quarta-feira, julho 31, 2013

City atropela Milan em 35 minutos

Navas, Fernandinho, Touré e Silva alinhados no meio campo. Foi assim que o Manchester City enfrentou o Milan, nesta quarta-feira. E foi assim, com Jovetic e Dzeko na frente, que o Manchester City passou o carro no Milan, na largada da Copa Audi.

5 a 0 em 35 minutos. Isso mesmo. Cinco a zero em trinta e cinco minutos, com direito a golaço de Dzeko. Após o atropelamento precoce, naturalmente os citizens tiraram o pé do acelerador, puxaram o freio de mão, e os rossoneros diminuíram para 5 a 3, ainda no primeiro tempo (placar que permaneceu até o fim).



Navas, Fernandinho, Touré e Silva no meio campo foi a previsão que fiz esses dias aqui no blog. Confesso minha predileção por wingers de pés opostos (destro à esquerda, canhoto à direita), e quando fiz a prancheta prévia fiquei em dúvida quanto aos lados de Navas e Silva. Mas como Silva terminou 2012/13 fechando o lado esquerdo do gramado sem a pelota, e como Navas em regra rende pela direita, optei pelo 4-4-2 tradicional, que veio a se confirmar no amistoso diante do Milan, e que tem tudo para ser adotado nessa temporada.

Honestamente, me parece a melhor alternativa. Não porque eu imaginei isso lá atrás e agora poderia tirar uma onda, mas sim por dois motivos bastante específicos: primeiro porque o 4-4-2 em linha é o esquema tático mais charmoso e eficiente da história do futebol mundial, e isso não se discute; segundo, porque o (reforçado) elenco do City 2013/14 permite o desenvolvimento dum trabalho satisfatório e vencedor em cima dessa estrutura tipicamente inglesa: as chamadas duas linhas de quatro.

Com todo mundo à disposição, o zagueiro Nastasic deve ser titular, a exemplo dos laterais Zabaleta e Clichy, e claro, a exemplo da estrela da companhia, Kun Agüero. Quanto ao parceiro de ataque do argentino, deve ser Jovetic. Ou seja: Negredo, que custou € 23 milhões, deve ser reserva, sendo que para essa função (banco de atacante) já havia no plantel Dzeko (a não ser que Dzeko queria e irá sair).

domingo, julho 28, 2013

Até onde pode ir o Botafogo?

"Um empate justo", disse Seedorf após o clássico deste domingo, no Maracanã. Concordo. Não tanto pelos gols anulados do Elias (um corretamente, o outro aparentemente não), mas sim pelo futebol exibido pelas duas equipes na segunda etapa. O domínio alvinegro do primeiro tempo (11 a 2 em finalizações) não se repetiu no segundo, e o Flamengo fez por merecer o placar de 1 a 1.

Nos primeiros 45 minutos, ficou evidente a natural superioridade do Botafogo, um time mais entrosado, mais rodado, com mais tempo de trabalho. Com mais conjunto. E com melhores valores individuais em várias posições, vide a chamada linha de três. Como ambos jogam no 4-2-3-1, fica mais fácil e pertinente a comparação: Lodeiro, Seedorf e Vitinho de um lado, Carlos Eduardo, Gabriel e Paulinho do outro. Nome a nome, clara vantagem botafoguense.



Sem dúvida Seedorf é a cereja do bolo, merece um post à parte. Porém outros nomes se destacam nessa campanha, a começar lá de trás, por Jefferson, passando por Dória, pelo volante Gabriel, pelos pontas Lodeiro e Vitinho, até chegar ao subestimado centroavante Rafael Marques, que tem se mostrado mais que um centroavante, com bastante mobilidade e considerável qualidade técnica para um nove. No entanto, apesar dos talentos individuais, o ponto forte do Glorioso é o coletivo. Até me arrisco a dizer que hoje, coletivamente, é o melhor time do campeonato. A questão que me faço, contudo, é: até onde esse time pode ir?

Não vou cair nessa armadilha. Já caí em outros carnavais. Vou me permitir ficar em cima do muro e não responder essa pergunta. Entretanto, apesar dos méritos e dos 17 pontos somados em 9 rodadas (e da terceira colocação na tabela), nas próximas semanas ficará visível qual será o papel do Botafogo no Brasileirão, já que daqui pra frente tem jogo quarta e domingo, quarta e domingo, quarta e domingo... Ou seja: a partir de agora o elenco será altamente exigido (não só o do Botafogo, mas de todos participantes da Série A).

quarta-feira, julho 24, 2013

segunda-feira, julho 22, 2013

sexta-feira, julho 19, 2013

Possível City 2013/14

Outra possibilidade é o 4-2-3-1 (esquema adotado por Pellegrini no Málaga) com Navas, Silva e Agüero na linha de três, mais Jovetic na frente. Ou Negredo.



