domingo, dezembro 15, 2013

Reds massacram Spurs

Antes do apito inicial Suárez levou um drible desconcertante, é verdade. Vale registrar que antes do apito inicial, entretanto, o uruguaio tinha nada menos que o mesmo número de gols do Tottenham. E após o apito final, ele deixou-o para trás. Com os tentos anotados em White Hart Lane, neste domingo, pela 16ª rodada, na vitória por 5 a 0, o artilheiro do campeonato se isolou ainda mais com 17 gols (11 jogos), enquanto a equipe treinada por Villas Boas se manteve com 15 (16 jogos).

Promissores os primeiros minutos dos anfitriões. Controle da bola no campo ofensivo e marcação por pressão, em especial com Paulinho aprofundando Lucas, algo que dificultou a saída dos Reds. Domínio dos Spurs no começo, sem dúvida. Porém quem não faz... Reduzido o abafa dos donos da casa, o Liverpool cresceu, equilibrou a partida, trabalhou as jogadas e chegou ao 1 a 0 com Suárez, aos 18 minutos, após a insistência pela direita comandada por Sterling, em cima de Naughton.



Os duelos da meia cancha ficaram bem definidos: Sandro vs Henderson, Dembélé vs Allen e Paulinho vs Lucas. E pelas beiradas, naturalmente, laterais vs pontas. Só um parêntese: vale a pena destacar a movimentação de Coutinho (alô, Felipão!), que sem a posse da bola fecha o lado esquerdo, mas com ela cai pela faixa central para criar, e abre o corredor para o lateral (nesse caso, Flanagan).

Sandro sentiu e foi substituído aos 30 minutos por Holtby, alteração que em tese melhoraria o futebol de Paulinho e do time dele como um todo. Quase um segundo atacante até então, o brasileiro foi recuado à sua posição, ao lado de Dembélé, segundo volante, vindo mais de trás. O Tottenham até melhorou. Na prática, no entanto, quem balançou a rede foi o Liverpool, com Henderson, aos 40’.

Depois do intervalo, aos 17 do segundo tempo, a esperança dos Spurs foi por água abaixo: Paulinho foi expulso direto. Aí, com um homem a mais em campo e dois a mais no placar, ficou fácil para Suárez e cia. Com o jogo na mão, dominado, os visitantes fizeram do adversário gato e sapato em seu próprio território: chegaram ao terceiro com Flanagan, aos 75’; El’Pistolero marcou o segundo dele aos 83’, por cobertura, um golaço (outro, né, porque o primeiro também foi lindo); e aos 88’, para fechar a goleada, Sterling fez o quinto, em assistência do camisa 7. No fim das contas, um massacre em Londres e um recado à Inglaterra: os Reds estão sim na briga pelo título.

sábado, dezembro 14, 2013

Por que Fernandinho não?

Nos tempos de Shakhtar ele foi segundo volante. Foi fazendo essa função que chamou a atenção do Manchester City e foi contratado por € 40 milhões (isso mesmo, quarenta milhões de euros). No time de Pellegrini, no entanto, Fernandinho é primeiro volante, sendo Touré o cara da dupla que avança pela faixa central. Mas como futebol não é pebolim/totó/flaflu, isso não quer dizer que o camisa 25 não passe do meio campo, vide sua exibição no 6 a 3 sobre o Arsenal, em casa, neste sábado, pela 16ª rodada da Premier League, com direito a dois gols.



Por que Fernandinho não cabe na Seleção? Por causa da concorrência. Seja para jogar como primeiro ou segundo volante (já está provado que ele sabe jogar nas duas), há outros nomes justa e merecidamente na frente. Se fosse para ser convocado como segundo volante, por exemplo, seus concorrentes seriam nada mais nada menos que Paulinho, Ramires e Hernanes. Na boa, chance zero. Se fosse para ser convocado como primeiro, Lucas Leiva teria de sair, já que Luiz Gustavo é titular absoluto. Mas como Lucas tem sido chamado e tem jogado como cabeça de área há anos no Liverpool, enquanto Fernandinho assumiu esse papel recentemente, creio que a única chance do meio-campista do City ser lembrado seja em caso de lesão. Se um dos cinco selecionáveis aqui citados se machucar, aí sim Fernandinho pode pintar na lista de Felipão. Essa versatilidade, sem dúvida, joga a seu favor.

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Duelo de ponta

Neymar, 21 anos, € 57 milhões: 8 gols e 10 assistências em 21 jogos.

Bale, 24 anos, € 101 milhões: 9 gols e 6 assistências em 14 jogos.



Só um detalhe, o compacto acima não conta com o hat-trick do camisa 11 do Barcelona sobre o Celtic, anotado nesta quarta-feira, pela última rodada da fase de grupos da Champions League.

Seedorf, mais que um jogador

Nascido no Suriname, o holandês de 37 anos tem contrato com o Alvinegro do Rio até o fim de junho do ano que vem. Apesar da queda de rendimento no segundo semestre, por uma questão física, também causada pelo excesso de jogos na temporada, trata-se sem dúvida do maior jogador do Botafogo em 2013. Tanto dentro quanto fora de campo.

terça-feira, dezembro 10, 2013

O nome do Peixe pós-Neymar

O meia do Santos marcou 15 gols em 37 jogos no Brasileirão. Na lista dos artilheiros ficou empatado com o centroavante Fernandão (15 gols em 34 jogos) e atrás apenas dos atacantes Dinei (16 em 35), Hernane (16 em 30) e Ederson (21 em 36).

Por essas e outras, pela eficiência traduzida nesses números e pela beleza de suas jogadas, resumidas nesse vídeo, Cícero está na minha seleção do campeonato (hoje com mais convicção do que há duas semanas). E sem dúvida, pelo menos até o momento, ele pode ser considerado o melhor jogador do Peixe desde a saída de Neymar.

segunda-feira, dezembro 09, 2013

O ano de Éverton Ribeiro

O melhor jogador do melhor time, disparados, do Brasileirão 2013.

Confira dribles, passes e gols do Özil brasileiro, do Messi de Minas:

sexta-feira, dezembro 06, 2013

Repertório repleto de gols

Zlatan Ibrahimovic e Luis Suárez são os dois atacantes mais completos do futebol mundial. Esses dias cheguei a pensar que esse posto pudesse ter um dono absoluto, vide esse post. Porém depois dos ocorridos da última quarta-feira, em Liverpool, me dei conta de que há outro concorrente à altura do sueco (não literalmente). Porque, além do Ajax, existem alguns pontos em comum entre eles.

Ibrahimovic e Suárez jogam (bem) em mais de uma posição. Ambos são goleadores natos e são habilidosos, dominam o drible fantasioso, lúdico. São técnicos, têm o passe, o chute, o arremate, de direita, de esquerda. Ibrahimovic e Suárez também são letais no jogo aéreo, no cabeceio, sem falar na cobrança de falta. A diferença é que Suárez não é tão alto quanto Ibrahimovic, que por sua vez não é tão veloz quanto Suárez.

Veja bem, minha intenção não é apontar se A é melhor que B ou C e etc. Até porque, pra mim, Messi nesse quesito é superior a tudo e a todos. Soberano. O único gênio de verdade em atividade no futebol mundial. Contudo entendo que nem mesmo ele, que emplaca um hat-trick atrás do outro e que já fez até cinco em partida de Champions League (confira aqui, golaços lindos, mas semelhantes), seja capaz de marcar gols com tamanha diversidade, como foi Ibrahimovic contra o Anderlecht, em outubro, e Suárez diante do Norwich, neste meio de semana:





Pergunta fácil: qual o mais bonito, o terceiro do Ibrahimovic ou o primeiro do Suárez? Ah, e Cristiano Ronaldo, claro, também está nessa lista VIP dos artilheiros mais completos do planeta. Só não sei ao certo quem é o rei desse camarote.

Façam suas apostas

Quem joga contra quem, quando e onde na fase de grupos.

















Via Portal da Copa.

Samba de Ouro 2013

É o prêmio dado pelo Sambafoot ao melhor jogador brasileiro da Europa no ano. Nas edições anteriores, Thiago Silva (2012 e 2011), Maicon (2010), Luis Fabiano (2009) e Kaká (2008) levaram o troféu. Confira os 30 indicados e vote aqui:



Sem tanta convicção, se depender de mim, Thiago Silva conquista o tri.

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Resumo de Bale no Real Madrid

Eis os 9 gols e as 6 assistências até aqui (13 jogos), fora o baile.

Parte 1:



Parte 2:



Parte 3:

quarta-feira, dezembro 04, 2013

A balada d'El Pistolero

Sem querer puxar a brasa pra minha sardinha, pro meu queijo coalho, mas já puxando, quando a Four Four Two publicou em seu site o Top 100 jogadores de 2013, na semana passada, permiti-me uma cornetada de leve na lista dos vinte primeiros colocados.

Reavaliando meu Top 20 reconheço um certo exagero na posição de Neymar. Em contrapartida, após a exibição extraordinária de Suárez nesta quarta, fico ainda mais convencido do remanejamento que fiz com ele (5º no meu ranking e 19º no da revista inglesa).

O uruguaio é o artilheiro da Premier League com 13 gols (9 jogos). Contra o Norwich, em casa, pela 14ª rodada, El Pistolero marcou quatro, três deles no primeiro tempo. O primeiro foi de outro mundo, o segundo foi de esquerda, o terceiro de direita com direito a driblaço e bate-pronto, e o quarto foi de falta. Mais completo, impossível. Só faltou de cabeça. Confira:



Placar final: 5 a 1 Liverpool. Sterling fez o outro, assistência de... Suárez.

O time do ano do Velho Mundo

Baseado nos critérios de votação da UEFA (jogadores, posições, esquemas), escalei meu onze da Europa 2013 no 4-4-2 em linha. Confira aqui as opções e vote. Se fizer questão de escolher algum atleta ausente da lista ou de mudar o posicionamento de algum deles, justo. Comente.




terça-feira, dezembro 03, 2013

Recordar é viver

Programa da BBC elenca os 50 momentos mais inusitados das Copas do Mundo entre 1986 e 2006. Só um detalhe: esse vídeo não possui legenda, e o original foi publicado às vésperas da Copa da África do Sul. Seja como for, vale a pena, é engraçado. Humor britânico, né.

Craque dos anos 70 morre aos 70 anos

"Camisa 10 tem que entrar na área!", costuma vociferar Muricy. Talvez porque na década de 70 ele foi companheiro do uruguaio Pedro Rocha, o 12º maior artilheiro da história do São Paulo com 119 gols em 393 jogos (veja vários no vídeo abaixo). Antes, pelo Peñarol, nos anos 60, El Verdugo conquistou oito campeonatos uruguaios, três Libertadores e dois Mundiais de Clubes. Pela Celeste, participou de quatro Copas do Mundo (1962, 1966, 1970 e 1974).



Pedro Rocha faleceu nesta segunda-feira. Hoje, terça, faria 71 anos.

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Ramsey busca o tetra

A votação foi aberta nesta segunda-feira, no site do Arsenal: é o Player of the Month! Confira aqui. Só um parêntese: uma pena não termos esse hábito no Brasil, né? Particularmente acho bacana. Mas enfim, nessa temporada Aaron Ramsey foi eleito somente o melhor jogador de agosto, de setembro, de outubro, e agora tem tudo para levar o prêmio de novembro. Veja bem: o melhor jogador do Arsenal no mês, não o melhor jogador da Premier League no mês (essa é outra votação).

