sexta-feira, agosto 29, 2014

Possível Bayern com Alonso

Não vou dizer impossível, mas é sempre complicado tentar prever o XI de Guardiola. Logo quando sai a escalação do Bayern, seja para qual jogo for, nunca podemos cravar qual esquema tático será utilizado, tampouco quais peças se encaixarão em quais posições, pois ele varia com frequência o posicionamento das peças e o esquema. Portanto é difícil, mais ainda, tentar adivinhar qual será sua formação ideal – se é que ela existe – com Xabi Alonso. Contudo, quem não arrisca não petisca.

Por isso publico essa possibilidade na prancheta abaixo, talvez a mais óbvia de todas, num 4-3-3 eu diria ortodoxo para os padrões atuais de Pep. Embora tenha adotado o 3-4-3 em algumas partidas nessa pré-temporada, acredito que o treinador catalão irá jogar com dois zagueiros e dois laterais mesmo, uma vez que a variação para o 3-4-3 pode ocorrer com o recuo de Alonso (o mesmo raciocínio se aplica a Javi Martínez). Xabi, aliás, chega para ser titular absoluto, na minha visão. Chega para assumir a cabeça de área. Para se tornar o primeiro homem do meio campo. O que deve significar a volta de Lahm à lateral direita (e de Alaba à esquerda, pois nesse início de 2014/15 eles – Lahm e Alaba – chegaram a formar a dupla de volantes da equipe).



Nesse 4-3-3, que na marcação por zona lá atrás se transforma no 4-1-4-1, com o alinhamento dos pontas aos meias, para o melhor preenchimento dos espaços, não vejo uma meiuca melhor do que essa composta por Alonso, Schweinsteiger e Thiago. Nesse 4-3-3, não vejo nenhuma outra combinação mais pertinente do que essa. Nenhum trio é tão complementar, pelo menos em tese. Alonso responsável pela saída de bola, pelo primeiro passe, pelos lançamentos longos, pela distribuição de trás (função essencial no futebol, que ainda não compreendemos aqui no Brasil), enquanto os camisas 6 e 31 fazem o vai e vem, voltam para buscar o jogo e se apresentam na frente (sem falar no controle da posse através da troca de passes que essa meiuca pode proporcionar). Resumindo, se confirmados estes três nomes como os ditos preferidos, a faixa central desse time tem tudo para ser uma das melhores da Europa.

Já no ataque, penso que não há discussão. Lewandowski é o cara da referência, apesar de se movimentar bastante, com qualidade, para dar opções aos companheiros. Já as pontas direita e esquerda são ocupadas pelo canhoto Robben e pelo destro Ribéry. Acredito que em relação a essa trinca, ninguém duvida que seja a melhor alternativa. A questão é: e Müller? Bom. Imagino que seja o 12º jogador nessa temporada. Ou quem sabe ganhe a vaga de Thiago, mudando o esquema para o 4-2-3-1 com Robben, Müller e Ribéry na linha de três, além dos volantes Alonso e Schweinsteiger. Sem dúvida é uma hipótese interessante. Entretanto me parece que o Bayern de Pep é Thiago mais dez. Não sei. Vamos ver.

Outro ponto a ser debatido é a zaga. Na verdade, ponto de interrogação. Pois, com a chegada de Benatia, Dante ou Boateng perde a vaga no XI? Ou nenhum deles? Benatia inicialmente chega para ser reserva? Ou assume a titularidade logo de cara? Confesso que quanto a essa discussão, eu não tenho opinião formada. Lembre-se, porém: o foco desse post é do meio pra frente, já que ele trata mais especificamente dos desdobramentos causados pela contratação de Alonso. Enfim. Seja com Benatia e Dante, Benatia e Boateng, ou Boateng e Dante, seja no 4-3-3 ou no 3-4-3, o fato é que, mesmo com a saída de Kroos e a lesão de Martínez, o Bayern, para variar, vem fortíssimo para essa temporada. E vem, aparentemente, com algumas mudanças na cabeça de Guardiola, como indica essa análise aqui.

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