Só para registro, Fernandinho, Navas, Negredo e Jovetic formam um pacote de € 100 milhões.

quinta-feira, julho 18, 2013

Momento nostalgia

Nessa época, Ganso fazia mais sucesso que Neymar.



Será que nunca mais será o mesmo?

Quem te viu, quem te vê

Já diria Chico Buarque.



Agora me diz: onde Kaká entra nesse time?

Erro cabeludo do Cuca

Contra fatos não há argumentos: Ronaldinho estava mais sumido que o Lula, no jogo contra o Olimpia, nesta quarta-feira. Insatisfeito, Cuca foi macho e o sacou aos 22 minutos do segundo tempo. Não foi inteligente, mas foi macho.



Que a fama do camisa 10 de arregão em decisão faz jus, faz. Porém, apesar da fraca atuação no Defensores del Chaco, entendo que substituí-lo não era o caso, também em função duma possível bola parada, dum possível lançamento para contra atacar, etc. Entretanto, além de técnica, a escolha do comandante alvinegro refletiu e deve estar refletindo emocionalmente, psicologicamente no vestiário. Pois por mais que as declarações oficiais adotem uma linha paz e amor, acredito que a relação entre o treinador e o craque do pedaço tenha balançado, e isso pode refletir em campo (ou não?).

Veja bem: não estou defendendo Ronaldinho no sentido dele ser intocável, insubstituível. Apenas penso que Cuca errou ao tirar da equipe um cara experiente e decisivo (até a página dois, pode ser). Errou, por exemplo, ao abrir mão de uma das armas mais letais do Galo: a bola parada. Cometeu outros erros também, como a alteração do esquema e o reposicionamento bastante questionável de Luan. Verdade. No entanto confesso que, no meu entender, o maior pecado do técnico devoto de Nossa Senhora foi mexer no papa do time.

quarta-feira, julho 17, 2013

Welcome to the Premier League

Confesso que não conheço o queniano Wanyama. Mas a julgar pelo vídeo abaixo, e pelo preço pago ao Celtic pelo Southampton (€ 14 milhões), olho nele.

terça-feira, julho 16, 2013

Possível PSG com Cavani

Engana-se quem pensa que Ibrahimovic é centroavante centroavante. Que Ibrahimovic é "apenas" um fazedor de gols (fez 30 em 34 jogos no Francês 2012/13). Engana-se também quem pensa que ele não pode jogar com Cavani, que não daria samba. Ao contrário do que muitos podem imaginar, o sueco e o uruguaio têm tudo para dar certo, pois se complementam.

Além de serem exímios finalizadores, matadores profissionais natos, ambos sabem jogar com a bola no pé longe dos domínios da área. Sabem dar opção de jogada aos companheiros, cair pelos lados, sabem trabalhar o passe, a posse, sabem abrir e preencher espaços... Enfim, num entrosado 4-4-2, podem dividir as funções meio a meio com maestria (sem falar na estatura avantajada dos dois).

O PSG de Ancelotti jogava no 4-4-2 em linha, e acredito que essa seja a estrutura tática mais indicada para acomodar Cavani. Creio, sem sombra de dúvida, que esse é o sistema ideal para tirar o máximo dessa letal dupla de ataque. Portanto, se Blanc mantiver o esquema que, sim, deu certo com Ancelotti, o time não deve fugir muito dessa prancheta.



Claro, a janela fecha apenas no dia 31 de agosto, tem muita água para rolar, ainda mais se tratando do endinheirado clube francês. Pode ser que o zagueiro Marquinhos troque Roma por Paris. Falou-se também em Hernanes, mas aí mais no campo da especulação. É provável também que algum lateral-esquerdo seja contratado. O fato, porém, é que, baseado no atual elenco, essa me parece a melhor alternativa. Só não sei se com Pastore ou Lavezzi na extrema esquerda (provavelmente Pastore, titular da posição na temporada passada).

