terça-feira, fevereiro 25, 2014

A grande exibição do favorito

Paciência. Essa foi uma das virtudes do melhor time do Brasil, nesta terça-feira, no Mineirão. Somente aos 34 minutos Ricardo Goulart – a eficácia de chuteiras – abriu o placar. Sem desrespeitar o adversário, convenhamos, o gol demorou a sair. Ao fim do primeiro tempo, o placar marcava Cruzeiro 3, Universidade de Chile 0. E ao fim do segundo, 5 a 1 (três de Ricardo, um de Dagoberto, um de Willian, que entrou na etapa final, e um de Lorenzetti).

O time treinado por Marcelo Oliveira teve paciência para fugir da marcação dos visitantes. Devido aos esquemas táticos de ambas as equipes, não houve sobra e o encaixe foi total. Quando há um confronto entre 4-2-3-1 e 4-3-3, por exemplo, meias pegam volantes e laterais pegam pontas, mas são dois homens (dupla de zaga) para o centroavante. No caso desse jogo foi um para um (4-2-3-1 vs 3-5-2). Claro, a marcação não foi individual (nunca é), e os duelos pelo lado de cá do campo mostraram isso: Egídio e Dagoberto contra Castro e González (às vezes Dagoberto era marcado por Castro, às vezes por González, e vice-versa). Como o Cruzeiro quebrou o encaixe da marcação? Com movimentação e trocas de posição.



Imagino Muricy Ramalho mostrando o primeiro gol de Ricardo Goulart para Paulo Henrique Ganso: “Tá vendo, meu filho? O 10 tem que entrar na área.” Impressionante. Goulart não é nenhum craque, porém é peça essencial nesse XI azul. Joga nas três posições da linha de três e como centroavante com a mesma eficiência. Foi assim, infiltrando-se na área como um 9, para receber o passe em diagonal nas costas da linha defensiva, que o camisa 28 abriu a porteira. E uma vez aberta a porteira, tudo fica mais fácil, pois os espaços, até então escassos, começam a brotar.

Você que me segue no Twitter sabe: o Cruzeiro é meu favorito à Libertadores 2014. Desde o ano passado, diga-se. E mantenho minha opinião (agora vou com ela até o fim, né) baseado primeiramente na qualidade do elenco (de longe o melhor do Brasil), na competência e nas convicções do treinador, e no entrosamento adquirido desde a temporada passada. Se o Cruzeiro vai ser o campeão ou não são outros quinhentos. Estamos falando de futebol. No mata-mata qualquer um pode matar, qualquer um pode morrer. No entanto enquanto o mata-mata não chega, a Raposa assume a liderança do grupo 5 com três pontos, graças ao saldo de gols. Defensor (2º), Real Garcilaso (3º) e Universidade de Chile (4º) também têm três pontos cada.

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