quinta-feira, outubro 31, 2013

Franck-atirador ou favorito?

Messi e Cristiano Ronaldo são melhores que Ribéry, claro. Ibrahimovic idem. Bale, Suárez e Van Persie também. Mas a julgar pelos dois semestres deste ano, em matéria de desempenho individual e conquistas coletivas (títulos), na minha modesta visão ninguém merece mais a Bola de Ouro 2013 do que o ponta-esquerda do Bayern.

quarta-feira, outubro 30, 2013

Ancelotti próximo do XI ideal?

Isco é mais winger do que meia. Não é tão pé pensante assim para assumir o papel do clássico camisa 10. Rende mais partindo do lado esquerdo do que da faixa central. Por isso não consigo imaginar o Real Madrid 2013/14, por exemplo, no 4-2-3-1 com ele por dentro. Particularmente, aliás, entendo que esse esquema não engrenará/ria nessa temporada porque sua peça-chave foi vendida para o Arsenal.

Talvez a melhor alternativa tática para encaixar o ex-Málaga na equipe foi a apresentada nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, na vitória por 7 a 3 sobre o Sevilla: o 4-3-3. No 4-3-3, Isco trabalha mais próximo ao seu habitat natural – a faixa esquerda – sem que Cristiano Ronaldo seja adiantado ou deslocado mais para o centro. O 4-4-2 até entrou em vigor algumas vezes, como no 6 a 1 em cima do Galatasaray (veja aqui). Eu mesmo jurava que o treinador italiano já tinha definido as duas linhas de quatro como estrutura padrão, vide esse convicto post. Porém, ainda mais com o retorno de Alonso aos gramados, parece-me que esse 4-3-3 está se firmando.



Esse sistema favorece as pequenas sociedades, principalmente pelo lado esquerdo, no caso do Madrid, com Marcelo, Isco e Ronaldo. O entrosamento do brasileiro com o português vem de longa data, e aos poucos o espanhol deve se inserir nesse talentoso triângulo. Para isso, no entanto, é preciso repetir o time, pois sem repetição não se atinge a sintonia. Pelo lado direito, em contrapartida, Bale não tem companheiros à altura (Arbeloa e Khedira). Claro que o galês corta para dentro quase sempre, busca o centroavante, o arremate, o passe para o outro ponta, a jogada individual... Se comparado ao flanco oposto, no entanto, o direito fica em desvantagem. Por essas e outras, Carvajal na lateral direita é a pedida.

Assim como no PSG, demorou um pouco, mas agora parece que Ancelotti está realmente encontrando o chamado XI ideal. Naturalmente, Illarra deve voltar para o banco e Alonso virar o cabeça de área desse 4-3-3. Mas essa é mole, né. O duro é saber onde entra Di María. Pois, CR7 à parte, trata-se do melhor jogador merengue na temporada. O problema é que ele joga na do Bale, e, convenhamos, Bale não será reserva. A versatilidade do argentino, contudo, pode jogar a seu favor, e a solução pode ser a meia direita (dessa maneira Di María jogaria ao lado de Isco, Xabi mais atrás, plantado, Bale e Ronaldo nas pontas, além de Benzema). Será que funcionaria?

O gênio indomável

Maradona completa 53 anos hoje.

terça-feira, outubro 29, 2013

Não vi Pelé, mas vi Ronaldinho

Raríssimos jogadores têm direito a um Top 50 Goals.

A ameaça a Messi

A premiação pela temporada seria mais justa, já que a temporada começa e termina no meio do ano. Mas como você sabe, a Bola de Ouro da FIFA é entregue ao melhor jogador de janeiro a dezembro, e não ao melhor jogador da temporada europeia. Portanto, baseado em 2013 e somente em 2013, eis os 23 indicados: Gareth Bale, Edinson Cavani, Radamel Falcao, Eden Hazard, Zlatan Ibrahimovic, Andrés Iniesta, Philipp Lahm, Robert Lewandowski, Lionel Messi, Thomas Müller, Manuel Neuer, Neymar, Mesut Özil, Andrea Pirlo, Xavi Hernández, Franck Ribéry, Arjen Robben, Cristiano Ronaldo, Luis Suárez, Bastian Schweinsteiger, Thiago Silva, Yaya Touré e Robin van Persie.

Se deixarem, Messi ganha todo ano. Não à toa, justa e merecidamente, o gênio argentino levou as últimas quatro Bolas de Ouro. Sem discussão nem comparação, de longe, trata-se do melhor jogador de futebol do planeta (provavelmente Top 3 da história do esporte). No entanto, pelo ano de 2013, pelo desempenho individual (campo e bola e títulos), entendo que Messi não seja merecedor do quinto prêmio seguido, em especial em função da forte concorrência exercida por... Ribéry.



