segunda-feira, outubro 13, 2014

O retorno do trio campeão ao Beira-Rio

A versatilidade de Alex impressiona. Se não me engano, na linha, só não jogou na zaga e na lateral direita. Porque de resto, sem exagero, jogou praticamente em todas as posições. No Brasileirão 2014, por exemplo, no 4-1-4-1 de Abel Braga, já o vi atuando pelo flanco esquerdo e pela faixa central (veja aqui, aqui e aqui). Já na partida deste domingo, em casa, na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, pela 28ª rodada, ele (autor de um dos gols) ocupou o lado direito de um 4-2-3-1, com D’Alessandro por dentro, Patrick à esquerda, Wellington Paulista na frente (depois Nilmar), além dos volantes Willians e Bertotto.

Mais atrás, no Corinthians treinado por Tite, campeão da Libertadores 2012, Alex cumpriu o papel de falso nove em alguns jogos daquela campanha. No fim das contas ficamos na cabeça com Emerson jogando como centroavante naquele 4-2-3-1, pois foi assim na finalíssima diante do Boca (2 a 0, dois de Emerson). No entanto, até então, Sheik jogava numa ponta e Jorge Henrique na outra, enquanto quem fazia o eventual papel de centroavante era Alex (revezando-se, é verdade, com Danilo). Convenhamos, algo que, mesmo àquela altura da carreira, não era novidade para ele.



Porque mais atrás ainda, num time também treinado por Tite, campeão da Sul-Americana 2008, Alex era atacante, ao lado de - veja você como o mundo dá voltas - Nilmar. E à frente de - veja você - D’Alessandro. Isso mesmo. O Inter que hoje tem Alex, D’Alessandro e agora Nilmar, já os teve há seis anos. A diferença, além da idade/experiência individual de cada um, é que aquela equipe se estruturava no 4-4-2 em losango (4-3-1-2), com Edinho, Magrão e Guiñazu formando a trinca de volantes, digamos assim, D’Ale enganche, e a dupla de ataque composta por Alex e Nilmar, de modo que essa de 2014 varia entre o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1. Logo, não é de hoje que a polivalência do hoje camisa 12 colorado joga a seu favor (e a favor do time em que ele joga).

No final de novembro de 2008, aliás, cheguei a escrever: "Agora, cá entre nós: quem destes jogou mais que Alex neste ano? Cristiano Ronaldo? Messi? Pode ser. Ibrahimovic idem. Quem mais? Agüero? Fernando Torres? Ribéry? Não sei, não." É sério. Escrevi isso. E terminei o post assim: "Para mim o camisa 10 do Inter está, no mínimo, entre os 5 melhores futebolistas do mundo em 2008." Duvida? Confira aqui.

Portanto fica evidente a admiração de longa data que tenho pelo futebol desse canhotinha sinistro. E, portanto, fico bem tranquilo para elogiá-lo a essa altura do campeonato, aos 32 anos de idade, ainda jogando em alto nível para os padrões brasileiros e sul-americanos. Em relação aos outros dois, só para completar a idade do trio, D’Alessandro tem 33 e Nilmar tem 30. Trio, por sinal, que promete para a Libertadores 2015. Pelo menos na minha expectativa. Desde que o Inter se classifique, obviamente.

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