. Mas a presença de Ronaldinho na lista de Mano, ainda mais como titular, só tem um explicação: obrigação. Não sei se contrato, acordo verbal, patrocinador, mas que tem alguma coisa por trás das cortinas, tem.

Até quando? Não tenho ideia. Só espero que o ex-craque do Barcelona não vá aos Jogos Olímpicos, o que já ocorreu na edição anterior, em Pequim, quando Dunga teve de engolir Ronaldinho goela abaixo, empurrado por Ricardo Teixeira.

Isso posto, vamos ao amistoso com a Bósnia.



Mano Menezes tem sua linha de quatro bem definida e não tem como fugir disso: Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. Embora contestado por parte da mídia e da torcida, acredito na titularidade e na evolução do camisa 4 do Chelsea. Contudo foi preocupante saber que, quando ele sentiu no primeiro tempo, quem foi para o aquecimento foi Luisão, e não Dedé. Convenhamos, o vascaíno é muito melhor, noves fora sua fase excepcional.

Outro ponto a ser comentado é Hernanes. No 4-2-3-1 verde e amarelo, o jogador da Lazio foi escalado aberto na direita, quando se sabe que ele pode render mais vindo de trás, como segundo volante. No entanto Mano sempre opta por um segundo volante mais veloz, casos de Fernandinho e Elias (anteriormente, Ramires). Porém entendo que seja mais produtivo para o time um segundo volante que tenha bom passe e arremate de média e longa distância, e não um condutor de bola em velocidade.

De resto, é isso. Ganso vai se firmar como o articulador central assim que o "contrato" de Ronaldinho acabar. Neymar é o dono da ponta esquerda. Hulk, em clara vantagem, e Lucas, brigam pela direita. Para primeiro volante, o homem de confiança do técnico é Lucas Leiva (eu gostaria de ver Jucilei nessa função). E quanto ao centroavante, a 9 é de Damião. Ou pelo menos está com Damião. Porque se Pato resolver jogar a bola que sabe, pode recuperá-la facilmente.

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Qual será a escolha do treinador?

Desde que assumiu o comando mais cobiçado do nosso país, Mano Menezes tem adotado dois esquemas táticos de sua preferência. O titular é o 4-2-3-1, e o reserva é o 4-3-3.

Antes de perder Ganso para o rompimento do ligamento cruzado anterior, o técnico da Seleção jogava com dois volantes (Lucas e Ramires), dois pontas (Neymar e Robinho), um meia (Ganso) e um centroavante (Pato).

Depois de perder seu camisa 10, Mano seguiu fiel à sua estrutura predileta. Manteve o 4-2-3-1 no amistoso contra o Irã, com Carlos Eduardo atuando por dentro, e na partida diante da Ucrânia testou Elias. Sem tanto sucesso.

Na preparação para a Copa América, porém, o sistema titular deu lugar ao 4-3-3 - como nos duelo com Romênia e Holanda. E após a Copa América, no confronto com Gana, já com Ronaldinho entre os onze, o 4-3-3 permaneceu.

Nesta terça-feira o time deve enfrentar a Bósnia postado dessa maneira, pois Ganso ficou na reserva no treinamento de hoje. Portanto baseado no retrospecto da Seleção e nas informações que chegam da Suíça, imagino que esta será a equipe.



Para mim Ganso será o camisa 10 do Brasil em 2014. Mas como a fase não é das melhores, entendo que o plano B ideal seja mesmo jogar no 4-3-3 (se é que Mano vai mesmo jogar no 4-3-3). Ainda mais com Hernanes no meio-campo, jogador que preenche bem os requisitos para a posição/função.

Contudo o que me perturba é a presença de Ronaldinho entre os onze, por dois motivos. Primeiro porque, na minha avaliação, sua produção individual e coletiva é pequena demais para ocupar uma das vagas de titular. Na minha avaliação sobreviver apenas da bola parada e de um ou outro lançamento é pouco para vestir a amarelinha. E segundo, porque faz Neymar mudar seu posicionamento (relembre aqui).