Isso. Eu votaria no francês. É verdade que ele não fez nem faz tantos gols quanto Messi, CR7 ou Ibrahimovic, por exemplo. Contudo, pelo ano de 2013, no fim das contas, eu votaria nele. Apesar da fase excepcional atravessada por Ibra e dos 7 gols em 3 jogos de Cristiano na Champions 2013/14, não se pode esquecer do que aconteceu no primeiro semestre, tampouco da tríplice coroa conquistada em maio/junho (não se pode fechar os olhos também para o que Ribéry está fazendo sob o comando de Pep Guardiola).

Dessa lista de 23 saem apenas três finalistas, sendo que uma dessas três vagas, por mim, seria do ponta-esquerda do Bayern. Logo, sobrariam duas vagas para, pelo menos na minha cabeça, três candidatos: Messi, Cristiano Ronaldo e Ibrahimovic. Embora outros jogadores são dignos de destaque, como Suárez, Cavani, Özil, Touré e Neymar, é provável que os outros dois nomes saiam da disputa entre Messi, CR7 e Ibra (desde que o nome de Ribéry esteja certo, como imagino estar). E entre Messi, CR7 e Ibra, estou para te dizer que são grandes as canches do sueco pintar no Top 3 de 2013.

segunda-feira, outubro 28, 2013

domingo, outubro 27, 2013

Arthur Zico di Orsaria

No modorrento jogo entre Udinese e Roma neste domingo (abandonei no intervalo), me chamou a atenção uma faixa na arquibancada. No começo não entendi do que se tratava, mas logo dei um Google e achei essa matéria no Lancenet. Trata-se de um torcida organizada de Orsaria, cidade a 17km de Udine, na Itália.



Não vi Zico jogar. Talvez também por isso tenho ele associado exclusivamente ao Flamengo. Honestamente - confesso - não me lembrava que ele tinha jogado na Udinese de 1983 a 1985. E como jogou! No total foram 57 gols em 79 partidas. Só na Serie A, na primeira temporada, marcou 19 gols em 24 jogos (muitos deles de falta). Confira:

sábado, outubro 26, 2013

Éverton Ribeiro, o Özil brasileiro

Calma. É força de expressão. Há um abismo entre Özil e Éverton Ribeiro. Talvez o jogador do Cruzeiro seja mais habilidoso, tenha mais drible, seja mais efetivo no mano a mano, mas em praticamente todos os outros quesitos o meia do Arsenal é bem superior. A vivência na Europa também conta a favor do alemão, que já jogou até Copa do Mundo. No entanto existem sim sutis semelhanças entre eles, e algumas delas ficaram nítidas no 5 a 3 sobre o Criciúma, neste sábado, no Mineirão.



Sem Ricardo Goulart, Marcelo Oliveira puxou Éverton Ribeiro para o seu habitat natural: a faixa central. Embora nessa temporada normalmente seu posicionamento inicial seja o lado direito do 4-2-3-1, o camisa 17 prefere trabalhar por dentro, região onde seu rendimento é excelente. Apesar de assumir o papel do chamado meia central nessa partida, contudo, Éverton não se restringiu àquela parte do gramado. Não esperou a bola no pé, se deslocou por todo campo ofensivo e tornou-se bastante participativo. Voltou para buscar o jogo, caiu pelos dois lados para se aproximar dos dois pontas (Willian e Dagoberto), encostou no centroavante (Borges), entrou na área... Assumiu o protagonismo da criação a partir de uma movimentação intensa e inteligente, algo que, por exemplo, Özil faz no Arsenal e fazia no Real Madrid com singular maestria.

Além da movimentação, outro ponto parecido é a canhota. Ambos possuem o pé esquerdo dotado de técnica tanto para o passe quanto para o arremate. Claro que a visão de jogo de Özil permite a ele aquelas lindas assistências que Éverton talvez não consiga executar. Porém na qualidade do chute em si, o atleta da Raposa lembra o Gunner (que, insisto, é superior em praticamente todos os critérios). Veja bem: não sou louco. Evidente que Özil é de outro patamar. Por isso a intenção aqui não é propriamente compará-los, mas sim apenas registrar um elogio ao melhor jogador do Brasileirão, através dum paralelo traçado com o, disparado, melhor meia do mundo.

sexta-feira, outubro 25, 2013

Prévia de Barcelona vs Real Madrid

Não queria deixar me influenciar por uma vontade pessoal, porém vou me permitir isso. No Clásico deste sábado, provavelmente Gareth Bale começará no banco, mas na prancheta pré-jogo optei pelo galês no XI inicial por dois motivos: primeiro, por uma vontade pessoal; e segundo, por uma questão de estratégia.