Especula-se também que, em função da chegada de Cavani, Ibrahimovic pode sair. Algo que, honestamente, não faz sentido para mim, por dois motivos: primeiro porque Ibra vai para sua segunda temporada no PSG; e segundo, pelos motivos descritos no início desse post (possível parceria mortal com Cavani).

Será esse o time de Blanc? Não sei. Seria maldade da minha parte pensar que ele vai querer colocar mais franceses no onze inicial, pelo fato dele ser francês. Não quero acreditar nisso. Teremos de aguardar. No entanto, uma certeza eu tenho: a dupla Ibra-Cavani vai dar o que falar.



segunda-feira, julho 15, 2013

Melhor nueve ever

Botafogo, passo a passo

Parece mentira, mas no último 1º de abril, Seedorf completou 37 anos. Trinta e sete! Não são os trinta e nove do Zé Roberto, mas ainda assim é bastante coisa para um jogador, quase quarenta. E, ainda assim, mesmo veteraníssimo, o holandês deita e rola no futebol brasileiro. Por quê? Entre outros motivos, porque aqui o tempo e o espaço jogam a favor do craque (leia mais aqui).

No Botafogo, Seedorf é líder em quase todos os sentidos. Líder técnico, líder tático, líder emocional... Só físico que nem tanto, em função de sua idade e de seu estilo de jogo. Mas tem quem corra por ele, por sinal. Vide Vitinho. Destro, em regra na ponta esquerda do 4-2-3-1, o camisa 31 tem na habilidade e na condução da bola em alta velocidade seus pontos fortes - noves fora que finaliza melhor que muito nove por aí.



Do outro lado da linha de três treinada por Oswaldo de Oliveira, encontra-se o canhoto Lodeiro. Essa opção por ponteiros de pés opostos, aliás (canhoto à direita, destro à esquerda), me agrada demais (como faz, por exemplo, Felipão com Hulk e Neymar na Seleção). Além de criar um melhor ângulo para o arremate de média e longa distância, o corte para dentro arrasta o marcador e abre o corredor para o lateral.

Dito isso, outra característica interessante do ataque alvinegro são as opções de jogadas proporcionadas pela mobilidade de Rafael Marques. Dono de relativo bom trato com a bola longe da área, o camisa 20 cai pelos lados com frequência (movimentação que, por exemplo, Ibrahimovic costuma fazer no PSG) para trabalhar com os pontas e até mesmo com os laterais, para confundir a marcação e abrir espaços para a infiltração do meia - no caso, nada menos que Seedorf.

O Botafogo é candidato ao título do Brasileirão 2013? Posso me enganar, mas não creio. Não que o plantel seja fraco, longe disso. Entretanto, em regra, sem elenco não se ganha torneio de pontos corridos. O onze inicial, justiça seja feita, talvez seja o melhor do país nesse momento (desempenho). Atlético-MG à parte, talvez nenhuma equipe esteja jogando tão bem quanto o Botafogo. Talvez. Contudo, quando começar a série quarta e domingo, quarta e domingo de jogos, o cinto vai apertar, e não sei se o banco vai dar conta. É Botafogo de palha, então? Também não creio. Claro que se rolar o caneco, se rolar a faixa de campeão, legal, maneiro. Porém toda reconstrução é feita tijolo a tijolo, e uma vaga na Libertadores 2014 seria um belo passo (vaga que, a meu ver, tem no Botafogo um de seus principais candidatos).

No Twitter. No Facebook.

quinta-feira, julho 11, 2013

Possível São Paulo de Autuori

"Gosto do tradicional 4-4-2, que permite mais variantes, como o 4-2-3-1, que está na moda. Mas, para usar este esquema, tem que ter jogadores com características para isso. Aqui (no Brasil), o 3 é composto por três meias. Não dá. É preciso que dois deles sejam atacantes e o outro um meia, que chega na frente e se aproxima do centroavante." Palavras de Paulo Autuori em entrevista ao Globo, com as quais concordo, mas com ressalvas (leia aqui).

Portanto, para não entrar em contradição e escalar Ganso ou Jadson numa das beiradas do 4-2-3-1 tricolor, pode ser que Autuori implante o 4-4-2 em losango, esquema tático que salvo engano vinha utilizando no Vasco e que pode ser preenchido com maestria pelas peças do elenco do São Paulo. Com Denilson na cabeça de área, Wellington pode funcionar como válvula de arrancada pela direita; Ganso pode trabalhar como principal armador do time à esquerda, com Jadson na ponta de lança, centralizado, atrás da dupla de atacantes, composta pelo centroavante Luis Fabiano (Aloísio) e o segundo atacante Osvaldo.