Não que o craque da Vila não tenha qualidade para jogar aberto pela direita ou pela faixa central. Tem. Porque é craque. Mas entendo que Neymar se sente mais à vontade na ponta esquerda, entendo que ele rende mais, individual e coletivamente, vindo da ponta esquerda.

Se Ganso não está com condições técnicas de ser o 10 do Brasil nesse momento (será que não está?), a opção mais apropriada é mesmo esse 4-3-3. Mas seria mais interessante se Neymar jogasse na esquerda, Hulk ou Lucas na direita, e Ronaldinho, já que foi convocado, no banco.

Só para deixar claro, Mano não confirmou que vai jogar com essa formação e essa distribuição dos atletas - pelo menos não li nem ouvi em nenhum lugar. É meu palpilte. Porém ele pode também atuar no 4-2-3-1, com Hernanes pelo centro e Sandro e Fernandinho formando a dupla de volantes. Outra alternativa seria o 4-4-2 em losango, com Ronaldinho de trequartista. Resta ao público e ao adversário aguardar para ver qual time vai a campo.

domingo, fevereiro 26, 2012

Palmeiras no caminho certo

Pelo jeito diretoria e comissão técnica acertaram em cheio. Barcos parece ser o homem gol que o Verdão procurava há tanto tempo. Meio lento, mas alto, forte, o argentino de 27 anos sabe jogar de costas, fazer o pivô, driblar, cabecear e finalizar com as duas pernas. Enfim, um grande centroavante.

No 4-2-3-1 de Felipão, ele é a referência do ataque. Luan é dono de uma das beiradas. A outra tem tudo para ser de Maikon Leite, atacante de muita velocidade e habilidade. No clássico contra o São Paulo, porém, João Vitor ocupou o lado direito, sem tanta presença ofensiva.



Se a novela acabar e Wesley vier, pode assumir a ponta direita, apesar de ter deslanchado no Santos como volante naquele 4-2-3-1 de Dorival Júnior, ao lado de Arouca.

No meio-campo, a criação fica dividida entre Marcos Assunção e Daniel Carvalho. O primeiro não precisa de apresentação. O segundo, entrando em forma a cada dia, tem em seu pé esquerdo o passe diferenciado, além do potente arremate.

A projeção para a temporada é boa. Sem dúvida mais favorável que a passada. O elenco reforçado e a continuidade de praticamente todo o time titular fazem do Palmeiras um forte candidato não somente ao título do Paulistão mas também da Copa do Brasil.

Mirem-se em Messi

Outra característica admirável do gênio argentino. Ao contrário de muitos brasileiros, por exemplo, nunca se joga.

Desconhece o termo cai-cai.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Quem venceria esse All Star?

Na falta de pauta o madrilenho Marca criou uma enquete divertida em sua página: Europa x Resto do Mundo. Para não perder o fio da meada, também meio sem assunto em plena sexta-feira, estendi a brincadeira aqui no blog, com direito a prancheta e tudo mais.

Os 22 jogadores não são os parcialmente eleitos no site do jornal espanhol, mas sim democraticamente escolhidos por mim. Por essas e outras há espaço de sobra nos comentários para as cornetadas. Enfim, vamos ao jogo!

De um lado, armado no 4-3-3, o time europeu. Do outro, no 4-2-3-1, a equipe do resto do mundo. Optei por esses esquemas por dois motivos: por causa da presença de Paulo Henrique Ganso; e para facilitar minha vida quanto aos duelos individuais.



Nas beiradas os confrontos seriam Van der Wiel x Neymar, Bale (improvisado) x Agüero, Daniel Alves x Cristiano Ronaldo e Marcelo x David Silva. Já no meio-campo, Schwensteiger x Ganso, Xavi x Yaya Touré e Iniesta x Essien. Por fim, no ataque, Van Persie x Thiago Silva/David Luiz e Messi x Piqué/Vidic.

Coletivamente fica difícil imaginar o que aconteceria porque eles nunca jogaram juntos. Contudo seria lindo ver essa linha ofensiva com o canhoto Silva na direita, o destro Cristiano Ronaldo na esquerda e Van Persie na referência. Sem falar nas enfiadas de Ganso para os pontas e no recúo de Messi para ajudar na criação.