Quando digo vontade pessoal, não me refiro simplesmente à titularidade do jogador mais caro do mundo. Me refiro também à parte estrutural da equipe. Ancelotti tem utilizado dois esquemas no Real Madrid, o 4-4-2 em linha e o 4-3-3. Contra a Juventus, por exemplo, atuou com três atacantes. Já contra o Galatasaray, na Turquia, jogou com duas linhas de quatro (Di María e Isco wingers, Benzema e Cristiano Ronaldo no ataque). Di María e Isco, aliás, me parecem titulares absolutos em 2013/14. Se forem, a briga de Bale deve ser com Benzema. E no caso específico dessa partida contra o Barcelona no Camp Nou, entendo que ele pode ser mais útil que o francês.



Eu sei, Bale não é centroavante. Nesse 4-4-2, todavia, ele não trabalharia como tal. Nem ele, nem CR7. Embora a posse de bola sob o comando de Tata não seja tão predominante como nos tempos de Pep, a bola ainda fica mais tempo com o Barça, ainda mais em casa. Logo, imagina-se um Real Madrid fechado, voltado para o contra ataque. E é aí que entra Bale. Nesse jogo especificamente os atacantes merengues, em tese, não precisarão jogar de costas para o gol, tampouco fazer o papel da referência lá em cima. Em regra as oportunidades devem surgir em velocidade, com espaços à frente. Por essas e outras, apostaria no camisa 11 entre os onze. Contudo, acredito que Carlo inicie com Benzema ou Morata.

Quanto ao Barcelona a dúvida é, pelo menos a minha, Fàbregas ou Alexis. Justamente por se tratar de um confronto de posse de bola vs contra ataque (se é que assim será), talvez fosse pertinente entrar com Cesc. O 4 poderia se revezar com Messi como falso nove, deslocando o gênio argentino para a ponta direita, região de Marcelo (ou Coentrão). Ainda assim, pela confiança que Martino tem depositado no chileno e pela fase que ele atravessa, creio no trio sul-americano no ataque azulgrená (ah, tem também a possibilidade de Pedro na vaga de Sánchez).

Seja como for, com Bale ou sem Bale titular, com Fàbregas, Pedro ou Alexis, espera-se muito do clássico espanhol e principalmente de Neymar, pois será seu primeiro (Bale idem). No último jogo grande, contra o Milan, no meio de semana, o desempenho do brasileiro ficou aquém. Vamos ver diante do maior rival, no embate válido pela 10ª rodada da Liga.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Além dos quatro gols

Joga na referência, joga longe da área, pela faixa central, pela beirada, tem estatura, visão de jogo, tem passe, cria, finaliza, chuta com as duas, no jeito, na força, cabeceia, cobra falta... Acho que estou chegando à conclusão de que Zlatan Ibrahimovic é o atacante mais completo do futebol mundial.

Nessa quarta-feira, contra o Anderlecht, pela 3ª rodada da fase de grupos da Champions League, ele fez quatro gols, mas poderia ter feito cinco, seis, sete (sem falar que um gol foi mais bonito que o outro). Confira:

terça-feira, outubro 22, 2013

Milan segura Barcelona no San Siro

Mais surpreendente do que a escalação de Kaká foi sua função no gramado. Inesperadamente, pelo menos pra mim, o camisa 22 do Milan atuou aberto pelo lado esquerdo, região do camisa 22 do Barcelona. Kaká vs Daniel Alves, aliás, foi um dos grandes duelos da partida, tendo o brasileiro do clube italiano levado vantagem: não deixou espaços para Daniel se sobressair no apoio e aproveitou os espaços deixados às costas dele.

O time de Massimiliano Allegri, mesmo antes de Robinho abrir o placar aos 9 minutos, se fechou num compactado 4-5-1 (duas linhas), com o 7 na frente, muitas vezes atrás da linha da bola, cercando Busquets. Já a equipe de Tata Martino se organizou no habitual 4-3-3, com Messi e Alexis se revezando entre a faixa central e a ponta direita – medida talvez tomada em função da eficiência defensiva dos donos da casa em parte da primeira etapa. Em parte, porque, no fim das contas, o Barcelona acabou empatando com Messi aos 23 e criando mais chances (9 finalizações contra 3 do Milan).



A atuação de Neymar foi discreta. Como o Milan, quando atacou, atacou pela esquerda com Kaká e Robinho, e o Barcelona priorizou o lado direito com Daniel, Alexis e Messi, o embate pouco se desenrolou para valer do seu lado. Particularmente defendo a tese de que Neymar é ponta de ofício. Não aquele ponta das antigas, mas o ponta do dito futebol moderno. Ponta-esquerda destro. Devido ao contexto do confronto, no entanto, Neymar merecia mais liberdade para flutuar por uma faixa mais extensa, para confundir a marcação, aumentar sua participação, enfim. Ainda assim, com o camisa 11 apagado, abandonado, os culés dominaram o segundo tempo, não se expuseram como no primeiro, construíram algumas oportunidades (a melhor delas com Adriano), porém não conseguiram alterar o placar (1 a 1).