Ney Franco até tentou jogar com essa estrutura uma vez ou outra, mas por um motivo ou outro, não levou adiante. Em regra jogou no 4-2-3-1 ao longo de toda sua passagem pelo clube do Morumbi (antes, com Lucas, e depois, sem Lucas). Por que Ney não insistiu no 4-4-2 em losango? Não sei. Talvez não tenha o agradado. Ou talvez tenha faltado convicção por parte dele. Aliás, convicção é algo que Autuori terá de ter, pois o quanto antes ele definir o onze titular, para dar sequência e entrosamento a esse onze, melhor.

Paulo Autuori é mais do mesmo? Um pouco. Mas menos que Muricy, pelo menos. Se vai dar certo no São Paulo ou não, só saberemos, sei lá, lá pelo no fim do ano. Mas acho que sim. Trata-se de um cara moderno, atualizado, inteligente. Tem opiniões interessantes (de vida e de futebol) e sabe expressá-las com calma e clareza. Isso sem falar na competência e na experiência. Vai dar certo? Não sei. Mas acredito que sim.

No Twitter. No Facebook.

segunda-feira, julho 08, 2013

Substituto nota dez

Tá no site oficial: contrato de Henrikh Mkhitaryan com o Borussia Dortmund vai até junho de 2017. Fala-se em € 25 milhões pelo meia, meia-atacante de 24 anos. Excelente contratação dos vice-camepões da Europa. O torcedor não vai nem perceber a saída de Götze. Tô exagerando um pouco, mas nem tanto, pois o armeno é mestre em substituir o craque do time.



Foi assim no Shakhtar Donetsk. Chegou e assumiu com autoridade a faixa central do 4-2-3-1 adotado por Mircea Lucescu, lugar deixado por Jadson, ídolo do clube ucraniano (entrou até para a calçada da fama). Substituiu Jadson tão bem que no Campeonato Ucraniano da última temporada, por exemplo, ele foi o artilheiro isolado com 25 gols em 29 jogos (apenas um de pênalti). Mkhitaryan é mais meia-atacante do que meia, tem isso. A comparação com Jadson e sua rodagem não é justa. Com Götze, entretanto, ela se faz mais pertinente e inevitável.

Claro. Götze é Götze, Mkhitaryan é Mkhitaryan. Contudo, tudo indica que o ex-Shakhtar chega para assumir, tática e tecnicamente, a vaga deixada pelo alemão, possivelmente no 4-2-3-1 habitual de Klopp, entre Kuba e Reus, atrás do centroavante (Lewandowski?). Muita água pode rolar, muita gente pode sair e chegar, evidente (apesar da nota do site, que revela que as transferências dessa janela foram finalizadas com Mkhitaryan, Aubameyang e Sokratis). Mas baseado no elenco atual do Dortmund, fica difícil pensar em outra formação.

Em relação ao Shakhtar, deve montar a equipe com Wellington Nem, Fred e Taison na linha de três. Confira na prancheta.

No Twitter. No Facebook.

Dúvida eterna

Se Kroos não tivesse se machucado, Robben teria continuado no banco? Nunca vamos saber. Mas em outras palavras, há males que vêm para o bem - e Heynckes agradece de joelhos no milho até hoje.



No Twitter. No Facebook.

quinta-feira, julho 04, 2013

Possível Real Madrid com Isco

Demorou um pouco, mas Ancelotti acertou o PSG. Depois de umas duas ou três tentativas, o treinador italiano adotou o 4-4-2 em linha no time francês, com Lucas, Matuidi, Verratti (Thiago Motta) e Pastore no meio campo, além de Ibrahimovic e Lavezzi no ataque (relembre aqui, na prancheta).

Tentar prever qual esquema ele irá utilizar no Real Madrid talvez seja muita pretensão. Os caras estão de férias, não houve nenhum treino ainda. Contudo, baseado na contratação de Isco, na permanência de Cristiano Ronaldo e no histórico de Ancelotti em seu último clube, pode-se sim imaginar a equipe blanca da próxima temporada.