Quem venceria esse All Star? Perguntinha complicada, hein. Para mim a meia-cancha europeia é superior. Em contrapartida a linha defensiva e o ataque do resto do mundo me parecem melhores. Portanto, para descer do muro, se tivesse que apostar em alguém, apostaria no time de vermelho. E você?

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Pós-jogo: United 1 x 2 Ajax

O resultado da ida - 2 a 0 para o Manchester United - fez com que o Ajax não abrisse mão de suas características ofensivas em pleno Old Trafford, nesta quinta-feira.

Distribuídos no rotineiro 4-3-3, os visitantes foram surpreendidos pelo gol de Chicharito aos 6 minutos do primeiro tempo. Logo, sem se expor loucamente, o Ajax não teve outra escolha a não sair ir para cima do poderoso adversário.

Alguns duelos individuas chamaram a atenção, como os dos irmãos gêmeos Rafael e Fabio com os canhotos Sulejmani e Özbiliz (autor do gol de empate aos 37). Já na meia-cancha, Cleverley e Park bateram de frente com Eriksen e De Jong.



No intervalo Frank De Boer sacou Koppers e passou Anita para a lateral esquerda. Na vaga do 42 entrou Klaassen, para atuar na meia, ao lado de Eriksen. Com isso, De Jong foi recuado à cabeça de área.

Mais tarde, aos 15 minutos da etapa final, outra alteração na equipe holandesa: Serero por Eriksen, seis por meia-dúzia, pelo menos no posicionamento. Meia por meia.

Alex Ferguson também mexeu no time, duplamente: o zagueiro Evans e Paul Scholes substituíram Cleverley e Young. Desta maneira a linha do meio ficou composta por Park e Nani nas extremas, Jones e Scholes por dentro, sempre mantendo o 4-4-2 clássico britânico.

No frigir dos ovos, aos 42 minutos do segundo tempo, Alderweireld ainda colocou o Ajax em vantagem no placar: 2 a 1. Porém não foi o suficiente para evitar a passagem do United às oitavas de final da Liga Europa. O oponente é o Athletic Bilbao, que eliminou o Lokomotiv Moscou. A primeira partida acontece no dia 8 de março.

Clássico histórico no Engenhão

Foi o melhor primeiro tempo do ano. Posso estar sendo injusto porque não vi nem metade da metade dos jogos transmitidos pela TV em 2012. Mas os primeiros 45 minutos da partida disputada no Engenhão foram homéricos.

Jogo aberto, lá e cá, rico em ingredientes que fazem do futebol o esporte mais popular do mundo. Tensão de um dérbi, aflição de um embate eliminatório. O golaço de Vagner Love logo no começo, a falha de Felipe no disparo de Juninho e o tento perdido por Deivid são capítulos à parte dessa história.



Taticamente, os dois times atuaram com a mesma estrutura: 4-3-3. De um lado Diego Souza e Barbio abertos, duelando com os laterais Léo Moura e Junior Cesar. Do outro Ronaldinho e Deivid, em cima de Fagner e Thiago Feltri - embora o 10 rubronegro buscasse bastante a faixa central, onde encontrava Nilton.

Na meia-cancha, Juninho bateu de frente com Renato e Fellipe Bastos com Willians. Já os cabeças de área ficaram "livres", marcando quem se aproximasse de sua zona. Na referência do ataque, Vagner Love enfrentou a dupla de zaga vascaína, em especial Dedé. Assim como Alecsandro confrontou Welinton e Gustavo.

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Pós-jogo: Napoli 3 x 1 Chelsea

Originalmente Cavani é o centroavante, Lavezzi o ponta-esquerda e Hamsik o ponta-direita. Contudo é comum ver o trio de atacantes trocando de posição. O 7 e o 22 invertem. O 17 também cai pela esquerda, com ora Lavezzi na direita, ora Cavani - movimentação produtiva propiciada pela inteligência tática dos jogadores e do entrosamento do time.