Detalhe: em 2013/14 o galês de 22 anos soma 10 gols e 5 assistências em 19 jogos com a camisa dos Gunners.

A diferença entre Cristiano e Ronaldo

Ronaldo foi centroavante com habilidade de ponta (o drible).

Cristiano Ronaldo é ponta com habilidade de centroavante (o gol).

Time grande não cai (só que não)

Tava na cara. Antes mesmo da bola rolar, tava na cara que o Vasco iria brigar na parte de baixo da tabela. Esse tweet não foi à toa, publicado às vésperas da chegada de Paulo Autuori ao Gigante da Colina. Baseado principalmente no elenco, eu particularmente esperava uma campanha péssima por parte do Cruzmaltino. Já por parte do Fluminense...

Confesso jamais ter imaginado o Fluminense brigando para não cair. Lá pelas tantas, no fim de maio, até diagnostiquei a miopia em marketing no clube de Laranjeiras, a soberba de pensar que o plantel, campeão brasileiro no ano anterior, era suficiente e não precisava de reforços para 2013 (leia mais aqui). Mas cogitar um possível rebaixamento, àquela altura do campeonato, era demais, pelo menos na minha cabeça. Algumas vendas (Thiago Neves, Wellington Nem...) e lesões (Carlinhos, Fred...) e várias rodadas depois, porém, o Brasileirão mostrou que o buraco era e é mais embaixo.

Como você sabe, pelo menos um deles já caiu. Matematicamente é impossível os dois se salvarem. E a probabilidade dos dois caírem não é pequena, não. Logo, seja como for, com Vasco, com Fluminense, ou com ambos caindo para a Série B, essa temporada evidencia a seriedade que os pontos corridos demandam e aniquila as teses furadas de que camisa ganha jogo e time grande não cai.

sábado, novembro 30, 2013

Imagina na Copa

Falcao ou Cavani? Se fosse brasileiro, qual centroavante você gostaria de ver no ataque da Seleção na Copa 2014? Vou me permitir o muro nessa.



Detalhe: ambos estão no topo da artilharia do Francês 2013/14, ao lado de Ibrahimovic, com 9 gols (o colombiano em 14 jogos pelo Monaco e o uruguaio em 13 partidas pelo PSG).

sexta-feira, novembro 29, 2013

Adidas parabeniza Flamengo

A homenagem abaixo ficou demais. O problema é que, na foto da taça, no momento eternizado, o time está com a camisetinha do marketing da Adidas, e não com o chamado manto sagrado rubronegro.

Ou seja: nota dez pelo vídeo, e nota zero pela camisetinha.

O início avassalador de Giggs

Que vídeo! Todos os gols (36, sem replay) do galês pelo Manchester United entre 1990/91 e 1993/94, as quatro primeiras das vinte e quatro temporadas dele no clube. Detalhe: estreou no profissional aos 17.



Ryan Giggs completa hoje 40 anos.

quinta-feira, novembro 28, 2013

Defensores na marca do pênalti

Antes de botar Deivid a ver navios, quando Paulinho recebe a bola do Broca do Maraca, Cleberson está vigiando Elias (frame 1). O 4 do Atlético dá até uma olhadinha para conferir a distância do 8 do Flamengo (repare no vídeo). Quando Paulinho deixa Deivid na saudade e chega ao fundo, no entanto, Cleberson, que vinha corretamente acompanhando Elias, se desespera e comete o pecado da marca do pênalti (frame 2).



Ninguém marca a marca do pênalti. Tuitei isso, o gancho para esse post, inclusive. Quando a bola chega ao fundo, dominada, dentro da área, ninguém marca a marca do pênalti. Praxe. Sabedor disso, ao passo que Paulinho passa por Deivid, Elias para de avançar e fica uns três metros ao lado da marca do pênalti, à espera da assistência, livre para marcar, porque seu marcador só teve olhos pra bola e pra meta e se mandou pra pequena área. Paulinho, sabedor disso, rolou para trás com mamão, açúcar e afeto.

Veja bem, não estou pegando no pé de Cleberson, tampouco querendo pegá-lo pra cristo, muito menos pensando em tirar o mérito da jogada da equipe treinada por Jayme. É apenas um fato curioso e recorrente no Brasil e no mundo. Não é apenas uma falha tática. Vai além. Acho que tá no instinto. Quando a bola chega ao fundo da sua área, nas proximidades da meta, o jogador na defensiva sente o perigo, sente a iminente ameaça imposta pelo adversário e quer a todo custo proteger a sua meta, mantê-la intocada, pura, virgem. E, inconscientemente, se atira na frente e esquece a marca da cal.

quarta-feira, novembro 27, 2013

Mais vale na mão do que voando

Se amanhã chegasse uma proposta de, sei lá, € 20 milhões por Alexandre Pato, eu não venderia (a não ser se houvesse uma necessidade de ordem financeira). É sério. Futebol não se esquece, sou adepto dessa teoria, e acredito que jogadas como a do vídeo abaixo serão mais frequentes daqui pra frente, quem sabe num time coletivamente mais ofensivo que o de 2013, dizem treinado por Mano Menezes.

Assista para refrescar a memória:



Por mais que às vezes Pato pareça avoado dentro e fora de campo (e por mais que tenha custado €15m), na minha modesta visão ele merece sim uma "segunda chance", pois é precipitado julgar e cravar o sucesso ou o fracasso dum atleta por uma temporada apenas. Claro, cada caso é um caso. Mas no caso do atacante do Corinthians, não é hora de abrir mão.

Gol de Nilton Santos

"Foi no Mundial de 58. O Brasil estava ganhando de 1 a 0 contra a Áustria.

No começo do segundo tempo, Nilton Santos, o homem-chave da defesa brasileira, chamado de Enciclopédia pelo muito que sabia de futebol, avançou, partindo de seu campo. Abandonou a retaguarda, passou a linha central, esquivou um par de adversários e continuou seu caminho. O técnico brasileiro, Vicente Feola, corria também pela lateral do campo, mas do lado de fora. Suando em bicas, gritava:

- Volta, volta!

E Nilton, imperturbável, continuava sua corrida para a área adversária. O gordo Feola, desesperado, agarrava a cabeça, mas Nilton não passou a bola a nenhum atacante: fez toda a jogada sozinho, e culminou-a com um golaço.

Então Feola, feliz, comentou:

- Viram só? Eu não disse? Este sim, sabe!"

Texto do livro Futebol ao Sol e à Sombra, de Eduardo Galeano, de quem sou fã assumido, mas que deixou de lado a tabelinha com Mazzola. Dê o play e confira, a partir do minuto 3:40.



A última página dessa história foi escrita nesta quarta-feira. Aos 88 anos, enfim, Nilton está entre santos.

Seleção do Brasileirão

Por mais que seja um time teórico, que jamais irá jogar na prática, acho legal definir o esquema tático (escolhi o 4-2-3-1, o mais utilizado no campeonato). E faço questão de deixar clara minha convicção zero ao optar por Cícero e não D’Alessandro, confesso que foi meio no cara ou coroa. De resto, é isso.



Qual a sua?

domingo, novembro 24, 2013

Messi, the one and only

Na minha modesta opinião, o único gênio da atualidade. Aliás, não é de hoje que adoto esse adjetivo para me referir ao melhor jogador do mundo.

sábado, novembro 23, 2013

Götze, o personagem do dia

O torcedor distorce. Frase de Armando Nogueira.



Mario Götze não foi o primeiro nem será o último a trocar de time, a mudar para o rival por uma questão financeira e/ou esportiva. Futebol é profissão. Exigir amor à camisa é o mesmo que querer transar ou fazer amor com uma puta de graça, é o mesmo que querer pegar uma carona com um taxista, e por aí vai. Dentro da legalidade, o jogador tem o direito de jogar onde bem entender, e essa escolha cabe a ele e somente a ele.

No Brasil, por exemplo, o amadorismo acabou em 1933, porque vários atletas estavam indo trabalhar em outros países da América do Sul por dinheiro. Na Alemanha eu não sei quando acabou, mas com certeza faz tempo. Portanto esse papo de Judas é uma tremenda babaquice. Uma babaquice justa que pertence ao torcedor e apenas ao torcedor.

Se o torcedor do Borussia Dortmund leva uma bandeirinha dessas para o estádio, beleza, compreensível. Bela sacada. Inteligente. Bem-humorada. Agora, quando comentaristas e veículos da imprensa, seja no site ou na rede social, começam a usar a palavra Judas, mesmo que entre aspas, como vi aos montes hoje, para se referir ao camisa 19 do Bayern, a figura muda de patamar.

Como dizia Armando Nogueira, o torcedor distorce. Muitas vezes é irracional. Entende-se. No entanto, vamos tentar usar a cabeça e deixar esse papo de Judas para os torcedores, porque quando o jornalista embarca nessa, está abraçando a hipocrisia e chutando o próprio profissionalismo para escanteio.

PS: Götze fez o primeiro gol do Bayern (imagem) na vitória por 3 a 0 sobre o Dortmund, neste sábado, na sua antiga casa, em jogo válido pela 13ª rodada da Bundesliga.

segunda-feira, novembro 11, 2013

E o Prêmio Puskás vai para...

Daniel Ludueña (27/07/2013), Pachuca vs Tigres, Apertura México. Nemanja Matić (13/01/2013), Benfica vs Porto, Liga Sagres. Juan Manuel Olivera (28/08/2013), Náutico vs Sport, Copa Sul-Americana. Lisa De Vanna (01/06/2013), Sky Blue FC vs Boston Breakers, NWSL. Neymar (15/06/2013), Brasil vs Japão, Copa das Confederações. Antonio Di Natale (07/04/2013), Udinese vs Chievo, Serie A. Peter Ankersen (10/08/2013), Esbjerg vs Aarhus, SAS Ligaen. Zlatan Ibrahimovic (13/11/2012), Suécia vs Inglaterra, amistoso. Louisa Nécib (17/03/2013), Lyon vs Saint-Etienne, D1 Féminine. Panagiotis Kone (16/12/2012), Napoli vs Bologna, Serie A.

Sem comparação

Não sei o que essa comparação quer dizer, se é que ela tem algo a dizer. Mas me chama a atenção os números da artilharia do Brasileirão se comparados com os das cinco grandes ligas da Europa. Lembrando que a temporada lá (e praticamente no mundo todo) começa em agosto, repare na diferença.

Ederson, o goleador do Brasileirão, soma 17 gols em 32 jogos, média de 0.53. Na Liga Espanhola, por exemplo, Cristiano Ronaldo tem 16 gols em 13 partidas (1.23 na média), enquanto na Serie A Rossi acumula 11 gols em 12 jogos (média de 0.91), e na Premier League Suárez possui 8 em 6 (média de 1.33). Já na Ligue 1 e na Bundesliga, pelo menos parcialmente, a diferença é menor, porém existente. Falcao e Cavani marcaram 9 gols em 13 embates cada (0.69), e Lewandowski conta com 9 em 12 (média de 0.75).

Insisto, não sei o que essa comparação traduz, se é que ela traduz alguma coisa, tampouco tenho a intenção de comparar os jogadores propriamente ditos. Talvez seja uma comparação a nível de campeonato mesmo. Talvez represente o equilíbrio, o nivelamento do torneio verde e amarelo. Por baixo? Talvez. Confesso que não sou muita fã dessa tese. No entanto o fato é que os melhores jogadores do Brasil (e da maioria dos países sul-americanos e africanos) jogam na Europa, e a disputa pela artilharia daqui acaba ficando entre, com todo o respeito, Ederson, Gilberto, William, Fernandão, Hernane...

sexta-feira, novembro 08, 2013

Qual o top 5 de 2013?

