sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Definir o XI é preciso

Aguirre ainda não tem o XI ideal na cabeça. Aparentemente não tem. Normal. Chegou ontem ao Internacional. Está conhecendo o elenco aos poucos. Deve ter suas ideias, deve ter suas convicções, porém ainda está conhecendo os atletas que tem em mãos. Aos poucos. Não só tática e técnica, mas também emocionalmente. Portanto é natural que em duas rodadas de Libertadores, ele tenha optado por dois times titulares diferentes (esquema e peças). Na semana passada, por exemplo, em La Paz, contra o Strongest, o Inter iniciou no 4-1-4-1 (veja aqui). Já diante da Universidad de Chile, nesta quinta-feira, no Beira-Rio, Aguirre adotou o 4-2-3-1 (esquema que foi utilizado contra o Strongest, diga-se de passagem, após Anderson ser substituído ainda no primeiro tempo).



Sem Nilmar, nem Rafael Moura, ontem Sasha foi escalado como centroavante, enquanto D’Alessandro, Vitinho e Jorge Henrique compuseram a linha de três. Isso mesmo. Nessa ordem: D’Alessandro à direita, Vitinho por dentro e Jorge Henrique à esquerda. Muitas vezes os caras pelas beiradas (D'Ale e JH) se alinhavam aos volantes (Nilton e Aránguiz), configurando assim um 4-4-1-1. É verdade. Detalhe. Ainda assim, o que chamou a atenção foi o posicionamento do camisa 10, à direita mesmo. Na partida na Bolívia, quando Anderson saiu para Vitinho entrar, por exemplo, D’Ale passou para a faixa central, de modo que os flancos ficaram ocupados por Vitinho e Eduardo Sasha. Já diante da Universidad de Chile, D’Alessandro jogou onde mais se sente à vontade: à direita, canhoto que é, em regra partindo para dentro, com Vitinho pela faixa central e Jorge Henrique na outra ponta.

A questão é: qual o XI ideal? Na medida em que Aguirre conhece os atletas que tem em mãos, quais serão suas escolhas? A julgar pelo desempenho no 4-1-4-1 com Anderson, o 4-2-3-1 (variação 4-4-1-1) parece ser o esquema tático mais indicado mesmo. Enquanto Anderson não tem condições físicas para jogar em alto nível, talvez o treinador uruguaio siga mesmo no 4-2-3-1, provavelmente com Nilton e Aránguiz volantes, D’Alessandro à direita, Sasha à esquerda, Nilmar na frente e, pela faixa central... Alex, e não Vitinho. Creio que depois de ontem, quando entrou no segundo tempo na vaga de Vitinho e meio que mudou o jogo (o passe para o gol de Jorge Henrique – o 2 a 0 – foi dele), Alex deve ganhar a titularidade na quarta-feira que vem, contra o líder do grupo Emelec, em Porto Alegre. Creio que depois de ontem, fica evidente a importância técnica de Alex ao time, em pleno 2015. Se assim for, se Alex virar titular, aí Anderson e Vitinho, as duas grandes contratações da última “janela”, por ora ficarão no banco.

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