No setor do meio-campo, na partida contra o Chelsea, nesta terça-feira, Gargano e Inler bateram de frente com Ramires e Raul Meireles. Juan Mata, no 4-2-3-1 de Villas Boas, atuou às costas dos volantes adversários, pelo corredor central. Pelas beiradas, Sturridge e Malouda foram cercados pelos alas da equipe italiana.

No fim das contas o 3 a 1 para o Napoli foi justo e merecido, pois os mandantes mostraram-se mais ligados e vibrantes nos 90 minutos. O duelo de volta das oitavas de final, no Stamford Bridge, será disputado no dia 14 de março.

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Amadorismo, a gente vê por aqui

Estadual só serve para derrubar treinador. Para alguns clubes pequenos pode ser a maior competição do ano. Mas para os grandes, é uma pedra na chuteira. Principalmente na dos técnicos.

No entanto os treinadores não caem sozinhos. Quando acontence, são empurrados dos seus patrões. Como no caso de Caio Júnior, demitido do Grêmio com apenas oito partidas disputadas. Oito!



Creio que no caso de Caio Júnior, seja consenso: decisão mesquinha dos dirigentes tricolores. Deram ouvidos à parte da imprensa e da torcida, não tiveram peito para suportar a pressão e mandaram embora o treinador sem mesmo terem tempo para avaliá-lo.

Vale lembrar que não é a primeira vez que isso ocorre no Grêmio. Vagner Mancini foi demitido com seis jogos à frente do time gaúcho. Convenhamos, uma várzea. E quem paga caro com essa impaciência injustificável são os jogadores e os torcedores. Afinal, o segredo do sucesso no futebol é a continuidade.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Milan bombardeia Arsenal no jogo de ida

Nada justifica a reserva de Chamberlain no San Siro. Nem a falta de experiência, nem a qualidade do gramado pelos corredores laterais. Sem dúvida, uma escolha equivocada de Arsene Wenger.

Evidente que a presença de Chamberlain desde o começo não garantiria a vitória. No entanto é quase certeza que o desempenho do Arsenal teria sido melhor, em especial na primeira etapa da partida.

O treinador francês optou por Song como primeiro volante, Arteta como segundo, Ramsey à frente deles, pelo centro, Walcott na ponta direita, Van Persie na referência e Rosicky na ponta esquerda do 4-2-3-1. Não deu certo. Aliás, só deu Milan.



Postados no costumeiro 4-4-2 em losango com Van Bommel, Nocerino, Seedorf (Emanuelson) e Boateng no meio-campo, os mandantes mandaram no jogo do começo ao fim. No setor ofensivo, Ibrahimovic saiu bastante da área para jogar com os companheiros, e Robinho, que vinha muito mal, errando muitos passes até então, anotou o segundo e o terceiro gol. O placar foi aberto por Boateng.

Após o intervalo Wenger tentou alguma coisa. Colocou Henry na referência do ataque, recuando Van Persie pela faixa central e abrindo Ramsey na direita. Mas de nada adiantou. O domínio seguiu rubronegro e culminou no quarto tento, assinalado de pênalti pelo melhor jogador em campo: Ibrahimovic.

O que esparar do duelo de volta no Emirates? Pressão colossal dum Arsenal ligado, e um Milan voltado para o contra-ataque. Quem sabe até se fechando com duas linhas de quatro, como ocorreu após o terceiro gol nesta quarta-feira. Depois do segundo gol de Robinho, foi essa a tática e a estratégia adotadas por Allegri.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Pré-jogo: Milan x Arsenal

Não devemos ter surpresas no que diz respeito às estruturas táticas das equipes italiana e inglesa. Tanto Allegri quanto Wenger são fiéis extremistas a seus esquemas, e na partida de ida das oitavas de final da Champions League não deve ser diferente.

Como temos de um lado o 4-4-2 em losango e do outro o 4-2-3-1, a vantagem numérica no miolo da meia-cancha é, em tese, do Milan. Se Song cercar Prince Boateng, Arteta (Ramsey) cercar Seedorf e Rosicky cercar Van Bommel, sobra espaço para Nocerino.