A FIFA e a France Football agiram rapidamente. Perceberam o equilíbrio e a imprevisibilidade da Bola de Ouro 2013 e passaram o número de finalistas de três para cinco. A lista dos 23 candidatos foi anunciada no dia 29 de outubro, a dos finalistas sai no começo de dezembro, e a premiação acontece no dia 13 de janeiro de 2014. Confesso meu espanto com essa mudança. Torci o nariz no começo (FIFA oportunista!), mas depois entendi que é melhor para todo mundo (inclusive para a FIFA, claro).



Com cinco finalistas, abrem-se duas vagas. Mas apenas na teoria, porque na prática uma delas já tem dono. Pois partindo princípio de que Ibrahimovic, Cristiano Ronaldo, Ribéry e Messi já estão lá, resta apenas um nome para o Top 5 ser fechado. Neymar? Bale? Suárez? Lewandowski? Özil? Robben? Cavani? Falcao? Touré? Van Persie? Quem foi melhor em 2013? Não sei. Juro que não sei em quem eu votaria, muito menos quem vai ser o quinto elemento dessa festa de gala do futebol mundial. Porém, para não ficar em cima do muro, sem convicção alguma, optaria pelo Pistolero do Liverpool. Ou, para ficar em cima do muro, escolheria Neymar. Ou Bale. Ou Özil. Ou Robben.

Neymar, o novo Ronaldinho do Barça

Ronaldinho chegou ao Barcelona em 2003 quando ainda era Ronaldinho Gaúcho, aos 23 anos, depois de duas temporadas no PSG (veja aqui todos os gols dele pelo clube francês, vale a pena). Neymar chegou aos 21 direto do Brasil. Jogou Libertadores pelo Santos, é verdade. Mais do que isso, foi campeão da Libertadores pelo Santos redefinindo o conceito de protagonista. É verdade também que é titular da Seleção desde sempre (ou melhor, desde que Dunga saiu). Ainda assim, por ter feito essa "ponte" na Europa antes de vestir a camisa azulgrená, Ronaldinho talvez tenha chegado mais pronto do que Neymar (sem falar na experiência da Copa do Mundo 2002). Pelo visto, porém, o pai do Davi Lucca não está tendo problemas para se adaptar, pois tem sido um dos melhores, se não o melhor jogador do time nesse início de temporada (sua primeira pelo Barça).



Indiscutivelmente, Neymar é o jogador brasileiro com mais talento desde Ronaldinho. Talento no sentido de habilidade. Kaká jogou muito, levantou a Champions, foi Bola de Ouro, etc, mas é diferente. Sem entrar nos méritos da qualidade técnica em si ou na questão da objetividade dentro de campo (que são semelhantes, diga-se), quem mais se aproxima de Ronaldinho no quesito habilidade é Neymar. E coincidentemente ou não, ele joga na ponta esquerda do Barcelona, lugar onde Ronaldinho deitou, rolou, reinou, fez chover, foi aplaudido de pé no Bernabéu e foi colocado no patamar de Maradona e Pelé.

quinta-feira, novembro 07, 2013

Player of the Month

Uma pena não termos esse hábito no Brasil, de eleger o melhor jogador do mês (é tipo o funcionário do mês do McDonald's). Na Inglaterra isso é comum. Nessa temporada, por exemplo, Daniel Sturridge foi eleito o melhor jogador de agosto da Premier League, Aaron Ramsey o melhor de setembro, e parece que outubro foi de Luis Suárez (salvo engano não saiu o resultado ainda). Parênteses: recomendo uma olhada nessa lista.

Essa votação, aberta ao público através de enquetes online, acontece também nos clubes. Pelo Arsenal, Ramsey levou o Player of the Month de agosto, setembro e outubro. Três meses seguidos! No último, obteve 26.8% dos votos, à frente de Özil (24%), Giroud (21%) e dos outros (28.2%). Já no Manchester United, outubro foi o mês de Adnan Januzaj, que conquistou nada menos que 42% das clicadas (no vídeo abaixo, alguns lances winger canhoto de 18 anos).



Em tempo: Agüero foi eleito o melhor jogador de outubro da Premier League.

terça-feira, novembro 05, 2013

Pós-jogo: Juventus vs Real Madrid

Talvez a fim de priorizar os cruzamentos para o centroavante, Carlo Ancelotti iniciou com o destro Cristiano Ronaldo na ponta direita e o canhoto Gareth Bale na ponta esquerda. Digo talvez porque não ouvi isso da boca dele, mas reconheço que não consigo encontrar outro motivo para essa mudança. A partir dos 20 minutos do primeiro tempo, no entanto, o português e o galês voltaram aos seus habitats naturais para fazerem o que fazem melhor: puxar para dentro e arrematar com o "pé invertido". Os dois gols merengues, não à toa, saíram dessa maneira (ambos na segunda etapa): pela esquerda, chute de direita de Cristiano Ronaldo; pela direita, chute de esquerda de Bale.

Apesar do 2 a 2 em Turim, defensivamente a partida feita pela Juventus foi superior à feita pelo Real Madrid, também em função da marcação exercida sobre o pé pensante adversário. Pirlo – o Alonso da Juventus – teve mais liberdade para trabalhar com a bola do que Alonso – o Pirlo do Real Madrid. Embora o 14 espanhol tenha aparecido na frente e carimbado o travessão aos 56', no geral o 21 da Velha Senhora teve mais tempo e espaço para distribuir o jogo (talvez porque Benzema não o combateu tanto quanto Llorente cercou Alonso).



No meio de campo, curiosamente os dois camisas 6 se destacaram. Digo curiosamente porque na maior parte do tempo eles duelaram entre si. Como não se tratou de uma marcação individual, porém, em vários momentos eles escaparam e deram trabalho a outros atletas (Varane que o diga, sofreu nos pés de Pogba). Já Khedira, se não foi tão operante ofensivamente quanto o volante francês, deu a consistência e a segurança necessária à meia cancha. Graças ao papel do alemão, por exemplo, Modric pôde eventualmente tocar o piano (que, diga-se, pertence a Alonso).

Quanto ao compactado e, vá lá, conservador 4-5-1 (duas linhas) escalado por Antonio Conte, compreendo a opção do técnico. Na minha visão, mesmo atuando em casa, admitiu a superioridade técnica do oponente e se fechou para contra golpear. Legítimo. E até certo ponto, deu certo, já que na primeira metade os anfitriões foram melhores e foram para o intervalo em vantagem no placar (1 a 0, Vidal de pênalti). Na segunda metade os visitantes inverteram o tabuleiro, é verdade. Falha individual de Cáceres no gol de Ronaldo à parte, o segundo tempo foi todo blanco (ou melhor, naranja). Tanto é que a virada logo veio com Bale aos 60'. Falha por falha Varane também falhou no gol de Llorente, é verdade. Mas aí há infinitamente mais méritos no cruzamento do 4 e na cabeçada do 14 do que o contrário. Ainda assim, o fato é que, mesmo num "retrancado" (repare nas aspas) 4-5-1, na medida do possível, a Juve buscou o gol a todo instante.

Agora a situação do Grupo B é a seguinte: Real Madrid lidera com 10 pontos, seguido de Galatasaray e Copenhague, ambos com 4 pontos, e da Juventus com 3 (três empates e uma derrota). Ou seja: apesar da relativa boa exibição contra o todo-poderoso Madrid nesta terça-feira, o resultado foi péssimo para a Vecchia Signora (que nas últimas duas rodadas recebe o time dinamarquês no dia 27 de novembro e visita o turco no dia 10 de dezembro).

Arsenal voando na temporada

Açãozinha de marketing.

O terror dos laterais-direitos

Ao lado de Ribéry, Cristiano Ronaldo e Neymar encabeçam a lista dos melhores pontas-esquerdas do mundo na atualidade.

segunda-feira, novembro 04, 2013

O craque do campeonato

O Özil brasileiro! O Messi de Minas! O Robben de BH!

A maneira de distribuir o jogo, de trabalhar com a canhotinha, de passar, de arrematar, de driblar e assinalar golaços de fato me lembram alguns craques da Europa. Evidentemente, no entanto, eu sei que Éverton Ribeiro não é/está no patamar dos atletas de Arsenal, Barcelona e Bayern. Embora – para minha sincera surpresa, confesso – alguns pensem que sim, não se trata de uma comparação séria da minha parte. Trata-se apenas de uma fantasiada em cima do melhor jogador do Brasileirão 2013.



Quando escrevi o post Éverton Ribeiro, o Özil brasileiro, tinha acabado de ver Cruzerio 5-3 Criciúma, partida protagonizada pelo camisa 17, atuando pela faixa central do 4-2-3-1. Entre outros aspectos, o que me chamou a atenção naquele dia especificamente foi sua movimentação, bem à la Özil mesmo. No duelo com o Santos, nesse domingo, na Vila, mesmo com Ricardo Goulart de volta ao time, noutra bela apresentação, Éverton foi de novo escalado por dentro. E apesar de ter se consagrado como ponta-direita na temporada, nessa reta final está me parecendo que o meia cruzeirense é mais produtivo individual e coletivamente à equipe quando seu posicionamento inicial é central – por entre outros motivos, por se tornar mais participativo, pela bola passar mais vezes pelo seu pé.

Éverton Ribeiro não é Özil, tampouco Robben, muito menos Messi. É só uma fantasiada. É só um elogio ao melhor jogador do Campeão Brasileirão 2013, ao melhor jogador do campeonato. Que, convenhamos, não será surpresa se, aos 45 do segundo tempo, pintar na lista da Copa do Mundo 2014. Ou será?

sábado, novembro 02, 2013

Pontas de ponta

Gareth Bale, o ponta-direita do Real Madrid. O CR7 canhoto.



Cristiano Ronaldo, o ponta-esquerda do Real Madrid. O Bale destro.

sexta-feira, novembro 01, 2013

Vídeo resume campanha da Roma

Baita compilação do David Peradze. Nos primeiros dez minutos você vê os 24 gols marcados pela líder recordista da Serie A (10 vitórias em 10 rodadas). Já nos minutos finais, alguns individual highlights dos jogadores que escreveram essa história, do goleiro ao ponta-esquerda.



Detalhe: apenas um gol sofrido.

Os três finalistas da Bola de Ouro

Na verdade a lista dos três finalistas será anunciada somente dia 2 de dezembro. Mas se depender da enquete aqui do blog, pela ordem, Cristiano Ronaldo, Messi e Ribéry são os principais candidatos. Ibrahimovic, o quatro colocado, obteve 9% dos votos. Bale, Neymar e Thiago Silva ficaram com cerca de 4% cada. E o resto ficou distribuído entre os outros 16 indicados.

quinta-feira, outubro 31, 2013

Franck-atirador ou favorito?

Messi e Cristiano Ronaldo são melhores que Ribéry, claro. Ibrahimovic idem. Bale, Suárez e Van Persie também. Mas a julgar pelos dois semestres deste ano, em matéria de desempenho individual e conquistas coletivas (títulos), na minha modesta visão ninguém merece mais a Bola de Ouro 2013 do que o ponta-esquerda do Bayern.

quarta-feira, outubro 30, 2013

Ancelotti próximo do XI ideal?