Dentro das propostas de jogo, o Milan jogou bem nesta terça. A supremacia foi do adversário, como era de se esperar. Entretanto ela não foi traduzida em gols, o que determinou o resultado final. Resultado que, convenhamos, não é dos piores para os milanistas, pois os outros times do Grupo H não devem pontuar contra o Barça em casa (Celtic já não pontuou, vamos ver o Ajax). Quanto ao Barça, dane-se a Champions. A partir de agora apenas El Clásico, sábado, no Camp Nou, interessa.

segunda-feira, outubro 21, 2013

Quem você quer na Copa?

Honestamente? Por mais que Cristiano Ronaldo seja bonitão e tal, prefiro ver Ibrahimovic em ação. O futebol do sueco é mais colírio para meus olhos do que o futebol do português.



domingo, outubro 20, 2013

Os wingers do Real Madrid

Di María, o extremo-direito canhoto.



Isco, o extremo-esquerdo destro.



Vai sobrar para Benzema. Né, Bale?

Tudo igual no Gre-Nal

No começo o Inter teve Jorge Henrique aberto à esquerda. Mas logo após o gol de Willians aos 3 minutos e pouco, quem abriu para duelar com Pará foi Otávio. Dessa maneira o camisa 23 passou para dentro e bateu de frente com Souza, de modo que o 8 duelou com Riveros. Já da direita partia o canhoto D’Alessandro, enquanto Damião ficava na referência e João Afonso cercava o atacante Kleber.

Quando saiu a escalação do Grêmio, pensei no 4-4-2 em linha com Vargas e Riveros ou Ramiro nas extremas. Embora alguns cantem no 4-3-3, não deu outra: o chileno atuou à esquerda, com o baixinho Ramiro à direita. Durante alguns momentos da primeira etapa, aliás, Ramiro flutuou pela faixa central, posicionamento que deu liberdade ao lateral-esquerdo colorado. No frigir dos ovos, porém, o 36 tricolor fechou o lado direito.



A estratégia do visitante me pareceu clara: o contra ataque. No entanto, em função da abertura do placar tão cedo, quem passou a adotar o contra golpe foi o mandante, muitas vezes com até Leandro Damião atrás da linha da bola no compacto 4-1-4-1 de Clemer. Apesar das poucas chances criadas, nesse panorama o Inter foi superior ao Grêmio, pelo menos até o golaço contra de Jackson ainda no primeiro tempo. No segundo, com ambas as equipes saindo para o jogo, mais espaços surgiram e o confronto ficou lá e cá.

Pelo lado do Internacional, em desvantagem por 2 a 1 (Vargas virou no início da etapa final), Forlán entrou na vaga de Jorge Henrique e o time passou para o 4-2-3-1, com D’Ale por dentro, o uruguaio em cima de Alex Telles e Otávio na mesma, o flanco esquerdo. Mais tarde Otávio saiu para a entrada de Caio, que entrou para jogar também em cima de Telles, de modo que Forlán inverteu de lado. Já Renato Gaúcho teve de colocar Saimon no lugar de Werley (lesão), e bem mais além, talvez para segurar o empate, colocou Mamute e Wendell nas vagas de Barcos e Vargas.

No fim das contas, o clássico foi bem jogado no Centenário. Tradicionalmente feito de embates amarrados, o Gre-Nal deste domingo apresentou equipes, aos seus estilos, até certo ponto ofensivas, à procura do gol a todo instante. Apesar da superioridade colorada no primeiro tempo, a meu ver o 2 a 2 (D’Alessandro descontou de pênalti) ficou de bom tamanho, em especial por causa dos 45 minutos finais.

Por que o Corinthians é meu favorito

No mata-mata não sobrevive o mais forte. Sobrevive quem não sofre gol em casa. Por isso penso que o time de Tite irá levantar a Copa do Brasil.

Veja bem, não estou cravando que o Corinthians vai sair classificado da Arena do Grêmio na quarta-feira, nem que vai passar por Inter ou Atlético-PR na semifinal e por quem vier do lado de lá da chave na final (Goiás, Vasco, Botafogo ou Flamengo). Mas se hoje eu fosse apostar no campeão da Copa do Brasil, apostaria no campeão do mundo.