No setor ofensivo rubronegro, Robinho deve atuar aberto na esquerda, como de praxe, em cima de Sagna e Djourou. Já Ibrahimovic é a referência, embora saia da área para jogar com quem vem de trás, pois qualidade para isso ele tem de sobra.

No ataque dos Gunners, o inspiradíssimo Van Persie deve dar trabalho à dupla de zaga composta por Thiago Silva e Mexès (Nesta). Quanto aos pontas Walcott e Chamberlain, não devem deixar os laterais Mesbah e Abate livres para apoiar.

Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática nesta quarta-feira, às 17h45 (Brasília), no San Siro.

Por que Ronaldinho?

Mano Menezes diz que está sendo coerente ao chamar Ronaldinho. Para mim está sendo contraditório, pois no Arena SporTV, em 2009, o treinador questionou com veemência a força de vontade do jogador. Confira aqui. Vale a pena.

Na minha opinião a convocação do camisa 10 do Flamengo é injustificável. "Experiência" e "bola parada" não são suficientes para vestir a amarelinha. Se nem no Flamengo Ronaldinho está conseguindo enganar, imagina na Seleção.



Taticamente, se for titular, onde vai jogar? Na ponta esquerda do 4-2-3-1? Se assim for, Neymar tem de mudar de posição, o que, convenhamos, não é nada inteligente.

Por dentro do 4-2-3-1, na vaga de Ganso? Apesar da fase do santista, é burrice. Individual e coletivamente Paulo Henrique é muito mais produtivo para a equipe.

Na boa, não trata-se de perseguição ou má vontade deste blogueiro em relação a Ronaldinho ou a Mano Menezes. Apenas não consigo entender a presença do gaúcho na lista. Se alguém puder me ajudar, agradeço.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Corinthians está bem acima do São Paulo

Jorge Henrique. Para mim o melhor jogador do clássico deste domingo. É banco. Danilo foi o segundo melhor. Também banco. Na verdade hoje é titular, mas com a chegada de Douglas e as voltas de Alex e Emerson, deve ser banco.

Apesar dos desfalques, o Corinthians sobrou no 1 a 0 sobre o São Paulo. Sobrou, entre outros motivos, por causa do entrosamento que vem desde a temporada passada. Independente de quem entre, o sistema tático é o mesmo. O estilo muda um pouco por causa da velocidade dos ponteiros, mas o esquema é o mesmo - o que facilita a vida de quem entra.

Atuando pelas beiradas, Willian e principalmente Jorge Henrique infernizaram os laterais Cortez e João Filipe. Já Danilo, por dentro, à frente da inseparável dupla Ralf e Paulinho, distribuiu a bola com classe e eficiência. Sem falar no gol de cabeça no primeiro tempo.



Pelo lado do São Paulo, falta sequência. É bem verdade que Leão tem tentando o 4-4-2 em losango, porém sem sucesso. Lucas fica isolado na ponta direita, não "pode" se deslocar por outros lados do campo. Jadson, Willian José, João Filipe, Casemiro... Ninguém se aproxima do camisa 7.

Honestamente, gosto da ideia de jogar com dois pontas e mais o centroavante. Nilmar não veio, no entanto o plantel conta com três opções para as beiradas: Lucas, Fernandinho e Osvaldo. A alternativa mais indicada, na minha opinião, é o 4-2-3-1, com Wellington e Cícero (ou Maicon, Casemiro, Denilson) de volantes, Lucas na ponta direita, Osvaldo na esquerda e Luis Fabiano na referência.

No Shakhtar Jadson atuava pelo centro dum 4-2-3-1, há vários anos, por sinal. Talvez por isso o 10 se sentiria mais à vontade neste esquema, com dois homens abertos e o centroavante. Evidente que é cedo para julgá-lo, e posso estar redondamente enganado. Mas creio que este esquema iria favorecer seu jogo.