Isco é mais winger do que meia. Não é tão pé pensante assim para assumir o papel do clássico camisa 10. Rende mais partindo do lado esquerdo do que da faixa central. Por isso não consigo imaginar o Real Madrid 2013/14, por exemplo, no 4-2-3-1 com ele por dentro. Particularmente, aliás, entendo que esse esquema não engrenará/ria nessa temporada porque sua peça-chave foi vendida para o Arsenal.

Talvez a melhor alternativa tática para encaixar o ex-Málaga na equipe foi a apresentada nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, na vitória por 7 a 3 sobre o Sevilla: o 4-3-3. No 4-3-3, Isco trabalha mais próximo ao seu habitat natural – a faixa esquerda – sem que Cristiano Ronaldo seja adiantado ou deslocado mais para o centro. O 4-4-2 até entrou em vigor algumas vezes, como no 6 a 1 em cima do Galatasaray (veja aqui). Eu mesmo jurava que o treinador italiano já tinha definido as duas linhas de quatro como estrutura padrão, vide esse convicto post. Porém, ainda mais com o retorno de Alonso aos gramados, parece-me que esse 4-3-3 está se firmando.



Esse sistema favorece as pequenas sociedades, principalmente pelo lado esquerdo, no caso do Madrid, com Marcelo, Isco e Ronaldo. O entrosamento do brasileiro com o português vem de longa data, e aos poucos o espanhol deve se inserir nesse talentoso triângulo. Para isso, no entanto, é preciso repetir o time, pois sem repetição não se atinge a sintonia. Pelo lado direito, em contrapartida, Bale não tem companheiros à altura (Arbeloa e Khedira). Claro que o galês corta para dentro quase sempre, busca o centroavante, o arremate, o passe para o outro ponta, a jogada individual... Se comparado ao flanco oposto, no entanto, o direito fica em desvantagem. Por essas e outras, Carvajal na lateral direita é a pedida.

Assim como no PSG, demorou um pouco, mas agora parece que Ancelotti está realmente encontrando o chamado XI ideal. Naturalmente, Illarra deve voltar para o banco e Alonso virar o cabeça de área desse 4-3-3. Mas essa é mole, né. O duro é saber onde entra Di María. Pois, CR7 à parte, trata-se do melhor jogador merengue na temporada. O problema é que ele joga na do Bale, e, convenhamos, Bale não será reserva. A versatilidade do argentino, contudo, pode jogar a seu favor, e a solução pode ser a meia direita (dessa maneira Di María jogaria ao lado de Isco, Xabi mais atrás, plantado, Bale e Ronaldo nas pontas, além de Benzema). Será que funcionaria?

O gênio indomável

Maradona completa 53 anos hoje.

terça-feira, outubro 29, 2013

Não vi Pelé, mas vi Ronaldinho

Raríssimos jogadores têm direito a um Top 50 Goals.

A ameaça a Messi

A premiação pela temporada seria mais justa, já que a temporada começa e termina no meio do ano. Mas como você sabe, a Bola de Ouro da FIFA é entregue ao melhor jogador de janeiro a dezembro, e não ao melhor jogador da temporada europeia. Portanto, baseado em 2013 e somente em 2013, eis os 23 indicados: Gareth Bale, Edinson Cavani, Radamel Falcao, Eden Hazard, Zlatan Ibrahimovic, Andrés Iniesta, Philipp Lahm, Robert Lewandowski, Lionel Messi, Thomas Müller, Manuel Neuer, Neymar, Mesut Özil, Andrea Pirlo, Xavi Hernández, Franck Ribéry, Arjen Robben, Cristiano Ronaldo, Luis Suárez, Bastian Schweinsteiger, Thiago Silva, Yaya Touré e Robin van Persie.

Se deixarem, Messi ganha todo ano. Não à toa, justa e merecidamente, o gênio argentino levou as últimas quatro Bolas de Ouro. Sem discussão nem comparação, de longe, trata-se do melhor jogador de futebol do planeta (provavelmente Top 3 da história do esporte). No entanto, pelo ano de 2013, pelo desempenho individual (campo e bola e títulos), entendo que Messi não seja merecedor do quinto prêmio seguido, em especial em função da forte concorrência exercida por... Ribéry.



Isso. Eu votaria no francês. É verdade que ele não fez nem faz tantos gols quanto Messi, CR7 ou Ibrahimovic, por exemplo. Contudo, pelo ano de 2013, no fim das contas, eu votaria nele. Apesar da fase excepcional atravessada por Ibra e dos 7 gols em 3 jogos de Cristiano na Champions 2013/14, não se pode esquecer do que aconteceu no primeiro semestre, tampouco da tríplice coroa conquistada em maio/junho (não se pode fechar os olhos também para o que Ribéry está fazendo sob o comando de Pep Guardiola).

Dessa lista de 23 saem apenas três finalistas, sendo que uma dessas três vagas, por mim, seria do ponta-esquerda do Bayern. Logo, sobrariam duas vagas para, pelo menos na minha cabeça, três candidatos: Messi, Cristiano Ronaldo e Ibrahimovic. Embora outros jogadores são dignos de destaque, como Suárez, Cavani, Özil, Touré e Neymar, é provável que os outros dois nomes saiam da disputa entre Messi, CR7 e Ibra (desde que o nome de Ribéry esteja certo, como imagino estar). E entre Messi, CR7 e Ibra, estou para te dizer que são grandes as canches do sueco pintar no Top 3 de 2013.

segunda-feira, outubro 28, 2013

domingo, outubro 27, 2013

Arthur Zico di Orsaria

No modorrento jogo entre Udinese e Roma neste domingo (abandonei no intervalo), me chamou a atenção uma faixa na arquibancada. No começo não entendi do que se tratava, mas logo dei um Google e achei essa matéria no Lancenet. Trata-se de um torcida organizada de Orsaria, cidade a 17km de Udine, na Itália.



Não vi Zico jogar. Talvez também por isso tenho ele associado exclusivamente ao Flamengo. Honestamente - confesso - não me lembrava que ele tinha jogado na Udinese de 1983 a 1985. E como jogou! No total foram 57 gols em 79 partidas. Só na Serie A, na primeira temporada, marcou 19 gols em 24 jogos (muitos deles de falta). Confira:

sábado, outubro 26, 2013

Éverton Ribeiro, o Özil brasileiro

Calma. É força de expressão. Há um abismo entre Özil e Éverton Ribeiro. Talvez o jogador do Cruzeiro seja mais habilidoso, tenha mais drible, seja mais efetivo no mano a mano, mas em praticamente todos os outros quesitos o meia do Arsenal é bem superior. A vivência na Europa também conta a favor do alemão, que já jogou até Copa do Mundo. No entanto existem sim sutis semelhanças entre eles, e algumas delas ficaram nítidas no 5 a 3 sobre o Criciúma, neste sábado, no Mineirão.



Sem Ricardo Goulart, Marcelo Oliveira puxou Éverton Ribeiro para o seu habitat natural: a faixa central. Embora nessa temporada normalmente seu posicionamento inicial seja o lado direito do 4-2-3-1, o camisa 17 prefere trabalhar por dentro, região onde seu rendimento é excelente. Apesar de assumir o papel do chamado meia central nessa partida, contudo, Éverton não se restringiu àquela parte do gramado. Não esperou a bola no pé, se deslocou por todo campo ofensivo e tornou-se bastante participativo. Voltou para buscar o jogo, caiu pelos dois lados para se aproximar dos dois pontas (Willian e Dagoberto), encostou no centroavante (Borges), entrou na área... Assumiu o protagonismo da criação a partir de uma movimentação intensa e inteligente, algo que, por exemplo, Özil faz no Arsenal e fazia no Real Madrid com singular maestria.

Além da movimentação, outro ponto parecido é a canhota. Ambos possuem o pé esquerdo dotado de técnica tanto para o passe quanto para o arremate. Claro que a visão de jogo de Özil permite a ele aquelas lindas assistências que Éverton talvez não consiga executar. Porém na qualidade do chute em si, o atleta da Raposa lembra o Gunner (que, insisto, é superior em praticamente todos os critérios). Veja bem: não sou louco. Evidente que Özil é de outro patamar. Por isso a intenção aqui não é propriamente compará-los, mas sim apenas registrar um elogio ao melhor jogador do Brasileirão, através dum paralelo traçado com o, disparado, melhor meia do mundo.

sexta-feira, outubro 25, 2013

Prévia de Barcelona vs Real Madrid

Não queria deixar me influenciar por uma vontade pessoal, porém vou me permitir isso. No Clásico deste sábado, provavelmente Gareth Bale começará no banco, mas na prancheta pré-jogo optei pelo galês no XI inicial por dois motivos: primeiro, por uma vontade pessoal; e segundo, por uma questão de estratégia.

Quando digo vontade pessoal, não me refiro simplesmente à titularidade do jogador mais caro do mundo. Me refiro também à parte estrutural da equipe. Ancelotti tem utilizado dois esquemas no Real Madrid, o 4-4-2 em linha e o 4-3-3. Contra a Juventus, por exemplo, atuou com três atacantes. Já contra o Galatasaray, na Turquia, jogou com duas linhas de quatro (Di María e Isco wingers, Benzema e Cristiano Ronaldo no ataque). Di María e Isco, aliás, me parecem titulares absolutos em 2013/14. Se forem, a briga de Bale deve ser com Benzema. E no caso específico dessa partida contra o Barcelona no Camp Nou, entendo que ele pode ser mais útil que o francês.



Eu sei, Bale não é centroavante. Nesse 4-4-2, todavia, ele não trabalharia como tal. Nem ele, nem CR7. Embora a posse de bola sob o comando de Tata não seja tão predominante como nos tempos de Pep, a bola ainda fica mais tempo com o Barça, ainda mais em casa. Logo, imagina-se um Real Madrid fechado, voltado para o contra ataque. E é aí que entra Bale. Nesse jogo especificamente os atacantes merengues, em tese, não precisarão jogar de costas para o gol, tampouco fazer o papel da referência lá em cima. Em regra as oportunidades devem surgir em velocidade, com espaços à frente. Por essas e outras, apostaria no camisa 11 entre os onze. Contudo, acredito que Carlo inicie com Benzema ou Morata.

Quanto ao Barcelona a dúvida é, pelo menos a minha, Fàbregas ou Alexis. Justamente por se tratar de um confronto de posse de bola vs contra ataque (se é que assim será), talvez fosse pertinente entrar com Cesc. O 4 poderia se revezar com Messi como falso nove, deslocando o gênio argentino para a ponta direita, região de Marcelo (ou Coentrão). Ainda assim, pela confiança que Martino tem depositado no chileno e pela fase que ele atravessa, creio no trio sul-americano no ataque azulgrená (ah, tem também a possibilidade de Pedro na vaga de Sánchez).

Seja como for, com Bale ou sem Bale titular, com Fàbregas, Pedro ou Alexis, espera-se muito do clássico espanhol e principalmente de Neymar, pois será seu primeiro (Bale idem). No último jogo grande, contra o Milan, no meio de semana, o desempenho do brasileiro ficou aquém. Vamos ver diante do maior rival, no embate válido pela 10ª rodada da Liga.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Além dos quatro gols

Joga na referência, joga longe da área, pela faixa central, pela beirada, tem estatura, visão de jogo, tem passe, cria, finaliza, chuta com as duas, no jeito, na força, cabeceia, cobra falta... Acho que estou chegando à conclusão de que Zlatan Ibrahimovic é o atacante mais completo do futebol mundial.