A janela está longe de ser fechada, só dia 31 de agosto. Muita coisa pode e deve acontecer. Muita gente pode sair, muita gente pode chegar. Ainda assim, baseado no atual elenco merengue, creio que esse seja o onze inicial ideal. A questão é: distribuído em qual estrutura tática? Pode ser no 4-2-3-1, com Özil, Isco e CR7 na linha de três. Mas acredito que Ancelotti tenha gostado do resultado das duas linhas de quatro obtido no PSG, e entendo que o plantel madridista oferece peças para ele repetir o sistema em 2013/14.

Se assim for, dois ditos titulares da temporada passada perderão seus postos: Khedira e Di María. Há quem diga que eles podem sair, mas enfim. O fato é que, com Alonso e Modric no miolo do meio campo, o time fica em tese equilibrado (um jogador de passe, outro de condução - ambos com arremate de longa distância). Pelas beiradas, wingers que também rendem pela faixa central, porém que cumprem com eficiência o papel pelo flanco, em especial cortando pra dentro (destro Isco à esquerda, canhoto Özil à direita). Quanto à dupla de ataque, se não chegar ninguém para o lugar do Benzema, vai de Benzema mesmo. O que chama a atenção, no entanto, nesse suposto novo time, é o suposto novo posicionamento do camisa 7, mais próximo ao gol, mais próximo ao centroavante, menos crucificado no sentido de acompanhar o lateral adversário.

Como disse, é muito cedo para tentar prever quem serão os titulares de Ancelotti, mais ainda para tentar visualizar qual o esquema que ele irá adotar. Entretanto não custa nada dar uma rascunhada e trocar ideias sobre essa e outras possibilidades.

No Twitter. No Facebook.

quarta-feira, julho 03, 2013

segunda-feira, julho 01, 2013

Copa é com ele

Felipão nasceu pro mata-mata. Não adianta negar sua natureza. Alguns treinadores são assim. O cara é papa-copa e ponto. No Palmeiras, em 2012, por exemplo, tirou Maikon Leite de pedra e foi campeão da Copa do Brasil. Um ano depois, dessa vez com pés de obra altamente qualificados em mãos, a equipe treinada por ele levantou a Copa das Confederações merecida e indiscutivelmente, passando por cima de seleções graúdas.

Não adianta. Alguns treinadores são assim. Tem na motivação, na liderança, no poder de persuasão, na capacidade de fazer com que seus comandados assumam um foco em comum, o seu ponto forte. Claro que Felipão entende de futebol. Contudo não tenho dúvida de que seu diferencial é seu espírito de líder. E esse espírito, aliado aos treinamentos e ao material humano altamente qualificado (como no caso desse elenco verde e amarelo), faz com que seus times cresçam dentro dos torneios mata-mata.



Só espero que ele não cometa o mesmo erro de Dunga, que "fechou o grupo" muito tempo antes da hora. Neymar e Ganso se tornaram casos clássicos dessa precipitação dunguiana. Felipão é rodado, acredito que não cometerá esse erro. Sem querer brincar de vidente, evidente, imagino que alguns nomes têm grandes chances de pintar na lista de 2014, talvez uns três ou quatro novos nomes em relação à lista de 2013.

Um exemplo? Ramires. Outro? Sandro, jogador de uma posição que está longe de ter um dono da Seleção: a de primeiro volante, hoje ocupada por Luiz Toca Pro Lado Gustavo. Sandro é um senhor cabeça-de-área, noves fora que deve formar dupla no Tottenham com Paulinho na próxima temporada. Se voltar bem do longo período de inatividade em função de uma lesão séria, se voltar jogando a bola que estava jogando antes de se machucar, uma das vagas tem tudo para ser dele. Pode favoritar.

Quanto à Espanha, não sei, não. Não digo que se fingiu de morta para comer a bunda do coveiro. Mas gostei da frase do Marco Nunes no Twitter: "A Espanha veio ao Brasil somente para transar." Haha! Até certo ponto, é uma frase pertinente. Por mais que tenha se falado que a Copa das Confederações é o único título que eles não têm, talvez eles não estivessem tão aí quanto muita gente pensa ou pensava que eles estivessem. Talvez vieram a passeio. Vai saber.

O fato é que minha opinião sobre a Roja continua a mesma: é, ao lado da Alemanha e da Argentina, o principal candidato à Copa do Mundo. Tem outra: vale lembrar que Isco deve ser titular no ano que vem. Claro, vale lembrar também que num torneio mata-mata qualquer um pode morrer, e apenas um pode sobreviver. E em matéria de mata-mata, em matéria das chamadas copas, vale lembrar que Felipão é perito.

No Twitter. No Facebook.