Contudo o fato é que, hoje, o Corinthians está alguns degraus acima do São Paulo. Pelo entrosamento, pela continuidade, pelo elenco, pela comissão técnica.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Estreia é sempre estreia

O nervosismo nítido e notório pelo lado do time do Fluminense não foi resultado da "catimba argentina" ou do "Libertadores é guerra". O desequilibrio emocional do time do Fluminense deveu-se ao fraco futebol apresentado pelo mesmo, em pleno Engenhão.

O que não justifica o destemperamento de alguns jogadores tricolores. Embora o jogo não tivesse encaixando, não era lugar nem hora para perder a cabeça. Por mais experientes que os atletas sejam, estreia é sempre estreia, e se não houver cuidado, os nervos ficam à flor da pele. Como ficaram na partida contra o Arsenal.



Normal que o jogo não tenha encaixado, pois trata-se apenas do primeiro compromisso para valer da temporada. No entanto parte da torcida não pensa assim, parte da imprensa não pensa assim, nem parte dos jogadores e da comissão técnica. Ou seja: a cobrança e a auto-cobrança são desproporcionais, e desembocam no campo.

É clichê, mas no fim das contas o que importou foi a vitória. Foram os três pontos. Apesar do magro placar e do frágil desempenho, superada a barra da estreia, não tenho dúvida de que o Flu vai fazer uma bela campanha na Libertadores. Não há muito tempo, mas aos poucos Abel vai encontrar o esquema tático e as peças ideias.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

O primeiro jogo de Jadson

Léo, Edson Silva, João Filipe, Casemiro, Denilson, Rafinha e Fernandinho. Esse foi o banco do São Paulo no jogo contra a Ponte Preta, nesse domingo.

No ataque, Leão escalou Willian e Lucas. Na defesa, Piris, Paulo Miranda, Rhodolfo e Bruno Cortez. E no meio-campo, em losango, Wellington, Maicon, Cícero e Jadson.

Quando Jadson foi contratado previ a equipe no 4-2-3-1 (veja aqui). No entanto, em Campinas, na estreia do camisa 10, o treinador tricolor optou pelo 4-4-2.



No começo do campeonato, segundo li, Leão estava jogando com Lucas na ponta direita, Fernandinho na esquerda e Luis Fabiano na referênccia. Talvez Fernandinho não tenha agradado, forçando o técnico a mexer no esquema tático.

A questão agora é: com Jadson, o esquema titular será esse 4-4-2 em losango mesmo, ou o 4-2-3-1 com Lucas e Osvaldo/Fernandinho (Nilmar, se vier/viesse) nas beiradas.

Particularmente prefiro o segundo. É verdade que o setor da meia-chanca fica mais forte no primeiro. Mas no 4-2-3-1 Wellington tem mais presença ofensiva. Além de se jogar com três atacantes (dois pontas e um centroavante), da maneira como Jadson atuou no Shakhtar nas últimas cinco temporadas.

sábado, fevereiro 04, 2012

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Possível Corinthians com Douglas

Alex é polivalente. Joga no ataque, no meio-campo, na ponta. Foi meia e atacante no Inter, foi atacante e meia no Spartak. No 4-2-3-1 de Tite, o camisa 12 pode atuar em qualquer uma das posições da linha de três. Com a chegada de Douglas, portanto, Alex deve ser deslocado para a beirada.

Assim o time pode ter Emerson e Alex nas pontas e Douglas por dentro, na dele, onde foi campeão da Série B e da Copa do Brasil pelo Timão sob o comando de Mano Menezes. Pode ocorrer, porém não creio em Douglas numa das bandas.



Há também a possibilidade do Corinthians jogar com pés opostos (canhoto Alex na direita, destro Emerson na esquerda). Apenas os treinamentos e as partidas podem mostrar como a equipe e os jogadores citados renderiam mais. Mas em princípio, Alex deve abrir na esquerda e Emerson na direita.

Quanto à dupla de volantes, nenhuma novidade: Ralf de primeiro, Paulinho de segundo. E quanto ao centroavante, a vaga é de Liedson. Elton corre por fora. Já Adriano... Bom, esse já não sei nem se corre.