Nessa quarta-feira, contra o Anderlecht, pela 3ª rodada da fase de grupos da Champions League, ele fez quatro gols, mas poderia ter feito cinco, seis, sete (sem falar que um gol foi mais bonito que o outro). Confira:

terça-feira, outubro 22, 2013

Milan segura Barcelona no San Siro

Mais surpreendente do que a escalação de Kaká foi sua função no gramado. Inesperadamente, pelo menos pra mim, o camisa 22 do Milan atuou aberto pelo lado esquerdo, região do camisa 22 do Barcelona. Kaká vs Daniel Alves, aliás, foi um dos grandes duelos da partida, tendo o brasileiro do clube italiano levado vantagem: não deixou espaços para Daniel se sobressair no apoio e aproveitou os espaços deixados às costas dele.

O time de Massimiliano Allegri, mesmo antes de Robinho abrir o placar aos 9 minutos, se fechou num compactado 4-5-1 (duas linhas), com o 7 na frente, muitas vezes atrás da linha da bola, cercando Busquets. Já a equipe de Tata Martino se organizou no habitual 4-3-3, com Messi e Alexis se revezando entre a faixa central e a ponta direita – medida talvez tomada em função da eficiência defensiva dos donos da casa em parte da primeira etapa. Em parte, porque, no fim das contas, o Barcelona acabou empatando com Messi aos 23 e criando mais chances (9 finalizações contra 3 do Milan).



A atuação de Neymar foi discreta. Como o Milan, quando atacou, atacou pela esquerda com Kaká e Robinho, e o Barcelona priorizou o lado direito com Daniel, Alexis e Messi, o embate pouco se desenrolou para valer do seu lado. Particularmente defendo a tese de que Neymar é ponta de ofício. Não aquele ponta das antigas, mas o ponta do dito futebol moderno. Ponta-esquerda destro. Devido ao contexto do confronto, no entanto, Neymar merecia mais liberdade para flutuar por uma faixa mais extensa, para confundir a marcação, aumentar sua participação, enfim. Ainda assim, com o camisa 11 apagado, abandonado, os culés dominaram o segundo tempo, não se expuseram como no primeiro, construíram algumas oportunidades (a melhor delas com Adriano), porém não conseguiram alterar o placar (1 a 1).

Dentro das propostas de jogo, o Milan jogou bem nesta terça. A supremacia foi do adversário, como era de se esperar. Entretanto ela não foi traduzida em gols, o que determinou o resultado final. Resultado que, convenhamos, não é dos piores para os milanistas, pois os outros times do Grupo H não devem pontuar contra o Barça em casa (Celtic já não pontuou, vamos ver o Ajax). Quanto ao Barça, dane-se a Champions. A partir de agora apenas El Clásico, sábado, no Camp Nou, interessa.

segunda-feira, outubro 21, 2013

Quem você quer na Copa?

Honestamente? Por mais que Cristiano Ronaldo seja bonitão e tal, prefiro ver Ibrahimovic em ação. O futebol do sueco é mais colírio para meus olhos do que o futebol do português.



domingo, outubro 20, 2013

Os wingers do Real Madrid

Di María, o extremo-direito canhoto.



Isco, o extremo-esquerdo destro.



Vai sobrar para Benzema. Né, Bale?

Tudo igual no Gre-Nal

No começo o Inter teve Jorge Henrique aberto à esquerda. Mas logo após o gol de Willians aos 3 minutos e pouco, quem abriu para duelar com Pará foi Otávio. Dessa maneira o camisa 23 passou para dentro e bateu de frente com Souza, de modo que o 8 duelou com Riveros. Já da direita partia o canhoto D’Alessandro, enquanto Damião ficava na referência e João Afonso cercava o atacante Kleber.

Quando saiu a escalação do Grêmio, pensei no 4-4-2 em linha com Vargas e Riveros ou Ramiro nas extremas. Embora alguns cantem no 4-3-3, não deu outra: o chileno atuou à esquerda, com o baixinho Ramiro à direita. Durante alguns momentos da primeira etapa, aliás, Ramiro flutuou pela faixa central, posicionamento que deu liberdade ao lateral-esquerdo colorado. No frigir dos ovos, porém, o 36 tricolor fechou o lado direito.



A estratégia do visitante me pareceu clara: o contra ataque. No entanto, em função da abertura do placar tão cedo, quem passou a adotar o contra golpe foi o mandante, muitas vezes com até Leandro Damião atrás da linha da bola no compacto 4-1-4-1 de Clemer. Apesar das poucas chances criadas, nesse panorama o Inter foi superior ao Grêmio, pelo menos até o golaço contra de Jackson ainda no primeiro tempo. No segundo, com ambas as equipes saindo para o jogo, mais espaços surgiram e o confronto ficou lá e cá.

Pelo lado do Internacional, em desvantagem por 2 a 1 (Vargas virou no início da etapa final), Forlán entrou na vaga de Jorge Henrique e o time passou para o 4-2-3-1, com D’Ale por dentro, o uruguaio em cima de Alex Telles e Otávio na mesma, o flanco esquerdo. Mais tarde Otávio saiu para a entrada de Caio, que entrou para jogar também em cima de Telles, de modo que Forlán inverteu de lado. Já Renato Gaúcho teve de colocar Saimon no lugar de Werley (lesão), e bem mais além, talvez para segurar o empate, colocou Mamute e Wendell nas vagas de Barcos e Vargas.

No fim das contas, o clássico foi bem jogado no Centenário. Tradicionalmente feito de embates amarrados, o Gre-Nal deste domingo apresentou equipes, aos seus estilos, até certo ponto ofensivas, à procura do gol a todo instante. Apesar da superioridade colorada no primeiro tempo, a meu ver o 2 a 2 (D’Alessandro descontou de pênalti) ficou de bom tamanho, em especial por causa dos 45 minutos finais.

Por que o Corinthians é meu favorito

No mata-mata não sobrevive o mais forte. Sobrevive quem não sofre gol em casa. Por isso penso que o time de Tite irá levantar a Copa do Brasil.

Veja bem, não estou cravando que o Corinthians vai sair classificado da Arena do Grêmio na quarta-feira, nem que vai passar por Inter ou Atlético-PR na semifinal e por quem vier do lado de lá da chave na final (Goiás, Vasco, Botafogo ou Flamengo). Mas se hoje eu fosse apostar no campeão da Copa do Brasil, apostaria no campeão do mundo.



Além da consistência defensiva, privilegiada pelo critério de desempate da competição, um dos fatores que deve potencializar o desempenho corintiano é a vaga na Libertadores. Claro, a vaga na Libertadores é a mesma para todos e todos querem a vaga na Libertadores. A vontade é a mesma. No entanto, devido ao alto investimento feito no clube do Parque São Jorge e devido à repercussão de seus jogos, acredito num algo a mais por parte do Timão (não me refiro à arbitragem, né). Tem mais: o Grêmio, por exemplo, está com a vaga na Libertadores via Brasileirão bem encaminhada. Caso seja eliminado na quarta, vai seguir firme nos pontos corridos e provavelmente vai terminar em segundo, classificando-se diretamente para a fase de grupos do torneio continental.

Outro ponto a favor do meu favoritismo atribuído ao Corinthians é o retorno de Guilherme e Renato Augusto. Embora o ritmo esteja longe do ideal - principalmente o de Renato, que depois de um longo período afastado voltou a jogar neste sábado, contra o Criciúma (jogou 45 minutos) - o ganho técnico com a presença deles é inegável. Em contrapartida, pelo menos para a partida contra o Tricolor, Cássio é desfalque. Um desfalque que, sem exagero, faz a diferença. Ainda assim, não somente em relação ao confronto das quartas de final, mas sim quanto à Copa do Brasil como um todo, por causa dos motivos aqui citados, apostaria no Corinthians. Claro, se vai ser campeão ou não, são outros quinhentos, pois estamos falando de futebol.

sexta-feira, outubro 18, 2013

O que esperar da Bósnia?

A Bósnia e Herzegovina terminou com o quarto melhor ataque na classificação geral das Eliminatórias Europeias com 30 gols (vídeo). Ficou atrás apenas de Alemanha, Holanda e Inglaterra. Dzeko (10 gols) e Ibisevic (8) foram os artilheiros do time. O atacante do City, inclusive, foi o vice-goleador geral, atrás somente de van Persie (11).

Coutinho é o cara

A Seleção pode vencer os setes jogos e se tornar hexacampeã sem um banco para Oscar. Não é o banco do Oscar que vai decidir a Copa a favor ou contra o Brasil. Ou vai? A verdade é que hoje Oscar não tem um reserva imediato, e se Felipão julgar necessário ter outro meia no elenco, há cerca de três ou quatro nomes.

Segundo a enquete do blog, esse cara chama-se Phillipe Coutinho. Com 60% dos votos, ele desbancou Ganso (20%), Willian (13%) e Everton Ribeiro (7%). A opção Outro não recebeu nenhum voto.



Particularmente vejo em Willian, do Chelsea, um jogador de beirada de campo. Ainda assim coloquei entre as alternativas porque ele pode render bem pela faixa central. O próprio Coutinho, no Liverpool, tem jogado à esquerda. No entanto, sem dúvida, poderia trabalhar pelo meio do 4-2-3-1 verde e amarelo. O mesmo ocorre com Everton Ribeiro. Atua à direita do flexível 4-2-3-1 do Cruzeiro, mas prefere a faixa central. Já Ganso, esse sim, joga centralizado no São Paulo. O que pode pesar contra Ganso nessa hipotética disputa, porém, é o fato dele não ser tão versátil como os outros três, "só" joga por dentro, não por fora (se bem que a questão aqui é justamente um meia central, né?).

O Brasil pode levantar a Copa no Maracanã sem um banco para Oscar. O plano B (4-3-3 com Ramires e Paulinho alinhados, sem Oscar) está bem ensaiado. Entretanto, caso Felipão julgue que seja pertinente (eu julgo) ter outro jogador para cumprir a função de Oscar numa eventual suspensão ou lesão, sem precisar mexer na estrutura da equipe, segundo a enquete do blog, esse cara se chama Coutinho.

quinta-feira, outubro 17, 2013

Imagina na Copa

Dona do melhor ataque na classificação geral das Eliminatórias Europeias, a invicta Alemanha marcou 36 gols (vídeo) em 10 jogos (9 vitórias e 1 empate). Özil foi o artilheiro com 8 gols em 10 jogos, seguido de Reus (5 tentos em 6 partidas) e quatro jogadores com 4 gols cada: Schürrle, Götze, Klose e Müller.



O esquema tático base é o 4-2-3-1, mas existem algumas variações, como o 4-1-4-1. Contra a Irlanda, na penúltima rodada, por exemplo, Khedira atuou centralizado, com Kroos e Schweinsteiger lado a lado por dentro, e Müller e Schürrle por fora, pelas beiradas, além de Özil na frente, vá lá, como falso nove (embora, na posse da bola, trabalhasse como meia que é).

Seja como for, seja com quem for, independente do esquema adotado e das peças escolhidas para compor o chamado XI ideal, a Alemanha chega ao Brasil no ano que vem como uma das três principais favoritas ao título.

quarta-feira, outubro 16, 2013

Imagina na Copa

Cabeça de chave em 2014, a Bélgica terminou o Grupo A das Eliminatórias Europeias com 8 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota. Marcou 18 gols (vídeo) e sofreu 4. Kevin De Bruyne foi o artilheiro com 4 tentos em 10 partidas. Depois dele, cinco jogadores com 2 gols: Lukaku, Mirallas, Kompany, Hazard e Benteke.