Além da consistência defensiva, privilegiada pelo critério de desempate da competição, um dos fatores que deve potencializar o desempenho corintiano é a vaga na Libertadores. Claro, a vaga na Libertadores é a mesma para todos e todos querem a vaga na Libertadores. A vontade é a mesma. No entanto, devido ao alto investimento feito no clube do Parque São Jorge e devido à repercussão de seus jogos, acredito num algo a mais por parte do Timão (não me refiro à arbitragem, né). Tem mais: o Grêmio, por exemplo, está com a vaga na Libertadores via Brasileirão bem encaminhada. Caso seja eliminado na quarta, vai seguir firme nos pontos corridos e provavelmente vai terminar em segundo, classificando-se diretamente para a fase de grupos do torneio continental.

Outro ponto a favor do meu favoritismo atribuído ao Corinthians é o retorno de Guilherme e Renato Augusto. Embora o ritmo esteja longe do ideal - principalmente o de Renato, que depois de um longo período afastado voltou a jogar neste sábado, contra o Criciúma (jogou 45 minutos) - o ganho técnico com a presença deles é inegável. Em contrapartida, pelo menos para a partida contra o Tricolor, Cássio é desfalque. Um desfalque que, sem exagero, faz a diferença. Ainda assim, não somente em relação ao confronto das quartas de final, mas sim quanto à Copa do Brasil como um todo, por causa dos motivos aqui citados, apostaria no Corinthians. Claro, se vai ser campeão ou não, são outros quinhentos, pois estamos falando de futebol.

sexta-feira, outubro 18, 2013

O que esperar da Bósnia?

A Bósnia e Herzegovina terminou com o quarto melhor ataque na classificação geral das Eliminatórias Europeias com 30 gols (vídeo). Ficou atrás apenas de Alemanha, Holanda e Inglaterra. Dzeko (10 gols) e Ibisevic (8) foram os artilheiros do time. O atacante do City, inclusive, foi o vice-goleador geral, atrás somente de van Persie (11).

Coutinho é o cara

A Seleção pode vencer os setes jogos e se tornar hexacampeã sem um banco para Oscar. Não é o banco do Oscar que vai decidir a Copa a favor ou contra o Brasil. Ou vai? A verdade é que hoje Oscar não tem um reserva imediato, e se Felipão julgar necessário ter outro meia no elenco, há cerca de três ou quatro nomes.

Segundo a enquete do blog, esse cara chama-se Phillipe Coutinho. Com 60% dos votos, ele desbancou Ganso (20%), Willian (13%) e Everton Ribeiro (7%). A opção Outro não recebeu nenhum voto.



Particularmente vejo em Willian, do Chelsea, um jogador de beirada de campo. Ainda assim coloquei entre as alternativas porque ele pode render bem pela faixa central. O próprio Coutinho, no Liverpool, tem jogado à esquerda. No entanto, sem dúvida, poderia trabalhar pelo meio do 4-2-3-1 verde e amarelo. O mesmo ocorre com Everton Ribeiro. Atua à direita do flexível 4-2-3-1 do Cruzeiro, mas prefere a faixa central. Já Ganso, esse sim, joga centralizado no São Paulo. O que pode pesar contra Ganso nessa hipotética disputa, porém, é o fato dele não ser tão versátil como os outros três, "só" joga por dentro, não por fora (se bem que a questão aqui é justamente um meia central, né?).

O Brasil pode levantar a Copa no Maracanã sem um banco para Oscar. O plano B (4-3-3 com Ramires e Paulinho alinhados, sem Oscar) está bem ensaiado. Entretanto, caso Felipão julgue que seja pertinente (eu julgo) ter outro jogador para cumprir a função de Oscar numa eventual suspensão ou lesão, sem precisar mexer na estrutura da equipe, segundo a enquete do blog, esse cara se chama Coutinho.

quinta-feira, outubro 17, 2013

Imagina na Copa

Dona do melhor ataque na classificação geral das Eliminatórias Europeias, a invicta Alemanha marcou 36 gols (vídeo) em 10 jogos (9 vitórias e 1 empate). Özil foi o artilheiro com 8 gols em 10 jogos, seguido de Reus (5 tentos em 6 partidas) e quatro jogadores com 4 gols cada: Schürrle, Götze, Klose e Müller.



O esquema tático base é o 4-2-3-1, mas existem algumas variações, como o 4-1-4-1. Contra a Irlanda, na penúltima rodada, por exemplo, Khedira atuou centralizado, com Kroos e Schweinsteiger lado a lado por dentro, e Müller e Schürrle por fora, pelas beiradas, além de Özil na frente, vá lá, como falso nove (embora, na posse da bola, trabalhasse como meia que é).

