sábado, setembro 21, 2013

Ou um, ou outro

Por mais que tentem vender a ideia de que Mourinho pegou Mata para Cristo, eu não compro. É questão de campo e bola. O espanhol não figura no time titular por uma questão primeiramente tática (depois técnica). Porque no esquema favorito do treinador português (4-2-3-1) há espaço para um meia apenas, e esse meia é brasileiro e veste a camisa 11.



Não há regra. A linha de três do 4-2-3-1 pode ser composta de diversas maneiras. Pode-se jogar com caras mais armadores por um dos lados, pelos dois lados, pelo centro... Depende das convicções do técnico, da proposta de jogo que ele pretende adotar e das alternativas que o elenco oferece. Di Matteo e Rafa Benítez cansaram de escalar Mata ou Oscar pela beirada, por exemplo. Mas no caso de Mourinho me parece evidente a preferência por dois atletas mais atacantes pelas extremas e um pé pensante pelo meio. Não à toa Kaká era banco no Real Madrid, que tinha dois jogadores mais agudos pelas pontas (Di María e Cristiano Ronaldo) e um meia cerebral (Özil). Sem querer comparar mas já comparando, Kaká perdeu a posição para Özil assim como Mata está perdendo para Oscar.

Para cumprir esse papel Oscar é melhor que Mata? Para assumir a faixa central desse 4-2-3-1, Oscar é a peça mais indicada? Na minha opinião, é. Pensando não somente no hoje, mas também no decorrer da temporada e nas próximas temporadas, Oscar vale mais a pena - com e sem a bola, individual e coletivamente. Ou seja: além de tática (no sentido de restrição ao posicionamento), é uma mudança técnica, já que Mourinho, assim como eu, entende que Oscar, nessa função, pode ser mais produtivo à equipe que Mata.

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