Lembre-se que Lukaku (Everton), Mirallas (Everton), Kompany (City), Hazard (Chelsea), Benteke (Aston Villa), Mignolet (Liverpool), Courtois (Atlético), Alderweireld (Atlético), Vermaelen (Arsenal), Witsel (Zenit), Fellaini (United), Vertonghen (Tottenham), Dembélé (Tottenham), são titulares, peças importantes em seus clubes. Isso sem falar em Chadli (Tottenham), Defour (Porto), Van Buyten (Bayern), Mertens (Napoli)...

Quanto à análise tática, passo a bola para Eduardo Cecconi.

terça-feira, outubro 15, 2013

Três pontos sobre o 3º uniforme

Primeiro ponto: deve ser lançado na pré-temporada e utilizado ao longo de toda temporada. Não pode ser abandonado porque "deu azar" ou porque não vendeu o esperado entre a torcida.

Segundo ponto: deve ser utilizado apenas em partidas como visitante, e quando necessário. Porque às vezes é desnecessário. Quando o uniforme do mandante não interfere na configuração do seu uniforme titular, não é preciso usar o terceiro.

Terceiro e último ponto: o terceiro uniforme deve ter cores distintas do primeiro, de preferência com a camisa, o calção e o meião no mesmo tom. Porque dessa maneira você praticamente nunca vai precisar mexer no conjunto e vai evitar ter de usar numa eventualidade o calção do primeiro com a camisa do segundo ou do terceiro; ou o meião do terceiro com a camisa do primeiro e o calção do segundo; e por aí vai.

Só para ficar no exemplo mais recente, o Flamengo lançou nesta terça-feira seu terceiro uniforme (veja aqui), às vésperas da 29ª rodada do Brasileirão. Erro um. O erro dois foi optar pelo preto predominante. Pois quando o Flamengo for jogar, por exemplo, contra o Atlético-PR, em Curitiba, não poderá usar nem o primeiro, nem o terceiro uniforme. Terá de misturar as peças (provavelmente camisa e calção brancos e meias pretas ou rubronegras). Já o erro três é utilizá-lo nos confrontos do Maracanã, como em sua estreia contra o Bahia, nesta quarta-feira.

A sombra de Hulk e Oscar

Felipão tem dois esquemas, o titular e o reserva. O titular é o 4-2-3-1, com Oscar em campo, pela faixa central. E o reserva é o 4-3-3, sem Oscar. Na Copa das Confederações foi assim. No segundo tempo dos jogos, quando Oscar era substituído por Hernanes, o time trocava o 4-2-3-1 pelo 4-3-3 (Hernanes e Paulinho alinhados nas meias, além dos pontas e do nove). É assim até hoje, e deve ser assim durante a Copa do Mundo. No lugar de Hernanes, porém, entra Ramires.

Na verdade a briga de Ramires não é com Hernanes. No que diz respeito ao XI inicial, é com Oscar e Hulk. Porque dependendo do adversário e da estratégia traçada, se quiser priorizar o contra ataque, Felipão pode abrir mão de Oscar e jogar com Ramires e Paulinho no 4-3-3 (variação 4-1-4-1). Agora, se quiser ditar o ritmo, cadenciar o jogo e trabalhar a posse no campo ofensivo, é Oscar e mais dez, no 4-2-3-1. E no 4-2-3-1, obrigatoriamente com Oscar pela faixa central, quem pode pagar o pato, quem pode perder o posto para Ramires, é Hulk.

Ou seja: no 4-2-3-1, do meio pra frente, a equipe deve contar com Luiz Gustavo, Paulinho, Hulk (Ramires), Oscar, Neymar e o centroavante. Já no 4-3-3, a estrutura tática reserva, sem Oscar, do meio pra frente o time deve ter Luiz Gustavo centralizado, Ramires e Paulinho lado a lado, Hulk e Neymar nas pontas, mais o nove (Jô, Diego Costa, Fred, não sei). Particularmente prefiro o esquema titular, com Oscar em campo e o atacante do Zenit na beirada. No entanto entendo que, por uma série de fatores, o camisa 7 do Chelsea corre a passos largos para vencer essa disputa com Hulk pela ponta direita. Quanto ao plano B (4-3-3 sem Oscar), creio que deve continuar como plano B e entrar em cena somente na segunda etapa, dependendo do contexto e do placar da partida.

segunda-feira, outubro 14, 2013

Ramires corre por fora

Hulk ou Lucas. Até outro dia essas eram as opções para a ponta direita. Aos poucos, Bernard mostrou que não é apenas o reserva do Neymar, também é alternativa para a extrema direita. Agora, depois do amistoso contra a Coreia do Sul no último sábado, abriu-se uma nova possibilidade: Ramires.



"Qual a melhor opção para a ponta direita?" Essa foi a mais enquete recente do blog, e o vencedor foi Hulk (42%), resultado com o qual eu concordo. Apesar da seca de gols na Seleção (só na Seleção, porque no Russo 2013/14 ele tem 6 gols em 7 jogos), concordo porque Hulk é mais atacante que os demais, além de ser canhoto e mais forte fisicamente. Em segundo lugar ficou Bernard, com 33%, seguido de Lucas (17%) e da opção Outro (8%).

Hoje me parece que o titular é Hulk, mas o Outro, quarto colocado na enquete, corre por fora a passos largos para ultrapassar Bernard e Lucas na preferência, e ameaçar o suposto dono da posição - desde que o Outro se chame Ramires. Aliás, quando Mano foi apunhalado nas costas por Marin e Felipão foi anunciado, cogitei um time com Ramires à direita (veja a prancheta).

Como disse, prefiro Hulk por ali. Mas a escolha pelo camisa 7 do Chelsea faria todo sentido, entre outros motivos, para manter Paulinho e Oscar no XI. Porque partindo do princípio de que Luiz Gustavo é titularíssimo, se Ramires não jogar na ponta direita, abre-se uma briga entre ele, Paulinho e Oscar por duas vagas no meio campo. Ou seja: para colocar Ramires na equipe sem mexer no miolo da meia cancha (Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar), Hulk pagaria o pato.

segunda-feira, outubro 07, 2013

E aí, Carlo?

Tá no Marca: CR7, Benzema e mais nove. O levantamento feito pelo site espanhol mostra que o português e o francês foram os únicos jogadores titulares em todas as partidas da temporada (8 pela Liga Espanhola e 2 pela Champions). Modric, Di María e Isco também participaram dos 10 jogos, porém num aqui, noutro ali, vindo do banco de reservas. Presentes no XI inicial de fato desde sempre, só Cristiano Ronaldo e Benzema.



É questão de tempo, mas Bale será titular. Se machucou esses dias, perdeu umas rodadas, mas cedo ou tarde - ainda em 2013, penso eu - conquistará sua vaguinha no XI merengue. Para isso, no entanto, alguém terá de sair. E segundo o resultado da enquete aqui do blog, esse alguém se chama Karim. "Quem deve sair para Bale entrar no time titular?" Benzema obteve 70% dos votos, enquanto Di María ficou com 21% e a alternativa 'Outro' somou 9%.

Concordo com o resultado, pelo seguinte: no 4-4-2 em linha adotado por Ancelotti (veja na prancheta), Di María é necessário. Por que mais se cogite o 4-2-3-1 dos tempos de Mourinho, em tese não funcionaria porque sua peça-chave foi vendida (Mesut Özil). Na verdade não há regra, né. Pode ou poderia ser que o 4-2-3-1 desse certo sem Özil. Ainda assim, o 4-4-2 em linha me parece mesmo a opção mais indicada, de preferência com Di María. Pelo seguinte: sem Özil a equipe carece na criação, e essa carência é suprida com Di María em campo. Não é suprida à altura, eu sei, mas ao menos é distribuída entre ele, Isco, Modric...

Portanto, partindo do princípio de que, pelo menos até Alonso voltar, na dupla de volantes não se mexe (Khedira e Modric), e Di María e Isco são wingers fundamentais para o desenvolvimento do jogo blanco, restaria apenas uma vaga para Bale: a de Benzema. Restaria também saber como o galês se sairia atuando mais adiantado (particularmente creio que daria certo porque tanto ele quanto Cristiano Ronaldo são exímios finalizadores, entre outros fatores). Mas como citou o Marca, Karim Benzema foi titular em todas as partidas oficiais da temporada 2013/14. Logo, enquanto não rolar uma sequência com "todos" os atletas à disposição, não saberemos se Carlo Ancelotti concorda ou não com o resultado da enquete. Resta-nos aguardar.

Leitura de jogo

Adotei a mesma linha do chileno La Cuarta: Messi who?

Lembre-se que nessa partida contra o Valladolid, no último sábado, pela 8ª rodada da Liga (4 a 1 Barça), o gênio argentino não jogou, e Neymar e Alexis deitaram e rolaram.



Na Fan Page, no entanto, fiz questão de deixar claro que estava brincando, pois sei que muitos não sabem interpretar certas ironias. Pois, natural e obviamente, Messi é melhor que Neymar, que Alexis, que Iniesta, que Cristiano Ronaldo, que Ibrahimovic, que Ribéry, que Falcao, que Suárez, que van Persie...

domingo, outubro 06, 2013

Brasil, um mar de piscineiros

O futebol é reflexo da sociedade, até mesmo inconscientemente. Na vitória por 3 a 2 do São Paulo sobre o Vitória, neste sábado, por exemplo, Luis Fabiano machucou a cabeça e usou uma touca de natação para segurar o curativo. Mas como você sabe, isso não é exclusividade do clube do Morumbi. É um método disseminado pelo Brasil, e até onde sei, só pelo Brasil.



O futebol reflete o inconsciente coletivo e esse hábito brasileiro ajuda essa tese. Pois, até onde sei, só no Brasil o jogador que machuca a cabeça usa uma touca de natação dentro do campo. Só no Brasil, onde o jogador tem no DNA a cultura de cavar faltas e simular jogadas. Logo no Brasil, onde o jogador faz jus à fama de cai-cai. Fama, por sinal, que o acompanha pelo mundo, que atravessa o oceano atlântico e desembarca na Europa, onde esse tipo de comportamento é repudiado.

Na Inglaterra, por exemplo, essa atitude é chamada de diving. Lá, jogador que se joga é chamado de diver (mergulhador). E na Espanha, o termo adotado é piscinero. Mas como você sabe, por ironia do destino ou do inconsciente, é no Brasil que os verdadeiros divers, os legítimos piscineros, nadam de braçada, com direito a touca de natação e tudo mais.

sexta-feira, outubro 04, 2013

A indefinição de Dunga

Vamos lá, de cabeça, sem recorrer aos sites: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Lucas Silva; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Willian e Borges. Dida; Pará, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles; Ramiro, Souza, Riveros e Vargas; Kleber e Barcos. Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; João Paulo, Deivid, Everton e Paulo Baier; Marcelo e Ederson. Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória e... Júlio César tá machucado, né? Me fugiu o nome do lateral-esquerdo. Mas enfim: Gabriel, Marcelo Mattos; Lodeiro, Seedorf, Rafael Marques e Elias.

Ninguém é imune a lesões, suspensões e convocações (casos de Jefferson, Dedé, Vargas). E dentro dos jogos existem variações táticas, claro. Mas na medida do possível, em regra, estes são os times e os esquemas titulares dos membros do G4 (Cruzeiro e Botafogo jogam no 4-2-3-1, Atlético-PR no 4-4-2 em losango e o Grêmio, após uma longa sequência de partidas no 3-5-2, tem atuado no 4-4-2 em linha). Pergunte ao botafoguense mais antenado, ao gremista, ao atleticano ou ao cruzeirense e ele vai te cantar o goleiro ao ponta-esquerda.