Seja como for, seja com quem for, independente do esquema adotado e das peças escolhidas para compor o chamado XI ideal, a Alemanha chega ao Brasil no ano que vem como uma das três principais favoritas ao título.

quarta-feira, outubro 16, 2013

Imagina na Copa

Cabeça de chave em 2014, a Bélgica terminou o Grupo A das Eliminatórias Europeias com 8 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota. Marcou 18 gols (vídeo) e sofreu 4. Kevin De Bruyne foi o artilheiro com 4 tentos em 10 partidas. Depois dele, cinco jogadores com 2 gols: Lukaku, Mirallas, Kompany, Hazard e Benteke.



Lembre-se que Lukaku (Everton), Mirallas (Everton), Kompany (City), Hazard (Chelsea), Benteke (Aston Villa), Mignolet (Liverpool), Courtois (Atlético), Alderweireld (Atlético), Vermaelen (Arsenal), Witsel (Zenit), Fellaini (United), Vertonghen (Tottenham), Dembélé (Tottenham), são titulares, peças importantes em seus clubes. Isso sem falar em Chadli (Tottenham), Defour (Porto), Van Buyten (Bayern), Mertens (Napoli)...

Quanto à análise tática, passo a bola para Eduardo Cecconi.

terça-feira, outubro 15, 2013

Três pontos sobre o 3º uniforme

Primeiro ponto: deve ser lançado na pré-temporada e utilizado ao longo de toda temporada. Não pode ser abandonado porque "deu azar" ou porque não vendeu o esperado entre a torcida.

Segundo ponto: deve ser utilizado apenas em partidas como visitante, e quando necessário. Porque às vezes é desnecessário. Quando o uniforme do mandante não interfere na configuração do seu uniforme titular, não é preciso usar o terceiro.

Terceiro e último ponto: o terceiro uniforme deve ter cores distintas do primeiro, de preferência com a camisa, o calção e o meião no mesmo tom. Porque dessa maneira você praticamente nunca vai precisar mexer no conjunto e vai evitar ter de usar numa eventualidade o calção do primeiro com a camisa do segundo ou do terceiro; ou o meião do terceiro com a camisa do primeiro e o calção do segundo; e por aí vai.

Só para ficar no exemplo mais recente, o Flamengo lançou nesta terça-feira seu terceiro uniforme (veja aqui), às vésperas da 29ª rodada do Brasileirão. Erro um. O erro dois foi optar pelo preto predominante. Pois quando o Flamengo for jogar, por exemplo, contra o Atlético-PR, em Curitiba, não poderá usar nem o primeiro, nem o terceiro uniforme. Terá de misturar as peças (provavelmente camisa e calção brancos e meias pretas ou rubronegras). Já o erro três é utilizá-lo nos confrontos do Maracanã, como em sua estreia contra o Bahia, nesta quarta-feira.

A sombra de Hulk e Oscar

Felipão tem dois esquemas, o titular e o reserva. O titular é o 4-2-3-1, com Oscar em campo, pela faixa central. E o reserva é o 4-3-3, sem Oscar. Na Copa das Confederações foi assim. No segundo tempo dos jogos, quando Oscar era substituído por Hernanes, o time trocava o 4-2-3-1 pelo 4-3-3 (Hernanes e Paulinho alinhados nas meias, além dos pontas e do nove). É assim até hoje, e deve ser assim durante a Copa do Mundo. No lugar de Hernanes, porém, entra Ramires.

Na verdade a briga de Ramires não é com Hernanes. No que diz respeito ao XI inicial, é com Oscar e Hulk. Porque dependendo do adversário e da estratégia traçada, se quiser priorizar o contra ataque, Felipão pode abrir mão de Oscar e jogar com Ramires e Paulinho no 4-3-3 (variação 4-1-4-1). Agora, se quiser ditar o ritmo, cadenciar o jogo e trabalhar a posse no campo ofensivo, é Oscar e mais dez, no 4-2-3-1. E no 4-2-3-1, obrigatoriamente com Oscar pela faixa central, quem pode pagar o pato, quem pode perder o posto para Ramires, é Hulk.

Ou seja: no 4-2-3-1, do meio pra frente, a equipe deve contar com Luiz Gustavo, Paulinho, Hulk (Ramires), Oscar, Neymar e o centroavante. Já no 4-3-3, a estrutura tática reserva, sem Oscar, do meio pra frente o time deve ter Luiz Gustavo centralizado, Ramires e Paulinho lado a lado, Hulk e Neymar nas pontas, mais o nove (Jô, Diego Costa, Fred, não sei). Particularmente prefiro o esquema titular, com Oscar em campo e o atacante do Zenit na beirada. No entanto entendo que, por uma série de fatores, o camisa 7 do Chelsea corre a passos largos para vencer essa disputa com Hulk pela ponta direita. Quanto ao plano B (4-3-3 sem Oscar), creio que deve continuar como plano B e entrar em cena somente na segunda etapa, dependendo do contexto e do placar da partida.

segunda-feira, outubro 14, 2013

Ramires corre por fora

Hulk ou Lucas. Até outro dia essas eram as opções para a ponta direita. Aos poucos, Bernard mostrou que não é apenas o reserva do Neymar, também é alternativa para a extrema direita. Agora, depois do amistoso contra a Coreia do Sul no último sábado, abriu-se uma nova possibilidade: Ramires.