Com o elenco farto e forte, Tite tem várias opções no banco. Para as pontas, Alex, Emerson, Willian, Jorge Henrique, Gilsinho, ou o próprio Danilo. E para a meia central, Douglas, Alex, Danilo, Matheus. Sem falar em nomes como Ramírez, Vitor Júnior, Edenílson, etc.

Com o elenco farto e forte, o treinador alvinegro tem em mãos totais condições para conquistar a nada deseja Taça Libertadores da América. E o Campeonato Brasileiro.

Falta confiança ou sobra acomodação?

Não vi o segundo tempo de Flamengo e Potosí. Logo não posso analisar o que Ronaldinho fez nele. Se bem que nunca se pode julgar um jogador por um só jogo. Por isso a intenção aqui é falar do Ronaldinho dos últimos dois anos, e não do que enfrentou o time boliviano nesta quarta-feira pela pré-Libertadores.



Entendo que o craque gaúcho há algumas temporadas se suporta nos passes e lançamentos diagonais oriundos da ponta esquerda, região do campo onde passa a maior parte do tempo. Dali ele inverte o lance, lança Luiz Antonio, lança Léo Moura, coloca alguém na cara do gol. Uma bela arma. Sem querer tirar o mérito da jogada e do jogador, porém, para a qualidade de Ronaldinho, é pouco.

Repito: não vi a segunda etapa contra o Potosí, não sei qual foi o comportamento e o posicionamento do atleta na noite passada. Mas me parece que falta a Ronaldinho participar mais pela faixa central do gramado. Sem abdicar dos passes e lançamentos diagonais, sinto falta dele caindo mais pelo meio, executando o passe vertical, o chamado último passe, pelo meio da zaga, que deixa o atacante de frente com o goleiro. Ainda mais com Vagner Love no time, essa jogada terá de ser mais aproveitada.

Outro ponto que me intriga é a ausência dos tiros de média distância. Ronaldinho tem e sempre teve bom chute, sabe e sempre soube chutar. No entanto é raro ver ele arriscar. É difícil vê-lo tentando de fora da área. Seria confiança? Ou melhor: a falta dela? Talvez não tenha mais confiança para executar algumas jogadas como o tiro de média distância ou o drible com maior frequência, por exemplo. Ou seria acomodação? Falta confiança ou sobra acomodação? E quanto ao componente idade? A questão física? E ao detalhe do salário atrasado?

Se fosse para escolher um fator, optaria por dois: confiança danificada e acomodação em excesso.

Eu sei que Ronaldinho treina sob sol, joga duas vezes por semana, rala pra caramba como todo jogador profissional, e é fácil taxá-lo de acomodado sentado aqui na cadeira do meu computador com sombra e água fresca. Mas também sei que, atuando no futebol brasileiro e sul-americano, Ronaldinho pode fazer muito mais. Basta ele querer.

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Duelos definidos em Mestalla

Unai Emery escalou o Valencia no tradicional 4-2-3-1, nesta quarta-feira, na partida de ida diante do Barcelona, em casa, pela semifinal da Copa do Rei.

Como Guardiola distribuiu seus comandados no 4-3-3, os duelos individuais ficaram nítidos: Miguel x Alexis, Mathieu x Cuenca, Puyol x Alba e Abidal x Piatti nas beiradas; Albelda x Thiago, Banega x Fàbregas e Jonas x Busquets no meio-campo.



A equipe alvinegra fez um primeiro tempo exemplar. Não se intimidou, equilibrou o confronto, criou boas oportunidades e chegou a abrir o placar com o ex-gremista Jonas.

Os pontas Alba, e principalmente Piatti, infernizaram a defesa azulgrená, além do apoio do lateral-esquerdo Mathieu. Foi por aquele corredor, aliás, que saiu o gol do Valencia.

No entanto, ainda na primeira etapa, o Barcelona empatou com Puyol, após escanteio e falha do goleiro Diego. Justiça seja feita, porém, no lance anterior ele defendeu um chute à queima roupa de Alexis. E no segundo tempo, pegou o pênalti de Messi, segurando o 1 a 1.