Cito os membros do G4 porque eles estão em evidência, porém não são os únicos, ainda bem. Outras equipes, provavelmente a maioria, também têm o XI (peças e sistema) definido. Até por questões físicas e técnicas, e emocionais, uns rendendo mais, outros menos, mas na medida do possível, com o XI definido. Pergunte ao torcedor ou ao comentarista mais informado e ele te dirá. Só não seja maldoso e não pergunte ao torcedor do Internacional, pois passadas 25 rodadas, ele ainda não tem um time titular para chamar de seu. Por quê? Pergunte a Dunga.

quarta-feira, outubro 02, 2013

Di María

De letra.

Bayern 2013/14, a evolução

Em time que está ganhando se mexe, e a prova viva disso é o Bayern. Se vai conquistar a tríplice coroa novamente, não sei. Só sei que já é possível afirmar que a equipe tem a cara de Guardiola. Se essa cara é mais bonita ou mais feia do que a anterior, são outros quinhentos. O fato, porém, é que o supercampeão alemão mudou.



Particularmente, penso que mudou para melhor. Esse estilo de retenção da bola, de troca de passes curtos, de compactação, de marcação lá em cima, me agrada. Contudo esse Bayern, que nesta quarta-feira deu um banho no City (confira a prancheta), consegue aliar a proposta de jogo daquele Barcelona de Pep à força do Bayern de Heynckes. Muita posse, muitos passes e muitas finalizações (várias de fora da área, inclusive, algo não tão recorrente naquele Barça).

Se o Bayern de Guardiola vai conquistar a tríplice coroa ou não, não sei. Só sei que, na minha visão, o futebol exibido nessa temporada é superior ao apresentado na passada. Tudo bem, a temporada não chegou nem na metade, é verdade. Entretanto, sem querer comparar, mas já comparando (mal comparando), o Bayern 2013/14 é uma mistura do Barcelona 2010/11 com o Bayern 2012/13. Ou seja, um senhor time! Sem dúvida, o time a ser batido.

domingo, setembro 29, 2013

Feliz 2014, Cruzeiro!

Que futebol é uma das coisas mais imprevisíveis do mundo, todos sabemos. Principalmente quando se trata de um torneio mata-mata. Quando o regulamento é de pontos corridos, no entanto, na medida do possível, é mais "fácil" brincar de Mãe Dináh. Não no que diz respeito ao jogo em si, aos 90 minutos, claro, mas sim no que se refere ao certame como um todo - baseado numa série de fatores.



Antes do Brasileirão começar, não li, vi, nem ouvi ninguém citar o Cruzeiro como candidato ao título. Antes do Brasileirão começar, de fato, o Cruzeiro era uma incógnita, já que estadual não é parâmetro (para o bem ou para o mal), e que o treinador era novo, assim como vários atletas (novo no sentido de ser a primeira temporada no clube mineiro). Cinco rodadas após ter iniciado, porém, o campeonato parou para a Copa das Confederações, e Marcelo Oliveira teve tempo para treinar e conhecer melhor o elenco. Aliás, ninguém aproveitou tanto a parada para a Confederações quanto o Cruzeiro.

Quando digo que é mais "fácil" (repare nas aspas) prever o torneio de pontos corridos, baseado numa série de fatores, entre eles estão o plantel, a comissão técnica, o entrosamento e o comprometimento da equipe, o fator casa, e claro, a concorrência. Às vésperas da 10ª rodada, em especial influenciado pela força dos elencos, assumi três favoritos ao título: Cruzeiro, Inter e Corinthians. O tempo mostrou, entretanto, que Corinthians e Inter não brigariam até o fim pelo caneco. Em contrapartida, com o passar do tempo, justa e merecidamente, o Cruzeiro ficou definido como candidato único. Entre outros motivos, por não ter um ou mais concorrentes à altura.

Por isso, por essas e outras, pela qualidade do elenco (o melhor do Brasil), pela capacidade do treinador (logo será considerado o melhor do Brasil), pelo entrosamento do time (talvez o melhor do Brasil), pela força no Mineirão (e também fora de casa), pela ausência na Copa do Brasil (mais tempo para treinar e descansar), e principalmente pela falta de concorrência, não tenho receio em desejar ao Cruzeiro, a 14 rodadas do final, às vésperas de outubro, um feliz 2014.

terça-feira, setembro 24, 2013

No mundo ideal...

No mundo ideal o campeonato para em data FIFA. Quando tem jogo da Seleção o Brasileirão para, as séries A e B param, para que os poucos porém existentes times que tenham jogadores selecionados não sejam desfalcados e prejudicados.

No mundo ideal a Copa do Brasil, a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-Americana são disputadas não em um, mas sim em dois semestres, paralelamente, ao longo de toda temporada, como ocorre com a Champions League, a Liga Europa e as respectivas copas nacionais, por exemplo.

Os estaduais têm menos datas no mundo ideal, com formatos sensatos, que compreendem e atendem as diferentes demandas e necessidades dos diferentes clubes de diferentes tamanhos. No mundo ideal, por exemplo, o Corinthians não joga, na "primeira fase" do Paulistão, o mesmo número de partidas (dezenove!) que o Linense ou o Penapolense.

E para fechar a janela, ou ao menos para adequá-la ao mercado de transferências, no mundo ideal o calendário do futebol brasileiro corre simultaneamente ao calendário da Europa e de vários outros países do planeta bola.

sábado, setembro 21, 2013

Ou um, ou outro

Por mais que tentem vender a ideia de que Mourinho pegou Mata para Cristo, eu não compro. É questão de campo e bola. O espanhol não figura no time titular por uma questão primeiramente tática (depois técnica). Porque no esquema favorito do treinador português (4-2-3-1) há espaço para um meia apenas, e esse meia é brasileiro e veste a camisa 11.



Não há regra. A linha de três do 4-2-3-1 pode ser composta de diversas maneiras. Pode-se jogar com caras mais armadores por um dos lados, pelos dois lados, pelo centro... Depende das convicções do técnico, da proposta de jogo que ele pretende adotar e das alternativas que o elenco oferece. Di Matteo e Rafa Benítez cansaram de escalar Mata ou Oscar pela beirada, por exemplo. Mas no caso de Mourinho me parece evidente a preferência por dois atletas mais atacantes pelas extremas e um pé pensante pelo meio. Não à toa Kaká era banco no Real Madrid, que tinha dois jogadores mais agudos pelas pontas (Di María e Cristiano Ronaldo) e um meia cerebral (Özil). Sem querer comparar mas já comparando, Kaká perdeu a posição para Özil assim como Mata está perdendo para Oscar.

Para cumprir esse papel Oscar é melhor que Mata? Para assumir a faixa central desse 4-2-3-1, Oscar é a peça mais indicada? Na minha opinião, é. Pensando não somente no hoje, mas também no decorrer da temporada e nas próximas temporadas, Oscar vale mais a pena - com e sem a bola, individual e coletivamente. Ou seja: além de tática (no sentido de restrição ao posicionamento), é uma mudança técnica, já que Mourinho, assim como eu, entende que Oscar, nessa função, pode ser mais produtivo à equipe que Mata.

terça-feira, setembro 17, 2013

Primeiro passo pela décima

Di María ou Benzema? Benzema ou Di María? Em tese um deles deve sair para Bale entrar. Antes de entrarmos no campo da especulação, entretanto, fica o registro da vitória por 6 a 1 sobre o Galatasaray, em plena Turquia, pela primeira rodada da fase de grupos da Champions League. Domínio total do Real Madrid, que nasceu a partir da mudança tática feita por Carlo Ancelotti.

Nos primeiros dez, quinze minutos, os visitantes se distribuíram no 4-2-3-1 com Isco pela faixa central e Di María e Cristiano Ronaldo pelas pontas. Porém sem a peça-chave dessa engrenagem, sem o pé pensante desse esquema (Özil), os merengues não conseguiram jogar e foram dominados pelos donos da casa. O camisa 23 estava em desvantagem no duelo com Felipe Melo, CR7 estava isolado no canto, e o time praticamente só se defendeu. Quando Ancelotti mudou para o 4-4-2 em linha, no entanto, tudo mudou (estrutura adotada por ele no PSG na temporada passada, aliás).



Já com Diego López no lugar de Casillas, que sentiu a costela e foi substituído, o Madrid cresceu muito de produção. Com Di María à direita e Isco à esquerda, acertou a marcação e passou a controlar o jogo e a posse de bola, sem abdicar dos letais contra golpes. Dessa maneira, com CR7 fazendo a dupla de ataque com Benzema, los blancos deitaram, rolaram e construíram esse placar assombroso. O Galatasaray, coitado, nada pôde fazer.

Com 3 a 0 de vantagem, no segundo tempo, Bale entrou na vaga de Isco. O 4-4-2 foi mantido, com o galês na extrema direita e o argentino invertido, na extrema esquerda (ambos canhotos, diga-se). E foi a partir dessa alteração, a partir da entrada do jogador mais caro da história, que comecei a me perguntar: Di María ou Benzema? Quem vai sair para Bale entrar? Nesta terça-feira saiu Isco, claro. Mas até onde eu sei o espanhol é titular absoluto. Ou seja: vai sobrar para Di María ou Benzema.

No primeiro momento é normal pensar que sai Di María. Em princípio é natural pensar em Bale, Modric, Khedira e Isco na linha de quatro, mais Cristiano Ronaldo e Benzema na frente. Contudo, sem Özil, talvez seja interessante ter Di María entre os onze. Não se trata dum 10 clássico (Isco também não), mas tem visão de jogo e qualidade no passe para eventualmente assumir o papel de criação, papel que até ontem pertencia a Mesut. Logo, talvez a melhor alternativa seja Di María, Modric, Khedira (Alonso, quando voltar) e Isco na linha de quatro, mais CR7 e Bale (dois exímios finalizadores) no ataque, e Benzema no banco. Só não sei se Ancelotti vai abrir mão do seu camisa 9, do único centroavante de peso do elenco. A conferir. Seja como for, estreia imponente do Real Madrid em busca da décima.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Alex e mais dez

Qual o time titular do Internacional? Pois é. Não sabemos. Nem Dunga sabe. E isso é um defeito gravíssimo e inadmissível, pois 20 rodadas já se passaram. No entanto, só sei que, por mim, Alex deveria estar no onze inicial. Na vaga de quem? Ah, precisaríamos de outro post para isso, não vem ao caso agora (podemos discutir nos comentários).



Tem se falado que Alex não tem rendido bem quando entra. Mas também, entra sempre no segundo tempo, quando o roteiro da partida já está praticamente decidido. Tem se falado também que ele não está 100% fisicamente, sem ritmo de jogo. Mas também, sem sequência não se adquire preparo, ritmo, tampouco confiança. Isso sim vem ao caso. Porque enquanto Dunga mantiver Alex no banco, ele jamais entrará na ponta dos cascos.

Não estou pedindo que Dunga dê a Alex o papel de protagonista da equipe. Esse pertence a D’Alessandro, justa e indiscutivelmente. Contudo, o camisa 12 não pode ser o 12º jogador do elenco. Tem de estar no onze inicial para, como disse, entrar na ponta dos cascos. Aliás, o onze inicial tem de ser definido para ontem. Porque sem definição não há entrosamento, e sem entrosamento não há sequer vaga na Libertadores 2014.