"Qual a melhor opção para a ponta direita?" Essa foi a mais enquete recente do blog, e o vencedor foi Hulk (42%), resultado com o qual eu concordo. Apesar da seca de gols na Seleção (só na Seleção, porque no Russo 2013/14 ele tem 6 gols em 7 jogos), concordo porque Hulk é mais atacante que os demais, além de ser canhoto e mais forte fisicamente. Em segundo lugar ficou Bernard, com 33%, seguido de Lucas (17%) e da opção Outro (8%).

Hoje me parece que o titular é Hulk, mas o Outro, quarto colocado na enquete, corre por fora a passos largos para ultrapassar Bernard e Lucas na preferência, e ameaçar o suposto dono da posição - desde que o Outro se chame Ramires. Aliás, quando Mano foi apunhalado nas costas por Marin e Felipão foi anunciado, cogitei um time com Ramires à direita (veja a prancheta).

Como disse, prefiro Hulk por ali. Mas a escolha pelo camisa 7 do Chelsea faria todo sentido, entre outros motivos, para manter Paulinho e Oscar no XI. Porque partindo do princípio de que Luiz Gustavo é titularíssimo, se Ramires não jogar na ponta direita, abre-se uma briga entre ele, Paulinho e Oscar por duas vagas no meio campo. Ou seja: para colocar Ramires na equipe sem mexer no miolo da meia cancha (Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar), Hulk pagaria o pato.

segunda-feira, outubro 07, 2013

E aí, Carlo?

Tá no Marca: CR7, Benzema e mais nove. O levantamento feito pelo site espanhol mostra que o português e o francês foram os únicos jogadores titulares em todas as partidas da temporada (8 pela Liga Espanhola e 2 pela Champions). Modric, Di María e Isco também participaram dos 10 jogos, porém num aqui, noutro ali, vindo do banco de reservas. Presentes no XI inicial de fato desde sempre, só Cristiano Ronaldo e Benzema.



É questão de tempo, mas Bale será titular. Se machucou esses dias, perdeu umas rodadas, mas cedo ou tarde - ainda em 2013, penso eu - conquistará sua vaguinha no XI merengue. Para isso, no entanto, alguém terá de sair. E segundo o resultado da enquete aqui do blog, esse alguém se chama Karim. "Quem deve sair para Bale entrar no time titular?" Benzema obteve 70% dos votos, enquanto Di María ficou com 21% e a alternativa 'Outro' somou 9%.

Concordo com o resultado, pelo seguinte: no 4-4-2 em linha adotado por Ancelotti (veja na prancheta), Di María é necessário. Por que mais se cogite o 4-2-3-1 dos tempos de Mourinho, em tese não funcionaria porque sua peça-chave foi vendida (Mesut Özil). Na verdade não há regra, né. Pode ou poderia ser que o 4-2-3-1 desse certo sem Özil. Ainda assim, o 4-4-2 em linha me parece mesmo a opção mais indicada, de preferência com Di María. Pelo seguinte: sem Özil a equipe carece na criação, e essa carência é suprida com Di María em campo. Não é suprida à altura, eu sei, mas ao menos é distribuída entre ele, Isco, Modric...

Portanto, partindo do princípio de que, pelo menos até Alonso voltar, na dupla de volantes não se mexe (Khedira e Modric), e Di María e Isco são wingers fundamentais para o desenvolvimento do jogo blanco, restaria apenas uma vaga para Bale: a de Benzema. Restaria também saber como o galês se sairia atuando mais adiantado (particularmente creio que daria certo porque tanto ele quanto Cristiano Ronaldo são exímios finalizadores, entre outros fatores). Mas como citou o Marca, Karim Benzema foi titular em todas as partidas oficiais da temporada 2013/14. Logo, enquanto não rolar uma sequência com "todos" os atletas à disposição, não saberemos se Carlo Ancelotti concorda ou não com o resultado da enquete. Resta-nos aguardar.

Leitura de jogo

Adotei a mesma linha do chileno La Cuarta: Messi who?

Lembre-se que nessa partida contra o Valladolid, no último sábado, pela 8ª rodada da Liga (4 a 1 Barça), o gênio argentino não jogou, e Neymar e Alexis deitaram e rolaram.



Na Fan Page, no entanto, fiz questão de deixar claro que estava brincando, pois sei que muitos não sabem interpretar certas ironias. Pois, natural e obviamente, Messi é melhor que Neymar, que Alexis, que Iniesta, que Cristiano Ronaldo, que Ibrahimovic, que Ribéry, que Falcao, que Suárez, que van Persie...

domingo, outubro 06, 2013

Brasil, um mar de piscineiros

O futebol é reflexo da sociedade, até mesmo inconscientemente. Na vitória por 3 a 2 do São Paulo sobre o Vitória, neste sábado, por exemplo, Luis Fabiano machucou a cabeça e usou uma touca de natação para segurar o curativo. Mas como você sabe, isso não é exclusividade do clube do Morumbi. É um método disseminado pelo Brasil, e até onde sei, só pelo Brasil.



O futebol reflete o inconsciente coletivo e esse hábito brasileiro ajuda essa tese. Pois, até onde sei, só no Brasil o jogador que machuca a cabeça usa uma touca de natação dentro do campo. Só no Brasil, onde o jogador tem no DNA a cultura de cavar faltas e simular jogadas. Logo no Brasil, onde o jogador faz jus à fama de cai-cai. Fama, por sinal, que o acompanha pelo mundo, que atravessa o oceano atlântico e desembarca na Europa, onde esse tipo de comportamento é repudiado.

Na Inglaterra, por exemplo, essa atitude é chamada de diving. Lá, jogador que se joga é chamado de diver (mergulhador). E na Espanha, o termo adotado é piscinero. Mas como você sabe, por ironia do destino ou do inconsciente, é no Brasil que os verdadeiros divers, os legítimos piscineros, nadam de braçada, com direito a touca de natação e tudo mais.

sexta-feira, outubro 04, 2013

A indefinição de Dunga

Vamos lá, de cabeça, sem recorrer aos sites: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Lucas Silva; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Willian e Borges. Dida; Pará, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles; Ramiro, Souza, Riveros e Vargas; Kleber e Barcos. Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; João Paulo, Deivid, Everton e Paulo Baier; Marcelo e Ederson. Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória e... Júlio César tá machucado, né? Me fugiu o nome do lateral-esquerdo. Mas enfim: Gabriel, Marcelo Mattos; Lodeiro, Seedorf, Rafael Marques e Elias.

Ninguém é imune a lesões, suspensões e convocações (casos de Jefferson, Dedé, Vargas). E dentro dos jogos existem variações táticas, claro. Mas na medida do possível, em regra, estes são os times e os esquemas titulares dos membros do G4 (Cruzeiro e Botafogo jogam no 4-2-3-1, Atlético-PR no 4-4-2 em losango e o Grêmio, após uma longa sequência de partidas no 3-5-2, tem atuado no 4-4-2 em linha). Pergunte ao botafoguense mais antenado, ao gremista, ao atleticano ou ao cruzeirense e ele vai te cantar o goleiro ao ponta-esquerda.

Cito os membros do G4 porque eles estão em evidência, porém não são os únicos, ainda bem. Outras equipes, provavelmente a maioria, também têm o XI (peças e sistema) definido. Até por questões físicas e técnicas, e emocionais, uns rendendo mais, outros menos, mas na medida do possível, com o XI definido. Pergunte ao torcedor ou ao comentarista mais informado e ele te dirá. Só não seja maldoso e não pergunte ao torcedor do Internacional, pois passadas 25 rodadas, ele ainda não tem um time titular para chamar de seu. Por quê? Pergunte a Dunga.

quarta-feira, outubro 02, 2013

Di María

De letra.

Bayern 2013/14, a evolução

Em time que está ganhando se mexe, e a prova viva disso é o Bayern. Se vai conquistar a tríplice coroa novamente, não sei. Só sei que já é possível afirmar que a equipe tem a cara de Guardiola. Se essa cara é mais bonita ou mais feia do que a anterior, são outros quinhentos. O fato, porém, é que o supercampeão alemão mudou.



Particularmente, penso que mudou para melhor. Esse estilo de retenção da bola, de troca de passes curtos, de compactação, de marcação lá em cima, me agrada. Contudo esse Bayern, que nesta quarta-feira deu um banho no City (confira a prancheta), consegue aliar a proposta de jogo daquele Barcelona de Pep à força do Bayern de Heynckes. Muita posse, muitos passes e muitas finalizações (várias de fora da área, inclusive, algo não tão recorrente naquele Barça).

Se o Bayern de Guardiola vai conquistar a tríplice coroa ou não, não sei. Só sei que, na minha visão, o futebol exibido nessa temporada é superior ao apresentado na passada. Tudo bem, a temporada não chegou nem na metade, é verdade. Entretanto, sem querer comparar, mas já comparando (mal comparando), o Bayern 2013/14 é uma mistura do Barcelona 2010/11 com o Bayern 2012/13. Ou seja, um senhor time! Sem dúvida, o time a ser batido.