Quem me acompanha pelo Twitter sabe que desde sempre tenho dito que o treinador do Inter não está à altura de seu plantel, e esse é o principal defeito do Colorado. Ainda assim, independente do técnico, acima de tudo, é preciso definir o time titular. Claro, há lesões, suspensões e até mesmo convocações (Forlán). Apesar disso, a estrutura do XI tem de ser formada com urgência, até pela qualidade técnica e pela experiência, de preferência, com Alex nela.

domingo, setembro 08, 2013

Tempo e espaço a favor de Walter?

"O sucesso de Pet no Flamengo não é reflexo do baixo nivelamento, na minha opinião. Claro que o filé está na Europa. Mas isso não significa que aqui só tenha osso duro.

Veteranos como o sérvio, de alta qualidade técnica, brilham no Brasil, a meu ver, porque por aqui o jogo é mais lento. Aqui há mais espaço e mais tempo para pensar. Na Europa, pelo fato dos times serem mais compactados, mais ajustados, mais agrupados, o campo fica menor e a marcação é constante. Mal comparando, entendo que o futebol brasileiro de hoje seja um futebol dos anos 50/60, perto do dinâmico e moderno futebol praticado no Velho Mundo.

Em resumo, se derem tempo e espaço aos craques, arquitetos da bola, as jogadas serão construídas. Por isso, penso eu, Petkovic tem jogado o que tem jogado."

O talento do centroavante do Goiás é inegável. A exemplo do seu excesso de peso. Por isso esse post sobre Petkovic, publicado em outubro de 2009, ajuda a explicar por que votei "sim" na enquete O sucesso de Walter dentro de campo é reflexo da lentidão e do excesso de espaços do futebol brasileiro? Eu e 48%, enquanto a maioria (52%) votou "não".

sexta-feira, setembro 06, 2013

Celebre o centenário

O futebol foi inventado na Inglaterra e reinventado no Brasil graças a jogadores como Leônidas da Silva.



Partes 2, 3 e 4.

quarta-feira, setembro 04, 2013

Para refletir

Não quero tirar os méritos do Atlético-PR. Longe de mim. Palmas para a comissão técnica, que desde que assumiu está invicta (8 vitórias e 3 empates), e palmas para os jogadores, que têm mostrado seu talento e seu valor dentro de campo (além da torcida, que tem lotado a Vila Capanema).

No entanto confesso que tenho me feito uma pergunta ultimamente, e ainda não achei a resposta: até que ponto ter jogado o Campeonato Paranaense com o sub-23 tem pesado nessa brilhante campanha do Furacão?

Eu sei, tem atletas sub-23 na equipe de cima do Atlético. E é evidente que ao longo da temporada vários treinadores pouparam vários titulares aqui e ali, por vários motivos. Contudo, repare no número de partidas feitas até aqui pelos cinco primeiros colocados do Brasileirão, com seus times ditos principais, no ano de 2013.



Veja bem, não pretendo tirar uma conclusão definitiva com essa comparação. Seria precipitado afirmar isso ou aquilo. Trata-se de apenas uma temporada (que ainda não acabou), de uma amostra irrelevante para qualquer tentativa de comprovação. E antes de qualquer tipo de acusação, obviamente não estou defendendo a extinção dos estaduais nesse post.

Sempre lembrando dos méritos do Atlético dentro das quatro linhas, porém, apenas penso que cabe uma reflexão a respeito do nosso calendário, a respeito da nossa pré-temporada, a respeito do inchaço dos estaduais, a respeito das datas FIFA... Enfim, em respeito ao glorioso futebol brasileiro, cabe uma reflexão.

Qual o melhor elenco da Europa?

Tire você a conclusão.



PS: Real Madrid, Bayern, Barcelona e Manchester City foram os únicos votados na enquete do blog, sobre o melhor plantel do Velho Mundo. Manchester United, Chelsea, Juventus, PSG e a alternativa "outro" não foram selecionados. Por isso deixei eles de fora desse post.

domingo, setembro 01, 2013

Possível Real Madrid com Bale

Costumo dizer que Gareth Bale é o Cristiano Ronaldo canhoto. Estilos bastante semelhantes. O vigor físico, as arrancadas, as finalizações, o jeito de bater na bola e até as cobranças de falta são parecidas. O galês só não é tão decisivo no cabeceio quanto o português, mas de fato existem muitas similaridades entre eles.

Se Ancelotti mantiver o esquema com três atacantes, as pontas devem ser ocupadas pelos dois jogadores mais caros da história. Pontas de pés invertidos (destro à esquerda e canhoto à direita) que tendem a cortar para dentro e arrematar (movimentação que abre o corredor para a subida dos laterais). Soma-se a eles na referência do ataque, no 4-3-3, o francês Benzema.



Confesso que quando pintou o papo de Bale no Real Madrid pensei de bate-pronto num 4-4-2 em linha, com Bale e CR7 no ataque, Özil, Modric, Alonso e Isco alinhados na meia cancha, e Benzema no banco. Mas aos poucos me convenci de que dificilmente Ancelotti jogará sem centroavante. Pode ser que essa formação (4-4-2 linha) seja utilizada eventualmente. Em regra, porém, imagino uma estrutura com dois extremos mais o nove, além de Alonso, Modric e Isco no meio.

Eu sei, Alonso está machucado. Essa previsão considera o onze para a temporada. Logo, até Xabi voltar (faltam uns dois meses) a cabeça de área deve ser disputada por Casemiro e Illarramendi. A princípio o brasileiro larga na frente, mas Khedira também pode fazer esse papel de primeiro volante, a exemplo de Modric. Se Modric atuar por ali, por exemplo, Özil pode ser o meia-direita e Isco o meia-esquerda do 4-3-3.

Outra opção (talvez a mais provável) é o 4-2-3-1 com Bale, Isco e CR7 na linha de três, Benzema na referência e Modric segundo volante. Na verdade, em relação à prancheta acima, muda-se apenas a formatação do meio campo. Se Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo formarem mesmo o trio avançado, eis a variação que pode acontecer no setor: Alonso e Modric lado a lado, com Isco centralizado mais à frente (4-2-3-1), ou Alonso centralizado, com Modric e Isco lado a lado mais à frente (4-3-3). Seja como for, independente do esquema tático padrão adotado, Ancelotti tem em mãos talvez o melhor elenco da Europa, capacitado para ganhar os títulos da Liga e da Champions.

Florentino, o megalomaníaco

Das dez contratações mais caras da história, cinco foram feitas pelo Real Madrid de Florentino Pérez (quatro delas no Top 5).

Outro detalhe importante: das dez contratações mais caras da história, quatro foram feitas nessa janela (Bale, Cavani, Falcao e Neymar).



Fonte do valor de Bale: Marca.

Em tempo: outras fontes falam em € 100 milhões.

terça-feira, agosto 27, 2013

A realidade alvinegra

Esse é do ramo. Foi o que pensei quando vi Vitinho em ação pelas primeiras vezes. Velocidade e drible de nascença. Características típicas do ponteiro do chamado futebol moderno. Destro, em regra atuando pela beirada esquerda do 4-2-3-1 de Oswaldo de Oliveira, foi pela velocidade e pelos dribles em velocidade que ele se destacou.

No início do Campeonato Brasileiro Vitinho pecava em alguns fundamentos. Erros de passe e finalizações bisonhas não eram raros, ocorriam com frequência. É verdade que jovens dessa idade oscilam. Tem isso. Porém o passe e o arremate dele não estavam à altura de suas arrancadas e seus driles. Rodada a após rodada, jogo após jogo, no entanto, a evolução foi nítida em ambos aspectos. Os gols e até as assistências começaram a aparecer. Menos individualista e mais coletivo, menos afoito e mais pensativo, Vitinho amadureceu e (aparentemente) passou de promessa à realidade.



Difícil julgar sua decisão. Difícil e injusto. Quem sou eu para julgá-la? Não sei quanto ele ganhava no Botafogo nem quanto vai ganhar no CSKA, não me interessa. Mas parece que no clube russo sua remuneração mensal será não sei quantas vezes maior. Em qualquer atividade profissional o aumento no salário pesa, independente da origem pobre do atleta ou não, independente se ele vem do Complexo do Alemão ou do Leblon. E com Vitinho não é diferente.

Esportivamente, permanecer no Brasil seria o ideal. Vitinho tem apenas 19 anos, muito a evoluir, e nada como o Brasileirão, a Copa do Brasil e a possível Libertadores para ganhar rodagem. Não sei como vai ser sem ele, mas com ele a vaga na Libertadores do ano que vem estava encaminhada. Honestamente não via nem vejo o Botafogo brigando pelo título até a última rodada. Já uma vaga no torneio continental me parece bastante provável (vaga que pode vir também através da Copa do Brasil). Parece ou parecia, né. Porque além da tremenda perda técnica (Seedorf à parte, talvez o melhor do time), a saída de Vitinho pode culminar num baita baque emocional, num desânimo em demasia no elenco (que, lembre-se, não tem recebido em dia).

domingo, agosto 25, 2013

Os dois lados da moeda

Mata, Schürrle, De Bruyne, Moses e Willian. Se nenhum deles for vendido nesses últimos dias de janela, na teoria são cinco candidatos para apenas uma vaga. Cinco candidatos para uma vaga porque se o esquema padrão for mesmo o 4-2-3-1, e se Oscar e Hazard forem titulares absolutos (acredito que são, não?), sobra apenas uma das beiradas. Na teoria, porque Mata pode jogar pela faixa central e Oscar pode jogar mais recuado, como segundo volante. Ainda assim, muitas opções para poucas posições, algo que pode gerar descontentamento de parte do elenco.



Willian tem futebol para chegar e ganhar a vaga na bola? Olha, até tem. Sua passagem pelo Shakhtar mostra isso. Sua versatilidade, inclusive, deve ajudá-lo, já que ele pode atuar nas três posições da linha de três. Contudo, embora seja um tremendo futebolista, Willian é, por exemplo, menos goleador que Schürrle. Num 4-2-3-1 onde o centroavante não cumpre seu papel (Torres, Ba), num 4-2-3-1 onde o centroavante não está à altura do resto do time, é ousado e inteligente que pelo menos um dos membros da linha de três seja um artilheiro em potencial. E entre os cinco candidatos citados acima, o alemão larga na frente dos demais nesse quesito.

Não sei quantas vezes mais ele vai ganhar no Chelsea, nem me interessa, porém fico com a impressão de que no Tottenham (e no Liverpool), Willian jogaria mais vezes. Ou melhor: nos Spurs e nos Reds Willian seria titularíssimo, enquanto nos Blues ele vai contar com uma concorrência de peso (algo que pode ser positivo, verdade) e provavelmente participará dum rodízio que pode lhe prejudicar quanto a uma possível convocação para a Copa do Mundo. Okay, independente do clube a chance dele pintar na lista do Felipão 2014 é pequena. Mas sem ser titular em seu clube (se é que não será), a chance diminui.

Em contrapartida, tem o outro lado da moeda: na teoria, no longo prazo, é melhor estar no Chelsea, que está sempre brigando pelo título da Premier League e está sempre participando da Champions, ao contrário de Liverpool e Tottenham, que em regra no máximo disputam uma vaga na Champions (nessa temporada, por exemplo, as equipes treinadas por Rodgers e Villas Boas participam "somente" da Liga Europa). Sem dúvida, isso deve ter pesado na decisão de Willian.